Enfim, depois de dez dias maravilhosos na ilha de Nias, chegou a hora de ir embora.
Durante os dias vividos aqui eu pude sentir realmente o amor de cada habitante desse lugar. Encontramos um povo sorridente mesmo tendo sofrido muito por conta das duas terríveis catástrofes naturais que eles atingiram a ilha.
Tinha na mente o preconceito de que não era um povo trabalhador. Ainda está na minha mente a imagem daqueles muitos jovens sentados no “meio fio” das suas casas, à toa… aquilo me fez pensar: Porque eles não trabalham para ter uma vida melhor?
_ O que é melhor para você? Eles têm família, têm casa, têm comida, o que precisam mais? – foi a resposta de Ponty e percebi que realmente o nosso conceito ocidental de “vida melhor” é a maior das ilusões. Ter não tem nenhuma relação com SER!
Eles são um povo feliz com aquilo que têm e por isso não procuram produzir para ter sempre mais. Questão de mentalidade.
Um momento especial foi poder conhecer a vila onde mora a família de Ponty. Claro que já o via como um grande irmão, mas ir até lá e viver com ele aquelas recordações, conhecer a sua família, as pessoas que o viram crescer, nos ligou ainda mais.
Para mim é sempre difícil ir embora. É a velha historia da mulher que está apegada a bolsa que há nas mãos e não quer deixá-la para pegar a grande mala que está logo adiante, com medo do período que vai estar “de mãos vazias”.
Entendo que me ligo às pessoas e as situações quando deixo o meu EU crescer na frente de Deus, porém não quero deixar de me esforçar.