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Minha incapacidade de superar os obstáculos do hoje causa certa ansiedade em relação ao amanhã.

Como olhar para o presente se as seguranças do passado e os mistérios do futuro tantas vezes parecem mais atraentes?

Mas tudo isso porque é mais fácil nos mantermos imersos na ficção que liberta, em vez da realidade que limita.

A utopia do amor nos impulsiona ao desconhecido, ao insuperável, a felicidade.

Enquanto o esforço de aceitar o outro, próximo, limitado e, sobretudo, nós mesmos como projeto incompleto, causa um desanimo… “abre alas” para os males que levam a depressão.

Porém, é nessa dor do sofrer, do hoje, nesse ainda não ser/ter o que se almeja, que a gente se redescobre incapaz e por isso, livre, aberto para os projetos celestes.

Assim, mesmo na dor, no sofrer, me alegro, levanto a cabeça e vivo. Para honrar o passado, desfrutar do presente, sabendo das Grandes Coisas que me esperam no futuro.