Category: Sentimento em palavras Page 60 of 61

Papel branco

Papel

Pego uma folha de papel em branco…

Um universo A4 pra ser preenchido com as sugestões dos meus pensamentos, que espelham sonhos, desejos, meu mundo.

Escolho a cor… verde, vermelho, amarelo… não…. AZUL, a minha cor preferida.

Desenho uma casa. Um retângulo com um trapézio, a porta e a janela aberta, com vista pras montanhas.

Do lado de fora uma bela família, o cão e seu osso, uma macieira abundante e o sol, com seus longos raios, sorrindo entre as montanhas, se despedindo do dia.

Acabo o desenho e tenho a sensação de ter expressado aquilo que tem sido a minha vida.

Fazer aquilo que eu gosto, construir meus sonhos e sabendo que o Sol está sempre lá, sorrindo para mim.

Alguns dizem que fantasio demais a minha vida e outros se incomodam, pois tudo que faço parece sempre tão grande, tão fantástico.

Contudo… o que entendi vivendo, foi que a vida quem faz somos nós.

Façamos-la aquilo que os nossos sonhos sugerem, descubramos o valor da dor e a importância de amá-la tanto quanto a alegria, sejamos realmente livres, sem condicionamentos, sem achar que ser livre é fazer o que todos fazem, mas construindo a nossa própria experiência.

O papel está em branco, as canetas disponíveis, agora cabe ao artista que existe dentro de nós exprimir o que a inspiração nos sugere.

Ter medo: o desafio de manter-se coerente

Ter medo

Vivo em constantes contradições
e o mais difícil é descobrir
como conviver pacificamente com elas
sem ter medo.

Procuro viver bem cada momento,
Tentar amenizar os sufocantes sentimentos
Que decorrem de um imenso vazio voraz
Que a falta faz.

Tenho medo de perder o que não é meu,
o que não me pertence.
Perder as conquistas passadas,
mas assim arrisco perder o presente

e as glórias do Agora.
Contudo, é a partir desse medo
que me reencontro com meu melhor Amigo.
E que entendo o verdadeiro valor da renúncia,
que não é simplesmente perder,
mas um profundo oferecer.

E nesse redescobrir, reencontrar, ganho forças,
coragem e consciência.
Que por mais que doa e eu sofra,
Tudo faz parte desta fantástica experiência.

Objetiva Divina: o cotidiano visto com outros olhos

Objetiva Divina

Procuro observar o mundo

através da objetiva divina e

Encontro-me no mar de cabeças.

entre corpos que inoportunamente se tocam,

o calor que sufoca,

Provo do mal cheiro dos doces chicletes das adolescentes,

da ininterrupta falação e o ônibus… ai o ônibus …

Parece nunca chegar ao final da estação.

Horas em pé agridem o físico,

de um corpo mortificado pela mesmice,

que não contenta e me deixa triste.

Por um instante enquanto tudo advém

uma paixão indescritível toma conta do meu “querer ser”

Ali está a objetiva divina

E me dou conta que estou aqui!

sou do Grande Espetáculo uma irrisória parte.

contudo estou deixando a minha assinatura

No Livros de Visitas da humanidade.

Ricominciare: La dolcezza di una vita che non si ferma

ricominciare

Albe, tramonti.
Orizzonti, sconfitte.
Occhi di sole, occhi di vento:
una pazza rincorsa di me stesso,
in tutti quei momenti che, attenti osservatori,
mi passano accanto.
Lui, gli altri, tu, la mia vita.
E nell’assurdo gioco
In cui se vinci perdi
E se perdi vinci,
una cosa sola mi rimane:
ricominciare.

Aforismi su “ricominciare”:

Ogni volta che un bambino prende a calci qualcosa per la strada, lì ricomincia la storia del calcio.
Jorge Luis Borges (Fonte sconosciuta)

Si crede che, quando una cosa finisce, un’altra ricomincia immediatamente. No. Tra le due cose, c’è lo scompiglio.
Marguerite Duras, Hiroshima mon amour, 1960

Extraterrestre portami via/ voglio una stella che sia tutta mia/ extraterrestre vienimi a cercare/ voglio un pianeta su cui ricominciare
Eugenio Finardi, Extraterrestre, 1977

La vita è tanto breve, e noi la rendiamo ancora più breve con la nostra incostanza, ricominciandola di continuo ora in un modo, ora in un altro: la riduciamo in pezzi e la laceriamo.
Lucio Anneo Seneca, Lettere a Lucilio, 62/65

Desculpa

Desculpa

Desculpa te amar tão pouco e
e este pouco ser somente um sussurro rouco.
Dos estridentes gritos que meu coração por ti clama.
Desculpa, pois a minha alma não consegue exprimir o quanto te ama.

Desculpe querer sumir para estar um pouco só.
Por atitudes egoístas, talvez em seu coração se faça um nó.
Mas não tema não é em ti nem em nós o problema.
Quero está só um tempinho comigo, pra renovar forças,
pra amar mais, também quando estou contigo.

Estou cansado de tudo, do mundo.
A fadiga não cansa só o corpo, mas especialmente a alma.
Mas procuro suportar as dores, manter a calma.

Contudo é com você que me sinto acolhido.
A sua presença é presente, me faz plenamente contente.
Por isso não sinta culpa, só aceite meu pedido de desculpa.

Desculpa (wikipedia):

A palavra desculpa, no sentido da língua portuguesa, designa um apelo direcionado à algo ou alguém, quando há presença de culpa e este apelo pede o perdão do sujeito. No sentido figurado, a palavra desculpa designa uma farsa real ou de ficção cujo a pessoa diz ao sujeito para justificar sua ausência de culpa. Nas palavras descontrolar ou desfigurar, o acréscimo do des revela a contrariedade do sentido original da palavra. E revela a mesma na palavra desculpa, quando que se retirarmos o acréscimo des, contrariaremos o sentido da palavra culpa, que é a ausência de culpa.

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