Tardei meu almoço para ver os últimos minutos da final do futebol feminino no Pan do Rio.
Desde que cheguei de viagem venho ouvindo minhas irmãs falando nomes desconhecidos… Marta, Cristiane, Pretinha. Mulher jogando futebol??? Deve ser um saco, pensei.
Porém, sentado no sofá de casa, me deslumbrei com as jogadas da melhor jogadora de futebol do mundo, do show das brasileiras diante da fortíssima seleção americana.
Sempre achei que a única coisa que as mulheres talvez nunca superariam os homens era no futebol. Estava acostumado em ver um esporte cada vez mais equilibrado e exigente fisicamente, destacando-se Ronaldinhos, Robinhos, Cristianos Ronaldos, os poucos atletas que ainda dão um certo toque de magia, contra a brutalidade tipicamente masculina.
Porém hoje vi o contrário… mulheres velozes, habilidosas, correndo em direção ao gol, jogando um futebol bonito e gostoso de assistir. Ainda despreocupadas com o sucesso e o dinheiro e procurando dar espetáculo para que valha a pena cada centavo pago no ingresso ou o tempo perdido na frente da tv.
Durante a premiação, quis ser o excelentíssimo senhor João Havelange… Entregar a medalha e dar dois beijinhos naqueles rostos bonitos das jogadoras canadenses e americanas. Certamente todas perfumadas, lindas.
E as brasileiras! Elas talvez percam em beleza, mas são as melhores no esporte. Aqueles rostos felizes… sorrisos e lágrimas, encheram meu coração de um sentimento de orgulho. Mulheres, cada uma com a sua história… Seres que são amor personificado, força, compreensão.
Depois da premiação a foto… todas as atletas juntas. Sem brigas, até nisso as mulheres são mais civilizadas, até nisso são melhores.
Desliguei a televisão certo de uma só coisa: Ver o meu esporte predileto, jogado por mulheres tão fantásticas é unir o agradável ao formidável.