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O fim do escrevoLogoexisto?

Há meses eu me pergunto se não é a hora de por um ponto final no meu querido blog. O tempo para refletir e partilhar minhas experiências tem sido constantemente devorado pelo ativismo “das coisas em detrimento das pessoas” que venho desenvolvendo no meu novo país, a Suíça.

Mas aí hoje, após ler o testemunho de um casal de amigos sobre educação e racismo, me senti novamente inspirado a continuar partilhando. Serão novos os canais, simples as estruturas, mas entendi que a minha “plena” existência, de alguma forma, está atrelada ao escrever.

No próximo mês o escrevoLogoexisto completa 10 anos. Difícil para mim acreditar que um projeto universtário despretencioso chegaria tão longe… Foram inúmeras as fases partilhadas que acompanharam boa parte do meu desenvolvimento como individuo que existe pensando, sentindo e que, devido a um misterioso impulso interior, escreve, comunica.

Eu não quero perder esse impulso. Quero resistir a tentação do “só viver” e continuar plenamente existindo… tomara que eu consiga.

Frio do Natal

O frio do Natal – reflexões em uma data reflexiva

frio do Natal

Natal. Tornou-se um privilégio festejá-lo em terras brasileiras, com meus pais, irmãs e amigos. Voltar para o meu país nesse período é uma oportunidade de reviver a beleza dos laços de amizade, em uma sociedade onde os relacionamentos ainda têm um papel central na vida das pessoas.

Esse período festivo também me faz pensar na opinião de muitos europeus, de que o clima de Natal é mais “forte” quando faz frio. “Natal no calor? Que estranho!”, ouvi muitos questionarem com curiosidade.

Vivendo no Velho Continente, depois da breve passagem pelo continente africano, eu pude perceber que em sociedades, como a europeia, em que os relacionamentos interpessoais parecem ter menos importância, o frio é praticamente um instrumento “divino” de unidade. É no inverno que as famílias passam mais tempos recolhidas, juntas no calor do lar, muitas vezes ignorado pelas inúmeras atividades durante o ano.

É verdade, no frio o esforço de estar juntos parece menor, aumentando o valor dado ao calor (exterior e interior) dos lares com seus aquecedores.

A chegada do Salvador?

Natal também me leva a pensar no tal Salvador. Sim, Jesus Cristo. Não quero me deter na veracidade histórica do personagem, mas na justificativa religiosa da sua vinda à esse mundo.

frio do Natal Cresci ouvindo que o Natal é a festa do Salvador. Mas Salvador de quem? O que é que eu fiz de tão grave para precisar de salvação? Bom, vida e estudo me fizeram entender que, na verdade, Jesus não veio ao mundo com objetivo de salvar ninguém, mas para deixar uma mensagem que, pela sua potência, pode ser considerada libertadora, salvadora. Logo, acabamos simplificando dizendo que o aniversariante do dia 25 é mesmo o Salvador. Coisa nossa!

Natal para mim é…

Pessoalmente, gosto muito do Natal, mas entendi que a Páscoa é uma festa mais relevante. É nela que a mensagem “salvadora” do aniversariante de hoje se manifesta de maneira definitiva. Depois de uma vida exemplar, Jesus não precisava morrer. A sua morte não estava programada, mas ao dar, literalmente, a própria vida, Ele redimensionou o significado do que é amar (e assim, nos salvou de uma existência vazia).

frio do Natal Frio e sacrifício, ao meu ver, têm essa força potente de coesão. Já dizia Manuel Antônio de Almeida em Memórias de um sargento de milícias “Não há nada que mais sirva para fazer nascer e firmar a amizade, e mesmo a intimidade, do que seja o riso e as lágrimas: aqueles que se riram, e principalmente aqueles que uma vez choraram juntos, têm muita facilidade de fazerem-se amigos”.

Dessa forma, o Natal (com ou sem frio) acaba sendo um interessante instrumento para nos aproximarmos uns dos outros e expandir nossa existência a uma dimensão comunitária.

Redescobrir o valor de partilhar e de viver a vida juntos. Para mim, essa é a grande mensagem do Natal.

Que esse momento simbólico seja a oportunidade de entender um pouco mais do valor da família. A maior lição de amor começa com o nascimento de um bebê que, com a sua vida, feita de alegria e sacrifícios, testemunha o que é viver plenamente.

Feliz Natal a todos!

Solitária existência

Solitária existência (sobre o medo crônico de partilhar)

Escondo sentimentos

Buscando alento

Vivendo mentiras socializadas

Uma felicidade cristalizada.

Meu medo de dizer que amo

 E o temor de dizer que choro,

Reduz o significado da esperança

Que é puro só no coração da criança.

Não escrevo, não falo, prefiro não me expor (por privacidade).

Escondo a todo custo a minha dor

E vence  a falta de sinceridade.

Finjo ser quem não sou.

Nesta solitária existência, desvio-me dos olhares

Escondo-me dos meus pares.

Ocultando a mais sublime humanidade.

Aceito ser quem não sou.

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Genève: 200 années à la Confédération helvétique

Genève

Mes 100 clicks du défilé à Genève

Genève. La période 1814-2014 fut d’une richesse extrême, notamment dans les domaines scientifique, culturel, social, technique, artistique, etc. Comment lui rendre un juste hommage? GE200.CH a pris le  pari de retenir des éléments représentatifs de cette époque, qui défileront dans un ordre presque chronologique. Présente sur les marches du Grand Théâtre, la Musique de la Légion étrangère jouera une aubade au passage du défilé. La Compagnie des Vieux Grenadiers (1749) et le Contingent des Grenadiers fribourgeois (1914) donneront le départ de ce défilé annonçant l’arrivée des 11 tableaux. (Tribune de Genève)

Cette ma nouvelle citè a commencé les fêtes pour les 200 années de son entrée à la Confédération helvétique. Voici mes 100 clicks de la parade d’hier.

Photos by Valter Hugo Muniz no photoshop

Palavras

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Minha paixão pelas palavras tem um só alvo:

tocar os desprotegidos corações.

Como emocionam poemas, romances, canções.

Sorrio ao ver o escapar das lágrimas.

Constantes e as  raras,

Quando protegidas pelos muros que criamos.

A palavra que declamo é sorriso em prosa e verso.

Paradoxo neste mundo adverso.

Ás vezes é silêncio, outras desabafo.

Sonhos as palavras e, com elas, faço um trato.

Prometo protegê-las do silêncio respeitoso.

Juro recitá-las para o meu amado povo.

E escrevo, falo ou declamo.

Porque, cada uma elas, simplesmente, amo.

 

____

 

Sobre as palavras

Sergio Fonseca

Andei perdendo palavras por aí. Talvez por falar em excesso elas me faltem agora. As que saíram aos gritos duvido que voltem. Escaparam e deixaram vítimas durante a fuga. Uma pena. Mas em esforço de guerra dizem que perdas são justificáveis. Nunca acreditei muito nisso.

Andei perdendo palavras por aí. Talvez por ficar em silêncio elas me sobrem agora. E por serem excesso ocuparam o espaço antes reservado ao agrupamento ordenado delas. O crescimento desordenado de palavras é mais perigoso. Jamais pensei na possibilidade de um motim de palavras.

Andei perdendo palavras por aí. Das soltas e guardadas. Algumas entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Outras entupiram narinas e muitas desceram pelos olhos.

Ainda ontem me olhei no espelho e vi que engordei. Ando comendo palavras saturadas. Um perigo. Preciso perder peso, perder palavras para reencontrá-las.

http://www.papeldepao.com.br

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