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Voto: direito fundamental ou habilitação?

voto
Ontem, durante o jantar, tive uma ideia um tanto quanto original a respeito de como podemos tentar recuperar o valor do voto como verdadeiro instrumento de participação política: em vez de considerá-lo um direito fundamental, porque não transformá-lo em “habilitação”, igual à que precisamos tirar para poder dirigir.

Em linhas gerais funcionaria assim. Com 16 anos, um jovem estaria apto a se inscrever , gratuitamente, para adquirir a sua habilitação de eleitor. A partir de então, ele seria obrigado a fazer um “CFC da política”, um curso de uma semana que explicaria os princípios que regem uma democracia; o funcionamento dos partidos políticos; as leis; o parlamento e quais são os instrumentos de participação. Após o curso, o candidato deveria se inscrever para a “Prova Teórica” onde seu conhecimento básico a respeito do que foi ensinado previamente seria avaliado.

Caso aprovado, o futuro eleitor receberia uma “habilitação provisória”, obrigando-o a participar das duas eleições seguintes (depois o voto não seria mais obrigatório). Nessas duas primeiras experiências, o eleitor deveria participar de grupos de debate e aprofundamento, para entender mais a respeito das questões ligadas à atualidade política do país. Após esse período provisório, o jovem finalmente receberia a habilitação definitiva.

Em caso de uso indevido dos direitos políticos, como crimes ligado à corrupção, que deveriam ser estipulados pela Justiça, ele poderia ter a habilitação suspensa ou em casos graves, retirada. Após os 70 anos, o eleitor também passaria a ter seus direitos de eleitor limitados à esfera local ou regional, para que não aconteça casos como o do Brexit, em que uma grande parte da população idosa acabou determinando o futuro – indesejado – da juventude da Grã-Bretanha.

Tenho dúvidas se tudo isso faz sentido. Você acha que seria uma boa ideia? Daria certo no Brasil?
Eleições

E agora? Eleições só em 2014

Eleições

As Eleições no Brasil finalmente acabaram. O mais interessante é que nunca me senti tão imerso na realidade da CAMPANHA (Fig. Grande esforço para obter um fim) POLÍTICA, mesmo estando há mais de 9500km de distância do meu país.

E esse “finalmente” é bem comemorado, pois “nunca antes nesse país” vi tantos confrontos, não no sentido positivo do diálogo aberto, de escuta, de esclarecimento de posições, de propostas e projetos, mas de disputa primária, que me deixa somente o sentimento de “o que valeu tudo isso?”.

Todas as vezes que escrevi ou coloquei minhas paupérrimas opiniões a respeito de algo que tivesse relação direta com a disputa presidencial, era atacado com veemência e por isso acabei preferindo me pronunciar pouco, ainda mais porque, afinal de contas, não teria nem meu direito ao voto assegurado, já que estou fora do país e não tive tempo de atestar residência no exterior.

Nas inúmeras agressões dialéticas, estupros da consciência, o que importava era, sobretudo, convencer. Por meio de argumento de autoridade (usando fontes pouco seguras como a Imprensa Brasileira e outras instituições aparentemente sérias como ONGs e Institutos de Pesquisas) ou atestando filósofos… Aristóteles, Focault…  Puro Sofismo!

Enquanto os pais do pensamento e da política ocidental devem estar se remoendo em suas tumbas, me pego pensando: Como é que os esclarecidos e intelectuais do Estado de S.Paulo elegeram o Tiririca??

Eleições

Durante os últimos dias chegaram até a me perguntar se me coloco acima do debate. Eu, acima do que?

Não estou acima de nada, só quero ter um pouco de paz ao exercer minha liberdade de expressão, sem me remeter ao intelectualismo que fica sentado elaborando propostas, projetos, mas nunca saiu do escritório com ar condicionado e olhou nos olhos de um desempregado, morrendo de fome, vivendo na miséria, nunca pegou um ônibus ou o Metrô as 7h da manhã. Se política é fazer projetos maravilhosos, mas que não resolvem o problema dos necessitados, prefiro continuar ignorante a respeito dela. É, sobretudo, para essas pessoas que  a política deve trabalhar. È para dar dignidade àqueles que não tem e não sustentar bancos, multinacionais, que enchem o bolso de poucos e deixa jogado na sarjeta muitos.

Enquanto não tiver comida, educação e saúde seremos um país de hipócritas. Enquanto houver miséria de um lado e “discursismo” do outro, sem trabalho, sem ações concretas (que começam no serviço e no “papel” de cada sujeito político em seus ambientes) vou gritar minha ignorância e vou desejar um respeito “desintelectualizado” e uma escuta verdadeira que está longe de acontecer.

Queria muito que todos aqueles que me interpelaram durante esses últimos meses escrevessem, produzissem, fizessem algo de concreto para ajudar pessoas ignorantes e pouco esclarecidas, como eu, a entender melhor o que é política.

Mas falar é fácil!

Meu primeiro voto: reflexões sobre o início da vida cidadã

primeiro voto

Na última eleição dei meu primeiro voto de confiança a um politico. Senti pela primeira vez que passei a ser um cidadão, ou seja, um agente modificador da sociedade.

Encarei esta primeira experiência eleitoral como algo muito importante e desde começo das campanhas políticas passei a tentar entender a máquina governamental e eleitoral.

Essencialmente procurei desenvolver uma consciência política pessoal, lendo artigos com os mais diversos pontos de vista, assistindo aos horários políticos e telejornais, para não votar seguindo idéias influenciadas e com o objetivo de captar dos políticos as melhores e mais sinceras propostas que ao meu ver, eram as prioridades para o país, estado e outros.

Quando já havia escolhido o meu candidato, procurei incentivar discussões em casa, com a minha família, no trabalho e delas solidifiquei minha opiniões e idéias.

Foi uma experiência inesquecível porque descobri a importância do meu voto, que é a minha contribuição para o desenvolvimento do meu país e pela realização plena da DEMOCRACIA.

SANTA IGNORÂNCIA!!!!

(escrito em 2002, na primeira vez que votei)

Eleição (wikipedia)

É todo processo pelo qual um grupo designa um ou mais de um de seus integrantes para ocupar um cargo por meio de votação. Na democracia representativa, é o processo que consiste na escolha de determinados indivíduos para exercerem o poder soberano, concedido pelo povo através do voto, devendo estes, assim, exercerem o papel de representantes da nação. A eleição pode se processar com o voto de toda a comunidade ou de apenas uma parcela da comunidade, os chamados eleitores.

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