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Cadê o Natal?

Chega dezembro e muitos começam a fazer o balanço do ano.natal
Juntam-se as moedas para os presentes de Natal,
prepara-se para as férias do período de Festas
ou se pensa em procurar um emprego novo, porque a época é boa.

Quem estuda se descabela com os exames e trabalhos finais.
Quem trabalha precisa levantar os números, resultados,
esperançosos de que a perda em “tempos de crise” não seja tão arrasadora quanto eram as previsões.

Porém, final de ano é época de olhar para quem está ao nosso lado de maneira diferente.
Não se está mais só CO-VIVENDO,
agora essa vida partilhada deve ser celebrada,
na tal “festa da família” que deveria ser o Natal.

Mas, é justamente nessas horas que a gente se dá conta que lembrou de tudo,
menos de investir nos relacionamentos.
Sobrou dinheiro,
mas faltou perceber que o tempo vai devorando a saúde dos nossos pais, dos avós,
e a gente nem se deu conta,
preocupados com as prestações do cartão de crédito
ou com a elaboração exaustiva do TCC.

E assim, a vida vai passando…
Se a gente pára pra pensar não foi assim só este ano…
é já uma conclusão que nem lembramos onde e quando começou.

Aí chega o Natal e é automático:
Vamos pra casa da vó? do tio? Vamos jantar todos juntos em casa?
Só que ninguém mais encontra sentido, se reconhece família.

Pois é, então cadê o Natal?

Ás vezes bate aquela impressão de que tanto o Festejado,
quanto o motivo se misturam com os gorduchos vestidos de vermelho e a montanhas de presentes.
Se for assim, sei lá. Talvez seja melhor mudar o Natal de nome.
Sugiro: Festa dos encontros e aparências.

Mas acho que ainda dá tempo de viver e construir com os mais próximos.
De olhar no olho, perguntar como está
e de ser justamente essa família
que se costuma celebrar na virada do dia 24 pro 25.

Ou vamos esperar que além de presente,
o Papai Noel nos dê a força e a coragem
que não temos de sermos fraternos com quem está ao nosso lado?

Eu vou, pelo menos, tentar.

Encontro entre gente que corre

apressados

Todos os dias milhares de pessoas se espremem entre vagões apertados que “enlatam” a massa de trabalhadores que se dirigem para o centro de São Paulo. Inacreditavelmente passam trens e trens, gente correndo, falando, às vezes brigando, mas sempre acontecem encontros, de certa forma inusitados, imprevisíveis.

Em uma dessas maravilhosas experiências de fazer parte desse aglomerado pluricelular, após esperar passarem 3 ou 4 trens lotados, no Paraíso, consigo me espremer e finalmente entro no vagão do metrô.
Fico na porta, nos poucos centímetros cúbicos que me cabem e de repente escuto um “com licença” conhecido.

Em poucos segundos ela surge se arrastando entre corpos e caretas, com desculpas cheias de constrangimento por ter esquecido que era ali que deveria descer.

Ao me ver, esboçou um sorriso engraçado do tipo “olha aonde vamos nos encontrar” e eu retribuí, com a alegria de poder encontrar alguém conhecido

Virei o rosto para que seus lábios tocassem minha bochecha espremida e quando percebi, ela já estava do lado de fora do vagão, seguindo para o seu rumo, que eu nem imaginava qual seria. O alerta precedeu o fechamento das portas e o trem partiu.

Em mim ficou um sentimento alegre de ter revisto uma querida amiga, nesses encontros e desencontros que iluminam muitas banalidades que circundam a nossa vida.

Se eu pudesse falar com o Obama pediria…

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Seu eu pudesse falar com o Obama pediria…
Um pouco mais de piedade
com os imigrantes que fomentam a Construção Civil nos EUA.
Um pouco mais de visão
com os tratados globais de diminuição de poluentes na atmosfera
Um pouco mais de simpatia
nas negociações biliterais e multilaterais
Um pouco mais de humildade
em admitir que está na hora de parar de financiar guerras para tapar buracos econômicos internos
Um pouco mais de alegria
no contemplar o crescimento dos países emergentes, em vez da inveja que cria ditaduras e terrorismo.
Um pouco mais de caridade
quando impor decretos protecionistas
Um pouco mais de coragem,
para saber que as mudanças nos EUA, geram mudanças globais.

Escolhas: o esforço quando não se vê o que é bom

Tateando

Inúmeras vezes sentamos à mesa sem muito apetite e esperamos “o prato” pra saber se vale a pena o esforço. A fome pode ser aguçada ou amenizada de acordo com o tipo de prato que é apresentado durante a refeição.

Se por um lado, perdemos o “resquício de fome” quando temos algo que não nos agrada (no meu caso, fígado, abobrinha, frango cozido…), decidimos “fazer uma forcinha”, se a comida é apetitosa (risoto de camarão com batata frita e suco de limão geladinho…. delícia!).

Agora, quando estamos diante de uma refeição balanceada, com coisas muito gostosas e também coisas que não se sente estímulo algum para comer, a decisão fica mais complicada. É preciso pesar, pensar e no final a escolha quase sempre varia, às vezes arriscamos, as vezes preferimos não comer mesmo.

Na vida, a dinâmica é sempre a mesma… quando estamos diante de situações claras, boas ou ruins, em que o bom (ou mesmo o ruim) está ocultado pelas circunstâncias, fica fácil resolver o que queremos.

As vezes a gente está distante de alguém e fica evidente só as coisas ruins, o descaso, o comodismo a pouca afinidade com a comunicação à distância do outro, e as coisas boas, que só podemos experimentar estando próximo, parecem quase não existir, mas na verdade só estão escondidas.

Pelo contrário, quando estamos diante das pessoas que supomos amar, podemos vivenciar momentos bons e ruins ao lado dela, é possível pesar com racionalidade o quanto vale a pena viver o relacionamento. Podemos entender se as coisas boas compensam as ruins e vice-versa. A decisão fica mais difícil, delicada, arriscada, pois arriscamos perder aquele (a) que pode nos ajudar a sermos mais felizes.

Por isso prefiro possibilidades de escolhas mais difíceis, mais complexas, porque são mais verdadeiras. Quando optar pelo sim ou pelo não, não exige entrega, desapego, dor, algo pode estar errado dentro de mim.

Quem está errado?

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Estou esperando o metrô há quase 15 minutos… Bom, lá vem ele. Entro e em alguns segundos sou transportado para um mundo que ainda não consigo identificar.

Imagine essa situação: Você está atravessando a rua enquanto o sinal para os pedestres ainda está vermelho, quando de repente vira um carro em alta velocidade, sem dar seta. Quem está errado? Essa pergunta realmente intrigante estava em um grande letreiro, que servia de senha para poder entrar em algum lugar, ainda identificável.

Não sei… Quem tem prioridade, o pedestre ou o automóvel? Coloquei essa pergunta no Google, usando meu celular e encontrei um fórum de discussões:

“Sempre o pedestre, mesmo que a lei diga ao contrario.” “Será sempre o que estiver em menor desvantagem, na sua pergunta sempre o pedestre.” “Como nos EUA, o pedestre sempre tem preferência…. Questão de educação, coisa que nosso país não tem…”

O Artigo 70, do Código de Trânsito Brasileiro, diz que o pedestre tem preferência na travessia sobre faixas de segurança, quando não houver sinalização de semáforos: “Os pedestres que estiverem atravessando as vias sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste Código”.

“Claro, nem sempre a gente age de maneira correta”, pensei. “E o mais fácil é justificar o nosso erro enfatizando o erro do outro e assim as coisas não mudam…”

Aqueles segundos de questionamento foram interrompidos por um tremor terrível. Era um terremoto? Não… era o vibra call do meu celular me chamando para mais uma segunda – feira de trabalho.

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