Category: Olhar cristão Page 7 of 8

Canção Nova – carisma novo

O aspecto religioso da minha vida sempre foi diretamente ligado à educação cristã que recebi de herança dos meus pais. Lembro-me bem de que eu era sempre obrigado a participar dos rituais que a Igreja Católica propõe aos seus seguidores, até ter a capacidade pessoal de fazer as minhas próprias escolhas.

Assim, escolhi Deus na minha Confirmação. Um momento forte em que eu busquei explicações racionais ao inexplicável Mistério. Paralelamente à vida dentro da Igreja, fui inserido em uma realidade chamada Focolares.

Um movimento ligado à Igreja, fundado por uma então jovem italiana chamada Chiara Lubich que, em meio à Segunda Guerra Mundial descobriu que diante do Fim, a única coisa que permanece é Deus. Assim, ela se consagrou e vivendo concretamente as passagens do Evangelho foi aos poucos descobrindo a potência da Palavra de Deus na vida das pessoas.

Meus pais se conheceram (e se casaram) por conta desse Movimento e dentro dessa atmosfera de Família, vivi a minha infância, adolescência e agora vivo a minha juventude.

O amor concreto, o saber perdoar, viver pelos outros, acolher a dor, a importância de RECOMEÇAR quando não conseguir nada disso que mencionei, foram alguns dos aspectos que sempre me acompanharam, principalmente baseados na certeza de que Deus me ama e assim, não preciso me preocupar tanto com as “pequenices” humanas que produzem o chamado “medo de ser feliz”.

Contudo, neste final de semana, entrei pela primeira vez em uma “outra porta” que me levou aos mesmos questionamentos sobre o Mistério de Deus e assim, pude descobrir um novo modo de diálogo com o Divino. Festivo, massivo, fantástico.

Passei grande parte da minha vida edificando pré – conceitos a respeito da Renovação Carismática. O caráter festivo sempre me causou a impressão de um “OBA OBA” que impossibilita estar em diálogo perene com Deus.

O final de semana na Canção Nova, em Cachoeira Paulista, 2,5 horas da Capital, me fizeram mergulhar em um novo modo de entender o Divino, completamente diferente daquilo que estava acostumado até então.

Foi estranho chegar em um lugar tão cheio de gente, ouvindo um discurso direto, quase fundamentalista à respeito da Salvação, pouco “misericordioso”, mas especial.

Participei do famoso PHN, sigla que convida ao mote “Por hoje não vou mais pecar”, um conceito que vai muito mais além do ato auto repressivo, mas que vislumbra uma iniciativa de viver de maneira radical à Palavra de Deus.

As festas, os shows, também fizeram parte desse modo de viver a religiosidade. Tudo muito alegre, divertido, uma experiência que muitos deveriam experimentar.

No segundo dia, depois que os pré conceitos foram abafados pelo clima especial que existia naquele local, senti uma alegria estranha. Não me importavam mais as diferenças conceituais no modo de dialogar com Deus, mas a alegria de poder fazê-lo de diferentes formas.

Claro, construí também os meus conceitos em relação à estrutura, ao discurso, e concluí que realmente não existe um modo perfeito de viver a religiosidade, porque ela é efetivamente feita de homens.

Voltei para casa plenificado. Um pouco triste porque não consegui externar de maneira profunda todo esse meu entendimento, acabando evidenciando só os aspectos negativos que colhi dos Carismáticos. Mas, enfim, valeu muito à pena!

Quaresma

formacao_quaresma

Tiago, Natalia e Karina conversavam entusiasmados sobre as “penitencias” que fariam durante a quaresma que se aproximava. Karina, a mais radical, tinha se proposto a dedicar seus 40 dias de preparação para a Páscoa do Senhor levantando todos os dias uma hora mais cedo, para levar café da manhã para o Sr.Freitas, o morador de rua que ficava sempre em frente a sua casa.

Natalia tinha decidido não comer chocolate porque, além de se manter “em forma” poderia pegar o dinheiro e oferecer à Igreja no final dos 40 dias. Tiago queria aventura, não queria fazer algo, mas preferia que essa fosse uma oportunidade de viver uma nova experiência. Por isso, decidiu dormir no chão os dias da quaresma, a fim de oferecer todo aquele sacrifício para as pessoas que no mundo não tinham uma cama aconchegante para dormir.

Durante a conversa dos três jovens, apareceu uma senhora sorridente que começou a perguntar sobre o que eles falavam. Karina tomou a frente e disse que estavam discutindo como eles viveriam o período de penitência e meditação, que a Quaresma propunha à eles, como cristãos. Entusiasmada, Karina falou da importância para ela daquele período de conversão, contou o que cada um se propusera a fazer para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus.

Muito interessada, a senhora virou-se para ouvir de Natália que as penitências eram uma forma de oferecerem naqueles 40 dias, todas as dores da humanidade, o sacrifício pessoal de cada um, à morte de Jesus Cristo. Tiago acrescentou dizendo que a meditação era um modo de voltar-se para si, procurando desligar-se do mundo exterior e rever as próprias escolhas e questionar-se qual tem sido o centro da própria vida.

Depois de tudo aquilo que os jovens disseram, impressionada com tanta sabedoria, a senhora perguntou se eles sabiam o porquê do período ser de 40 dias. Os três se olharam e não sabiam o que dizer. Então a senhora sorriu e explicou que a duração da Quaresma está baseada no simbolismo do número quarenta na Bíblia que significa provação. Nesta, fala-se dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.

Quando terminou, no momento em que os três se entreolharam impressionados, a senhora desapareceu, deixando uma Rosa no lugar onde estava. Tiago, Natalia e Karina entenderam que, aquele olhar materno e o sorriso, só poderiam ser da mãe do Salvador.

Multidão que acredita no Amor

acredita no Amor

Sempre busquei entender a essência, os mais sólidos atributos, para fazer parte de um povo unido há muitos séculos. Ser igreja é pertencer a uma multidão que acredita no Amor e logo, fazer parte desse povo, não exige mais do que uma experiência profunda e pessoal com Deus. Viver sendo Igreja nos ajuda a descobri-Lo nos acontecimentos cotidianos mais simples e a partir dessa vivência plena e verdadeira, visualizam-se caminhos traçados a serem seguidos, relacionamentos cultiváveis…

Comecei a pertencer a esse povo justamente quando tive consciência das falhas e limites que cada ser humano carrega dentro de si, quando acolhi dogmas muitas vezes inexplicáveis ou simplesmente me dei conta de que as Obras divinas fogem da lógica humana, que até hoje não conseguiu dar todas as respostas suscitadas.

Nessa família da qual faço parte ama-se o diferente. Todos àqueles que expressam o amor por Deus das mais diversas maneiras, que o chamam por outro nome. Assim encontro uma Igreja que é também organizada para expressar esse Amor concretamente e não simplesmente impor uma única Verdade que não seja Ele.

Mais do que ir à Igreja, se é Igreja, na medida em que se ama, se perdoa, à medida que se percorre com perseverança os preceitos, os caminhos, que nos ajudam chegar à Felicidade plena.

Texto em homenagem às outras denominações cristãs desse povo de Deus: Catolicismo,Ortodoxia,Protestantismo,Valdenses, Luteranismo, Anglicanismo, Calvinismo, Presbiterianismo, Congregacionalismo, Anabaptismo, Metodismo, Igreja Batista, Pentecostalismo, Neopentecostalismo, mas também às grandes religiões não mencionadas.

40 mil jóvenes que creen que el Amor va a cambiar el mundo

Amor va a cambiar el mundo

Son las 10 a.m. de un jueves frío de mayo. Tomo mi bicicleta y voy al estadio de Pacaembu. Policías por todas partes, calles cortadas, constituyen una escena atípica para los paulistanos de la región central de la ciudad. Corro para buscar mi entrada y me encuentro a unos amigos del sur de Brasil, que vinieron específicamente para esta ocasión. Una atmósfera de alegría llena el estadio, jóvenes de todas partes del país, pero también argentinos, paraguayos, mejicanos, bolivianos, hermanos de América Latina que también querían participar de esta monumental fiesta. 

Entro al estadio a las 14hs y me encuentro delante de una multitud de personas. El estadio ya está lleno. Miro para todos lados, el estadio, el campo, el palco y siento que estoy frente a algo histórico y automáticamente se me dibuja una gran sonrisa. Cómo me cuesta explicar esta alegría a los que no comparten este mismo amor a la Iglesia. Cuánta es la paradoja de percibir, también, que los jóvenes que creen en el amor todavía son muchos. Saber es muy diferente a estar presente.

El tiempo pasa y el estadio se va completando. Veo mucha gente conocida que viven cerca de casa pero que por algún motivo no he podido ver de nuevo. Todos allí, esperando al gran protagonista. Todos allí, juntos, para escuchar las palabras de alguien que realmente cree en el amor y en nosotros, los jóvenes. Música y alegría siguen como un binomio imprescindible, emocionante. Imposible no sentirse delante de un momento único.

A las 1815 hs Él entra en el estadio! Gritos, palmas, fiesta, alegría! Se hace difícil contener tanta felicidad. Por primera vez el Santo Padre, Benedicto XVI, se encuentra con los jóvenes latinoamericanos. Luego de su bendición, la fiesta continúa… Danza, música y una presentación de nuestra realidad, nuestra angustia – de vivir en un mundo carente de Dios y sin ideas que sean realmente RESPUESTAS.

Entonces el Papa, con sus palabras, nos presenta su propuesta, su invitación a “creer en el AMOR”. “No desperdicien su juventud” nos dice con fuerza. En este mundo secularizado, existen invitaciones atractivas, más ilusorias. Poseer bienes, satisfacciones y placeres banales no es lo que trae la verdadera felicidad. Eso es lo que la historia y la vida (consciente) nos ha mostrado. Tenemos que enamorarnos del AMOR y vivir para que sea ÉL el agente transformador de nuestra sociedad.

La fiesta acaba y tengo la sensación de haber vivido un sueño. Tantos jóvenes, que como yo, creen en aquel hombre, en aquella idea. El camino puede ser arduo, pero después de ayer, es difícil creer que lo recorro solo.

40 mila giovani che credono che l´amore cambierà il mondo

amore cambierà il mondo

Sono le dieci di una gelida mattina di un giovedì di maggio. Prendo la bici e vado verso lo stadio del Pacaembu. Poliziotti da tutte le parti e vie chiuse presentono una scena diversa da quello che i cittadini di São Paulo sono abituati. Corro per prendere il mio biglietto e trovo alcuni amici del Sud del Brasile, che sono venuti a posta per l´occasione. Un’atmosfera di gioia coinvolge tutto lo stadio, giovani di tutte le parti del paese, ma anche argentini, paraguaiani, messicani, boliviani, fratelli dalla America Latina, che volevano pure partecipare della grande festa.

Sono entrato nello stadio alle 14hs e mi trovo davanti ad una moltitudine di persone. Lo stadio è già pieno. Lo sguardo vaga su tutti posti, il campo, il palco e quello sentimento di essere immerso in un momento storico raggiunge la mia anima e quasi subitamente mi viene un sorriso si soddisfazione. Com’è difficile spiegare questa gioia a quelli che non condividono questo stesso amore per la Chiesa! Com’è paradossale accorgermi che i giovani che credono nell’amore sono ancora tanti. Sapere è molto diverso da vedere.

Il tempo passa e lo stadio comincia a diventare pieno. Trovo amici da tutto il Brasile, anche quelli vicini, ma che per qualche motivo avverso non eravamo più visti. Tutti lì, aspettando il grande protagonista. Tutti lì, insieme, per sentire le parole da qualcuno che veramente crede nell’amore ed in noi, giovani. Musica e gioia seguono in un binomio indescrivibile, da commuovere. Impossibile di non sentirci in un momento unico.

Alle 18:15hs Lui entra nello stadio! Gridi, palme, festa, gioia! ‘E difficile contenere tanta felicità. Per la prima volta il Santo Padre, Benedetto XVI, incontra con giovani brasiliani. Dopo la benedizione la festa continua… Danze, musiche e presentazione della nostra realtà, nostre angoscie, di vivere in un mondo carente di Dio, di una idea che sia davvero RISPOSTA.

Allora il Papa, con le sue parole, ci presenta una proposta, il suo invito di “credere nell´amore”. “Non sprecare la vostra gioventù” Lui ci dice con forza. In questo mondo secolarizzato ci sono inviti attirativi, ma illusori. Possedere beni, soddisfazioni e piaceri vani non è quello che porta felicità. Questo la storia e la vita (cosciente)fa vedere. Dobbiamo innamorarci dell’ amore e vivere per che sia lui l´agente trasformatore della società.

La festa finisce e ho la sensazione di aver vissuto un sogno. Tanti giovani, che come io, credono in quel uomo, in quella idea. Il cammino può davvero essere difficile. ma dopo di ieri, è difficile credere che sono da solo.

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