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Esperança

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Espero

Para ter consciência de que nem tudo acontece no meu tempo

Para saber que as vezes é preciso saber o justo momento

Para entender que alegria duradoura custa

Para não acabar de “saia justa”.

Espero

Um dia encontrar a Máxima Felicidade

E sei que provavelmente ela não está na minha cidade

Pôr tudo na mala e voar pra minha casa

Saber onde eu vou, enquanto o tempo voraz passa.

Espero

Para não acabar dando um passo maior que a perna

Para ser feliz do modo como Ele espera

Para não acabar tropeçando em mim mesmo

Para não cometer sempre o meu erro.

Espero

Encontrá-la pronto para amar o quanto se deve

Estar sempre aberto à Deus, de alma leve

Olhar para frente, esquecendo o passado e ser feliz

A paciência de todos para entender o que a poesia diz.

Sopro de esperança

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Aquele sopro suave me desligou dos meus iguais e me impulsionou a uma viagem de vôo certeiro, sem volta.

Não sabia onde nem quando cairia, só vislumbrava os campos verdes, o céu azul e as belezas que a flora celeste sempre cuidou de não me privar.

O estimado vento era quem me conduzia sempre. Hora à direita, forte e intenso, hora à esquerda, ligeiro, quase vazio de si. E eu continuava planando, sem saber a hora em que finalmente pousaria.

Naquele celeste voar me deliciava em cada etapa, como acontece nas quedas agudas das montanhas-russas.

A gente nunca tem o controle da velocidade e do caminho a seguir, mas alçamos os braços, certos de que o Engenheiro que planejou o brinquedo estava ciente dos perigos e zeloso da segurança de todos.

Hoje continuo voando, os mergulhos verticais parecessem me levar a um fim certeiro, mas algo sempre acontece e mostra que tudo não passa de um novo recomeço.

Daquele divino sopro primário voa também essa singela “esperança”, sem alarde.

Abre as janelas e deixa a “esperança” entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde.

(Conhecida no Nordeste brasileiro como Esperança o nome “biológico” da flor que originou essa poesia é Dente-de-leão. É uma planta medicinal herbácea conhecida no Brasil também pelos nomes populares: taraxaco, amor-de-homem, amargosa, alface-de-cão ou salada-de-toupeira.)

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