Inúmeras vezes sentamos à mesa sem muito apetite e esperamos “o prato” pra saber se vale a pena o esforço. A fome pode ser aguçada ou amenizada de acordo com o tipo de prato que é apresentado durante a refeição.
Se por um lado, perdemos o “resquício de fome” quando temos algo que não nos agrada (no meu caso, fígado, abobrinha, frango cozido…), decidimos “fazer uma forcinha”, se a comida é apetitosa (risoto de camarão com batata frita e suco de limão geladinho…. delícia!).
Agora, quando estamos diante de uma refeição balanceada, com coisas muito gostosas e também coisas que não se sente estímulo algum para comer, a decisão fica mais complicada. É preciso pesar, pensar e no final a escolha quase sempre varia, às vezes arriscamos, as vezes preferimos não comer mesmo.
Na vida, a dinâmica é sempre a mesma… quando estamos diante de situações claras, boas ou ruins, em que o bom (ou mesmo o ruim) está ocultado pelas circunstâncias, fica fácil resolver o que queremos.
As vezes a gente está distante de alguém e fica evidente só as coisas ruins, o descaso, o comodismo a pouca afinidade com a comunicação à distância do outro, e as coisas boas, que só podemos experimentar estando próximo, parecem quase não existir, mas na verdade só estão escondidas.
Pelo contrário, quando estamos diante das pessoas que supomos amar, podemos vivenciar momentos bons e ruins ao lado dela, é possível pesar com racionalidade o quanto vale a pena viver o relacionamento. Podemos entender se as coisas boas compensam as ruins e vice-versa. A decisão fica mais difícil, delicada, arriscada, pois arriscamos perder aquele (a) que pode nos ajudar a sermos mais felizes.
Por isso prefiro possibilidades de escolhas mais difíceis, mais complexas, porque são mais verdadeiras. Quando optar pelo sim ou pelo não, não exige entrega, desapego, dor, algo pode estar errado dentro de mim.