Category: [O outro] Page 6 of 63

Homenagem aos noivos Marina e Fernando | Valter Hugo Muniz

Marina e Fernando

No último sábado, um amigo de infância deu o seu SIM, diante de Deus, à sua querida esposa. Uma experiência forte, repleta de alegria e emoção, em ver um companheiro de aventuras realizando um sonho e começando uma nova etapa em sua vida.

Celebrar o amor é sempre uma coisa fantástica. Ainda mais quando é fruto de um relacionamento verdadeiro, profundo e que não se limita a buscar a própria felicidade, mas tem a “ambição” de mudar o mundo, a partir do próprio testemunho de vida.

Abaixo a homenagem que eu e minha grande amiga (e colaborado do escrevologoexisto.com) Karina Gonçalves, escrevemos para os noivos, Marina e Fernando.

Homenagem aos noivos Marina e Fernando – 30-11-2013

Estamos aqui, em nome dos muitos amigos, presentes e ausentes, espalhados pelo Brasil e também por todo o mundo, para agradecer profundamente a Deus pela graça de festejarmos esse momento tão precioso na vida de vocês, Marina e Fernando.

Graça é uma palavra que exprime bem o privilégio de estar aqui, nesta pequena cidade de Maria. Graça é sinônimo de presente, de dom, é algo que todos nós recebemos, não por mérito, mas porque existe Alguém que nos guia e deseja a nossa imensurável Felicidade.

Casamento é, acima de tudo, a celebração comunitária de uma união. Cada um de nós, amigos e familiares, está aqui porque acredita no amor que existe entre vocês. Amor que nasceu do encanto, que encorajou a explicitação do sentimento, que sofreu a distância física e, também, amor que conduziu cada um no caminho de discernimento e busca íntima da verdade existencial para a qual nasceu.

É lindo perceber que foi um Amor ainda maior que fez os dois se encontrarem. Um amor que ambos consideram Ideal de vida e que, somado ao amor de um pelo outro, permitiu que vocês fossem capazes de superar cada dificuldade. Talvez ninguém nesta igreja vivenciou todos os momentos da aventura que trouxeram vocês dois até o Grande Sim. Mas, com certeza, quando pudemos estar juntos, festejamos, sofremos e acreditamos que tudo era uma importante etapa para chegar a este sagrado momento.É esse Amor, somado ao amor de um pelo outro, que produz felicidade, individual, no casal e em toda a comunidade.

Felizes! Todos estamos! Pois é impossível não reconhecer que vocês se preparam bem, estão prontos para essa maravilhosa aventura. Agora, no matrimônio, os desafios aumentam, mas, junto com eles, cresce a força, a alegria, a paciência, para que os dois sejam capazes de repetir, em cada nova fase da vida em família, o ciclo virtuoso do amor que é escolha individual, amor reciproco e luz comunitária.

Uma só vida, um só coração, forjado a cada novo dia na chama do amor que jamais se consome. Ao contrário, amor que revela nuances sempre inéditos, que impulsiona a lançar tudo, todo o ser, nessa grande escolha esponsal que hoje se concretiza com o sacramento do matrimonio. É maravilhoso contemplarmos o mais belo SIM de vocês a DEUS, através do Sim de amor um ao outro!

Muito obrigado Marina e Fernando, pela alegria e pelo amor de vocês, entre vocês, e que chega a nós. Que essa verdadeira união, abençoada por Deus, na Cidade de Maria, continue a iluminar, sempre cada um que encontrarem.

Por fim o mais importante: Jamais se esqueçam de que estamos todos juntos! Pois não existe família sem comunidade, da mesma forma que não existe comunidade sem famílias.

Uma ideia revolucionária | Impressões sobre a Lumen Fidei

ideia revolucionária

É por puro acaso que eu sou católico. Eu, como milhões de outros meus conterrâneos, nasci em uma terra catequizada pelos missionários europeus católicos, e essa tradição, percorreu os séculos, encontrando-se com meus avós, pais e chegando até a mim. Contudo, o que era só acaso, no decorrer da minha infância e adolescência, se transformou em escolha. Aprendi a amar, não somente uma instituição feita de homens, essencialmente falíveis (como somos todos), mas uma ideia revolucionária: o Amor.

Este Amor, que se traduz na essência do Deus cristão, é o mesmo que muitas outras religiões promovem. Entendê-lo e procurar vivê-lo me ajudou em cada passo, cada escolha, muito mais do que essas receitas prontas que as revistas “teen” procuram vender aos jovens. A ambiciosa ideia de um Amor incomensurável me ajuda até hoje, especialmente quando devo enfrentar uma situação nova, suportar os limites do outro e me manter fiel e coerente às escolhas definitivas que fiz.

O Amor cristão é promovido, especialmente, pela Tradição da sua Igreja. É a vida dos seguidores dessa ideia, documentada, que preservou, no passar dos milênios de experiências, com erros e acertos, a essência de uma vida que não é feita de palavras, mas ações.

ideia revolucionáriaLuz da Fé

Tenho procurado, em minha vida, me alimentar da ideia do Amor e partilhá-la com pessoas que acreditam nela. Olhando para outras ideias revolucionárias que surgiram na história da humanidade, percebo que elas, se não minimamente vividas, se dissipam com a ação do tempo. É por esse motivo que decidi ler a Encíclica  Lumen Fidei, que apresenta, do ponto de vista católico, o profundo significado da fé.

Iniciando das demandas atuais em relação à vida humana, a Encíclica acena para a necessidade de recuperar a dimensão da Fé, que é capaz de “iluminar toda a existência do homem”.  O documento explica a importante ligação entre Fé e a escuta, em que a ideia é transmitida por inúmeros mediadores ao longo do tempo, promovendo a concepção de que ela precisa da relação entre as pessoas para se difundir. “No encontro com os outros o olhar se abre em direção a uma verdade maior que nós mesmos”.

Ter fé, segundo o documento católico, é abrir-se para entender, conhecer, a partir de novas perspectivas, a nossa humanidade. A fé, porém, não é um sentimento excluso de razão, mas acompanha a Verdade em uma relação recíproca. A Fé conhece, é verdadeira, quando está ligada ao Amor. Maravilhosa a citação do filósofo Ludwig Wittgenstein onde o amor “não pode ser reduzido a um sentimento que vai e vem. Ele toca, sim, a nossa afetividade, mas para abri-la à pessoa amada e iniciar, assim, um caminho que é um sair do fechamento no próprio Eu e andar em direção a outra pessoa, para edificar um relacionamento duradouro; o amor mira à união com a pessoa amada.

Enfim, a Fé não se limita a uma ideia revolucionária particular, individual, mas vive na medida em que preserva a sua essência comunitária. Isso me faz entender melhor a necessidade de igrejas, de símbolos e outros elementos que conservam a memória e convidam as comunidades, em cada momento da história, a reviverem a mesma Luz, o mesmo Amor, a mesma ideia que revolucionou e ainda continua a revolucionar a vida daqueles que acreditam nela.

Queria mencionar uma frase final da Lumen Fidei que tocou particularmente o meu coração: “A Fé não é luz que dissipa todas as nossas escuridões, mas lâmpada que guia, na noite, os nossos passos e isso é o suficiente para o caminho. Ao homem que sofre Deus não doa um raciocínio que explica tudo, mas oferece a sua resposta na forma de uma presença que acompanha, de uma história de bem que se une a cada história de sofrimento, para abrir nessa uma passagem de luz.”

eLe

Mais sobre o Olhar Cristão CLIQUE AQUI

A manipulação dos meios de comunicação de massa

comunicação de massa

Que a mídia, no geral, é um instrumento de manipulação das elites econômicas, isso qualquer “pseudo-marxista” de plantão afirmaria de olhos fechados. Em uma sociedade em que as dinâmicas sofrem cada vez mais influência dos meios de comunicação de massa, faz sentido o imenso interesse que os detentores do poder têm sobre esses meios.

Contudo, independentemente do seu uso, a comunicação é um instrumento que, na sua ontologia, leva, indiscriminadamente, à partilha, mesmo se não de maneira plenamente gratuita e integral. Em defesa da comunicação de massa e da sua vinculação com a ideia de progresso, o comunicólogo francês Dominique Wolton, recorda o quanto ela “contribuiu par expandir os quadros da sociedade, para democratizar os gostos, os comportamentos, os julgamentos e, de certo modo, para relativizar o domínio das elites sobre a sociedade”.

Wolton não afirma, de jeito algum, que este domínio das elites tenha acabado (mesmo considerando uma diminuição perceptível em relação ao passado não tão distante). Para ele, as elites são hoje mais numerosas e heterogêneas e mídia desempenhou um importante papel de democratização. “De um modo geral”, afirma Wolton, as elites “nunca defenderam muito a democracia de massa”.

manipulacao051Em uma geração as elites se converteram à comunicação de massa para, ás vezes sem pudor, usar a mídia em prol se seus interesses, mas sem jamais questionar a sua essência. Para essas elites, explica Wolton, “a comunicação é ruim, perigosa, discutível, mas vamos usá-la em nosso beneficio”. Porém, essa instrumentalização da comunicação acabou reforçando a ideia de que ela se reduz à transmissão de informação, em que o espectador simplesmente aceita o que lhe é transmitido.

Na contramão do conceito de comunicação de massa, reforçados pelas elites, está o fato de que, mesmo que manipulada, selecionada, condicionada, essa, e qualquer outro tipo de comunicação, transforma. Principalmente por conta do processo de interpretação, que age no processo comunicacional de forma independente, estando profundamente vinculado àqueles que recebem uma informação.

Essa explosão das relações fundadas em um contexto de comunicação de massa tornou, inevitavelmente, a sociedade, hoje, culturalmente mais aberta. O grande desafio que emerge, neste cenário, parece levar a comunicação de massa (como instrumento social) a percorrer um novo caminho, que não se limite à expansão da transmissão de informação, nem se baseie exclusivamente na interpretação da mesma, mas reencontre os sujeitos comunicacionais que fazem uso desse instrumento, para, com eles, redescobrir o fator comum, centrípeto, que os faz, essencialmente iguais e, ao mesmo tempo, profundamente diferentes.

Mais textos sobre o tema: clique aqui.

Brasil: terra dos sem consciência | Valter Hugo Muniz

sem consciência

O Brasil é a terra dos sem consciência. Isto é fato. Não temos consciência cidadã, consciência do bem comum (ou bem público), consciência ambiental, consciência em relação ao que é vida, saúde, educação. Não temos consciência nem mesmo da nossa história e pouco nos importamos com isso tudo, pois o que vale é o nosso bem estar individual.

Deveríamos não somente ter um “Dia da Consciência Negra”, mas o “Dia da consciência do ser humano”, em que, todos nós, pararíamos parar refletir quem é o ser humano na sociedade brasileira; quais direitos ele deveria ter? quais deveres? Assim, chegando a uma ou a um leque de respostas, procuraríamos aplicar o modelo estabelecido às diferentes classes ou “minorias”(?) presentes na sociedade: mulheres, pobres, negros, índios, imigrantes. Não o cidadão da classe média, que tem carro, casa própria, desfruta do ensino e da saúde privada. Não! Esse aí, temos consciência de que está bem de vida (???).

blogMuito pelo contrário, por mais que temos hoje mais gente na tal “classe média”, nossos índices de desigualdade social ainda são de envergonhar qualquer brasileiro ufanista. Somos completamente primitivos no que diz respeito à luta por uma igualdade de direitos (e não estou falando uniformidade dos papéis sociais). Isso conserva a sociedade corrupta e violenta, o que é ruim para todos nós.

Quem estuda um pouco de história pode entender que existem grupos de indivíduos que foram sistematicamente marginalizados e, por isso, hoje, são visivelmente excluídos da sociedade. A culpa é minha? Não. É sua? Claro que não. Mas, cabe a mim, a nós, como sociedade, pagar as contas pelos erros de nossos ancestrais, para equalizar a situação social do país.

E aqui, um aceno importante para o dia de amanhã, o da Consciência Negra. Você, cidadão médio brasileiro, pegue o seu carro zero (se tiver coragem) e vá às periferias para ver o percentual de cidadãos afrodescendentes que vivem por lá. Depois, para encontrar um contrapeso, entre nas principais universidades do país, públicas e privadas, e conte nos dedos a quantidade dos mesmos “filhos de africanos” que estão por lá, também na direção das grandes empresas, nos altos cargos públicos. Será que os negros são realmente “geneticamente” inferiores para terem participação tão irrelevante nesses setores da sociedade, como acreditava o Führer alemão? Tenho bons exemplos que negam veementemente essa questão.

blog_1338074021As mulheres, ao menos em aparência, parecem ter conquistado um protagonismo social que a sociedade machista lhes negou por séculos. Temos consciência de que hoje, por questões de gênero, nenhum ser humano pode ser impedido de ascender profissionalmente.  É fundamental que a consciência, em relação a essas diferenças, seja ampliada aos negros e, especialmente, aos índios.

Ser consciente das nossas diferenças históricas nos ajuda a valorizar as nossas potencialidades e nos esforçar para que todos, em solo tupiniquim, tenham o direito a se desenvolver para ter uma vida digna e rica, como são as nossas terras e a nossa diversidade racial.

Tufão nas Filipinas: ou mudamos ou somos cúmplices desta tragédia | Valter Hugo Muniz

Tufão nas Filipinas

“Hoje foi um dia inesquecível. Depois de acordar e tomar café da manhã fomos ver como tinha ficado, seis meses depois do Tsunami, a cidade de Banda Aceh, capital da região e lugar mais próximo das ondas gigantes que engoliram o sudoeste asiático. Percorrendo as ruas de Aceh, toda a beleza que pude vislumbrar em outras cidades, visitadas nos dias precedentes, tinha desaparecido. Ver, com os próprios olhos, aquilo que o Tsunami havia feito, ouvir cada história triste, me transformou profundamente.” (29 dias no país do Tsunami)

Esses são trechos do primeiro impacto que tive ao me encontrar com a destruição ocasionada pelo Tsunami, na cidade de Aceh (norte da ilha de Sumatra), em dezembro de 2004.

philippines_typhoon_haiyan_yolanda_9.Se você que lê tem a pretensão de imaginar o que aquele povo vivenciou, esqueça! Pois você não tem a mínima ideia. Não tente também entender o que o povo filipino agora, quase dez anos depois da tragédia na Indonésia, está vivendo. Se você nunca vivenciou, na pele, o impacto social de  uma catástrofe natural, não poderá jamais partilhar profundamente esta dor. Mas isso não é um problema.

O que mais me dói, tendo vivenciado esse tipo de experiência, mais enche meus olhos de lágrimas de indignação é ver tantas historias, tantas vidas, transformadas – pela imprensa e organizações internacionais – em números… “mais de dez mil”. Isso, mesmo com as melhores das intenções, não humaniza o acontecimento. E as fotos então? Sensacionalistas, acabam causando espanto, terror, mas será que nos movem? Transformam nossas vidas? Bem pouco, eu direi.

A dor do povo indonésio e do povo filipino não pode ser medida, isso é fato. Mas acabamos ridicularizando-a se nos contentamos em ler reportagens e artigos, partilhá-los nas redes sociais, como expressão de pena por aqueles que perderam tudo.

Esses tristes acontecimentos precisam nos transformar decisivamente. Não digo que todos deveriam fazer as malas e viajar para o outro lado do mundo, para ajudar concretamente o povo filipino. Nem acho isso muito produtivo. O que não podemos esquecer é que, não importa o que fizermos, precisamos mudar as nossas vidas:

Tufão Filipinas222 -  AARON FAVILA-ASSOCIATED PRESSNo pequeno? Talvez…

  • Observando hábitos de consumo, pensando o quanto se estamos acumulado coisas materiais, comprado desenfreadamente,
  • Pensando no modo como cada um se preocupa com a natureza, separando lixo, não desperdiçando papel e outras coisas, especialmente comida.
  • Optando em deixar o carro na garagem para usar o transporte público, ao menos uma ou duas vezes por semana.
  • Enfim, pensando no coletivo, no bem comum da comunidade internacional, e não somente no próprio conforto.

Isso tudo é pouco? Sim, mas já ajuda a amenizar as consequências dos hábitos predatórios à natureza que incorporamos no nosso dia-a-dia, sem refletir sobre eles. Acredito que essas pequenas mudanças de atitude são “ajudas concretas” possíveis à todos aqueles que estão distantes de uma catástrofe. Não me parecem necessárias mais provas de que o aumento da frequência e da intensidade dos fenômenos naturais extremos tem relação direta com o modo de vida que adotamos, individualmente e como sociedade.

filipfim_0_0_38_3500_2291Agora, se quiser fazer algo Grande… mobilize as pessoas em seu trabalho, universidade, igreja, comunidade, para arrecadar fundos ou coisas que possam ser enviadas para os filipinos. Não esqueça de buscar sempre Organizações Internacionais sérias, como a Cruz Vermelha, os Médicos Sem Fronteiras, como mediadores para que a ajuda realmente chegue a quem precisa. Depois, se sentir que isso ainda não basta, procure uma instituição que está trabalhando lá, arrume as malas, e vá trabalhar como voluntario, na assistência de pessoas e, eu garanto, sua vida nunca mais será a mesma.

Podemos fazer pouco, ou muito, não importa. O que NÃO PODEMOS é não fazer algo por aqueles que precisam, ao menos por consideração e respeito às vidas perdidas. Neste caso, como foi na Indonésia, em 2004, ou no Haiti em 2010, as vítimas estão distantes, mas poderiam (ou poderão um dia) estar mais próximas do que podemos imaginar.

Para oferecer algum tipo de ajuda humanitária, entre em contato com o Médico Sem Fronteiras

Também o Movimento dos Focolares e a Missão do PIME nas Filipinas estão se mobilizando para ajudar as vítimas do tufão. Caso você deseje contribuir economicamente, as contas bancárias são as seguintes:


Movimento dos Focolares:

FOCOLARE MOVEMENT IN CEBU
Payable to : Emergency Typhoon Haiyan Philippines
METROPOLITAN BANK & TRUST COMPANY
Cebu – Guadalupe Branch
6000 Cebu City – Cebu, Philippines
Tel: 0063-32-2533728

Bank Account name: WORK OF MARY/FOCOLARE MOVEMENT FOR WOMEN
Euro Bank Account no.: 398-2-39860031-7
SWIFT Code: MBTCPHMM

Payable to: “Help Philippines– Typhoon Haiyan“
Email: focolaremovementcebf@gmail.com
Tel. 0063 (032) 345 1563 – 2537883 – 2536407

Association for a United World (Associazione Azione per un Mondo Unito – Onlus)
BANK: Banca Popolare Etica, Rome branch
IBAN: IT16G0501803200000000120434
SWIFT/BIC CCRTIT2184D
Payable to: “Emergenza tifone Haiyan Filippine”

New Families Movement (AZIONE per FAMIGLIE NUOVE Onlus)
c/c bancario n° 1000/1060
BANCA PROSSIMA
IBAN: IT 55 K 03359 01600 100000001060
Swift: BCITITMX

Pime
Doações online aqui

Page 6 of 63

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén