Tag: relacionamentos

Mudas

Mudas

Um relacionamento é como uma semente. Ele carrega em si o potencial de vida, mas que, para crescer e dar frutos, precisa ser cultivado em solo fértil.

O Semeador sabe bem onde cada planta precisa se desenvolver, mas Ele, propositalmente, não controla nem o estado do solo e nem a saúde da planta.

Quando o solo é fértil, sadio, a semente germina e aos poucos vai crescendo. Quando faltam nutrientes a semente pode até germinar, mas com o tempo ela carece dos elementos essenciais e, fatalmente, morre.

O curioso é que mesmo quando o solo é fértil o suficiente para que a semente germine são quase sempre os fatores externos que impactam no desenvolvimento da planta. É preciso água e sol na medida certa, ar circulando, para que ambos solo e planta continuem fortes o bastante para que almejados frutos apareçam.

Esse é um processo longo. Difícil. Motivo de alegria? Sim. Fonte de sofrimento? Também. Mas como saber se a semente plantada e o solo são compatíveis antes do plantio? A resposta está na paz/serenidade do processo.

Todo plantio exige perseverança e paciência. As vezes não dá certo por conta do solo, da semente ou pelos fatores externos. Mas o que fazer para facilitar o processo?

Mudas! Elas são uma forma de cultivo que nos revelam o estado do desenvolvimento da planta, antes do transplante para o solo. Enquanto a gente cuida do nosso solo, acolhemos a semente e, pouco a pouco, vamos nos cultivando reciprocamente para entender se o plantio tem potencial para dar frutos ou não.

O que fica de mim, é você

Admito que nunca tive dificuldade de exprimir meus sentimentos em palavras. Claro que é preciso considerar os anos de treinamento diário e o fato de que, quando mais jovem, eram mais amenas as distrações e os instrumentos tecnológicos que encapsulam o manifestar dos sentimentos genuínos.

Escrever sempre foi transformar. Informar. Dar forma. Trazer parte de algo ou alguém, de dentro, e revelá-los para quem (me) lê. Mas somente a parte que o momento ilumina e ajuda a enxergar, não “o todo”, pois não é possível.

Comunicando, revivo as relações que construí.

O relacionamento construído comigo mesmo. O quanto (e o quando) me aceito limitado, preguiçoso ou incapaz de crescer. O reconhecer as conquistas sofridas e o me dar conta da minha unicidade.

Mas sobretudo o que construí com os meus iguais. O suportar dos limites alheios, da ignorância e da indiferença. O prazer de partilhar a vida com alguém, de gozar o “amar e ser amado”.

Nenhuma conclusão nova. Para que cultivar esse tipo de pretensão?

Este é só um lembrete em pixels de que o que fica em mim, é você.

Relacionamentos

Nunca me perguntei se as coisas que vivo envolvem um universo real e verdadeiro, ou se sou mais um ator imerso no desenrolar ficcional da vida.

Algumas situações me impulsionam a acreditar (como em Credo) e me dão à plena certeza de que, quando se trata da minha vida em contínua simbiose com Deus, nunca sou enganado. Porém, quando estão envolvidas pessoas, às vezes depositamos expectativas, sonhos e por isso, é praticamente inevitável frustrar-nos.

Desde sempre tenho procurado seguir racionalmente os meus sentimentos. Sem me perguntar muito se está tudo claro, mas procurando viver cada experiência, cada compromisso assumido, até o fim, tentando fazer bem minha parte.

A coisa que mais tenho no coração é a preocupação de construir a minha vida junto com àqueles que estão ao meu lado. De permitir que cada um possa participar da minha felicidade, da minha história.

É principalmente por isso que resolvi “publicar” meus pensamentos, idéias e devaneios nesse BLOG. Para que as pessoas possam me conhecer, saber o que eu penso e também se questionarem sobre o que elas pensam.

A importância de comunicar (colocar em comunhão) tem sido cada vez uma redescoberta fantástica para mim. Tudo que entendi e cresci nesses 23 anos de respirar e expirar foi graças às conversas, discussões, nem sempre concordando (ou quase sempre discordando), mas que foram sem dúvidas momentos edificadores.

Acredito que sem a comunhão os relacionamentos perdem o sentido. É a contínua troca de experiências, o viver juntos, CON-VIVER, que nos faz descobrir a riqueza das pessoas e das experiências.

Tenho me frustrado toda vez que espero das pessoas. Elas sempre nos decepcionam. Porém, cada vez mais entendo que o amor verdadeiro é gratuito. Não que seja isento de sofrimentos, mas que procura amar por primeiro, pois todos realmente querem ser amados, mas se ninguém começar a amar…

Siga seu coração: fórmula secreta para encontrar a felicidade

Siga seu coração

Nunca na minha vida dei respaldo para clichês sentimentalistas ou ditados exageradamente simplistas a respeitos dos sentimentos, tipo “Siga seu coração”. Porém, tenho que admitir, essa simplicidade toca levemente os relacionamentos que construímos.

Esse coração que intitula a reflexão que proponho e que para os católicos, como eu, se chama Espírito Santo, é sempre um guia na constante busca pela felicidade. Mas será que esse impulso interior é realmente algo verdadeiro??

A primeira (e única) vez que me apaixonei de verdade, sentia essa “voz” dentro de mim com certa constância.

Mesmo não havendo a oportunidade de estar com a garota que amava não conseguia trair aquilo que meu coração exigia… tinha que ser coerente com os meus sentimentos. Se não fosse para estar com ela, era melhor estar sozinho e assim passei alguns anos (sofridos) até que hoje estamos finalmente juntos.

Dessa experiência entendi que mais do que toda essa felicidade recompensadora, o esperar e, sobretudo, ser coerente com aquilo que sentia, trabalhou em cada um de nós as dúvidas para que fosse possível estarmos hoje juntos.

Mas, enfim, só queria mesmo ilustrar alguns dos meus devaneios a respeito da felicidade.

Percebo que somos felizes quando nos damos conta da nossa capacidade de gerar essa ansiada felicidade.

O Outro é sempre a unidade de medida.

Minutando relacionamentos

Hoje, conversando com uma colega da faculdade, sobre os relacionamentos que construímos, fiz algumas reflexões pertinentes.Estudando as culturas de massa e principalmente o efeito que a pos – modernidade tem causado na sociedade, é perceptível a relação entre eles na condução do comportamento dos indivíduos.
Macluhan é um dos pensadores de comunicação que acredita no homem, que vê o surgimento do mundo pós-moderno de forma positiva, mas pouco realista.De acordo com Jair Ferreira dos Santos, o indivíduo contemporâneo é vazio, insatisfeito, acredito que essa seja uma releitura mais coerente, ao menos é o que tenho percebido nas pessoas a mim próximas.Destes questionamentos surgiu o neologismo minutar…Aquilo que as pessoas acabam vivendo. Uma busca por alegrias momentâneas, num determinado ambiente. Querem somente sentir-se acolhidas e amadas nos locais que freqüentam cotidianamente, mas tudo com o a mais perene superficialidade.Dei-me conta desta “problemática” quando observei o modo com que às pessoas se cumprimentam…

_Oi, Tudo bem?

Sem nem mesmo se preocuparem com a resposta. É já algo automático.

Os indivíduos não se interessam mais uns pelos outros, querem só minutar, estarem feliz de forma fragmentada, como é o indivíduo pós – moderno. Um conjunto de tudo, sem uma essência verdadeira.

É difícil acreditar que nada que construímos vale a pena. Antes é preciso quebrar esses paradigmas, ir contra esses limites que é a sociedade que depositou em nós e não algo que faz parte da nossa natureza.

Não podemos viver minutando a felicidade, pra não nos frustrarmos. Quanto mais o relacionamento permanece superficial, mas sentimos o vazio e a insatisfação.

Minutando, se vive de forma concreta o contentamento descontente.

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén