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10.000 visitas no eLe


Desde que comecei esse blog, por incentivo da Professora Raquel Balsalobre, que ministrou uma das disciplinas que cursei na PUC-SP como calouro, nunca pensei que o eLe (escrevo, Logo existo) chegaria aos 10.000 acessos. (Esses acessos começaram a ser contabilizados em fevereiro de 2007, mas o blog foi criado em agosto de 2006)

É engraçado perceber que pessoas, de diversos bairros de São Paulo, diversos estados do Brasil e países do Mundo, perderam alguns minutos da sua vida, lendo as “besteiras” que escrevo.

A idéia foi (e é) compartilhar alguns pensamentos, questionamentos, histórias, que vagueiam pela minha cabeça, excessivamente sensível, com todos aqueles que tenho (ou tive) algum contato pessoal.

Nesses quase 2 anos, enchi de crônicas, poesias, contos, histórias, notícias, fotos, dicas de CDs, Livros e pior, enviei DIARIAMENTE atualizações que entupiram a caixa postal dos meus amigos.

Por isso… esse obrigado pelos 10.000 acessos é para vocês!!! Que leram (não tudo, claro) os meus textos e puderam de alguma forma pensar, sofrer, torcer, se alegrar com algo.

Espero chegar um dia aos 100.000, depois aos 1.000.000… vai depender de vocês…hahahha

Um grande e forte abraço, pessoal para cada um.

(queria dar mesmo pessoalmente)

V@lter Hugo Muniz

Drama do estagiário

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Para explicar meu pensamento, preciso antes definir o meu arquétipo de adulto. Não somente usando as raízes etimológicas da palavra, mas também por meio de um argumento subjetivo, pessoal, desta minha explanação. Adulto, no dicionário on-line Priberam quer dizer: “aquele que saiu da idade da adolescência e atingiu a maioridade”, “que atingiu o seu pleno desenvolvimento” e “que alcançou a maturidade intelectual”.

Já há três anos venho amargurando as condições precárias de trabalho (nem sempre materiais, mas, principalmente, sociais) que, como estudante, encontro nos estágios disponibilizados pelas empresas na área de Comunicação.

De jeito nenhum quero desmerecer as oportunidades que me foram dadas de aprender tantas coisas, como na Análise Editorial e mesmo agora na CBA (Companhia Brasileira de Alumínio). Porém, sinto-me sub-aproveitado, limitado aos trabalhos braçais, de pouca importância, no que talvez pudesse estar produzindo conhecimento, dando idéias novas, fruto da grande oportunidade que tenho de pensar comunicação dentro do universo acadêmico.

Mas, por conta desses que já alcançaram a tal “maturidade intelectual” e que por isso detêm a verdade, continuo sendo limitado ao mínimo, até pegando cafezinho pra chefe.

Enfim, não existe um desrespeito físico perante o estagiário, mas um desrespeito moral, em que pessoa, por não estar enquadrada em um status definido, ainda percorrer o “caminho das incertezas”, acaba sendo desdenhada com uma certa freqüência.

Por mais que as pessoas desmintam, é evidente o olhar superior diante de “aprendizes” pelos “já formados” (adultos), acostumados com os padrões postulados pelo tempo de experiência e que muitas vezes consideram os jovens inexperientes, puros e até mesmo ingênuos.

A minha conclusão é que o grande problema disso tudo não é o simples mau – estar causado ao estudante em começo de carreira, mas a manutenção dos paradigmas que impossibilitam mudanças radicais, criativas e acabam por “amordaçar” o futuro profissional, freando as possibilidades de um desenvolvimento geral em relação a conceitos e processos.

Saudável trampolim

trampolim

A coisa mais gostosa, eu disse à Maíra, é quando as coisas começam a dar certo.
Ela complementou dizendo: “ainda mais quando é sofrida, lutada”.

Conversas assim, dão conclusões iconográficas da realidade.
Transformam acontecimentos em experiências.

Como já dizia Aldous Huxley: “Experiência não é o que acontece com um homem;
é o que um homem faz com o que lhe acontece”.

Gosto de vivenciar “frases sonoras” e assim entender o quão carregadas de sabedoria elas podem estar.

Claro, essa não é nenhuma conclusão inédita, ou “furo de reportagem” como dizem os jornalistas,
mas acredito que serve para nos ajudar a valorizar o grande trampolim que se esconde atrás da dor.

Amor gratuíto

TERESA

Há tempos venho me perguntando sobre o tal Princípio de Gratuidade que sempre acreditei existir. Procurando no Google os verbetes “amor gratuito” encontrei quase que exclusivamente, referências religiosas sobre o sentimento.

Navegando pela internet tirei do blog português, Um dia ao outro dia (http://umdiaaooutrodia.blogspot.com), considerações leigas a respeito do sentimento: “Só amor gratuito, sem retorno, abandonado, que não espera faz escavar um lugar para o céu dentro de nós. (…) Passagem cortante e obscura a do amor sem retorno, em que a garganta se contrai num amargo: Porquê? Que mal eu te fiz? (…)
(faço por vezes, esta pergunta, sem resposta, para alguns abandonos, tão de barro que ainda não aceitei que, fiel é Aquele que nunca larga, nem mesmo os que o magoam).”

Porém, ao lê-la, constatei que pode-se realmente considerar sentimentos universais.

Conversando com ela neste final de semana, entendi que, como a objetividade para o jornalista, a gratuidade (e a coerência) vale mais pela busca, do que pelo mérito do conceito.

As explicativas psicológicas que formalizam nosso ser intrinsecamente egoísta não me parecem obstáculos, porque lutar contra a nossa humanidade é já uma “guerra perdida”.

O que me parece importante é não se render, não aceitar com indesejável conformismo, as nossas individualidades maquiavélicas, a nossa aparente incapacidade de viver “pelos outros”.

Pensar em nós mesmos é já uma hábito. Difícil mesmo é perder momentos da nossa vida para dedicar às pessoas necessitadas, de pão a um singelo sorriso.

Vou continuar pensando nisso!!

A minha noite

noite

Os dias passam e ainda continuo procurando novas diretrizes que satisfaçam meus anseios pessoais de amor e dinheiro.

Queria não me contaminar com o capitalismo autofágico que me impulsiona a um prazer descontrolado, mas quase sempre me sinto fraco e incapaz.

A fraternidade que deveria integrar e interagir com a liberdade e a igualdade virou artigo de perfumaria, pois no final o que vale mesmo é satisfazer o meu eu.
Toda essa conjuntura me empurra para uma depressão sem volta, para um descontentamento constante.

No final, o que sobra é a vontade de cumprir o meu singelo papel no Grande Teatro, procurando atuar nesses meus poucos segundos de Palco, para fazer valer essa única oportunidade de mostrar aos espectadores, que cada artista faz parte do Espetáculo.

Mas, o pessimismo tantas vezes me consome. Sinto-me fraco, incapaz de amar até mesmo os mais próximos, aqueles que mais amo, pois também a capacidade de perdoar, de suportar as diferenças, por mais simples que sejam, vai sendo devorada pelo frenesi da vida contemporânea.

Dentro desse interminável e escuro túnel não consigo ver nada além do perímetro que cerca a minha vida, perdi as referências do Todo, a minha ideologia. Desta forma, o que me resta é procurar aquela resposta um dia contemplada, esquecida nos corações de todos aqueles me serviam de Luz e assim possa amanhecer nessa profunda Noite, que ultimamente me encontro.

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