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Palmeiras: nada como um dia após o outro

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O Palmeiras do século XXI deixou de ser um time grande. Essa afirmação, triste, porque sou palmeirense, se justifica pelos resultados e não pela história do clube. O Paulistinha e a Copa do Brasil vencidos nos anos 2000, não conseguem exprimir a grandeza do maior campeão brasileiro de todos os tempos.  Para piorar, neste século, o clube caiu duas vezes para a segunda divisão.

Uma administração medíocre, amadora, cheia de “mafiosos” que usam o clube como instrumento de poder é talvez o grande mau do clube. Não vou me delongar nesse aspecto, pois essa é uma dimensão do futebol que não deveria ser evidenciada, pois deveria somente estar a serviço do esporte e não o contrário.

Em 2013 a situação parecia se encaminhar para mais um ano triste. Um Palmeiras fraco, com poucos talentos de peso, cheio de jovens, e incapaz de pretender grandes coisas. Falava-se já de que seria quase impossível o retorno para elite do futebol brasileiro, ainda mais depois que o time perdeu de 6×2 do “pequeno” Mirassol.

Mas, como diz o ditado: “nada como dia após o outro”. Depois daquela derrota, da humilhação vivida, uma revolução interior aconteceu no time. Decididos a apoiar o técnico, os jogadores se uniram e começaram a mostrar que futebol se joga dentro das quatro linhas e que, muitas vezes, a vontade supera a falta de talento. Já dizia Thomas Edison, grande inventor americano nascido no século XIX: o “sucesso é 1% inspiração e 99% transpiração”.

Agora o time está transpirando, lutando, querendo, acreditando. Descobriu que as vitórias vêm com esforço, aplicação e respeito. A torcida está sentindo isso do time e voltou a apoiá-lo apaixonadamente. O Palmeiras não voltou a ser um time grande, não ganhou nada ainda, mas descobriu a fórmula para vencer, voltar a ser grande.

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Ser parte da Família Palmeiras

Família Palmeiras
Já há muito tempo tenho que escutar de amigos curinthianos (sim, é possível conviver com a diferença em paz e harmonia) que torcida igual a do time deles não existe. Só que ele não sabe o que é fazer parte da família palmeiras.

Passei alguns dias refletindo sobre isso, também para entender o que é fazer parte desta torcida maravilhosa que é a do Palestra. Assim, no estádio do meu Palmeiras, no jogo contra o Sport, nas oitavas de finais da Libertadores, senti e descobri a diferença essencial de fazer parte da família palmeirense.

Com os curinthianos a diferença é clara. A torcida do time “sem estádio” apóia o time a todo momento, com cantoria geral e quase uníssona. É bonito de ver, mas na tal “favela” ou você é Loko ou não serve pra ser curinthiano. Assim temos um torcedor completamente estereotipado: fanático, chato, que usa raramente a razão (ao ponto de acreditar piamente que o campeonato piloto organizado pela FIFA vale um titulo mundial).

Ser Palmeirense é fazer parte de uma família. Esta é a origem do time. O Palestra Itália surgiu para unir os sofridos imigrantes italianos, para que eles conquistassem seu espaço dentro de uma sociedade em que eram marginalizados. Assim, desde o seu nascimento, o Palmeiras é um time de família. E o que isso significa?

Ser santista hoje provém de uma herança patriarcal. Só quem viu Pelé e seus companheiros jogar é que ainda torcem para o time. A torcida denominada JOVEM, na verdade é, no máximo, um clube para senhores da terceira idade.

No Palmeiras existem os loucos, que cantam o tempo todo, apóiam, vaiam e até brigam com o técnico e também existem os senhores, que viram o craque Ademir da Guia e a Academia, que tantas vezes desbancou o Santos de Pelé.

Torcedor do São Paulo é boy. Dificilmente você encontra um São Paulino na periferia, da mesma forma que é absurda a diferença da formação intelectual e a condição social de seus jogadores (Raí, Kaká e Leonardo são bons exemplos).

Ser Palmeirense cabe as duas realidades… tem Palmeirense rico e pobre. Em Perdizes e na Barra Funda, Pirituba.

Torcer para o Palmeiras é ir no jogo e encontrar com todo tipo de gente. Famílias, mulheres bonitas, crianças, manos, estudantes e tem até a Turma do Amendoim.

Isso é família! Com pessoas diferentes que são respeitadas e torcem cada uma da sua maneira. Isso é maravilhoso de ver, de sentir.

Nosso ídolos, como São Marcos, são aclamados por todos, não importa o time.

Isso me fez entender racionalmente o quanto é bom torcer pro meu Palmeiras. Para explicar para os indecisos que você pode escolher ser estereotipado ou ser você.

OOOOOOO!!! Vamos ganhar Porco!!! Vamos ganhar Porco!! Vamos ganhar Porcooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

A gripe suína chegou ao Brasil

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A gripe suína chegou ao Brasil! Essa manchete deveria estar estampada em todos os jornais brasileiros depois que Cleiton Xavier deu aquele chute aos 42 do segundo tempo e selou à classificação do Palmeiras para o mata-mata da Libertadores.

Enquanto estava sentado na sala de casa, Eldorado FM no ouvido e feliz pela Rede globo transmitir ao menos o final do jogo do meu time, senti o mundo parar. (É importante ressaltar que o Ronaldo tem um contrato com a Rede Globo e por isso o jogo do Corinthians é sempre prioridade nas transmissões)  Aqueles segundos pós chute, a bola que viajava e entrava no gol chileno, foi o vetor que contaminou minha gritaria ensurdecedora, minha vibração, minha alegria.

Sinceramente, não gosto do trabalho de Luxemburgo. Prefiro o Mano Menezes, o Murici Ramalho e melhor que ambos: o Felipão. Porém, é inquestionável que, quando tem um time bom, Luxemburgo é sempre vencedor.

Na Libertadores isso ainda não acontece, Luxemburgo pouco ganhou fora do Brasil (como o Corinthians), mas mostrou ontem que as coisas podem estar começando a mudar.

Fiquei feliz porque calou meus estimados amigos torcedores do “time sem estádio e título internacional” e os “bambis”, que já decretavam certa a eliminação do meu Palmeiras.

Agora o que vale é tradição e isso o Palmeiras tem de sobra. Não quero mais o “inha” do Paulistinha, quero o “ão” do Japão.

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