Disse uma vez Santo Agostinho que é mais fácil colocar toda água do oceano num pequeno buraco de areia, do que a inteligência humana compreender os mistérios de quem é Deus.
Compreender os mistérios que nos remetem as perguntas básicas da filosofia: Quem Sou? De onde vim? e Pra onde vou?, sempre foi um dilema nas diversas reflexões que fiz sobre a vida que tenho levado e a resposta encontrada na crença de um Deus, quase sempre me ajuda a entender a minha breve participação no Grande Jogo.
Esse Deus, Verdade única, que para os católicos é representado pela Trindade, para os muçulmanos é Allah e que também pode ser representado pelo tetragrama YHWH (Javé), é muitas vezes para aqueles que não acreditam Nele, uma força, uma luz, um pensamento, que rege o universo. (O tetragrama YHWH tem diversos significados, dois deles são: SENHOR (em letras maiúsculas), por Kýrios e Deus por Theós. Fonte:Wikipedia)
Deus é, para mim, o Criador do Universo e de todas as formas de vida na Terra. É também chamado por Adonaí (Soberano Senhor), Elohím (Deus, e não deuses, visto que trata-se de plural majestático), Ha Adhóhn (o [Verdadeiro] Senhor), Elyóln (Deus Altíssimo) e El-Shadai (Deus Todo-poderoso).
Reconhecê-Lo soberano, me faz questionar o quanto sou dependente Dele para construir e conceber a Felicidade plena. É me dar conta de que sou uma parte, não o centro e que devo esforçar-me para escutar a voz que fala dentro de mim, de nós, que serve como orientação para uma caminhada segura.
Porém, nossa compreensão é sempre limitada. A racionalidade nos permite chegar somente à uma relativização que nos leva ao vazio e aí permanece somente a Fé. Nessas horas me pergunto justamente sobre áquilo que vemos e vivemos, sobre os acontecimentos, a natureza, a nossa constituição. Dá pra conceber tudo isso sem acreditar que existe um Criador? Que tudo surgiu do nada? Pra mim é impossível.