Category: [Mistério] Page 10 of 113

Mar de gente

Mar infinito

de gente

Tento desvincular-me

Independente

Mas essa onda sufocante

E todos nós, afolados

Exige calma

Um caminhar com cuidado.

Mar de aglomeradas vidas

De gente sofrida

E companhia certa, de antemão.

Em perene solidão.

Mar infinito

De gente

Aqui, estar junto, é ser gota d’água

Sentimento intenso

Que me faz contente.

Escatológica espera

Durmo cedo pro tempo passar logo

… é você que eu espero

A contagem regressiva parece que não avança

… é você que eu quero.

E nesse meu esperar escatológico, ansioso

Sonho o teu abraço e o beijo gostoso

E no querer-te logo, desesperado

Tento suportar esse meu aparente pequeno fardo.

O tempo que antes te afastava de mim

agora, finalmente, nos une

Mas sempre é um passo difícil, sofrido,

da dor ninguém é imune.

Voa logo pra cá meu canarinho

Chega da vida em preto e branco

Sem você falta o sentido

e me sinto vazio, sozinho.

Diálogo sobre a felicidade

Maria é jovem, verdadeiramente jovem porque ainda em busca do significado último da própria vida. Vive suas crises de maneira verdadeira, procurando responder uma pergunta que atinge todo ser humano: O que é felicidade?

Ugo é, mesmo com alguns anos a mais de experiências, também jovem. Supervaloriza as crises porque vê nelas a possibilidade de conhecer melhor a si mesmo, abrir-se aos outros e na percepção dos sinais do universo, do mundo.

Encontrando-se Maria coloca a sua simples, mas misteriosa pergunta ao amigo Ugo e assim nasce um bonito diálogo:

Maria: O que é felicidade

Ugo: Um processo e não um FIM.

Maria: Boa resposta, fim não tem como ser mesmo, pois jamais ficamos satisfeitos, estamos sempre em busca.

Ugo: Por isso mesmo a gente tem que ser feliz buscando (e podendo buscar) a nossa felicidade… Às vezes a gente é FELIZ estando alegre… outras tantas tristes…

Maria: Sim, sim… concordo plenamente. Mas sem receitas prontas, não?

Ugo: Claro. Mas é um PROCESSO… quer dizer O processo.

Maria: Processo que não vai chegar ao fim. Só quando morrermos… hehehehe.

Ugo: PLENAMENTE SIM, dificilmente alcançaremos a felicidade plena nesta vida, mas a gente já pode ser feliz AQUI e AGORA, se aprendemos a ver a felicidade nas pequenas coisas.

Maria: Sim… é complexo…penso em algumas coisas, depois em outras, enfim… difícil desenvolver um raciocínio claro a respeito.

Ugo: Se fosse tão simples para a razão, quanto é pro coração, não veríamos tanta gente infeliz…

Sobreviventes do caos urbano

Sobreviventes do caos urbano

Lutadores do cotidiano

Buscamos descobrir-nos, todo dia, de novo humanos.

Diferentes por não ter em que apoiar

As vezes confusos de não saber pra onde andar

Mas a luta continua, de cabeça erguida

Sobrevivendo mesmo que com coração e alma ferida.

Sobreviventes do caos urbano

Que pega ônibus e metrô lotado de gente

Que aprende a nadar pra não se afogar na enchente

Trabalhando pra pagar os estudos

Sonhando desesperadamente um futuro

Independentes, felizes, sobreviventes.

Paura (ma io ci sarò)

Ciò che ti fa normale è la paura

Dell’attesa pienezza

Necessaria sicurezza

Che però l’altro non ti può dare

Paura di ciò che si lascia

Dolore di quel che si perde

Angoscia d’una città di mattoni

Terrore dell’assenza di verde.

Paura di dover camminare sola

Di addirittura non trovarsi ancora

E della distanza di ciò che conforta

Non avere Quel ciò che importa

Paura (però) che pure se viene

La vivremo abbracciati, saremo insieme

E quando non ci sarò e ti sentirai sola, non tormentarti

Quel che ci ha unito, ti starà vicino, farà la sua parte.

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