Category: Introspecções Page 24 of 36

Amar com o coração, agir com a cabeça

Sempre me perguntei sobre o verdadeiro conceito de amor. Se devo amar movido pelas minhas paixões ou se devo tantas vezes pautar-me com segurança através da razão.

Ouvi de um sacerdote a história de uma monja que, ao ser questionada sobre sua fé e seu amor a Deus, dizia que poderia compará-los com um dia chuvoso, nublado. Ela não via e nem sentia a presença do Sol, porém SABIA, que além das nuvens que se formavam, lá Ele estava, aquecendo o coração de tantas pessoas e dando sentido às coisas.

Essa história me fez pensar justamente que também o sentimento deve passar pela razão, que muitas vezes amar é mais uma Escolha que um estado de espírito. Não que se apaixonar deva ser algo racional, pois novamente uma frase de outro sacerdote me fez entender esse sentimento. Ele dizia que a paixão é a força da natureza (Eros) que nos impulsiona a ir de encontro ao outro e querê-lo bem, para que não sejamos máquinas e a vida perca a sua beleza intrínseca.

A última (penúltima) vez que me apaixonei acredito que tenha sido uma paixão cega. A vontade de estar com a pessoa era tão grande, que não conseguia nem explicar o fato de porque a queria tão bem, parecia algo extremamente condicionado, pois era um relacionamento tão frágil e superficial que, mesmo depois de tantos anos, não construiu bases sólidas.

Agora, com a maturidade e as certezas que o sofrimento de não ter compreendido meus sentimentos causou em mim, consigo ir além do simples fato de querer construir minha vida com alguém, de estar novamente (e felizmente) apaixonado e ver que nem sempre as coisas acontecem como vemos nas telenovelas.

O amor é algo muito mais puro e singelo, mais verdadeiro, custoso, porém “realizante”. É o que nos traz felicidade, alegria, que não é condicionamento e sim uma construção cotidiana advinda da disponibilidade de morrer a si mesmo, para dar vida pelo outro e por Algo Maior.

Assim… o amor é mesmo fruto de uma força inexplicável, tantas vezes ilógica, mas o que fazemos com os nossos sentimentos é o que nos faz homens, o que diviniza a nossa razão, pois é através de um amor inteligente é que vai aos poucos sendo construída a nossa plena felicidade.

Difícil convivência

Estou aqui tentando lembrar uma das espécies de árvore que deve ser plantada sempre distante de outra semelhante, pela sua capacidade de extrair nutrientes do solo, fato que impossibilitaria duas “iguais” estarem juntas…

Ultimamente busco na natureza as respostas para os meus questionamentos mais simples e uma coisa que se me intriga é o fato de não conseguir ser tolerante com meus familiares, da mesma forma que sou com “desconhecidos”.

Fiquei lembrando justamente dessa tal espécie de árvore e concluí que talvez seja mesmo natural, indivíduos iguais, que disputam o mesmo espaço, acabem travando pequenas “guerras” de relacionamentos.

Em casa é sempre assim… é onde me sinto menos valorizado, mais criticado, onde são evidenciados ainda mais meus limites, dificuldades e, infelizmente, (ainda) é difícil encontrar amor por trás dessas atitudes.

Contudo, o que mais incomoda é o fato de que as regras da sociedade e também as religiosas em que estou imerso, me pedem um respeito e um amor maior para com os “meus”.

Preocupa-me o fato desse amor ser tão fundado em “regras” que seja artificial. Por isso tantas vezes não consigo amar simplesmente porque é meu pai, ou minha irmã, tia, primo. Não devo amar todos da mesma forma?

Diante de todos esses questionamentos, procuro continuar amando, também sendo misericordioso comigo mesmo, tentando amar “em doses homeopáticas” quando parece difícil superar essas dificuldades impertinentes.

Pois na natureza tudo converge para uma adaptação harmônica, sempre com perdas (é claro), mas que vai transformando o mundo aos poucos, pois como diz o velho clichê “faz mais barulho uma árvore que cai, que toda a floresta que cresce, dia após dia”.

Fim da luta

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Sabe quando a gente, mesmo cansado, exausto de apanhar, percebe que ainda faltam alguns “rounds” para o fim da luta e que, se quiser dar cabo do combate, é melhor deixar-se cair no próximo soco? Bom… é imerso nessa cena em que me vejo nesse exato momento.

Venho sendo questionado pelo caráter tantas vezes pessimista dos meus escritos, mas os tenho feito desta maneira, sobretudo porque as prestações em que a minha felicidade procura “vender-se” vencem a cada quinzena.

Agora, que aparentemente estou quase são de uma batalha perdida, de um quase definitivo nocaute, recebo um soco no baço, ou mesmo na cara. Ele sempre vem.

Procuro aos poucos me fortificar para agüentar todas as lutas até o final, mas às vezes me dou conta de que o melhor mesmo é entregar, me render.

Em algumas lutas o adversário nem sempre está preparado para nos vencer, a nossa vontade é maior que o medo, mas quando não é assim, é melhor não pensar que é possível suportar os golpes por tanto tempo.

Por isso, eis-me aqui, rendido novamente. Derrotado pelas circunstâncias, mas crente, de modo subjetivo, que vou entender só depois, a importância de mais essa derrota.

Non è mai l’ultima volta

ultima volta

Mentre camminavo sulle rumorose vie della mia città, mi fermo a guardare il barbone che cammina piano e con la testa bassa.
Penso in fare qualcosa, mi ricordo che ho una mela che da tantissimo ho messo nel mio zaino, ma proprio quando non lo guardavo, una macchina l’ha preso e buttato giù un paio di metri.
Non sapevo cosa fare, ero immerso in uno shock che sembravo una statua.
Lo guardavo incosciente, era lui quel che volevo amare, non lo so se aveva mai sentito l´amore vero… la certezza di che qualcuno lo voleva bene.
Sono andato in corsa fino alla chiesa per offrire l´unica cosa che potevo fare.. la mia incapacità di salvarlo.
Uscendo di là, asciugando le lacrime, alzo la testa e vedo un ragazzino seduto sul pavimento… È lui adesso che mi appare, è un´altra opportunità. Ne la do e ricevo come scambio un sorriso sdentato e lì.. in quel momento… ho capito che mentre posso respirare, ci saranno sempre tante opportunità di amare e, ancora meglio, di ricominciare.

Morte do Ganso

Morte do Ganso

Depois de alguns anos atuando nos mais diversos países do mundo. Sendo conhecido por milhares de pessoas das mais diferentes culturas e religiões, idades e sexos, o ganso finalmente “foi dessa pra melhor”.
Muitos puderam conviver com ele, outros, por diversas ocasiões o encontraram sem nem mesmo esperar, mas certamente o ganso vai ficar na história como um gesto que participou da vida de muitas pessoas.
Agradeço todos aqueles que receberam um ganso e sorriram… aqueles que apresentaram o ganso para uma gama ainda maior de pessoas, pois só assim a Cultura do ganso pôde ganhar essa amplitude difícil de mensurar.
O Ganso parte deixando saudades e certo de que, apesar de tudo, o que vale mesmo é descobrir (e redescobrir) formas de construir relacionamentos verdadeiros com as pessoas.

Seguem abaixo os gansos que ficarão pra história:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=gbQQY25xyEI]

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=8Uf-MzvoKVw]

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=mplogBMARGc]

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