Parava e descia em todo ponto de ônibus.
Procurando-me, tentando encontrar o tal “destino interior” que as pessoas sonham.
Precisei repetir o gesto muitas vezes, com uma ânsia tão inocente, que me fez esquecer já ter pedido um sinal pro Motorista.
Assim, decidi confiar e sentei no banco duro daquele ônibus, até que o moço gritou:
_ Você desce aqui menino! A rua da felicidade é nesse ponto.
Saudei-o agradecendo, procurando acreditar comigo mesmo que havia finalmente chegado.
Parado no início da almejada rua, olhando para frente, me assustei com a extensão dela. Era tão grande que parecia tocar o céu.
Então decidi começar logo a caminhar, mas já no primeiro bater de pernas, no improvisado passo, me dei conta do que faltava, de QUEM faltava…
… Aquele sorriso gostoso, esperando-me na estação de trem, não me deixava dúvidas: Era Ela.