Política: o que eu tenho a ver com isso?

Eu e a política

Interesses. Todo mundo tem os seus. Tem gente que sonha em ter uma casa própria, ou um bom trabalho, ou uma educação de qualidade. São os nossos interesses pessoais que nos impulsionam a realizar nossos projetos, a trabalhar visando o nosso próprio bem estar.

Entretanto, inseridos em um contexto comunitário, que envolve outros indivíduos iguais em dignidade, direitos e deveres, encontramos um importante obstáculo toda vez que, individualmente, queremos algo. Não é que os nossos desejos pessoais tenham, essencialmente, menos valor quando expressos em um contexto coletivo. Mas, dentro de uma comunidade (unidade social reunida com base nos interesses/valores comuns) todo anseio individual, por melhor que seja, vem confrontado com o bem coletivo, com a sua capacidade de trazer bem estar também às outras pessoas que convivem em um mesmo espaço geográfico.

Para negociar civilizadamente os anseios individuais de maneira coletiva, surgiu a tal democracia, um “espaço dinâmico” onde a aplicação de um determinado interesse deve, à priori, ser discutida e aprovada pela “maioria”, com o pressuposto de que as decisões tomadas, de maneira representativa ou não, devem visar o bem comum.

Eu e a política

eu e a politicaA descrição acima foi a maneira mais simples que encontrei para explicar a importância da política na minha vida como cidadão, isto é, como um indivíduo inserido dentro de uma comunidade.

Eu, como qualquer outro ser humano, também anseio muitas coisas. Algumas realmente boas para mim e para as outras pessoas, outras nem tanto. Contudo, é o confronto com os outros “cidadãos” que vai permitir que as minhas ideias sejam aplicadas ou não a todos.

O sistema democrático brasileiro

Infelizmente, no Brasil, o sistema político (ou sistema democrático) é profundamente distante da população. Diante de uma estrutura baseada no governo representativo, isto é, onde escolhemos alguém para decidir por nós, temos como instrumento efetivo de participação “somente” o voto.

Claro, como os utópicos de plantão tentam nos convencer, podemos também acompanhar nossos candidatos eleitos e pressioná-los para que tomem decisões baseadas nos nossos interesses. Além disso, podemos propor iniciativas populares para transformar em lei uma boa ideia individual.

No primeiro caso, pressionar não muda muito uma situação, pois o político eleito raramente tem seu cargo ameaçado, mesmo se decidir desrespeitar os interesses dos seus eleitores. No segundo caso, uma iniciativa popular raramente consegue superar todos os entraves burocráticos para chegar ao plenário e, acima de tudo, ser aprovada pelo Congresso.

Enfim, como em qualquer sistema democrático, a participação é fundamental. Mas, especificamente no modelo brasileiro, ela tem ressonâncias limitadas. Ao meu ver, a verdadeira dinâmica democrática é feita, mais das discussões do dia-a-dia, do que do período eleitoral.

A necessidade de sermos atores políticos

No contexto atual, uma corajosa proposta precisa ser avaliada: a reforma política. Precisamos de mais instrumentos para incidir diretamente nas decisões políticas que nos concernem, começando em escala municipal, até chegar ao contexto federal. Alguns exemplos, como o orçamento participativo foram implementados em alguns municípios brasileiros, mas acho que limitar-se às decisões voltadas aos aspectos econômicos é muito pouco.

É fundamental a possibilidade (não a obrigatoriedade) de fazer valer os nossos interesses, obrigando o Poder Legislativo, em alguns casos, à consulta popular antes de aprovar uma determinada lei.

Até as próximas eleições presidenciais, uma vez por semana, irei publicar algumas reflexões e ideias baseadas na vivência de outros ambientes democráticos, com o simples objetivo de fomentar discussões sobre o Brasil que queremos.

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Copa fora do Brasil: Decepção e a esperança de um futuro melhor

futuro melhor

Já se foram quase duas semanas que mais uma Copa vivida fora do Brasil terminou. Porém, só agora tive tempo de sentar para escrever o texto conclusivo dessa seção, que mostrou meu olhar, como brasileiro residente no exterior, durante a Copa do Mundo. Infelizmente, de novo, não sobraram muitos motivos para me alegrar. A primeira justifica talvez seja a mais óbvia: a seleção brasileira jogou mal, mas tão mal, que foi massacrada, humilhada, em seu próprio país.

No fundo, eu não achava que a seleção seria campeã com um time tão limitado e emocionalmente frágil. Mas, perder de 7×1 foi um duro golpe que, até hoje, tem consequências diretas quando encontro com as pessoas que vivem aqui em Genebra.

Perder, ganhar, o que realmente importa?

Eu não gosto de perder! Nunca gostei! Como jogador amador, todas as vezes que entrei em campo foi para participar, claro, mas com o objetivo de vencer.

Com o tempo – e a idade – me dei conta que, além do fato de vencer, existem outros fatores importantes escondidos em uma competição esportiva, como, por exemplo, a capacidade de vivê-la de maneira coletiva e fazer dela uma experiência que transcenda as vitórias nos gramados.

futuro melhorA Alemanha, ao menos diante das câmeras, parece realmente ter conseguido fazer da sua estadia durante à Copa, um mergulho cultural no Brasil. A bonita amizade construída com a comunidade que vive nas proximidades daquele que foi o seu centro de treinamento na Bahia, foi mostrada ao mundo inteiro, gerando uma grande simpatia dos brasileiros com os jogadores alemães.

Dentro de campo a “Mannschaftt” alemã foi implacável e mereceu, mais que qualquer outra nação, o tão sonhado título (por azar dos argentinos que, como nós, tiveram o seu próprio Maracanazo).

Rivais mas não inimigos!

Rivalidade, quando se trata do esporte, é sempre algo saldável. O rival é aquele adversário que, por ser tão bom quanto nós, nos impulsiona a trabalhar mais para poder vencê-lo.

futuro melhorEu, como palmeirense, tenho muitos amigos e parentes corintianos. Adoro tirar o sarro deles, de diferentes formas, mas procuro não deixar que a rivalidade destrua as relações positivas que tenho cada um deles.

Com os argentinos o sentimento é o mesmo. A Argentina sempre teve uma grande seleção e vencê-la sempre teve um gosto especial, porém isso não tem nada a ver com a minha amizade e admiração com o povo do país vizinho.

O povo argentino, especialmente de Mendoza, Córdoba, Rosário e Bahia Blanca, é sensacional. A Argentina é uma nação maravilhosa. Tenho grandes amigos lá e um amor especial pelas suas terras e pela rica cultura. Alguns amigos brasileiros dispararam críticas àqueles que, como eu, torceu para os Hermanos na final contra a Alemanha. Mas, sinceramente, estando longe do meu continente, torcerei sempre pelas nações latino-americanas.

Entristeci-me com o modo como a mídia brasileira e argentina promoveram as atitudes violentas dos torcedores fanáticos que, como os membros das torcidas organizadas, são, na verdade, bandidos.

A esperança de um futuro melhor

Como torcedor tenho que admitir que o desfecho humilhante da seleção brasileira me tornou “alvo” de zueira para todo estrangeiro que descobre de onde eu venho. Com um sorriso amarelo tento explicar que, mesmo tendo sido humilhada, a seleção brasileira continua sendo historicamente a maior de todas. Que perder faz parte e que essa derrota, em especial, pode nos ajudar a crescer e perceber que não se pode viver de improviso e do talento de um ou outro.

Posso assegurar que perder uma Copa no Brasil é triste, mas fora é muito pior. Ninguém poder – e nem quer –  te consolar. Nenhuma pessoa entende o que significa a seleção brasileira de futebol para o povo tupiniquim. É preciso ser brasileiro e, acima de tudo, estar no Brasil.

A Copa acabou, mas as lembranças vão ficar. A zueiras, as provocações. A alegria, o sofrimento, o alivio, o desespero, a decepção. Mas, sobretudo, a esperança de que, daqui a quatro anos, o desfecho da competição futebolística será outro.

Minhas esperanças transcendem também os gramados. Sonho que, as nossas decisões no segundo semestre, nos façam um país melhor, também fora dos gramados.

eLe

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Copa fora do Brasil: A última semana da Copa das Copas

última semana da Copa

A Copa, infelizmente, entra na sua última semana. Durante quase um mês vivenciamos momentos maravilhosos em que o esporte mais popular do planeta passou a fazer parte do nosso cotidiano, tantos nas conversas do dia-a-dia, como nos dias de jogo do Brasil ou de outras seleções que queríamos acompanhar.

Desta vez, particularmente, eu pude acompanhar quase tudo. Deixei de assistir umas cinco partidas, no máximo, deliciando-me como nunca desta Copa das Copas. Mesmo sofrendo, na maioria das vezes sozinho – como brasileiro -, tive a oportunidade de viver esse momento de maneira diferente, percebendo que a derrota, aqui na Suíça, não é, necessariamente, um drama na vida das pessoas.

Por exemplo, no último final de semana, o tenista suíço Roger Federer – idólo nacional – perdeu a final do torneio de Wimbledon para Novak Djokovic. Mesmo com a derrota, as pessoas e a imprensa não ficaram lamentando demais, dramatizando o ocorrido. Perder é uma realidade comum no esporte (e também na vida).

A última semana da Copa

Hoje, antes da sofrida semifinal contra a temida Alemanha, que a imprensa mundial considera definitivamente favorita, acordei ansioso. Não quero que a seleção perca agora, mesmo sabendo que talvez seja o momento da Copa em que essa possibilidade é mais real.

última semana da CopaPerdemos o Neymar de forma dramática e mesmo que ele não tenha rendido o esperado nos últimos dois jogos, a sua saída tira um pouco da alegria e da ousadia da Seleção. Também o nosso capitão Thiago Silva, por conta da sua atitude infantil – o que não foi acenado por ninguém -, não vai jogar, mas a seleção não é formada somente por 11 jogadores.

A seleção não é um clube de futebol que, por motivos econômicos ou de falta de planejamento, não tem recursos para ter um bom plantel, com reservas à altura dos titulares. Não! A seleção conta com os, supostamente, 23 melhores jogadores de futebol do país e, a nossa, especificamente, tem reservas que seriam titulares em qualquer outra seleção do mundo.

Dito isso, não vamos lamentar os desfalques como justificativa antecipada para uma possível derrota, mas acreditar que, mesmo sem o time ideal, temos outros jogadores bons o suficiente para nos levar à tão sonhada final. E se não tivermos, a grande culpada – na minha opinião – é a comissão técnica, incapaz de montar um time com peças de reposição que assegurem a qualidade esperada.

A grande Colômbia e David Luiz

Dois aspectos, estando deste lado do Atlântico, chamaram a minha atenção na semana passada.

O primeiro dele foi a boa partida que o Brasil fez contra os nossos vizinhos colombianos. A vontade de vencer, fundamental para quem quer ser campeão, pareceu ter voltado aos jogadores brasileiros. Mesmo exagerando nas faltas e sem o brilho que o mundo espera, a seleção foi eficiente, maravilhosa coletivamente. Do outro lado, tínhamos a seleção com o futebol mais bonito da Copa, com mais alegria e ousadia e que contava com aquele que será, talvez, o grande artilheiro da competição.

A segunda situação especial foi o testemunho de fair play do “cabeleira” David Luiz, que consolou o astro colombiano James Rodriguez, após a eliminação de seu País nas quartas de final da Copa do Mundo. Um jogador simples, alegre, bom de bola e, acima de tudo, ético.  “Temos que pensar sempre que (essa atitude) não é só exemplo para o futebol, é para a vida. Porque as crianças querem ter o cabelo como os nossos, as mesmas coisas. Temos que lembrar também que precisamos ser pessoas grandes, ser humanos grandes na vida”.

Sensacional!

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Levantar o olhar e observar ao seu redor │Rodrigo Delfim

Levantar o olhar

Recentemente um vídeo fez grande sucesso na internet ao prometer que você, após assisti-lo, “teria vontade de jogar seu celular no lixo”. Até parece exagero a princípio, mas de fato o vídeo mostra situações corriqueiras e repetidas em todo o mundo, nas quais o telefone celular ou outro dispositivo eletrônico roubam tanto a atenção das pessoas que elas ficam praticamente como seres isolados, cada qual em um mundo virtual, desprezando ou ignorando situações de convívio social.

[youtube=https://www.youtube.com/watch?v=WS_TyiTP0OA]

Não há dúvidas de que o avanço das tecnologias abriu possibilidades que sequer podiam ser imaginadas para a vida real em um passado não muito distante. Se nossos pais mandavam cartas que podiam às vezes demorar semanas para chegar ao destino, hoje os e-mails e redes sociais permitem comunicação instantânea não apenas com uma pessoa, mas com grupos inteiros, em qualquer parte do mundo.

Sem dúvida é um tanto quanto sedutora a impressão de que o mundo todo está ao alcance de seus olhos e dedos por meio de computadores, tablets e telefones celulares com acesso à internet – os chamados smartphones.

Negar os benefícios que esses avanços tecnológicos e de comunicação permitiram é uma grande besteira. Mas ainda pior é se tornar um dependente completo dessa interação virtual, desprezando ou ignorando as interações humana mais antigas: o toque, as expressões faciais, a fala, o olhar, os aromas. Em suma, tais pessoas praticamente abdicam de viver a própria vida. E infelizmente essa situação tem se tornado comum, como bem mostram o vídeo e os exemplos contemporâneos.

Levantar o olhar e para enxergare o outro

Quem nunca viu a curiosa cena onde amigos estão juntos, em uma mesa ou sentados lado a lado, mas cada um com seu telefone celular interagindo ou jogando sabe-se lá com que jogo ou rede social? Até mesmo locais conhecidos por permitir interação direta com pessoas de todo o mundo, como a sala de convivência de um hostel, perderam em grande parte essa característica com a chegada das redes sociais aos dispositivos móveis.

De certa forma todos são atingidos, direta ou indiretamente por essa realidade – seja quando alguém deixa de interagir com você ou quando abrimos mão da possibilidade de falar com o outro por preferir dar atenção ao celular. No entanto, uma tela de computador, celular ou tablet não pode substituir o olhar de cada um.

Sim, é possível fazer diferente

Levantar o olhar

Pouco depois que assisti a esse vídeo, procurei controlar o tempo que passava ao celular, seja na rua ou em casa. E dias depois tive uma prova bem clara de como podemos perder oportunidades e experiências se restringirmos nosso círculo de atenção ao celular.

Estava em pé dentro do metrô de São Paulo, a caminho do trabalho, quando desliguei o celular por conta da superlotação. Vi uma moça que estava com dificuldade de se mexer dentro do vagão por conta da grande mochila que carregava. Ao notar isso, ofereci o canto do vagão onde estava para ela acomodar a mochila. Ela prontamente aceitou e começou a conversar comigo: era uma turista belga, que estava no Brasil para visitar seu namorado; apesar do pouco tempo em terras brasileiras, mostrou bom domínio do português e uma disposição para conversar que eu não esperava.

Sem dúvida essa companhia inesperada tornou a viagem bem mais agradável e foi um exemplo claro de como é possível “virar a esquina” quanto à “ditadura do celular” à qual tantos de nós se submetem.

Ou seja, para começar a virar a esquina e viver sua vida, basta começar por uma atitude bem simples: apenas levante o seu olhar e observe o seu redor.

eLe

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rodrigo Viajo porque necessito, volto porque quero viajar de novo | Rodrigo DelfimRodrigo Borges Delfim, formado em jornalismo pela PUC-SP em 2009, trabalha atualmente na área de Novas Mídias do portal UOL. Interessado em Mobilidade Humana, Políticas Públicas e Religião, desde outubro de 2012 mantém o blog MigraMundo para debater e abordar migrações em geral. É também participante da Legião de Maria, movimento leigo da Igreja Católica, desde 1999.

Copa fora do Brasil: os sentimentos que o futebol promove

sentimentos

Pensar que a Copa do Mundo está acabando é, para mim, motivo de tristeza, mas também de alívio.

Desde pequeno ouvi, diversas vezes, minha mãe contar a sua decepção pessoal com a fantástica seleção brasileira de 1986 que, após dar show na primeira fase, acabou eliminada nos pênaltis pela França, nas quartas de finais da Copa. Isso cultivou em mim um perene receio de que, em se tratando de futebol, as coisas não serão jamais como eu gostaria, como foi na última partida do Brasil nesta Copa de 2014.

Não acredito que preciso dizer o quanto o Brasil tem jogado mal na Copa. Aquela seleção que encantou a todos no ano passado, que jogava com confiança, ainda não apareceu, nem de longe, este ano. Enfim, até aí normal! Coisa de futebol! Isso se não estivesse vivendo uma Copa fora do Brasil.

Brasil x Chile: sofrimento, alívio e temor

Os 120 minutos, mais os pênaltis, disputados contra o Chile nas oitavas de finais foram, sem sombra de dúvidas, os mais sofridos por causa de futebol da minha vida. Desse lado do Atlântico, além da minha esposa, que porém é Suíça, não tenho ninguém que entenda meus sentimentos, principalmente a paixão que o Brasileiro tem pelo futebol.

Tenho me esforçado para explicar aos meus amigos daqui como o esporte, principalmente o futebol, parece espelhar a vida da maioria dos brasileiros. A luta diária, é feita com os “dribles” necessários para vencer em um contexto escasso e é, principalmente, impulsionada pela esperança de dias melhores.

O jogo contra o Chile foi uma excelente paródia com final feliz. A vida do brasileiro, nem sempre, termina da mesma forma.

Suíça x Argentina: sofrimento, tristeza e orgulho

Os sentimentos de sofrimento e alívio em relação ao Brasil não se repetiram com a seleção Suíça. Jogando contra um adversário muito mais difícil que o Chile, a Confederação sucumbiu a única “faísca” de futebol de Messi, durante os 120 minutos do confronto.

Eu e minha esposa estávamos crentes de que a Suíça ia tomar um chocolate. Três ou quatro a zero. Porém, o que se viu durante o jogo, foi uma seleção europeia aguerrida, anulando o craque argentino e levando muito perigo ao gol do fraco goleiro sul-americano.

sentimentos

Porém, quem tem Messi e Di Maria não precisa de muito para ver a apreensão rapidamente transformada em alívio. E foi assim: três minutos antes dos pênaltis a Argentina conseguiu marcar e passar para as quartas de finais.

Aqui na Suíça a tristeza foi grande. Ninguém esperava uma seleção tão valente diante da grande Argentina. Durante a partida, o temor virou esperança e chegou a ser quase certeza que os jogadores suíços poderiam entrar para a história. Inúmeras chances perdidas, um sistema defensivo quase perfeito, até que o gol argentino jogou um balde de água fria nas esperanças helvéticas.

Eu fiquei triste. Minha esposa ficou muito triste. Dava para ter passado. Mas não foi dessa vez.

Ficou, contudo, o orgulho pela campanha positiva, pela revelação de bons (e jovens) jogadores, que dão a esperança de um grande futuro para a pequena Suíça.

Para o Brasil a Copa ainda não acabou e, mesmo que tenha que festejar sozinho, prefiro que ela só acabe dia 12.

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