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Versi volanti

L’uccello sognava «da sempre» raggiungere la luna,

Nasce il sole e da lontano egli intravede soltanto la duna.

E mentre la sabbia scorre veloce portata dal vento,

Rimane un soffio triste, invece di quel contento.

Volare non è mai un sogno sciocco,

Ma spinta che lo portava a fare la più bella scoperta.

Doveva saperne di ciò almeno un poco,

Perché anche se il posto rimane sempre difficile, lontano

Nel volare ci si può raggiungere la desiderata meta

A volte veloce

A volte pian piano.

Lição do belo verme

Eu sempre quis ter animal de estimação

Pra ele escreveria mil poesias,

Um rap cheio de boas rimas

Terminaria com versos de uma linda canção

Tomei um susto quando topei com um verme nojento

Que a principio achei que era uma lagarta

Porque estava se contorcendo no meio da mata

Resolvi reparar nela e passou o aborrecimento

Parecia estar prevendo que dela nasceria algo bonito

Não era sonho, nem mesmo mito

Era esperança de encontrar a tal felicidade

Que procurei aqui, acolá, em tudo o que é cidade.

Os dias se passaram

E quando vi que havia perdido o meu verme

Encontrei algumas cascas de inseto e o temi inerte

Mas, sorrisos e o brilhar de olhos já traduzia

Minha satisfação em ver tal beleza que no céu reluzia.

O bater de asas nos separou pra sempre das impressões passadas.

O que era sorriso, foi choro, agora são sonoras gargalhadas.

Verme que virou borboleta me ensinou uma baita lição

Dentro dos limites da “Cidade dos Homens”

Existe uma verdade invisível

que vai além da primeira impressão.

Saudagi

saudades

Saudade de casa no frio helvético e do caos paulistano

Saudade do queijo de montanha de ouvir o sotaque curitibano

Saudade do Lac Léman na primavera

Estar no carnaval do Rio, quem me dera!

Saudade dos sorrisos e da alegria gratuita

Gente de “mal com a vida” quase sempre me irrita.

Saudade do açaí com morango

De “Roxanne” em ritmo de tango

Saudade de beber Rivella geladinho

Saudade de estar em casa e não me sentir sozinho

Saudade, mal que não passa.

Não importa o que eu faço

Vou então vivendo o agora

Pro dia não ficar sem graça.

Immunità

L’altro

Amore infinito

Profondo abisso

Incontro improponibile

Lo amo perché rimane mistero

Il suo silenzio nasconde il volto vero

Sguardo sperduto

Esistenza impossibile

Lo voglio finché non è me

L’intenzione infinita: ritrovare te

Anche se ti nascondi nel vuoto

Pericoresi: trascendentale scopo.

2011: O ano do grande advento

Começar o anuário de 2011 parece me obrigar a fazer um exercício que nunca foi necessário nos outros 12 anos de “resumo” daquilo que mais ficou dentro de mim olhando para os fatos do ano que passou. Para facilitar divido em 2 blocos: fatos e lições de vida.

Em “fatos” tantos momentos especiais marcaram o ano. Encontros maravilhosos que me fizeram novamente perceber a importância dos relacionamentos no processo de construção da minha identidade.

Imediatamente dois acontecimentos específicos permaneceram em mim até hoje, advento do novo ano que começa: o Encontro para Casais (Março) e a viagem de férias no Brasil (Julho e Agosto).

Enquanto o primeiro permitiu a mim e a Flavia mensurar em que ponto estávamos como casal, o segundo foi definitivo e essencial para o passo que resolvemos dar às nossas vidas em 2012: o nosso casamento.

No Brasil os nossos mundo se encontraram de modo novo, menos romântico e mais real e profundo. Lá, durante um passeio desinteressado “iluminaram-se” as possibilidades concretas da nossa vida à dois, que já estamos costruindo, ma que terá no próximo ano a sua plena realização.

Contudo, 2011 foi também um ano cheio de lições de vida. A mais importante foi entender que a minha realização está na tríade que engloba: 1) A descoberta pessoal de quem sou (identidade), 2) Com a presença do próximo (igual em dignidade e completamente diferente, Outro) como componente de construção da identidade comum e coletiva e 3) A relação com o mistério. Este último define tanto o limite de qualquer absolutização de uma única identidade como a presença de uma “autorictas” que preserva uma identidade em comum, que se descobre na relação com o outro.

Dessa forma, nos realizamos descobrindo quem somos (por meio do “intelecto”), no relacionamento com os outros (nas três dimensões do amor: philia, àgape e eros) e na descoberta da dimensão Divina, Misteriosa, que guarda a nossa identidade pessoal e coletiva.

Essa importante lição de vida se articula, imediatamente, com um outra: o limite pessoal como convite à uma relação de “amor recíproco”.

Com as experiências desse ano, descobri que em um relacionamento é possível por um momento sustentar a impossibilidade de amar “do outro”, mas se essa situação se prolonga por muito tepo, a relação quase sempre se torna um peso. Por isso, é necessário que ambos, amado e amante, se alternem, sendo que esse amor não envolve uma mesma quantidade, mas uma igualdade de intenção no amor.

2012 será, sem dúvidas, o ano mais aguardado e importante da minha vida e espero vivê-lo com a mesma radicalidade, alegria e liberdade que procurei viver em 2011

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