1 pessoa, 10 minutos de conversa, algumas palavras, que tentam definir: uma vida. Clara Joséphine Figueirdo Caldeira da Silva, ou só Clara Caldeira mesmo, tem 19 anos, francesa de nascimento, mas brasileira de registro. Ajudada pelo método construtivista de ensino, cresceu livre para traçar seus caminhos e realizar dois grandes sonhos: mudar o mundo e reavivar o jornal e a produtora do avô falecido.
Quando se olha para os belos olhos claros, penteado moderno, roupas estilo hippie, dificilmente percebe-se a pouca idade, ainda mais “disfarçada” pela maturidade e a transparência da jovem Clara Caldeira.
Nascida em Paris, fruto de um relacionamento entre dois arquitetos que migraram para França a fim de realizar estudos de pós – graduação, transferiu-se com seis meses para o Brasil, mais exatamente no bairro de Perdizes em São Paulo, onde vive até hoje.
Clara Caldeira teve o método construtivista do Colégio Vera Cruz como suporte para a formação da sua educação. A liberdade de construir o conhecimento foi importante para ela, que, ao aprender como se escreve um texto dissertativo na oitava série, entendeu que talvez seria o Jornalismo o caminho a seguir profissionalmente.
O falecido avô, jornalista, foi um dos grandes modelos para a Clara Caldeira. “Eu escrevia textos desde pequena e meu avô corrigia” – diz a jovem que também foi estimulada pela presença dos pais, que, apesar de arquitetos, escrevem muito bem. Ela, além do jornalismo, tem interesse pelas artes, o que ela mesma define como uma tendência à valorização da estética.
A jovem Clara Caldeira mora com a mãe e o irmão de 16 anos após a separação dos pais, que tem outro filho de três anos de um outro relacionamento. Trabalha há um mês em três publicações direcionadas da Editora Monte Castello e chegou a trabalhar na ong Cenpec em 2006, em que ela considera ter sido uma boa experiência.
Clara Caldeiraquer ser jornalista, pois acredita que escrever é um dos seus talentos. Que através da escrita pode realizar seus sonhos: mudar o mundo e reavivar a publicação “Jornal Verde” e a produtora Jaraguá Filmes, do seu falecido avô. Tem como objetivo escrever, preferencialmente em uma publicação mensal, sobre cinema ou política e quer aproveitar ao máximo as experiências de estágio para descobrir o que gosta.