discreet

 Discreet happiness

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I was thirsty, until today.

How can I live so many days without You?

Although I know you are everywhere,

I’ve met you in a precisely way.

What a happiness,

when I am in Your silent presence.

Even if I can find you in songs and prayers

I’ve been trying to hear You in the imperceptible breath.

Now, finally, I’m satiated.

Ready to share this intense and discreet happiness.

filhos

Filhos. Sim? Não? Porque?

filhos

Recentemente muitos dos nossos amigos nos surpreenderam com a maravilhosa notícia de que estão grávidos. Isso sem contar a quantidade de filhos lindos que nasceram no último ano. Por outro lado, não raramente, tenho encontrado casais que optam por adiar a gravidez ao máximo, visando desfrutar de uma tranquilidade financeira, ou por quererem aproveitar o máximo da vida, viajar.

Há dois anos casados, recentemente temos nos perguntado se já é o momento de mergulharmos na aventurosa missão da paternidade.

Filhos: porque sim e porque não?

 “Na sociedade em que vivemos não existe mais a obrigação de se manter em um casamento e criar família, a vida de solteiro se estende por mais tempo, vida agitada e sem horários, com maior dedicação profissional”. Além disso, “a violência nas cidades e o medo de não conseguir dar do bom e do melhor aos filhos” podem ser considerados, segundo a autora da frase, bons motivos para evitar ter filhos.

Encontrei essa afirmação em um texto de blog que vê o casamento e a paternidade como “empecilhos” na vida de quem os escolhe. É comum essa visão negativa e, ao meu ver, parcial dos críticos do casamento e da paternidade. Casar e ser pai, mãe, muda a nossa vida definitivamente. Não só trazendo preocupações, a necessidade de sacrificar projetos individuais, mas também nos fazendo descobrir outras nuances do Amor e nos ajudando a entender que, no final de contas, somos feitos para partilhar nossa existência.

filhosNão digo que para ser feliz é imprescindível casar e ter filhos, mas acho que ambas as escolhas proporcionam um “tipo” de realização muito especial.

No meu caso e da minha esposa, decidimos casar. Mas casamento, para nós, não são só os sacrifícios pessoais que fazemos, mas é, principalmente, a alegria de vivermos juntos as mais “coloridas” experiências que a vida nos apresenta.

Queremos também ser pais, pois um dos objetivos do nosso casamento é ser família. Somos muito felizes “a dois”, mas ser casal é diferente de ser família.

Questionamentos de um casal binacional

Quando e onde são duas perguntas que mexem com todo casal, mas particularmente com um casal binacional. A distância de casa e a falta de uma estabilidade mínima, muitas vezes dificultam uma decisão tão importante como a de ter filhos.

Os projetos pessoais de cada um também não devem ser descartados em uma família. Acredito que a decisão da paternidade não deve “atropelar” os sonhos individuais que, com um filho, podem ficar mais difíceis de serem concretizados.

O sentimento crescente da paternidade

filhosEu e minha esposa sempre dizemos que estamos abertos à paternidade. A maneira com a qual temos vivido o planejamento familiar dá brechas para a gravidez, mas, neste momento das nossas vidas optamos por primeiramente concluir algumas etapas importantes que começamos.

Enquanto isso, o que fazer? Nesses dois primeiros anos de casamento tenho percebido o quanto é positivo fazer escolhas de maneira gradual.

Uma gravidez inesperada, a demissão no trabalho ou alguma outra situação familiar, pode acabar “obrigando” um casal a amadurecer rapidamente. Assim, poder viver com tranquilidade essas experiências ajuda muito, principalmente quando a vida juntos acabou de começar.

Dá para saber a hora certa?

Está aí uma pergunta que tenho me feito muitas vezes: como saber a hora certa de ter um filho? Talvez um importante aliado seja o diálogo entre o casal. Entender aos poucos o que é importante para cada um, como buscar a estabilidade financeira, equilibrar a vida profissional no pós nascimento, como será a educação dos filhos, ajuda a se preparar para a paternidade. Como diz a minha esposa: “uma criança demora 9 meses para chegar, justamente para que possamos nos preparar para a paternidade”.

verdade

A mídia é mentirosa? Jornalismo e a busca da verdade

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Está lá no meu curriculum. É só entrar no Linkedin e conferir: “Jornalista profissional com mais de 8 anos de experiência”. Bom, mas o que isso significa? Esse tempo serve como atestado absoluto de credibilidade?

Não sei se já disse publicamente, mas escolhi estudar jornalismo por considerar a partilha um dos pilares da existência humana. No meu entendimento, partilhar é uma forma de comunicação interpessoal. Ela exige, indiscutivelmente, o envolvimento de dois ou mais sujeitos. O jornalismo, impulsionado pela ideia de uma comunicação “de massa”, nada mais é que uma partilha “em larga escala”. Com ele, comunicar torna-se o árduo ofício de identificar, na cotidianidade dos fatos, aspectos que nos ligam e nos fazem, em qualquer parte do planeta, iguais, “irmãos”.

Bonita essa explicação, não? Eu acho. Mais do que isso, eu acredito nesse “ideal”. Abstendo-se de promover esse encontro “ontológico”, o jornalismo não passa de um alto falante dos poderosos, que usam a mídia para promover interesses particulares.

A mídia: verdade ou mentira?

verdadeSempre me informei por meio da mídia em geral. Ultimamente tenho confiado um pouco mais em estudos de organizações internacionais, mas, no fundo, ninguém me garante que elas são 100% imparciais.

Então, para conhecer a verdade, é preciso observar os fatos com próprios olhos? Sim e não. Claro que a possibilidade de observar um fato “in loco” é uma riqueza e tanto, porém, duas pessoas que testemunham um mesmo fato podem tirar conclusões completamente antagônicas. Eu minha esposa experimentamos isso na nossa recente passagem pelo continente africano.

Mas, afinal de contas, é possível defender uma verdade “jornalística”? Existem informações absolutamente confiáveis? Difícil responder.

Acho que tudo passa pela identificação de padrões nas informações divulgadas. A imparcialidade defendida pelo jornalismo é um instrumento importante, pois tem como premissa o fato e não a sua interpretação. Porém, toda informação precisa nos levar a algum lugar. Os fatos precisam ser enriquecidos por outras informações e opiniões equilibradas que respeitem a complexidade dos mesmos.

Atenção ao equilíbrio!

Equilíbrio. Essa é a sensação que procuro experimentar ao “consumir” uma informação. Mesmo consciente de que o jornalismo, para simplificar, insiste no jogo maniqueísta.

Gosto de pensar na Verdade como um quebra-cabeças. Para chegar à ela é preciso considerar todas as vozes. Cada “peça” é fundamental para um resultado satisfatório. Contudo, para montá-lo são fundamentais a paciência, a atenção e o discernimento crítico das informações/peças que se tem em mãos. O resultado final, as sínteses, precisam, entretanto, serem universais.

Giuseppe Zanghì

Ao mestre Giuseppe Zanghì

Giuseppe Zanghì Giuseppe Zanghì

Encontrar Giuseppe Zanghì não foi uma experiência trivial. O homem cuja especialidade era transformar inspirações em teorias tinha mesmo uma luz diferente.

Sua presença expansiva transparecia, para mim, uma certa “impaciência”, perceptível em todos aqueles que vivem aqui, mas com a alma “là na frente”.

Uma lembrança de Giuseppe Zanghì

Uma vez, logo depois de uma conferência feita para os adolescentes dos Focolares em 2005, tive o privilégio de presenciar o encontro dele com dois  expectadores que, curiosos, queriam uma resposta as suas angústias em relação à vida.

“Entendo o que você esta querendo me perguntar, mas acho que é preciso que aprendamos a ir no mais profundo da nossa existência. Sabe aquele lugar, lá dentro de nós? Então, mais profundo ainda. Só assim podemos descobrir aonde estar a verdadeira felicidade”.

Não sei se essas foram as palavras literais de Zanghì, mas a tal “sede de profundidade” acabou me contagiando e acompanhando por muito tempo, até finalmente me levar ao Instituto Universitario Sophia. Lá, diante daquele audacioso projeto de “vida e estudo”, pude colher alguns dos incomensuráveis frutos da vida e das sínteses intelectuais desse grande mestre.

Giuseppe ZanghìCom 85 anos, Peppuccio – como era conhecido entre as pessoas do Focolares – se foi, deixando um patrimônio de leituras que aproximam “Céu” e “Terra”. Em mim, a gostosa lembrança de um “fratello” cheio de uma “santa” teimosia, alegria, além do sorriso de um verdadeiro “menino de Deus”.

tudo

Casamento: dividir tudo ou nada

tudo

No primeiro post de 2015 de “Amor binacional”, gostaria de acenar para um aspecto fundamental da vida à dois que as vezes é pouco valorizado: a partilha total da vida, com apelo particular à realidade econômica.

O título do texto denuncia uma dimensão um pouco assustadora do casamento, mas bem real: casar é dividir tudo ou nada! Para quem opta pelo “tudo” a vida fica mais complicada, mas igualmente desafiadora.

O meu, o dela, tudo agora é nosso

Eu e minha esposa estamos entre os casais que decidiram partilhar tudo. Passados os dois primeiros anos, percebemos como essa escolha acabou se tornando o fio condutor da nossa vida.

Vou exemplificar. Um dos maiores desafios que experimentamos recentemente como família binacional diz respeito à vida profissional. A decisão inevitável de viver em um dos dois países acabou me levando a abrir mão (voluntariamente) da rede de contatos profissionais que tinha no Brasil, para começar uma nova, aqui na Suíça. Agora, em outra nação, tenho vivido um árduo (mas riquíssimo) processo de adaptação ao mercado de trabalho, principalmente com o aprendizado de novas línguas.

Inicialmente, só minha esposa conseguiu um trabalho estável. Nesse contexto, como seria possível viver vidas economicamente distintas, se as entradas só chegam regularmente a um de nós? Partilhar tudo também permite que nos ajudemos, reciprocamente, a ter a paciência e a Fé necessárias para ir além das dificuldades normais de quem opta por uma dinâmica familiar com maior mobilidade. O esforço é importante, mas é interessante também se dar conta de que, muitas vezes, a própria conjuntura acaba nos ajudando a dar os passos necessários.

tudoInúmeros casais cometem o erro grave (ao meu ver) de não viver uma partilha total, principalmente economicamente. Muitos simplesmente continuam a vida de solteiro, com as próprias despesas e entradas individuais. Na maioria das vezes as despesas são divididas, mas sem um projeto comum, sem um planejamento familiar. Não acho errado que cada um tenha a própria conta bancária, mas acredito ser fundamental a consciência de que, quando se vive em família, não existe mais o “meu” ou o “seu”, mas tudo passa a ser “NOSSO”.

A partilha de tudo, especialmente da realidade econômica estimula o desejo de viver juntos os outros aspectos, sejam eles espirituais, humanos, produzindo efeitos colaterais surpreendentes até mesmo na vida íntima.

Neste mundo que insiste em promover o individualismo como única alternativa para à “auto-felicidade”, entregar-se, partilhar e confiar no outro pode até parecer loucura, mas é um desafio cotidiano que traz ótimos benefícios para qualidade da vida à dois.

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