Category: [Mistério] Page 54 of 113

Crise pessoal

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Enquanto intermitentemente tenho que me acostumar com as tristes despedidas
Procuro uma forma de amar de maneira singela e concreta
Até que o coração vai acolhendo-as, pouco a pouco
E acreditar no amor parece a única saída

Nas dores e alegria de cada dia consigo permanecer
nas derrotas e na omissão coletiva de quem respira
nas alegria de quem tem pouco, deseja, e quem aspira
mesmo se quase sempre não tenho outra coisa à fazer

Assim, aprendo a lidar com as frustrações constante que a existência permite
e no final das contas é 0X0, estamos quites
e mesmo sabendo que elas irão se repetir não importa aonde esteja
prefiro acreditar também nas pessoas, quem quer que seja

Procuro inspiração nos imensos girassóis que buscam o calor do Astro
para que eu tenha forças, mesmo que poucas, para não perder o compasso
E nessa condição que nos encontramos, vivo cometendo deslizes,
mas nada me faz crescer mais, do que essas constantes e dolorosas crises.

Martírio cotidiano

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Que labuta aprender a sorrir, sem a mínima vontade de me levantar da cama
Que difícil é transparecer alegria se interiormente só me resta um profundo vazio.
Viva essa vida com as dores e alegria cada dia.

Que labuta é querer viver, se só vejo partir gente que realmente ama
Que difícil é continuar acreditando quando penso e me sinto completamente sozinho
Viva essa vida com as dores e alegria cada dia.

Vivo encontrando maneiras de encarnar as mesmas frases de incentivo que acreditava outrora.
Mas vejo que a força vai diminuindo e não consigo mais ser o mesmo agora.
Viva essa vida com as dores e alegria cada dia.

Mas não desisto ainda, pois na Palavra encontro conforto o sossego que minha alma clama
Mesmo se parece impossível superar mais essa prova.
Viva essa vida com as dores e alegria cada dia.

(obrigado Paulinha!)

Síndrome de Peter Pan

Síndrome-de-peter-panSabe quando a gente passa a se reconhecer dizendo as mesmas coisas,
Tendo os mesmos tiques nervosos, até gaguejando,
Que a gente entende que realmente chegou a hora de ceder
E aceitar que, enfim, crescemos?

Sabe quando a gente tem uma quantidade tão absurda de empenhos
Tendo que fazer escolhas decisivas ininterruptamente
Que a gente entende que não dá mais pra fugir e crer
Na possibilidade seguir adiante sem crescer?

É essa a sensação terrível que sinto.

Uma vontade enorme de conservar meu espírito Peter Pan
Me faz mergulhar numa realidade triste, quase inaceitável
De perceber que as alegrias da vida serão transformadas
E tudo aquilo que tinha, deverei perder o quanto antes.

Reconheço-me mais do que nunca em meus pais,
As vezes certo, seguro, outras indeciso, impuro.
Mas, também me reconheço na esperança do amor.
E me dou conta que tudo é mais um vão temor.

Conflitos

Quanto tempo a gente perde querendo justificar as discordâncias
Em vez de investir no amor, na paciência e na nossa tolerância.
Quanto tempo a gente perde com brincadeiras fora de hora,
Em vez deixar que as discussões não nos façam querer ir embora.

E se a gente não entende que os erros devem servir de aprendizado.
Não conseguimos crescer, obter nenhum resultado.
Por isso, talvez seja melhor não deixar-se irritar por motivos bobos.
E nos rendermos a um amor maior e sempre novo.

Para que ele sobreviva, mesmo a distância;
Pra que a gente saiba dar valor e a verdadeira importância.
Vamos em frente juntos, sem medo de recomeçar

Para que a gente se ajude, mesmo estando longe
Pra que a gente saiba ter a serenidade de um monge.
Vamos em frente juntos, sem medo de recomeçar.

Última saída

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E enfim o que me resta?
Servir.
E esse não é só o encadeamento de letras que indicam uma ação.
É uma escolha totalitária.

Diante de um mundo sem diretrizes seguras, sem instituições, sem controle,
Só resta, enfim, servir.
Para que ao menos nos nossos ambientes seja possível se descobrir o sabor da paz, do respeito, da unidade.
E mesmo que tudo micro, não vai ser sonho, mas a mais pura realidade.

E às vezes, estaremos completamente sós.
E o que vai valer?
Amar.
E não vai ser uma simples opção, mas uma escolha definitiva.
Será a primeira ação verdadeiramente inclusiva.

E assim, o amor vai nos lapidar,
Nesse martírio contínuo que é a vida plena.
Mas no amor, o que vale é amar.
No fim da vida, tudo vai ter valido à pena.

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