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A gripe suína chegou ao Brasil

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A gripe suína chegou ao Brasil! Essa manchete deveria estar estampada em todos os jornais brasileiros depois que Cleiton Xavier deu aquele chute aos 42 do segundo tempo e selou à classificação do Palmeiras para o mata-mata da Libertadores.

Enquanto estava sentado na sala de casa, Eldorado FM no ouvido e feliz pela Rede globo transmitir ao menos o final do jogo do meu time, senti o mundo parar. (É importante ressaltar que o Ronaldo tem um contrato com a Rede Globo e por isso o jogo do Corinthians é sempre prioridade nas transmissões)  Aqueles segundos pós chute, a bola que viajava e entrava no gol chileno, foi o vetor que contaminou minha gritaria ensurdecedora, minha vibração, minha alegria.

Sinceramente, não gosto do trabalho de Luxemburgo. Prefiro o Mano Menezes, o Murici Ramalho e melhor que ambos: o Felipão. Porém, é inquestionável que, quando tem um time bom, Luxemburgo é sempre vencedor.

Na Libertadores isso ainda não acontece, Luxemburgo pouco ganhou fora do Brasil (como o Corinthians), mas mostrou ontem que as coisas podem estar começando a mudar.

Fiquei feliz porque calou meus estimados amigos torcedores do “time sem estádio e título internacional” e os “bambis”, que já decretavam certa a eliminação do meu Palmeiras.

Agora o que vale é tradição e isso o Palmeiras tem de sobra. Não quero mais o “inha” do Paulistinha, quero o “ão” do Japão.

29 dias no país do Tsunami – Parte 3: De Roma para o país do Tsunami

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Foram nos meses vividos em Roma que surgiu a possibilidade de ir para o país do Tsunami ajudar aquela gente tão necessitada.

Muitas pessoas defendem a idéia de que, antes de irmos para outros lugares ajudar, temos que lutar pela melhoria da vida das pessoas no lugar aonde vivemos. Eu discordo. Acredito que existem situações em que o povo de um determinado local não é capaz de se erguer sozinho. Se não houvessem muitos voluntários, missionários ou pessoas comuns dispostas a deixar o conforto da sua vida, para se dedicar por um mês, até menos, pelo pobres da África, os refugiados da Europa do Leste ou os afetados por catástrofes naturais no sudoeste asiático, a situação seria ainda pior.

Sei que no meu Brasil, na minha São Paulo, existem muitas, mas muuuuuuuitas pessoas que precisam do mínimo e que minha ajuda é muito importante, mas isso não exclui as pessoas de outros lugares, países continentes.
Admito que pensei nisso quando já havia voltado da aventura na Indonésia e me reencontrei com a pobreza e a desigualdade social berrante de São Paulo.

Na Indonésia que conheci essa diferença também existe, mas por se tratarem de ilhas, a distância geográfica acaba ocultando a riqueza, majoritariamente concentrada na capital Jacarta.

Não acho que o voluntariado irá resolver o problema do mundo, principalmente porque é visto como um “sair de si” geograficamente, sem entender que esse “deixar de lado a própria vida” pode ser feito cotidianamente, sempre que nos relacionamos com alguém que esteja ao nosso lado.

Essas foram algumas lições (que antecipei) que tirei dessa aventura. Cheguei naquele país acreditando na importância de ajudar e “caí do cavalo” quando entendi que quem realmente precisava de ajuda, talvez não tanto material, era eu.

É a vez de Pequim – Revista Cidade Nova – agosto de 2008

É a vez de Pequim – PDF DA MATÉRIA – CLIQUE AQUI

Por Valter Hugo M.T. Silva

Olimpíadas Os Jogos Olímpicos deste mês são uma importante oportunidade de aproximação com o povo chinês que, de certa forma, foi preparada pela solidariedade internacional após as recentes catástrofes naturais

As dificuldades para acolher os Jogos Olímpicos diante dos momentos trágicos que a China viveu nos últimos meses não são os únicos obstáculos que colocam em discussão a primeira Olimpíada realizada em solo chinês.

As críticas ao regime político autoritário, à falta de liberdades individuais e às péssimas condições ecológico-ambientais são outros aspectos polêmicos que questionam a realização das olimpíadas. Potência emergente no mercado consumidor internacional, a China será o terceiro país asiático a sediar as Olimpíadas. Antes, o Japão (Tóquio), em 1964, e a Coréia do Sul (Seul), em 1988, conquistaram esse direito.

Os gastos com a organização do evento foram proporcionais à eficiência e à beleza das construções que, a dois meses dos jogos, já estavam praticamente concluídas. Mas os Jogos Olímpicos não se resumem a um evento esportivo de grande porte. É também uma grande oportunidade de a comunidade internacional conhecer mais o país-sede e a sua cultura.

A China, um dos poucos remanescentes do regime socialista (mas já com relevantes aberturas para o mercado internacional), tem-se tornado assunto diário dos principais jornais mundiais pelo seu grande crescimento econômico. No entanto, a riqueza e a variedade da cultura chinesa são quase desconhecidas pelo Ocidente. O que sabemos limita-se praticamente à produção industrial, a alguns monumentos e a um pouco de sua original culinária.

A Muralha da China é uma das edificações mais conhecidas e valorizadas do mundo. Os astronautas que puderam admirar a Terra do espaço perceberam a grandeza da construção chinesa que se tornou um dos principais cartões postais do país e uma das mais relevantes “portas de entrada” para que o Ocidente conhecesse e admirasse essa nação oriental.

Em 2006, buscando melhorar o sistema de transporte para a organização das Olimpíadas, foi descoberto um sítio arqueológico milenar no caminho por onde passará o metrô. Esse fato chamou, mais uma vez a atenção do governo chinês e da comunidade internacional para as riquezas históricas do país, e fez crescer o interesse por sua cultura milenar e por seu povo.
Preocupações internacionais

Mas outros fatos menos positivos também desviaram o olhar do mundo para a China. No ano passado, por exemplo, o desmoronamento de parte de um túnel, com a morte de quatro operários, revelou as péssimas condições de trabalho e de segurança para os milhares de operários que trabalham nas obras do governo e na construção civil.

A escolha de Pequim como sede das Olimpíadas foi questionada por muitos países justamente pela exploração do trabalhador na China, assim como pela política de repressão a qualquer manifestação contra o governo chinês.

A questão do Tibet também foi apontada como motivo para as Olimpíadas não serem na China. Os recentes protestos pacíficos de monges contra a ocupação da China foram violentamente reprimidos pelo exército.

Em 1950, o país invadiu a região do Tibet, de tradição budista, que considera o Dalai Lama como a verdadeira autoridade nacional. Desde então, as relações mantêm-se tensas, mas devido às pressões internacionais, as Olimpíadas poderão ser uma importante ocasião para o início de um diálogo entre tibetanos e chineses.

Rumores de que o trabalho da imprensa seria controlado geraram protestos, mas o Comitê Organizador de Pequim garantiu que não haverá repressão. E a abertura dada à mídia local e internacional para a cobertura dos desastres naturais ocorridos no país foram uma demonstração de que o governo está decidido a não impedir o trabalho da imprensa.

As catástrofes naturais serviram também como um grande impulso para que o governo chinês mudasse a sua política de controle da natalidade. O governo flexibilizou a lei que obrigava os casais chineses a terem apenas um filho para que os pais que perderam seus filhos nas últimas tragédias naturais pudessem reconstruir suas famílias.

Mudanças em ato

O governo chinês está muito empenhado em mostrar uma boa imagem de seu país para todo o mundo. Por isso, as Olimpíadas estão forçando a China a fazer concessões de direitos humanos impensáveis até pouco tempo.

A proibição do uso e comercialização de artigos religiosos, as restrições ao uso de bandeiras e faixas com mensagens religiosas deram lugar a um espaço ecumênico para celebrações na Vila Olímpica. Medidas relevantes em prol da diminuição de poluentes nas cidades chinesas têm sido adotadas pelo governo.

Considerado um grande poluidor mundial pelo Programa Ambiental das Nações Unidas, com índices de poluição que ultrapassam os limites estipulados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a China está sendo obrigada a repensar o seu modelo de crescimento econômico.

Entre as iniciativas do governo para melhorar a qualidade do ar, está um sistema de rodízio de quatro dias para tirar 1,3 milhão de veículos das ruas (em fase de testes). Fábricas instaladas nas imediações das cidades foram desativadas e produtos químicos poderão ser utilizados para provocar chuva, colaborando na dispersão dos poluentes. A expectativa governamental é reduzir em 40% as emissões de gás carbônico e outros componentes tóxicos para a atmosfera.

China e Igreja Católica

Devido às Olimpíadas, a China está manifestando uma abertura maior também para o diálogo com o Vaticano, com quem não possui relações diplomáticas desde 1951. Durante um concerto da Orquestra Filarmônica chinesa em homenagem ao papa, no Vaticano, Bento XVI ratificou a importância de que as Olimpíadas sejam uma manifestação que ultrapasse o esporte. Dirigindo-se “a todos os habitantes da China”, o papa disse que os chineses “preparam-se para viver um momento de grande valor para toda a humanidade”, referindo-se à importância dos Jogos Olímpicos para a integração do mundo.

Segundo informou o “South China Morning Post”, jornal chinês, as relações entre Vaticano e China estão cada vez mais favoráveis por conta dos Jogos Olímpicos. As autoridades chinesas convidaram o bispo auxiliar de Hong Kong, John Tong Honn, para participar da cerimônia de abertura dos Jogos de Pequim. “Faz pouco tempo, o papa enviou para Pequim sua bênção para o êxito das Olimpíadas”, comentou o bispo. “Darei continuação às saudações, participando como testemunha deste alegre evento nacional”, complementou.

29 dias no país do Tsunami – Parte 2: Como fui parar da outra parte do mundo

Pontyanus Gea ou Ponty, meu irmão indonésio

Pontyanus Gea ou Ponty, meu irmão indonésio

Como eu fui parar lá do outro lado do mundo?
Inúmeras vezes eu tive que responder essa pergunta.

A explicação talvez esteja até antes de eu nascer, pois é fruto de uma caminhada que se originou no casamento dos meus pais, em que o Movimento dos Focolares foi decisivo para que eles se encontrassem.

Nascido na Itália em 1943, o Movimento dos Focolares é hoje um dos carismas mais respeitados e conhecidos no mundo religioso. Presente em todos os países, de todos os continentes, a espiritualidade da unidade nasceu do desejo da então jovem Chiara Lubich que, em meio a Segunda Guerra Mundial, questionou-se a respeito da possibilidade de um ideal que as bombas não são capazes de destruir. Percebeu que só Deus, que é amor, permanece diante de tantas dores e perdas.

Com o passar dos últimos 60 anos, o Focolares se desenvolveu no mundo. Atualmente, pessoas das mais diferentes religiões, credos ou mesmo aquelas que não tem um referencial religioso, estão ligados direta ou indiretamente a essa espiritualidade.

Talvez seja importante mencionar que o Movimento nasceu dentro do catolicismo, que tem influência direta nas suas bases, mas que tem no diálogo sua principal referência, sendo assim conhecido como “Ideal da Unidade”.

Enfim, foi em um dos muitos encontros que os Focolares realizam que meus pais se conheceram, casaram e (depois) eu nasci. Por isso fui fazer uma escola de convivência com pessoas de todo o mundo na Suíça e, por fim, acabei sendo convidado para estar alguns meses no Centro Mundial do Movimento dos Focolares, na região dos Castelos Romanos – Itália.

Lá, surgiu a possibilidade de ir com um grupo de jovens passar um mês na Indonésia, para ajudar concretamente as vítimas do Tsunami. Claro que eu aceitei sem pestanejar.

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Pedalando nas grandes metrópoles – Revista Cidade Nova – abril de 2009

Pedalando nas grandes metrópoles – PDF DA MATÉRIA: CLIQUE AQUI

Por Valter Hugo Muniz

Quero comprar uma bicicleta! O que você recomenda? – pergunta Guilherme, assim que chego à empresa, empurrando minha mais valorizada aquisição. Aquela simples pergunta abriu espaço para horas de conversa e outras tantas de pesquisa nos diversos sites da internet procurando uma bicicleta que se adaptasse às exigências do meu colega de trabalho, que há tempos busca maneiras de fugir do sedentarismo que sufoca a maioria dos habitantes das metrópoles.

Nos últimos anos, vem crescendo de maneira acentuada o número dos adeptos dos esportes de rua, promovidos por grandes empresas esportivas, prefeituras, ONGs e associações esportivas. Dentro desse espaço de democratização do esporte, o ciclismo torna-se cada vez mais parte do cotidiano dos cidadãos dos centros urbanos. Boas bicicletas que custavam caro há poucos anos agora podem ser adquiridas por preços populares, fazendo com que a presença de ciclistas, em meio ao intenso tráfego das grandes cidades, seja uma cena cada vez mais comum.

O professor de Educação Física da Universidade Católica do Sudoeste do Paraná (Unics), Aluísio Menin Mendes, especialista em “Saúde e Qualidade de Vida”, ressalta que os benefícios de andar de bicicleta são muitos. “Além dos benefícios físicos – melhora da força e da resistência muscular -, fisiológicos – melhor eficiência cardiopulmonar e imunológica -, mentais e psíquicos, pedalar também ajuda no desenvolvimento social do praticante com a melhora do humor, cria a possibilidade de extravasar o stress e contribui ainda para ver a própria cidade com outros olhos”, explica o professor.

MELHORAR A CIDADE

Além dos ciclistas preocupados com os benefícios desse esporte para a própria saúde, também cresce muito o número de pessoas que fazem da bicicleta seu único meio de transporte. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 50 % das bicicletas vendidas no país já são usadas como meio de transporte e o Brasil é o terceiro maior polo de produção de bicicletas no mundo.

“Estou procurando uma maneira de começar a ir trabalhar de bicicleta”, explica o ciclista Tarcísio Canara, 44, praticante do esporte há dois anos, ressaltando que o único impedimento é a falta de infraestrutura, como vestiários e chuveiros, na empresa onde trabalha.

A opção pela bicicleta como meio de transporte no lugar do carro, principalmente em percursos curtos, está se tornando um estímulo para a melhoria do asfalto nas ruas e para combater os problemas ambientais das grandes cidades.

Em Aracaju, foi implantado um Projeto Cicloviário, considerado referência mundial. Além dos 50 km de ciclovia construídos a partir de 2001 (em toda a cidade de São Paulo são somente 23,5 km), entre as próximas metas da prefeitura estão a duplicação da extensão das pistas para ciclistas, a melhoria da urbanização e a arborização das ciclovias para tornar o deslocamento mais agradável e seguro. Além disso, a prefeitura de Aracaju prevê a construção de bicicletários associados aos terminais integrados de ônibus e a busca de fontes de financiamento para investir cada vez mais nessa modalidade ambientalmente sustentável.

“Outro objetivo a longo prazo é iniciar uma campanha para sensibilizar os empresários da necessidade de se construírem instalações sanitárias adequadas para quem vai ao trabalho de bicicleta”, informou Edvaldo Nogueira, prefeito da capital sergipana, durante a Conferência Internacional de Mobilidade por Bicicleta, realizada no final de 2008 em Brasília.

ENCONTRANDO-SE ENTRE PEDALADAS

No dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo – conhecida também pelo trânsito caótico e estressante – aconteceu a primeira edição do “Bike Tour” no continente americano. Esse evento que teve início na capital portuguesa, Lisboa, levou cerca de 5.000 paulistanos a um passeio de 10 km pelas ruas da capital.

Eventos como esse têm feito do simples andar de bicicleta em grupo uma nova ponte na construção de relacionamentos. Com efeito, a partir deles, surgiram diversos grupos de adeptos do ciclismo que se encontram regularmente para pedalar pela cidade. Os grupos mais comuns de ciclistas urbanos se reúnem à noite em horários, pontos de encontro e roteiros variados.

“Eu uso minha bicicleta nos fins de semana e pela primeira vez participo de um evento assim, mas gosto muito dessa ideia de sair do meu bairro, do meu ambiente, para conhecer pessoas novas, poder interagir com outros ciclistas”, conta o metalúrgico Marcelo Miranda, 36, que participou do passeio organizado pelo grupo Sampa Bikers, também no aniversário de São Paulo. O “Sampa Bikers”, grupo com mais de 15 anos, nasceu da vontade de vários amigos ciclistas, que decidiram se reunir uma vez por mês, para pedalar por trilhas e estradas próximas da capital. Organizando diversos eventos, “a cada semana, o grupo recebe de cinco a dez novos participantes”, diz Paulo de Tarso, diretor do grupo.

Fazer amigos é sim um bom motivo para começar a andar de bicicleta, mas não é o único incentivo dos adeptos da ação “Pedalando com Cristo”, realizada em Sapiranga, cidade de 74 mil habitantes, próxima a Porto Alegre (RS). A atividade promovida pela Igreja Católica faz parte de um conjunto de iniciativas do Dia do Trabalho.

Já na cidade de Santos, litoral paulista, a Associação dos Ciclistas de Santos e Região da Costa da Mata Atlântica (Ciclosan Metropolitana) vem realizando diversas ações para incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte. Também em Fortaleza-CE, Pelotas-RS, no Triângulo Mineiro e em outras pequenas ou grandes cidades do Brasil, o ciclismo está conquistando cada vez mais adeptos.

FALTA DE SEGURANÇA

Na primeira quinzena de 2009, faleceu em São Paulo, a ciclista Márcia Regina de Andrade Prado, 40, atropelada por um ônibus enquanto pedalava na Av. Paulista. Participante do grupo “Bicicletada”, Márcia havia assinado o “Manifesto dos Invisíveis”, documento elaborado pelos ciclistas que “clamam por respeito à vida” dos adeptos do ciclismo.

Adotada como alternativa para amenizar o trânsito em várias cidades do mundo, a bicicleta é considerada apenas como um item de lazer em muitas capitais do país. O desrespeito no trânsito e a violência fazem do pedalar uma atividade arriscada para quem está começando. “Ainda é perigoso demais pedalar pelas grandes avenidas da cidade, mas aos poucos acredito que os motoristas começarão a respeitar mais os ciclistas, principalmente quando começarem também eles a optar por esse meio de transporte”, conclui Taís Alves, 35, ciclista há 8 anos.

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