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29 dias no país do Tsunami – Parte 9: Bendita Tiger

TIGER - Cerveja de Singapura

TIGER – Cerveja de Singapura

É incrível o quanto, em situações difíceis, temos a capacidade de construir soluções rápidas e criativas. Percebi isso naquele bem (mal) dito jantar.

Depois de um dia comendo Chinese Food meu estomago já estava completamente revoltado comigo. Comida apimentada, moluscos estranhos e muita, muita gordura, sem sequer ter feito 30 minutos de caminhada ou outro tipo de atividade física.

Mas, o deságio gerado no almoço com o nosso acompanhante me fez entender que ali teria que me sacrificar de alguma maneira, precisa comer aquela última vez.

Resolvi conversar com Ago para pedir uma Luz e entender o que fazer, mas ele me deixou claro que era eu é que tinha que me resolver, conversando com o nativo ou comendo.

Durante o caminho não sabia o que fazer… o desespero foi tomando conta de mim e chegou ao ápice assim que sentamos e dei uma olhada no cardápio. Rã, gafanhoto e outras especiarias estavam no Menu, além dos outros pratos já degustados durante o dia.

Levantei para ver como preparavam e percebi que havia cometido mais um grande erro. Nossa comida estava toda VIVA em aquários, se escolhia e logo depois vinha o prato com a comida.

Porém, enquanto escolhia a minha bebida, já de estomago embrulhado, percebi uma bebida com o nome Tiger e perguntei se era cerveja.

Beleza!! (pensei). Tinha encontrado uma saída. Pedi logo duas… depois mais duas… bebi, bebi e fui vendo tudo girar, quando perdi a noção de onde estava escolhi a comida…

E comi…. como nunca antes.. de tudo… rã, gafanhoto, moluscos, peixes… sem pensar.

A noite, quando cheguei em casa estava feliz… todos um pouco impressionados pelo tanto que comi.

Grande TIGER!!! Fui salvo pela embriaguez. (Se minha mãe souber disso eu to frito..hehhe)

29 dias no país do Tsunami – Parte 8: Reconhecendo Singapura

Café da manhã em Singapura

Café da manhã em Singapura

Eis-nos aqui no nosso segundo dia de viagem…

Queria contar tudo aquilo que vivemos hoje, mas tenho a impressão de que faltarão palavras.

Levantamos as 6:30h e eu cometi um o maior erro dos últimos dias: Tomei café da manhã. Me empanturrei de sushi.

Erro porque não esperava um dia como o de hoje.

Fomos ao China Town, bairro chinês no centro de Singapura, famoso por vender bugigangas. Foi impressionante ver a quantidade de coisas que eles vendiam no mercado. Entrando lá (era um Mercadão de alimentos como os nossos porém…) um mix de incenso, esgoto , frutos do mar e frutas tropicais. Tudo novo e estranho.

Templo Indu em Singapura

Templo Indu em Singapura

Claro que toda a impressão visual transformou-se em mau estar estomacal, que se acentuou quando fui informado que tomaríamos café da manhã (de novo) ali.

Quando vi as opções pensei em não aceitar, mas me esforcei em fazer aquilo que podia (me inculturar gastronomicamente). A comida era muito gordurosa. Uma mistura de moluscos com outros frutos do mar e um tempero bastante apimentado.

Depois disso, fomos passear pelas ruas de Singapura. Fomos a um impressionante templo Indu (interessantíssimo ver a quantidade de fieis adorando aqueles deuses metade gente, metade animal e as mulheres fazendo vela de cera).

Fomos a uma missa católica e depois novamente COMER!!! Cinese Food… ow no!!! Esforcei-me novamente de comer (tem gente que achava que eram as guloseimas, tipo Yakisoba, que comemos aqui… quem me dera). Porém, dessa vez, eu não consegui.

O pior é que um dos nossos acompanhantes locais ficou bem ofendido. (Até me perguntou se no Brasil não tinha comida em abundância) Tentei explicar, no meu inglês (intermediário..hahaha) mas não consegui muito bem.

China Town

China Town

À tarde fomos ao bairro indiano, cheio de lojas de eletrônicos e saí com a impressão de que os nossos guias pensavam que estávamos lá somente para comer e COMPRAR.

Passeamos por umas duas horas e depois fomos à ilha de Sentosa. Simples, mas muito bonita. Conversei um pouco com os nossos acompanhantes Singapurianos e depois fomos tomar sorvete. Foi muito bom, mesmo se já estávamos bem cansados.

À noite assistimos um espetáculo de luz e água e finalmente… fomos JANTAR!

Mas essa experiência eu explico melhor mais tarde.

29 dias no país do Tsunami – Parte 7: Passeio em Singapura

Jovens do Movimento dos Focolares de Singapura, Malásia e nós

Jovens do Movimento dos Focolares de Singapura, Malásia e nós

Fiquei impressionado com a quantidade de verde nas ruas principais que nos levaram para o centro de Singapura. Outra coisa que me deixou surpreso foi a quantidade de prédios, que acolhem quase toda a população local.

A casa de Ako é uma casa grande, mas muito simples e imediatamente me senti bem, como se fizesse parte da mesma família.

Organizamos-nos e decidi tomar um bom banho, pois a noite vamos na casa do meu amigo David (que morou comigo por um mês na Suíça e ainda estava na Europa). Antes disso, conversamos um pouco com os dois participantes do Movimento que nos buscaram no aeroporto.

Por meia hora eles nos contaram um pouco do que tinham visto na Indonésia. Existia muita dor nos seus olhares, mas fizeram questão de dizer que esta é uma experiência inesquecível. Um dos dois, um senhor de uns 50 anos, me deixou impressionado pelo sofrimento de não ter saúde suficiente para estar lá ajudando…

Depois disso, fomos a casa do David para nos reunirmos com a comunidade. Contei uma experiência minha sobre a Fé e o amor de Deus por nós. Quantas vezes vivemos inconscientemente sem se dar conta das inúmeras “providências” que nos ajudam nos momentos de dificuldade?

Ago também contou a sua experiência de vida e terminamos com uma oração em grupo. Logo em seguida, a comunidade nos ofereceu uma deliciosa janta oriental. Sushi, Yakisoba, tudo delicioso.

Os pais de David me mostraram o seu quarto e eu fiz questão de deixar um bilhete para que ele soubesse, quando voltasse da Suíça, que eu tinha estado ali.

Durante a reunião senti que era uma oportunidade de nos prepararmos espiritualmente para a viagem à Indonésia e sentir que estaríamos ali também como representantes da comunidade de Singapura.

(…)

Poderia terminar esse primeiro dia de viagem com uma frase de Ago: “É verdade! Em qualquer lugar que vamos, saboreamos o sentimento de pertencer a uma grande família. Isso é o Ideal (O Movimento dos Focolares é também conhecido como Ideal da Unidade).

29 dias no país do Tsunami – Parte 6: Voando para Singapura

Vista "aérea" de Singapura

Vista “aérea” de Singapura

Após aterrissar em Frankfurt decolamos em direção a Singapura as 22:40h. A partir de agora são onze horas de vôo.

Ao meu lado, no avião, está um casal de australianos. Hoje pensei em escrever uma história que ilustrasse um pouco o caminho realizado até essa viagem. Teria tanta coisa legal para dizer, mas decidi fazer uma retrospectiva dessa minha experiência aqui na Europa.

Lembro-me como se fosse ontem daquele 16 de dezembro de 2003. No aeroporto a minha família, os amigos do Movimento, a família de Fernando (amigo que viajou comigo) e a minha ex namorada Camila.

Estava muito contente, afinal de contas, tinha esperado muito por aquela viagem que, mesmo tendo que deixar TUDO (pais, amigos, namorada…), não conseguia me sentir triste.

Emocionei-me somente quando eu tive que me despedir da minha mãe. Não queria deixá-la “sozinha”.

Então, enquanto entravamos para o saguão de embarque, conhecemos outras jovens do Movimento que foram fazer uma experiência parecida com a minha, só que em Loppiano, cidade piloto do Movimento dos Focolares, em Incisa, na região da Toscana, na Itália.

Amaryllis, Ana Paula, Érica e Gabriela tornaram-se de imediato nossas amigas. Tudo era especial, novo. Assim fomos juntos para começar uma grande aventura.

(…)

Bem… São 18:37, hora local. Chegamos muito bem em Singapura depois da longa viagem. O tempo aqui é bem quente, mesmo tendo saído do verão romano.

Assim que saímos do aeroporto encontramos AKO (então responsável pelo Movimento dos Focolares no Sudoeste Asiático) e dois participantes do Movimento no país.

Sentimos-nos imediatamente em casa depois da calorosa acolhida. Nesse momento começava também as experiências gastronômicas do outro lado do mundo. Foi-nos oferecido deliciosos doces locais. Uma espécie de sorvete com frutas, feijão, milho… Bem estranhos, mas bons.

Depois nos dividimos nos carros e fomos em direção a casa de Ako.

Palmeiras

Ser parte da Família Palmeiras

Família Palmeiras
Já há muito tempo tenho que escutar de amigos curinthianos (sim, é possível conviver com a diferença em paz e harmonia) que torcida igual a do time deles não existe. Só que ele não sabe o que é fazer parte da família palmeiras.

Passei alguns dias refletindo sobre isso, também para entender o que é fazer parte desta torcida maravilhosa que é a do Palestra. Assim, no estádio do meu Palmeiras, no jogo contra o Sport, nas oitavas de finais da Libertadores, senti e descobri a diferença essencial de fazer parte da família palmeirense.

Com os curinthianos a diferença é clara. A torcida do time “sem estádio” apóia o time a todo momento, com cantoria geral e quase uníssona. É bonito de ver, mas na tal “favela” ou você é Loko ou não serve pra ser curinthiano. Assim temos um torcedor completamente estereotipado: fanático, chato, que usa raramente a razão (ao ponto de acreditar piamente que o campeonato piloto organizado pela FIFA vale um titulo mundial).

Ser Palmeirense é fazer parte de uma família. Esta é a origem do time. O Palestra Itália surgiu para unir os sofridos imigrantes italianos, para que eles conquistassem seu espaço dentro de uma sociedade em que eram marginalizados. Assim, desde o seu nascimento, o Palmeiras é um time de família. E o que isso significa?

Ser santista hoje provém de uma herança patriarcal. Só quem viu Pelé e seus companheiros jogar é que ainda torcem para o time. A torcida denominada JOVEM, na verdade é, no máximo, um clube para senhores da terceira idade.

No Palmeiras existem os loucos, que cantam o tempo todo, apóiam, vaiam e até brigam com o técnico e também existem os senhores, que viram o craque Ademir da Guia e a Academia, que tantas vezes desbancou o Santos de Pelé.

Torcedor do São Paulo é boy. Dificilmente você encontra um São Paulino na periferia, da mesma forma que é absurda a diferença da formação intelectual e a condição social de seus jogadores (Raí, Kaká e Leonardo são bons exemplos).

Ser Palmeirense cabe as duas realidades… tem Palmeirense rico e pobre. Em Perdizes e na Barra Funda, Pirituba.

Torcer para o Palmeiras é ir no jogo e encontrar com todo tipo de gente. Famílias, mulheres bonitas, crianças, manos, estudantes e tem até a Turma do Amendoim.

Isso é família! Com pessoas diferentes que são respeitadas e torcem cada uma da sua maneira. Isso é maravilhoso de ver, de sentir.

Nosso ídolos, como São Marcos, são aclamados por todos, não importa o time.

Isso me fez entender racionalmente o quanto é bom torcer pro meu Palmeiras. Para explicar para os indecisos que você pode escolher ser estereotipado ou ser você.

OOOOOOO!!! Vamos ganhar Porco!!! Vamos ganhar Porco!! Vamos ganhar Porcooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!

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