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Reflexões para celebrar o bom

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Encontro-me sempre gozando de uma felicidade poucas vezes superficial. Aí fico me perguntando o porquê das pessoas sempre se contentarem com tão pouco, sem fazer de tudo, uma desculpa para celebrar o bom de estar presente no Grande Jogo.

E é justamente nisso que encontro explicações óbvias para querer transformar as ocasiões
mais simples em momentos inesquecíveis, sem fantasiar, é claro, mas procurando dar sempre relevância para o fato de estar juntos por uma Causa.

Assim, parece que em tudo é possível encontrar um aspecto positivo. Sou constantemente
autuado por ver com exacerbação o aspecto positivo nas coisas, nas situações e sobretudo nas pessoas. Mas talvez seja porque acredito demais no homem, na capacidade de cada um fazer bom uso da liberdade advinda do Criador.

É essa liberdade que mais me maravilha!! Saber que os caminhos, as escolhas, sou EU quem as devo fazer, que a felicidade depende ao menos de 50% do meu esforço. Assim… é nela que encontro a explicação para fazer valer cada momento, pois ser especial ou não, depende muito de mim, das minhas escolhas, da minha vontade de escutá-Lo, arregaçar as mangas e, no final, celebrar o bom.

Quem é Deus ?

Quem é Deus

Disse uma vez Santo Agostinho que é mais fácil colocar toda água do oceano num pequeno buraco de areia, do que a inteligência humana compreender os mistérios de quem é Deus.

Compreender os mistérios que nos remetem as perguntas básicas da filosofia: Quem Sou? De onde vim? e Pra onde vou?, sempre foi um dilema nas diversas reflexões que fiz sobre a vida que tenho levado e a resposta encontrada na crença de um Deus, quase sempre me ajuda a entender a minha breve participação no Grande Jogo.

Esse Deus, Verdade única, que para os católicos é representado pela Trindade, para os muçulmanos é Allah e que também pode ser representado pelo tetragrama YHWH (Javé), é muitas vezes para aqueles que não acreditam Nele, uma força, uma luz, um pensamento, que rege o universo. (O tetragrama YHWH tem diversos significados, dois deles são: SENHOR (em letras maiúsculas), por Kýrios e Deus por Theós. Fonte:Wikipedia)

Deus é, para mim, o Criador do Universo e de todas as formas de vida na Terra. É também chamado por Adonaí (Soberano Senhor), Elohím (Deus, e não deuses, visto que trata-se de plural majestático), Ha Adhóhn (o [Verdadeiro] Senhor), Elyóln (Deus Altíssimo) e El-Shadai (Deus Todo-poderoso).

Reconhecê-Lo soberano, me faz questionar o quanto sou dependente Dele para construir e conceber a Felicidade plena. É me dar conta de que sou uma parte, não o centro e que devo esforçar-me para escutar a voz que fala dentro de mim, de nós, que serve como orientação para uma caminhada segura.

Porém, nossa compreensão é sempre limitada. A racionalidade nos permite chegar somente à uma relativização que nos leva ao vazio e aí permanece somente a Fé. Nessas horas me pergunto justamente sobre áquilo que vemos e vivemos, sobre os acontecimentos, a natureza, a nossa constituição. Dá pra conceber tudo isso sem acreditar que existe um Criador? Que tudo surgiu do nada? Pra mim é impossível.

Singelas conclusões a respeito do amor

Passei a noite digerindo acusações à respeito da fragilidade dos meus sentimentos.

Minha irmã me disse que isso é não ter jeito de gente, mas não recrimino, em nenhuma hipótese, o fato de me encantar facilmente pelas pessoas.

Às vezes tenho mesmo a impressão de que poderia estar e construir um relacionamento profundo com qualquer pessoa do planeta, mas sentimento não é algo tão manipulável quanto a informação.

Perguntado sobre o que minhas experiências afetivas (não foram muitas, felizmente) me trouxeram de certezas à respeito do amor, tendo em vista o que escrevi em Acreditar no amor, sem desprezar a dúvida, posso dizer que alguns aspectos foram reafirmados, mesmo com o término do meu namoro (em maio deste ano), até certo ponto fantasiado por mim, que me deu hoje uma outra concepção de Amor.

A primeira dela passa justamente pelo fato de que “o que sustenta “aquele Amor” é um outro, mais verdadeiro e concreto, pouco baseado em sentimentos pessoais, mas concreto, visando exclusivamente a felicidade do outro”. Acho mesmo importantíssimo acreditar naquilo que construímos, se esforçando para fazer ao menos bem a nossa parte, pois nem sempre as decisões pertencem a nossa “juridição” mas também dependem de quem está ao nosso lado.

Depois, o fato de que “o amor não é só um sentimento, é uma Escolha”. Essa é também uma descoberta importante. Pois não é que escolhemos QUEM amar, quem nos apaixonamos,  mas podemos escolher entre querer ou não amar. A racionalidade está justamente no fato de que o amor é um sentimento inteligente, não é cego e nem burro. Nenhuma paixão pode sobrepor-se as condições que atendem as exigências profundas de felicidade de cada um.

Entendi que a paixão é a força (divina) que nos faz ir de encontro à pessoa amada. É aquilo que faz diferenciar AQUELA pessoa das outras, mas é só, pois o amor é uma construção cotidiana, que se não for alimentada, apaga qualquer paixão.

“Quando enxergamos o amor assim, como escolha, damos um passo importante nas nossas vidas, nos nossos relacionamentos. Estamos mais prontos a acolher os defeitos e limites do outro, a respeitar as dúvidas e vive-las juntos. Não se para nos obstáculos. Mas é uma conquista cotidiana.” Talvez hoje repensaria melhor antes de formular essa frase, não por não acreditar nela, muito pelo contrário, mas são pensamentos que devem surgir naturalmente, não é possível escolher nossa paixão e sim se vamos alimentá-las ou não.

Dei-me conta nesses últimos meses, passadas (e superadas) tantas dificuldades, que é realmente importante uma profunda reciprocidade de sentimentos e um compromisso em relação ao outro. Muito é possível teorizar e concluir em cada experiência, sobretudo porque ambas nos ajudam a entender e crescer para a vida que continua.

Depois desses meses de reconstrução de mim mesmo descobri um amor muito mais simples, singelo, apascentador… uma alegria serena e também uma certa segurança e estabilidade emocional, tudo fruto de uma busca constante de ver que nada é por acaso e tudo nos leva a uma felicidade, recheada de dores, mas verdadeira.

ReEncontro

Quando a gente menos espera, o universo conspira para sublimes reencontros. E aí é possível recordar àqueles momentos vividos há tanto tempo, mas que deixaram marcas, que agora podem ser profundamente constadas como ETERNAS.

Reencontrar é perceber que o tempo outrora juntos, quando aproveitado, serve pra gente se conhecer a fundo e construir um amor paradoxal ao Sistema em que estamos mergulhados, pois afinal de contas, não queremos mais que a nossa recíproca felicidade.

Assim, cada reencontro é uma dádiva, uma oportunidade de feedback, de re-experimentar uma alegria incomensurável, uma certeza física do verdadeiro Amor, que supera qualquer diferença ou sentimento passageiro.

E nesses encontros, re- encontros, me sinto renovado. Algumas certezas ocultadas pelo frenesis, pela minha passividade, omissão, são reabastecidas pela alegria de ver que realmente não estou sozinho na Guerra, que ainda compartilho ideais, sonhos e assim, não importa tanto o que conto, mas sim a alegria de mais um reencontro.

Justificativa

É interessante constatar que, por mais que eu me esforce ao máximo, sempre acabo magoando alguém. Fui procurar no Wikidicionário o significado do verbo e encontrei “provocar um sentimento penoso (que causa pena; doloroso) e de irritação”.

Estou numa fase de tão grande fatiga que não procuro me prender muito aos meus limites, pois seria mais uma desculpa para estar “pra baixo” e assim perder outras possibilidades de amar àqueles que aparecem no momento presente.

Às vezes até parece que não me arrependo daquilo que faço, de ter causado dor, por tão espontânea a admissão do meu erro, por tão instantânea a minha vontade de recomeçar.

Porém… pedir desculpas, mesmo sendo um ato verdadeiro de humildade (e um “meu” esforço pessoal contínuo) as vezes não serve de pré supostos para uma situação resolvida.

Dar-me conta que devo pagar pelo mau que causo me faz tantas vezes pensar em me fechar, me expor menos, pra causar menos sofrimento. Mas, da mesma forma, sinto que, agindo assim, causo sim menos dor, mas conseqüentemente menos Felicidade.

Assim, continuo… não temendo errar, porque acredito que ninguém o faz propositalmente, mas certo de que, assumindo meus limites, pedindo perdão, posso permitir àqueles que estão a minha volta de me amarem como sou.

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