Para algumas pessoas, qualidade de vida é trabalhar numa boa empresa – uma multinacional de preferência – conquistar um cargo gestor; liderar equipes; ser convidado para almoços executivos em hotéis cinco estrelas, onde os negócios estão no cardápio; um bom salário; desfrutar de bons restaurantes, espetáculos teatrais, freqüentar operas, shows internacionais em salas “bem reservadas”, entre outros.
Por outro lado, para algumas outras pessoas, qualidade de vida é completamente diferente do que foi descrito acima. Trabalhar numa boa empresa, é fato; ganhar um excelente salário, também – quem não quer? Apesar de alguns abrirem mão por outros benefícios – ter horários fixos para entrar e sair, almoçar todos os dias no mesmo horário; morar perto do trabalho, como forma de evitar os grandes congestionamentos; poder chegar em casa cedo e jogar uma partida de videogame com o filho, ou trocar alguns passes de bola com ele na quadra do condomínio; estar de folga em todos os finais de semana, etc, etc.
Para outros, qualidade de vida é fugir dos grandes centros cosmopolitas buscando áreas mais periféricas ou até cidades mais próximas. Vão morar em grandes condomínios residenciais fechados onde podem oferecer a seus filhos segurança, liberdade de poder correr pelas ruas, andar de bicicleta, soltar pipas, além de toda a infra-estrutura de lazer oferecida pelo empreendimento.
Um dos objetivos pela busca da qualidade de vida é a fuga do stress. A Organização Mundial de Saúde define o stress como epidemia global. Há pouco tempo, um estudo feito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), com 1.800 pessoas com atividades distintas, indicava um grande número de executivos com problemas de saúde. 32% dos entrevistados apresentavam sintomas de stress que mereciam atenção médica. Estudos da General Motors nos EUA, num passado recente, mostravam que a empresa gastava mais com despesas médicas e perda de produtividade causadas pelo stress do que com o aço que comprava para seus automóveis.
Um dos grandes problemas dos centros cosmopolitas, apontados como um dos responsáveis pelo stress da população, é o trânsito. Em São Paulo, por exemplo, às vezes perde-se cerca de quatro horas em megacongestionamentos, diariamente entre a ida e a volta do trabalho.
Com os dados acima descritos por Reinaldo Gomes, jornalista do Portal Fator Brasil, passa a ser ainda mais importante desenvolver hábitos saudáveis. Da alimentação a prática semanal de esportes, de momentos de lazer e relax, que só assim ajudarão a restaurar o clima de harmonia entre os cidadãos das grandes metrópoles.