Category: Introspecções Page 30 of 36

Mais do mesmo

Mais do mesmo

Mais uma semana começa. Como todas, sem nada de muito diferente, por que a rotina não é que muda de forma surpreendente.

Fico tentando entender o significado desse ciclo que estamos mergulhados. Trabalho, faculdade, casa, casa, faculdade, trabalho, com algumas pitadas de atividades adversas em meio à mesmice. Claro que só de refletir sobre tudo isso, sinto calafrios de insatisfação com pequenas doses de desespero.

Passei alguns minutos pensando que a vida é esse mais do mesmo!

Que as coisas não é que mudam muito e caso mudem, servem para gente aprender e crescer, para depois voltar a mesma vida anterior.

Porém… Questiono-me se vai ser sempre assim, se vou ter sempre que me contentar em viver insatisfações cotidianas, projetando a minha felicidade para um futuro indefinido. O famoso “plantar hoje, para colher depois”. Não dá pra viver assim!!! Pois esse tal “depois” pode nem existir!!

Contudo, desde que concluí que tinha que ser feliz a cada dia, que todas às vezes antes de deitar a cabeça no travesseiro deveria ter certeza que, independente das dificuldades, sofrimentos, alegrias, o dia teria valido a pena, passei a enxergar a felicidade com outras perspectivas.

Aí entendi o efeito que o amor produz na nossa vida, pois o cenário é sempre o mesmo, mas são as atuações que devem variar (não que a gente tenha que ser personagens diferentes, isso não!!).

Às vezes, mudando a nossa visão do mundo, o mundo muda com a gente. Assim acordar, me trocar, ir à missa, voltar, tomar café, meditação, escrever no Blog, pegar a bike, ir para o trabalho, almoçar, voltar pro trabalho, ir pra casa, banho, lanche, ir pra faculdade, voltar pra casa, banho, leitura e dormir, todo esse “teatro” que se repete a cada dia, ganha sempre desenvolturas novas, visões novas, com atores novos, que enfim, inovam a vida e tudo que gira em torno dela.

Muito mais que o mesmo e saber que o amor investido em cada momento vivido, cada milésimo de segundo, é o que transforma nossos dias, semanas, meses, anos… a nossa vida.

Caridade

Caridade

Tenho sempre razão de viver aquilo que acredito, colocando as pessoas precedendo coisas e Ele precedendo as pessoas.

Estou certo quando procuro, antes de mais nada, o “Reino dos Céus”, condenando o pecado ou quando enalteço a justiça em prol da Verdade.

Acredito estar fazendo o Bem quando vou contracorrente do mundo e aos condicionamentos que me prendem e me sufocam.

Posso até estar no caminho quando sorrio, mesmo diante das dificuldades e percebo que os meus limites se completam com as minhas qualidades para que eu seja eu.

Não sei o quanto vale ter razão, certeza ou até mesmo acreditar estar certo se, antes de mais nada, não exista CARIDADE.

Querer viver

Querer viver
Querer viver é ter algo pra falar

Isso é fato.

Alegrias, tristezas, vontade de correr, parar.

Certezas, medos, nada é exato.

Só quem ama tem algo para dar.

Isso se vê.

Sorrisos, olhares, o outro, abraçar

Apoio, carinho, sair de você.

Vivendo se vê tamanho potencial

Para dilatar o coração

E concretizar àquilo que chamamos Ideal.

Amando se vive de maneira especial

Descobrindo que o nosso coração

É um armazém de boas lembranças, um memorial.

A saudade

saudade

Faz três meses que venho tentando descobrir os bens e malefícios de sentir Saudade.

Essa tal “espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa de um bem especial que está ausente acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo (Wikipedia)” é algo exclusivamente egoísta ou é fruto de um amor verdadeiro?

Hoje acordei morrendo de saudades… da vida que tinha, de quem eu era, daquilo que vivi. Não fiquei alegre, na verdade doeu muito saber que o que passou, passou, e o que me sobra são três palavras (e um artigo): Viver o momento presente.

Novamente me lembro que SAUDADE é uma palavra da língua portuguesa. Que designa um sentimento nosso, da nossa afetividade brasileira, do nosso modo de nos relacionarmos, amarmos.

“Uma única palavra para designar todas as mudanças desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa em relação às línguas itálicas; há mesmo um mito de que seja intraduzível. Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos a apontou como a sétima palavra de mais difícil tradução.” (Wikipedia)

A origem da palavra eu fui buscar também na enciclopédia digital. (…vem do latim “solitas, solitatis” (solidão), na forma arcaica de “soedade, soidade e suidade” e sob influência de “saúde” e “saudar”) Saudade é saudar a solidão… festejar o fato de estar só, não intrinsecamente, mas para ser DOM. Perder o outro, POR AMOR.

Os nossos irmãos lusitanos dançam o Fado justamente para celebrar esse sentimento tão inexprimível…

A tal wikipedia diz que é possível “matar a saudade” “relembrando, vendo fotos ou vídeos antigos, conversando sobre o assunto…” mas disso eu discordo profundamente. Todos esses procedimentos “auto ajudáveis” só intensificam o sofrimento pela distância, a renúncia de nós mesmos. Concordo que “A saudade pode gerar sentimento de angústia, nostalgia e tristeza, e quando “matamos a saudade” geralmente sentimos alegria.” Porém tenho descoberto outras facetas desse sentimento tão particular.

A saudade serve de impulso contra o nosso egoísmo. Concretamente, vivemos ligados às lembranças de coisas boas, de sentimentos bons, de prazer pessoal, mas que muitas vezes nos fecham em nós mesmos.

Entendi então que o melhor modo pra “matar a saudade” é viver o tal MOMENTO PRESENTE… estando perto das pessoas que encontro, ligando para um amigo distante, arrumando a casa… nada de muito GRANDE, mas a vida é feita mesmo de pequenos atos.

Assim, a saudade passa, a alegria volta e se pode viver realmente a FELICIDADE por quem está longe, sabendo que a gente pode sempre se encontrar nesse PRESENTE bem vivido, aproveitado, até o fim.

Binômio essencial da existência humana

Binômio

Escrevi em março sobre dois assuntos que “pauteiam” (usando a linguagem jornalística) a vida de todos aqueles que podem se considerar humanos, neste lugar que habitamos e que chamamos de planeta.

A liberdade de escolher, conivente com as perdas que fazem parte do processo de escolha, realmente nos liberta dos condicionamentos em que somos envolvidos. A razão serve para iluminar a única saída para descobrir o que é a verdadeira liberdade e aqui entra um pouco o conceito pessoal de fé.

Na minha vida e em tudo aquilo que pude viver até então, vejo claramente os movimentos e as conjunturas que direcionaram meu caminho e me fizeram chegar até onde cheguei. A oração e o constante diálogo com Deus me fizeram perceber que existe mesmo Alguém ou Algo (cada um que escolha o modo de enxergar esse Deus universal) que me conduz. Que usa do War divino para me colocar em um lugar específico, com funções específicas, para então, contribuir para a construção do seu Reino.

Assim, ser livre é realmente optar entre contribuir ou me omitir às “jogadas divinas” desse Deus que me ama imensamente e que prova seu amor através de circunstâncias concretas, que tantas vezes passam desapercebidas.

Reconhecendo-me livre, preciso entender como jogar a Vida, como deixar minha contribuição pessoal para que esses não sejam 80 anos (mais ou menos) de vazio.

E é aí que entra o segundo membro do binômio: o amor. Que na poesia Felicidade é envolvido de uma série de descobertas e de muitas conseqüências que elas geram interiormente.

O amor é a nossa parte, a missão de movimentarmo-nos em direção aos outros, especialmente aos necessitados de pão, de amor, de Deus.

Descobri tudo isso na minha viagem para a Indonésia. Sempre me perguntava o porquê estou aqui, vivendo na minha família, estudando na PUC, trabalhando em uma editora, relacionando – me com os meus amigos, namorando a minha namorada… será que daria para ser diferente??

Mas lá, do outro lado do mundo, diante das realidades cruéis decorrentes do Tsunami, entendi que existia um plano para a minha vida. Que devo vivê-la pelos outros e para Deus. Que o fato de viver e me esforçar para que tudo seja verdadeiramente BEM VIVIDO, ressalta o meu papel no Grande Jogo, pois as graças, providências e milagres vêm em conseqüência dos meus atos.

Para entender o valor do binômio é preciso somente estar mais atento àquilo que o coração (para os leigos), Deus (para os religiosos) ou o Espírito Santo (para os católicos) nos diz cotidianamente e que a vida pós moderna faz questão de nos desorientar.

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