The key day for Brazilian democracy

It has been more than six months that I’m struggling to write down my feelings about the election process in my home country. Since 2014, it seems that powerful voices are trying to divide Brazil, promoting dilemma as the only alternative for voters. But none of the mainstream parties, who played the hero and villain game, have imagined that things would go as crazy as they are right now, finishing by creating the Brazilian version of Trump or Maduro.

Regardless of the result today, unfortunately the Brazilian democracy has already lost too much. Maybe the process is legit because people are still voting to decide who will be the Brazilian leader. However, the division, violence and absence of respectful dialogue between citizens show how far we are from a positive methodology to solve our national issues.

I understand the delusion towards the Labour Party. I am one of those who feel betrayed by their good political marketing combined with the absence of structural solutions for the vulnerable people. However, it would be a great mistake to believe that we can change the course of a nation by force, as Jair Bolsonaro proposes. It would reduce politics to a bunch of superficial solutions instead of recognising that societies are complex and in need of a fair compromise between different interests.

Democracy must be an inclusive project that puts everyone at the same table, towards the utopia of the common good. And the power of voting carries the individual responsibility concerning the society each one of us want to live in, even when the alternatives are limited.

O ser é no caminhar

Faz quase cinco anos que deixei o Brasil para me aventurar, com minha família, em outro continente, outra cultura. Nesses anos como estrangeiro, a mais incrível revelação que a vida me presenteou foi o entendimento de que deixar tudo é, primeiramente, aprender a deixar-se. É estar disposto a negociar a própria existência e a bagagem acumulada pelas experiências anteriores para crescer, dilatando o próprio coração.

Quando esse desafio de “perder-se” faz parte de um percurso gradual de abertura e descobertas, parece que sentimos menos o peso daquilo que se deixa. Não é ausência de sofrimento, porém. Mas com serenidade e discernimento a gente aprende a fazer do tempo um valioso companheiro no processo de ressignificação de quem somos em um ambiente novo.

Alguns dias atrás, conversando com uma amiga sobre a dificuldade dos jovens (europeus) de tomar decisões em um contexto repleto de alternativas, percebi que a ânsia pelas respostas acaba concentrada nas faculdades intelectuais. Durante aquele bate-papo, revisitei espontaneamente a minha história e me dei conta de muito pouco daquilo que forjou minha identidade até aqui foi fundado em sínteses intelectuais. Foram as experiências, os encontros e as relações que me fizeram descobrir o propósito da minha vida, que se traduz naquilo que eu sou. 

“Nossa cultura ocidental se configurou de modo em que muita gente se interessa e se preocupa mais com o ser do que o acontecer”. Essa frase do teólogo espanhol José M Castillo me fez pensar justamente na metodologia que me foi apresentada pela Fé cristã e que me impulsionou a sair de mim e ir ao encontro do outro. Dessa forma, edifiquei minha juventude no partilhar, no encontrar diferentes pessoas, de diversas culturas e com distintos ideais. E no acontecer desses encontros, fui forjando quem eu sou, amadurecendo valores fundamentais. 

Por meio das relações, encontrei a direção, o calçado apropriado para percorrer os longos caminhos, cheios de desafios, decisões, frustrações, alegrias, surpresas que dão sentido à minha vida. 

Back to humanity

Violations of human rights, ultra-conservative parties rising into power, inequality and the extreme individualism that triggers the loss of common references: Many people might agree that this is a pretty realistic view of what is happening in the world right now. I must admit that often when I am reading the news, I feel hopeless about humanity.

When people ask me what I do, I am proud to answer that I use my skills to promote Humanity. It could be enough to just live a decent and honest life, find my happiness, but I always feel that I should do more.

Some weeks ago, I started to reflect and review my convictions. Are my actions coherent with my beliefs? Am I doing things just for habit or because they fit my routine? If Love is the power that drives me, why am I accepting to live a meaningless life to remain comfortable? Answering these questions made me understand that it was time for me to change.

When you understand that altruistic love feeds happiness, it is hard to be satisfied. It seems impossible to believe that achieving socioeconomic self-sufficiency is the end of the game. Life cannot finish with people looking in the mirror.

Embracing humanity seems the only way to overcome the emptiness of individualism. Empathy helps to keep us united. It makes us family, despite personal stories and beliefs. We need to elevate Creation to an unnegotiable status that encourages us to look more at each other and to make impactful decisions, especially in favour of those in vulnerable conditions.

O jovem e Deus

Deus é Jovem

Quais são as características que nunca devem faltar em um jovem? “Entusiasmo e alegria. E a partir disso se pode começar a falar de outra característica que não deve faltar: o senso de humor. Para poder respirar, é fundamental o senso de humor, que está ligado à capacidade de se alegrar, de se entusiasmar”.

Essa é uma das passagens conclusivas do livro-entrevista « Deus é Jovem », assinado pelo Papa Francisco. No diálogo com Thomas Leoncini, Francisco dirige-se não apenas aos jovens do mundo inteiro, dentro e fora da Igreja, como também a todos os adultos que por esta ou aquela razão são detentores de um papel educativo e de orientação no seio da família, nas paróquias e nas dioceses, na escola, no mundo do emprego, no associativismo e nas mais diversas instituições.

A esperança deve passar necessariamente pela fé em Deus? “Não necessariamente (…) Basta que exista uma pessoa boa para existir esperança (…) Os muros são colocados por terra com o diálogo e o amor. Se você está falando com alguém, fala de cima do muro. Então você falará mais alto, e aquele que está do outro lado do muro vai ouvir melhor e poderá lhe responder. Se você faz o bem, não tenha medo de gritar”.

Difícil não se encantar com as muitas passagens inspiradoras desse diálogo que revelam um pouco mais desse homem tão admirado. A simplicidade do discurso, as escolhas intelectuais, mas acima de tudo a humanização da Fé, faz de Francisco mensageiro de um cristianismo realmente universal. Sem fugir das perguntas, dos exemplos pessoais e de uma análise realista da sociedade em que vivemos, o Papa acredita que esperança no futuro está no encontro entre jovens e velhos. Na relação entre o entusiasmo original e liberdade adquirida pelas experiências vividas.

saudades

Saudades do abraço

Saudades do abraço

constantes percalços

do ritmo no caminhar

e o gostar de dançar

 

Saudades do abraço

da falta de espaço

do arroz com feijão

e risoto de camarão

 

Saudades da Fé, da esperança

do brincar com crianças

 

Do pouco que é muito

e o furtar dos minutos.

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