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Quem são os nossos modelos?

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“_Boa noite meus HERÓIS!!”

Era assim que o renomado jornalista da Rede Globo, Pedro Bial, começava a dialogar, todas as noites, com os participantes de um dos programas mais vistos na televisão brasileira em 2009. A décima edição do Big Brother colocou relevo, entre tantas perguntas, uma em especial:

Quem são os modelos que a sociedade e a mídia trazem para uma geração de jovens da qual faço parte?

Assisti quase completamente a última edição do “show da vida real”, para analisar criticamente e poder dizer o que a experiência gerou em mim e, devo admitir, fui seduzido. Sem perceber estava discutindo, lendo artigos na internet sobre o programa, interessei-me pelos participantes, principalmente para as mulheres bonitas, sem nem mesmo me perguntar se estava fazendo a coisa certa.

Mas, na sua fase final, as descaradas manipulações de edição e o baixo nível moral do programa, me ajudaram a voltar ao “estado crítico” e entender que realmente o Big Brother faz mais mal do que bem a minha geração.

A primeira coisa que ficou clara é que não são profissionais banais que produzem o programa. São pessoas muito capazes. O próprio Pedro Bial foi um jornalista muito gabaritado, cobriu a Guerra do Golfo, a queda do Muro de Berlim e no final, se vendeu a um “desserviço” que a Central de Jornalismo da Rede Globo, vem há 10 anos, fazendo para a população, confundindo ficção e realidade. (ou será que realmente alguém acredita que o que se vive dentro da “Nave Big Brother” é real?)

Mas, o que mais me chamou a atenção no programa foi na escolha dos participantes e no como eles se prestavam dentro da “casa”.

Uma “pseudo diversidade” caricata que, desta vez, colocou em situações depravadas homens, mulheres e homossexuais, institucionalizando os três “gêneros” e os subseqüentes comportamentos de maneira unilateral.

Expor na televisão que existe esse tipo de “harmonia entre gêneros” parece banalizar e pior, sentenciar uma discussão social que não quer ouvir “todos os lados”. Não se deve marginalizar o homossexual, isso nunca, mas se deve discutir profundamente o homossexualismo como modelo de felicidade, como projeto de vida, também no que diz respeito à saúde pública. Não gosto desta “pseudo tolerância” que o relativismo produz.

Acredito que nem mesmo os homossexuais gostaram de ser apresentados como modelo de depravação, de uma sexualidade animal, que nada tinha de bonito, natural… Voltamos à idade das cavernas?

Acho que posso resumir o meu pensamento com o comentário de minha irmã mais nova, sobre como o Big Brother apresentou seus “modelos de gênero”: “Conseguiram em um programa destruir toda a imagem da mulher, não tinha sequer uma decente“.

Pois bem, a televisão continua criando arquétipos que impulsionem ainda mais a adoção social do relativismo. “Enquanto não sei quem sou, sou bissexual, experimento um pouco de tudo, LIVRE e depois vejo e decido aquilo que me atrai mais”.

Contudo acredito que surge cada vez mais o espaço (e a adoção) do relativismo por conseqüência da “morte” dos modelos “padrão” de felicidade.

O amor paterno, materno, era o que moldava justamente o desejo de construir famílias (e pessoas) sadias e realizadas, externa e internamente. Agora o que dizer disso após casos como o da menina Isabella, em que o próprio pai foi capaz de arremessá-la do alto de um prédio? Além dos inúmeros casos de pais que espancam seus filhos, que nem mesmo estão presentes, em prol do bem-estar econômico ou que delegam às escolas a função de educar que lhes cabe. Isso sem mencionar o extremo do absurdo dos noticiados casos de pais pedófilos.

Falar em pedofilia é colocar em discussão outro modelo de felicidade (e moralidade) sepultado para a mídia: o sacerdócio. Padres pedófilos em diversas partes do mundo são condenados pela mídia, evidenciando o “pânico moral”, “conceito nascido nos anos 1970 para explicar como alguns problemas são objeto de uma “hiperconstrução social”. Os pânicos morais foram definidos como problemas socialmente construídos, caracterizados por uma amplificação sistemática dos dados reais, seja na exposição midiática, seja na discussão política”. (http://www.deuslovult.org/wp-content/uploads/2010/03/Padres-pedofilos-panico-moral.pdf)

A reportagem apresentada pelo meu colega, Daniel Fassa, sobre a comercialização sexual (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/folhatee/fm0504201001.htm) coloca em discussão a razão para a minha premissa: Se os pais estão cada vez mais distantes dos filhos, se a televisão vem constantemente institucionalizando a imoralidade e o relativismo como caminhos para descoberta da felicidade, se a mídia continua buscando desconstruir os poucos modelos concretos de felicidade, como a família, num pacto promiscuo com aglomerados comerciais que criou o “comercio de si mesmo”, para se  beneficiar economicamente das pessoas, quais modelos de Felicidade verdadeira nós jovens podemos ainda encontrar?

Queria fazer essas perguntas aos meus amigos, mas tentei primeiramente EU, responder a essa pergunta.

Para mim Felicidade é descobrir a capacidade de fazer feliz quem está ao meu lado. Reconheço-me ser humano, a medida que esse amor é sentido, transforma. O amigo da editora Klaus Brüschke Cidade Nova, um dia falando do meu blog Escrevo, logo existo” sugeriu a alteração deste para: Sou lido, logo a minha existência se cumpre…”, remetendo-se a Borges que diz que um livro só é livro quando é lido. Do contrário é um calhamaço de papel.

Transportando a mesma afirmação para a Felicidade é justamente nela que me apoio procuro meus exemplos, pessoas que abriram mão dos pseudo-modelos midiáticos (um trabalho que ganhe muito dinheiro, mas que exige “passar por cima das pessoas”, uma vida estável em uma casa grande, que se esquece das pessoas que sequer têm dignidade, uma vida promiscua que preenche só os desejos “da carne” e nos torna animais como quaisquer outros.) para tantas vezes “se sacrificarem” por quem está ao lado, abrirem mão do individualismo e assim descobrir uma Outra felicidade, que custa mais, mas que proporciona uma realização proporcional.

São esses os meus modelos, os meus heróis, mas heróis humanos! Expostos às mesmas ilusões projetadas pela mídia, mas que em vez de simplesmente absorverem esses “pseudo-modelos”, procuram, dentro de si, encontrarem verdades “que não passam”, mas que nem sempre vêm grátis.

A partir dessa compreensão passei a adotar a máxima que diz “o máximo de felicidade exige o máximo de sacrifício“. Mas se isso não é vivido, se não ousamos, ao menos, procurar fazer a experiência, de olhar criticamente para as “realidades” apresentadas, não passará de uma frase de efeito.

O homem [escrito no ano 2000]

O homem [escrito no ano 2000]

Testamento 2010

26 anni!!

Da forse dieci mi sforzo per scrivere in questo giorno il mio testamento.

Certamente non pensando in una morte fisica, pure pronto se anche viene, ma per rendere formale questo passaggio, i passi dati con gioia, libertà e radicalità.

Qui lascio un po’ tutto, tante esperienze e la certezza che tutto ha valso la pena, pure se mi hanno portato più lacrime che sorrisi, ero sempre felice!

Ma ora, se guardo avanti, sento che la felicità ha preso un’altro volto, un’altra dimensione, più piena… di gioia, di Dio.

Comunque… cosa potrei lasciare quest’anno?

Pienissima felicità prima di tutto… d’aver concluso una fase importante della vita con la mia laurea, ma specialmente nel vedere che dietro tutto ci sta l’opportunità d’essere quel servizio all’umanità che ho sempre voluto.

Ora si aprono nuovi cammini, ancora non così chiari, ma la possibilità di andare a Sophia mi spinge a prepararmi di corpo e anima ad una nuova realtà intelectuale e sopranaturale che certamente trasformerà il mio vivere per gli altri.

Lascio il mio cuore… e non potrei veramente mai… mai pensare cosa l’amore di Dio mi farebbe vivere in questi ultimi mesi. Durante alcuni anni alcune esperienze mi hanno fatto scoprire che ci sono cose IN NOI che non ci si può rinnegare!! Ma ci sono anche i nostri sogni umani, quei desideri profondi che dificilmente riusciamo a spiegare il perché!

Ed ecco! Durante molto tempo pensavo che dovevo trovare una ragazza per compartire questo mio desiderio di mondo, che non ho mai voluto adempire da solo, ma mi sono accorto che questo non poteva essere il mio ruolo. Dovevo vivere… seguire questo mio sentiero e lasciarmi lì, aquiloni, essendomi legato soltanto a quel Bambino, che sa la misura del filo e fin dov’è possibile arrivare!!

Allora, capire tutto ciò mi ha apperto tutte le porte… Un’esperienza difficile, ma chiara! E per la prima volta una certezza infinitamente profonda nel cuore: É lei!!

Senza fare chiasso cerco di vivere, di amare, amarla e così pian piano se costruisce questa famiglia, questa vita “a due”, nella libertà e soprattuto nella gioia!

Ma tutto grazie ai miei cari amici… Cristian, Karina, Alexandre, Bruno… ma anche tanti altri che non soltanto mi hanno accompagnato in tutti questi anni, ma mi hanno aiutato a vedere che la felicità comincia da dentro, dalla gioia (umana) e così può arrivare agli altri.

Senza loro sarebbe più difficile accorgermi che la felicità non è soltanto avere un sorriso nella faccia, ma un imparare a guardare profondamente se stesso… Io sono veramente testa dura!!! Ma Dio è anche molto generoso!

Le cose materiale… notebook, camera, libri, vestiti… vorrei che fossero date tutte ai poveri di cose… ai poveri d’anima cerco di lasciare tutto ciò che ho scritto nei miei anni di vita, sicuro che in tanti momenti non ero io, ma Lui in me!

A presto!

Depois de ontem

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Minha incapacidade de superar os obstáculos do hoje causa certa ansiedade em relação ao amanhã.

Como olhar para o presente se as seguranças do passado e os mistérios do futuro tantas vezes parecem mais atraentes?

Mas tudo isso porque é mais fácil nos mantermos imersos na ficção que liberta, em vez da realidade que limita.

A utopia do amor nos impulsiona ao desconhecido, ao insuperável, a felicidade.

Enquanto o esforço de aceitar o outro, próximo, limitado e, sobretudo, nós mesmos como projeto incompleto, causa um desanimo… “abre alas” para os males que levam a depressão.

Porém, é nessa dor do sofrer, do hoje, nesse ainda não ser/ter o que se almeja, que a gente se redescobre incapaz e por isso, livre, aberto para os projetos celestes.

Assim, mesmo na dor, no sofrer, me alegro, levanto a cabeça e vivo. Para honrar o passado, desfrutar do presente, sabendo das Grandes Coisas que me esperam no futuro.

Último vôo

Todo dia o canarinho percorria o parque, de cabo a rabo, para encontrar o jardim onde poderia encontrar sua refeição cotidiana.

Era um vôo longo para aquele pássaro nascido há só um mês. As asas frágeis tornavam o trajeto bem cansativo e cheio de perigos.

Porém ele nunca desistira. Estava decidido a correr todos os riscos, até mesmo o de morte, para nutrir-se e assim ter força suficiente para projetos maiores, viagens mais longas.

E foi assim.

Passaram anos e logo o canarinho estava pronto para uma grande aventura. Deveria cruzar o Atlântico, planar sobre o frio, mesmo a neve, e assim aninhar-se por um período, até a próxima viagem.

E foi…

Em dez, vinte anos o canarinho, não mais sozinho, havia já bebido da água de quase todos os parques do mundo, havia conhecido outras árvores, outros pássaros, até que decidiu voltar.

O pássaro não encontrou mais o parque aonde havia crescido, até mesmo o jardim havia sido destruído, abandonado.

E se deu conta que o tempo não só devora a sua saúde, mas também as coisas.

A única particularidade que não havia passado era a sua vontade de voar, de conquista.

Por isso, bateu asas novamente.

E vôo.

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