Category: Homenagens Page 13 of 14

Feliz Cidade

Feliz Cidade

Feliz cidade é aquela dos arranha-céus imensos

e pessoas correndo.

Felizcidade é poder contemplar o infinito

escondido no seu sorriso bonito.

Feliz cidade é aquela da Paulista,

de gente às vezes excessivamente egoísta

Felizcidade é poder ser seu amigo,

poder passar uma tarde de domingo contigo.

Feliz cidade é essa de estudo,

trabalho, de fazer um pouco e também tudo.

Felizcidade é descobrir a sua riqueza,

tudo que se esconde por detrás da sua beleza.

Feliz cidade é essa onde moro,

que cresci, aprendi, e que eu adoro.

Felizcidade é poder comemorar pela primeira vez,

mas um aniversário que você fez.

Felizcidade é poder estar na FELIZ CIDADE!

E entender que no final,

depois de ter feito cada coisa bem,

e outras “não tão bem”,

só nos resta uma palavra:

AMAR.

(Poesia em homenagem à Juliana – Mogi que hoje faz aniversário)

Herói moderno

Herói moderno

O que é aquilo ali em cima? Um pássaro? Um avião?

Quem é esse ser que me carrega no colo e me pega pelas mãos, ensaiando meus primeiros passos?

Que me protege com seu seu olhar, me acalma com seu sorriso?

Hoje, o herói agüenta o peso das compras do mês, está no telhado ajustando a antena da tv, ou fica acordado a noite inteira pra ninar o bebê.

O super homem pós moderno precisa viver as tentações que o mundo capitalista proporcionam, constantes frustrações de uma realidade que não valoriza seus esforços e sua vida de imensurável doação.

O herói é aquele que perde muitas vezes a juventude em prol do todo, da família. Esquece de si mesmo para evidenciar o bem comum, buscando dar o melhor para cada um dos seus filhos. Alguém que sabe usar com majestade a autoridade que lhe foi concedida, reprimindo por amor e confortando quando necessário.

É este herói que vê os anos passarem, os filhos crescerem e percebe finalmente que permanece o amor. Seus super poderes não são mais tão necessários, somente a visão de raio X, para estar sempre alerta às necessidades de algum deles.

É… o grande herói dos tempos modernos é sem dúvida o Pai.

Que mesmo envolvido pelo amor materno sobre a família, ama tantas vezes no silêncio, concretamente, dia após dia.

(texto em homenagem ao aniversário do Ângelo G. da Silva)

Sorriso

Sorrisos

Aquele seu sorriso não consigo esquecer.
Aquela felicidade posterior, difícil de se conter.
Aonde está aquele sorriso?
Preciso e que eu preciso?
Está no rosto moreno, nos olhos, na alma.
De alguém que prefere sorrir, em vez de perder a calma.
E dele ecoa uma vida diversa,
Às vezes difícil de entender, complexa.
Mas que tem um significado maior.
Que é musica. Ai ai… e a sua voz!!!
Soa como água que corre rumo a foz.
E da divina sinfonia surge uma dança, simples, de criança.
Que me lembra aquele sorriso,
preciso e que eu preciso.
E que hoje, mais que nunca, não escapa da minha lembrança.

(Poesia em homenagem a Ana Lúcia-Itu, que fez aniversário ontem 08/05)

Mais uma orquídea no Jardim

 orquídea

Lembro-me somente o momento em que encostei a cabeça no travesseiro, tentei recordar de algumas orações que faço habitualmente, mas o cansaço me consumiu e dormi…

Acordei em um jardim. Estava deitado e sentia algumas dores nas costas, como se tivesse dormido no chão e me dando conta de onde estava, vi que isso realmente tinha acontecido.

Levantando os olhos, percebi que estava em um lugar especial, um Jardim imenso, impossível de descrever até onde ia a linha do horizonte. Um gramado verde, desenhado como um tapete persa, com borboletas que preenchiam os espaços com suas asas coloridas e os pássaros que brincavam entre elas.

Caminhando, encontrei um jardim de orquídeas, iguais as que eu tinha visto no almanaque holandês. Todas de uma delicadeza e beleza incríveis. Que lugar era aquele? E o que eu estava fazendo ali?

Aproximei-me de uma das flores para analisá-la minuciosamente, comecei a perceber algo de interessante, uma sensação de já ter visto algo semelhante se apoderou de mim. Quem era ela? E quando ia tocá-la. Acordei.

Senti novamente aquelas dores de ter dormido em algo que certamente não era a minha cama. Lembrei-me que tinha mesmo dormido no chão, pois era uma das minhas penitências de Quaresma, mas aquele sonho… não conseguia entender… aonde estava e quem era aquela orquídea?

Passei o dia pensando naquilo que tinha vivido durante a manhã, procurando encontrar lógica em cada coisa. No final da noite, soube que a tia de uma amiga querida havia terminado de exercer seu papel no Grande Teatro, de maneira surpreendente, feliz.

Corri para me despedir dela e a vi vestida de um branco suave. Tantas coroas de flores. Senti uma sensação estranha, uma alegria desconfortante, parecia mesmo um Deja Vu. Então, quando vi a orquídea nas mãos da Tia Ro, acordei novamente. Era ela.

A princesa e a coroa

coroa

Era uma vez uma belíssima princesa que vivia em seu castelo, mas que procurava sempre vaguear pelo reino, para estar em contato com todos os que compunham seu povo.

Seus cabelos lisos, olhos castanhos e o sorriso contagiante, atraíam todos os homens, mas era pouco se comparado a sua personalidade benevolente e seu coração sempre pronto a amar.

Era segura das suas escolhas e não tinha medo de sobrepor-las diante das dificuldades e mesmo das circunstâncias que surgiam na sua vida.

Porém, um dia, o rei quis presenteá-la com uma linda coroa. Ao vê-la se sentia afortunada de poder receber um presente tão valioso. Sabia que era algo grande, especial.

Assim, do momento em que recebeu o ornamento real, nunca mais olhou no espelho. Já não precisava mais admirar sua beleza, pois a coroa presenteada justificava quem ela era por si só.

Contudo, o tempo foi passando e a coroa foi se desgastando, já não era tão bela como outrora, seus brilhantes frontais ameaçavam cair e os riscos decorrentes do uso começavam a cobrir toda a superfície da coroa.

Mesmo assim, a princesa não conseguia mais se olhar no espelho, já não sabia como era, quem era. A coroa havia sugado todo o amor próprio, toda a consciência do quanto ela era bela, independente de qualquer ornamento.

Certo dia, o rei, querendo restaurar a coroa, decidiu pedi-la a princesa, que não queria permitir, temendo uma transformação.

Assim a coroa, ao ser retirada de sua cabeça, foi esquecida pelo rei e a princesa passou a sofrer, pois não sabia mais que quem ela era independia do uso do ornamento.

Não tinha mais coragem de olhar no espelho temendo não ser mais bela como era anteriormente e desde então, passou a vida trancada em seu castelo, para que nunca mais fosse olhada pelos homens do reino.

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Pensei nessa história após uma fantástica conversa com uma amiga que parecia ter esquecido quem ela era. Havia terminado o namoro e estava sofrendo por se sentir desvalorizada. Ela, como a princesa, esquecera a importância de se VER no espelho.

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