Era uma vez… Um menino que vivia numa grande cidade. Tão grande e tão cheia de gente que se dar conta de sua existência era uma coisa improvável.
Nesta cidade sorrir adquiria valor de raridade, como eclipses solares. Dizer BOM DIA fazia parte de uma educação imperial e ser cavalheiro era ser xavequeiro, ou extra terrestre.
Ali, acreditar que se têm amigos o fazia ser olhado como um sonhador… isso sem contar as amizades entre sexos: pura hipocrisia.
Porém o mais difícil era ser coerente com os seus ideais, pois o mundo tinha vida e imposição de ideais próprios. Sozinho ele não chegaria a lugar algum.
Mesmo assim, ele se deu conta da existência de algo que fazia com que, mesmo diante de tantos desafios, ele lutasse e tivesse força para ser quem ele acreditava ser.
Em sua vida existiam grandes ícones que oxigenavam suas certezas, serviam de suporte e assim ele vivia, no limite aonde poderia chegar a felicidade, todos os dias, semanas, meses e anos, pra um dia quem sabe, encontrar o que sempre buscou.