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O paradoxo da partilha

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“Somente quando se é capaz de compartilhar que se enriquece de verdade; tudo aquilo que se compartilha, se multiplica” disse o Papa Francisco, sobre a partilha, na visita à Comunidade de Varginha (Manguinhos).

Essa frase me caiu bem hoje de manhã, após refletir sobre os caminhos percorridos até aqui, na minha vida, e, sobretudo, por meio do meu BLOG, que está no advento do sétimo aniversario.

Nunca pensei que chegaria tão longe; Não acreditava que conseguiria me manter fiel a esse projeto tão bonito, tão importante para mim. Mas, foi justamente essa imensa vontade de compartilhar cada experiência, reflexão, cada momento da minha vida com “os outros” que me conduziu até aqui. “Outros”, profundamente diferentes e que, nesse imenso oceano da internet, decidiram navegar comigo e descobrir, “me olhando”, que somos tão humanos, limitados, mais também somos capazes de enxergar a vida de outra forma.

Daqui a três dias o escrevologoexisto.com irá completar mais um ano. Esse, talvez, o mais bonito deles, pois carregado de experiências e sentimentos de uma nova fase da vida, em família. A minha amada esposa Flavia, companheira e amiga, tem sempre me apoiado e me ajudado a entender que os dons são mesmo feitos para serem partilhados, como uma missão que dá significado a nossa existência e por isso, nos faz MAIS felizes se a aceitamos e, principalmente, concretizamos.

Pensar no meu blog é querer hoje abraçar cada um “que me leu”. Agradecer cada pessoa que passou na minha vida, cada relacionamento. Sem eles as palavras não teriam vida, sairiam somente da cabeça e não do coração.

É por cada um dos meus leitores que escrevo. E escrevendo, existo. escrevo Logo existo.

Retorno às origens: uma revolução interior

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Nada é mais frutuoso para a autoconsciência do que o retorno às origens.

Olhar para trás, focando nos caminhos percorridos pelas gerações que nos precederam, ajuda a repensar a própria vida, as escolhas e reconsiderar erros e acertos.

Quando esse retorno busca entender a história da humanidade os resultados já são fantásticos, mas quando o “olhar” é voltado para a história familiar as consequências são difíceis de dimensionar.

E bem… foi isso que fiz nas últimas três semanas.

Voltar às terras nordestinas da qual uma parte do meu genoma é originário é sempre impactante, me revoluciona “por dentro”, pois é uma “viagem” ao passado que explica muito do presente e dá pistas interessantes para conduzir o futuro.

Esse retorno, contudo, não promove só sentimentos bons, justificativas almejadas para os limites pessoais. Olhar para meus predecessores é, sobretudo, entender o quanto somos interligados, conectados, nas alegrias e nos traumas da vida.

É duro perceber que nem sempre as pessoas conseguem purificar-se dos erros repassados e  incutidos na educação recebida. Normalmente as pessoas assumem os traumas dos pais sem a consciência de que podem “curá-lo”, sem a responsabilidade do rompimento de uma cadeia de comportamentos negativos, que se reproduzem ao longo das gerações.

Por isso… acredito… é fundamental procurar explicações pessoais, sínteses, que nos libertem do passado negativo e que, mais do que tudo, evidenciem o POSITIVO do que nos foi transmitido. Os limites, as dificuldades e os erros que incorporamos devem servir como possibilidade de recomeço, crescimento, transformação pessoal.

Afinal de contas, a CO-VIVÊNCIA nos liga misteriosamente e “socializa” nossos limites e imperfeições, mas também nossos talentos, nosso amor fraterno.

Amaretiu, abisso mio

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Nenhuma poesia exprime o Amor que sinto.

Só sorrisos e olhares cotidianos,

podem desviar-te o engano,

de um amor que não é abismo.

 

E enquanto me desfaço,

mergulhando no vazio infinito,

encontro-te e te perco, cotidianamente.

 

Para adaptar-me já menti.

E por ser, deixei de existir.

“Agapeando” meu amor philia,

É que desejei-te “pra sempre”, dia após dia.

 

Tantos encontros, inúmeros “addio”.

Chegadas e partidas, beijos e lágrimas.

Amaretiu, abisso mio.

O bem em temer as diferenças

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Muitas pessoas acreditam que o Amor é capaz de equilibrar as diferenças. Por ter vivido (e viver em família) experiências significativas a esse respeito, posso afirmar, com certeza, que é uma crença verdadeira.

Contudo, por mais potente que possa ser, o Amor não anula as diferenças, não as supera. Em uma relação verdadeira, transparente, com qualquer “outro”, continuamos sempre os mesmos, com traumas, caráteres, experiências e, principalmente: somos frutos da nossa cultura natal.

Na verdade, o Amor nos ajuda a superar nós mesmos… nossos limites pessoais, esquemas psicológicos que, tantas vezes, nos bloqueiam, nos afastam do “outro”, profundamente diferente.

Descobrir isso, o quanto antes, em uma relação é talvez o aspecto mais importante, principalmente quando ela é transcontinental. As diferenças, nesse caso, são abissais, pois a distância geográfica (que pode ser aplicada também entre as regiões do Brasil) produzem dinâmicas culturais muito variadas, contrastantes, que, na vida cotidiana, podem naturalmente gerar problemas.

Assim, é recomendado TEMER AS DIFERENÇAS. Um temor positivo, um respeito delicado, pois elas aparecem aos poucos, criam impasses que nem sempre são superáveis imediatamente, por isso é fundamental ter paciência.

Esse temor também nos ajuda a ser realistas. Caso o “outro” não esteja disposto a mergulhar na difícil e aventurosa jornada da “inculturação” isso, com certeza, é um mau sinal. Claro que, por outro lado, nem sempre estamos prontos no momento em que somos exigidos. Às vezes fracassamos por falta de força, preparação ou coragem. Contudo as oportunidades de viver essa experiência reaparecem,  principalmente se o relacionamento persevera

Critérios para aceitação de “amigo do Facebook”

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Devido ao fato de que o meu Facebook é usado, acima de tudo, por motivos pessoais e onde eu coloco fotos e posts privados, decidi criar um critério para aceitação de pedidos de amizade nesta rede social.

Todos os contatos primários são imediatamente aceitos. Os secundários, porém, seguem a média das avaliações por distância geográfica e por contato direto. Aqueles que tiverem média igual o maior a três serão também aceitos, os demais, não.

Dessa forma, acredito poder investir meu tempo, particularmente, cultivando relacionamentos que já existem e não simplesmente vivendo-os de maneira impessoal/virtual.

Caso alguém queira, por outros motivos, justificar um pedido de autorização que não se encaixa nos critérios apresentados, por favor, mande-me uma mensagem pessoal.

Grato,

Valter Hugo Muniz

Tipos de contato:

Contatos primários:

Contatos secundários:

  • Família
  • Família em comum com a esposa
  • Amigos de sempre = grandes amigos em comum
  • Amigos de sempre (da esposa) = grandes amigos em comum
  • Amigos escola
  • Amigos da esposa
  • Amigos de amigos
  • Amigos faculdade
  • Amigos mestrado
  • Amigos trabalhos
  • Amigos de viagens
  • Amigos dos Focolares
  • Outros

Tipos de avaliação (contatos secundários):

Avaliação por proximidade física

Frequência de contato direto

1: Encontro imprevisto2: Encontro anual3: Encontro trimestral4: Encontro mensal5: Encontro diário 1: Nunca vi ou não tenho nenhum contato direto há mais de três anos2: Tive contato há mais de dois e menos de três anos3: Tive contato há menos de um ano4: Tive contanto no último trimestre5: Contato mensal

Obs: A avaliação é revista anualmente.

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