Aprendi a jogar futebol
não por conta do meu pai
Mas por causa de um amigo
Aprendi a fazer guerra de travesseiro,
gostar de ser o primeiro
Não por causa do meu pai
Mas por conta de um amigo
Aprendi a ser amigo das meninas
A reparar nas flores mais lindas
Não por causa do meu pai
Mas por conta do meu amigo
E assim pude me conhecer
E aos poucos aprendendo a perder
Não por conta do meu pai
Mas por causa do meu amigo
E esse amigo verdadeiro
que hoje faz anos
Vai perdendo os últimos cabelos
E, o pior, é curinthiano.
Mas quando a amizade é mais forte que o tempo
Maior que a distância
E é tão singela quanto as boas lembranças
Até poesia vira presente,
Pois se eu pudesse encontrá-lo hoje no Rio… quem dera!
Poderia dar-lhe um forte abraço
porque hoje festeja mais uma primavera
(poesia em homenagem ao amigo André Muccheroni, que “aniversariou” dia 10 de junho)