Category: Introspecções Page 15 of 36

Só começando

business race on a blue track

Tem gente que tá começando a vida universitária hoje e outros, como eu, se preparando para concluí-la em 2009.

É engraçado que isso muda radicalmente as perspectivas dos felizardos “ex vestibulandos”, de um inseguro e “quase ex universitário”.

Enquanto as portas acabaram de abrir para quem entrou, o estrondo “do outro lado” vai fechando a minha e dando escassas perspectivas para alguém finalmente irá conquistar a alforria da universidade.

Diziam-me os meus (i) responsáveis veteranos que: “fácil é entrar na faculdade, difícil é sair” (isso porque eles não fizeram PUC…hehehe), mas alguma coisa me diz que agora é que a brincadeira vai ficando mais séria.

Fiz o meu caminho de universitário “em busca do tempo perdido”. Por conta de experiências no “estrangeiro”, acabei entrando na universidade com 21 anos, o que já me colocou em desvantagem com meus colegas que irão se formar quase com essa idade.

Estudei bastante, aproveitei os professores, tentei assimilar o máximo de conhecimento possível e curtir as (poucas, admito) crises de dúvida em relação à escolha do curso.

Bom… e aqui estou… no último ano da faculdade. Com uma certa interrogação em pensar no que será de mim daqui para frente, mas com outra certa despreocupação, ciente de que tenho potencial para ser Feliz.

Mas, admito fica difícil não olhar para os calouros e sentir uma pontinha de inveja. Para eles as escolhas ainda serão feitas, os passos serão gradativos e o medo do futuro, vai chegar em doses homeopáticas.

E eu… aqui, tendo que pensar no que posso deixar de contributo para a universidade por meio do meu TCC. O que vou levar de incentivo para transformar o mundo que, de maneira quase sempre pessimista, fui aprendendo a conhecer.

Claro que junto com o medo, vem a apreensão que só o inesperado causa na gente. E a alegria de que as respostas estão lá e eu é quem decido se quero ou não encontrá-las.

O que me alegra porém é uma coisa, simples, ingênua, cafona, mas verdadeira… não to sozinho nessa. Ufa!

Provocação 9 – Pais e Filhos

Provocação 9 – Valter Hugo Muniz – EDITORIAL

Resolvi escrever desta vez no Provoc@ç@ao pois, estando no advento de completar meu 23º ano de vida, (ou seria sobrevivência???) tenho me questionado sobre todas as dificuldades e facilidades de ser jovem nesse mundo em que vivemos.

Muitas vezes me vejo preso, não encontro soluções para os meus problemas, desafios, e percebo que existe um Sistema que luta para que eu não reflita. Ele gera necessidades tão infindáveis e contraditórias que não sei se o que faço, decorre realmente de mim.

Coloco aqui algumas das minhas reflexões e desejos mais profundos: construir um mundo melhor e ser feliz. Tudo, neste mundo e não no País das Maravilhas.

Abraços

V@lter…

Ah!!! Aproveito para apresentar meu BLOG… http://vartzlife.wordpress.com . Tenho colocado DIARIAMENTE textos, poesias e pensamentos sobre a vida e os acontecimentos que muitas vezes nos atingem.

É sempre um prazer receber comentários, sugestões e críticas sobre os meus devaneios… Vale a pena dar uma olhada!!

provocacao-9

Para download: http://www.4shared.com/file/85366613/780772fc/provocao_9.html

Falsa cumplicidade

amizadeCada vez mais as pessoas têm dificuldades de perceber os detalhes.
Passa-se rapidamente pelos lugares, de carro, avião e perde-se a oportunidade de entender as distâncias, sentir toda a atmosfera que existe no caminho, na viagem.

É assim também com a gente.
Não nos importamos mais em entender o outro, mas exigimos comportamentos semelhantes aos nossos.

Não procuramos sair de nós mesmos, mas queremos que todos nos amem e nos entendam da nossa maneira.

É…  mas talvez o pior dos males  é justamente instrumentalizar os relacionamentos.

Usar da cumplicidade de quem está ao nosso lado, para atacar, machucar, nos nossos momentos de fraqueza.

Esse menosprezo em relação à essência do individuo produz chagas profundas e constrói muros que separam e distanciam pessoas.

Aquilo que se constrói junto, aquilo que se confidencia, se compartilha, deve morrer dentro de cada um, como estimulo a um amor e uma compreensão mais concreta, mais sã, mais consciente.

Expor as fraquezas e limites do outro é cutucar uma ferida mal cicatrizada, é produzir conflitos difíceis de serem resolvidos e sentimentos difíceis de perdoar.

Por isso, o outro é responsabilidade minha! E aquilo que construo de profundo com cada um é meu!

Alegoria do amor

Um dia me perguntaram o que é o amor… e.. putz.. eu admito.. já estava cansado desses assuntos melodramáticos.

Aí fiquei pensando que amor é com uma bela lareira… daquelas que a gente pesquisa, pesquisa, mas demora tempo pra encontrar.

Tem que ver se vai ser interna, externa, de tijolo, moderna, de aço… tem gente que passa muito tempo procurando, tem gente impulsiva que compra a primeira que vê, mas essas escolhas têm resultados expressivos depois.

Porém depois que a lareira chega em casa precisamos alimentá-la com lenha, carvão, porque o fogo aos poucos vai se apagando, na medida que consome o combustível.

Muitos querem viver o amor de cinema… compra um montão de lenha, bota tudo pra queimar de uma vez… é um baita fogaréu, mas quando acaba, não tem mais nada pra queimar, o fogo apaga e a lareira fica em desuso ou é destruída.

Existe a possibilidade de você experimentar as lareiras. Você chega na loja, o vendedor acende o fogo e você vai ver se ela se adéqua as suas necessidades, para aí sim fazer uma boa compra.

Porque depois que a gente compra, somos nós que devemos colocar lenha, os responsáveis por não deixar o fogo se apagar.

Claro que também é possível trocar de lareira, jogar fora… sei lá… porém, as vezes a gente usou aquela específica quantidade de calor para cozinhar uma boa carne… aí o fruto desse calor talvez não consiga se adequar a outras intensidades de fogo e a carne estrague…

A alegoria da lareira me ajuda muito a perceber que quase sempre o amor é uma escolha, que exige muito de cada um, e que só consigo ter forças para refazê-la com a presença de Deus…

Não é a Fé que resolve os meus problemas, mas as minhas escolhas, o meu sim pessoal. A Fé me dá a força para acreditar que existe um Deus que me olha e vai fazer de tudo para me ver feliz, mesmo que as vezes eu passe frio porque o fogo da lareira é fraco ou que eu tenha que levantar do sofá gostoso para buscar lenha e colocar na lareira.

Banalização dos Sentimentos: Ecos de uma sociedade Materialista

tumblr_lh8gz8SoqH1qef5huo1_500_large

Depois de guerras (curtas e longas), passamos por momentos transitórios na política, na economia e certamente na sociedade e isso resultou numa herança particular na maneira de como enxergamos o ser humano. Vivemos na era da Banalização dos Sentimentos.

As fases da Revolução Industrial e agora, o Capitalismo Globalizado, viabilizaram uma imensa quantidade de recursos tecnológicos, proporcionando ao mundo diversas formas de acúmulo de capital. Assim, implantou-se uma nova cultura que valoriza essas posses e edifica quem as possui em grande quantidade. Esse novo “estilo de vida” é denominado CONSUMISMO.

Queremos roupas, calçados, carros, casas no campo, na praia, TUDO… Sem se limitar a quantidade, porque quanto mais temos, mais SOMOS.

Como são os bens que possuem o valor máximo na sociedade, as pessoas, o SER HUMANO, acabam sendo secundarizadas, pois sua essência, sentimentos e ideias não possuem significância, e sim o COMO esse conjunto pode gerar benefícios materiais para alguém. Consequentemente ocorreu uma substituição dos valores, em geral, pelo dinheiro e bem estar individual.

Os adultos querem amantes, pois colocam egocentricamente o sexo à frente do diálogo e do relacionamento familiar; as crianças, fazem uso da afetividade para conseguir brinquedos e presentes dos parentes e os jovens,passaram a querer “ficar” com outra pessoa para, em vez de construir um relacionamento maduro, responsável e compromissado, simplesmente suprirem suas carências e desejos momentâneos.

A somatória destas atitudes fez com que surgisse o “Consumismo Sentimental” que, no caso dos jovens, incentiva a busca de grande quantidade de relacionamentos e experiências, que como o dinheiro, em grande escala, significa status social. Eles passaram a escolher suas companhias levando em conta a aparência física e os bens das mesmas, ou seja, acabaram voltando ao Classicismo da história, pois só valorizam o indivíduo que se encaixa perfeitamente nos padrões de beleza da sociedade, sendo assim um “produto de consumo” mais atraente.

Tudo isso fez gerar um profundo descaso pelos sentimentos individuais dos Outros.

Precisamos ser fiéis ao clichê TEEN que diz… “Aproveite a vida!!!!” Mesmo que isso implique em machucar pessoas. Um ato Maquiavélico que fecha os olhos para TUDO com o objetivo único e exclusivamente egoísta.

As pessoas não percebem que o “recheio” é a parte atrativa do ovo. Elas escolheram a superficialidade para não se envolverem emocionalmente, pois isso gera sacrifícios e sofrimento.

“É preciso um atalho para felicidade”.

Temos que difundir a ideia de que tanto a beleza quanto o status social, não influenciam na construção de um relacionamento verdadeiro.

Precisamos “OLHAR” para os seres humanos sem a pretensão de que podemos possuí-los, “consumi-los”.

Hoje, vemos as pessoas tão famintas de amor que aceitam substitutos. Elas abraçam coisas materiais, atitudes egoístas e ficam esperando que elas retribuam o abraço. Porém isso nunca dá certo, pois não se pode substituir o valor individual de cada pessoa, o amor, a amizade, por coisas materiais e nem DESCARTAR nossos relacionamentos quando eles já não mais satisfazem.

Os meios de comunicação com sua programação e comerciais, nos incentivam cada vez mais a adotar uma postura materialista e consumista e caso não haja uma mudança contra esse paradigma sócio – cultural, continuaremos na incessante busca de uma felicidade cada dia mais distante e viveremos uma vida sem sentido.

Page 15 of 36

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén