Cresci acreditando que as relações são essencialmente complementares. O que nos falta buscamos no outro e assim conquistamos o almejado equilíbrio que é fonte de serenidade e segurança.
Foi a partenidade que me fez perder essa concepção perigosa de procurar a paz interior na relação com o outro. Filhos precisam de pais completos, não perfeitos, mas prontos para acolhê-los sem esperar nada em troca.
Assim é necessário construir um equilíbrio sem muletas externas, mas no exercício cotidiano de acolhida paciente de si mesmo e de quem vive conosco. E haja energia!!
Estamos na último trimeste da chegada da nossa segunda filha. O barrigão da minha esposa é já uma evidência concreta de que logo a nossa primogênita não terá mais atenção exclusiva.
Essa passagem importante e traumática tem exigido muito de nós. É a perda do equilibrio conquistado no último ano. A grande descoberta para mim foi perceber que para reavê- lo tenho que refazer a minha escolha de amar sem pretender. Acolher respeitando o tempo do outro.