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[vidaloka] Despedida oficial: quanto vale uma amizade?

Despedida3

Difícil dizer o quanto o coração sai preenchido de momentos tão fantásticos como os vivido hoje, com tanta gente que amo com a alma.

Faz  tempo que sinto essa “vontade de mundo”, de viver plenamente as coisas, os relacionamentos, mas nunca quis que fosse uma realidade a ser alcançada.

Não! De jeito nenhum! Quero ser feliz AGORA!

Lembro-me como se fosse ontem do abraço apertado e das lágrimas no casamento da minha irmã mais velha. “Você só tem uma obrigação: Seja Feliz”, eu disse a ela e foi um “eu já sou” que marcou profundamente aquela experiência.

Pois é, ninguém busca a felicidade a gente é feliz e por isso se sente no dever de fazer os outros sentirem o mesmo.

É isso! Depois de uma noite tão maravilhosa como essa. Em que muito mais que os 70 esperados amigos foram viver comigo esses últimos momentos de BRASIL… Como não querer retribuir?

…depois das mensagens de carinho, dos abraços, das conversas, de gente dos trabalhos, da faculdade, da escola, dos Focolares, amigos de amigos, namoradas de amigos, vizinhos, enfim TODOS!

Não  estavam todos aqueles que esperava, claro, mas todos que deveriam estar, que queria ver, saudar, antes de iniciar uma nova e misteriosa fase. Nova, com certeza! E misteriosa, pois é impossível saber o que vai acontecer daqui pra frente.

Hoje, como nunca antes com essa intensidade na minha vida, me senti amado. Um amor concreto, presença, de gente que SOU EU e EU SOU ELES.

Nada é tão incrível do que me dar conta de tantos fragmentos que compõem o meu ser!

Obrigado! Obrigado! Obrigado!

Antes de tudo a Deus, depois aos meus pais, minha família, a maior riqueza que levo comigo.

Mas sim, de modo especial hoje, aos meus AMIGOS. Sinto-me a pessoa mais abastada do universo por ver que quando a gente cultiva amor, não tem como não colhê-lo.

Essa despedida oficial vai ficar marcada na minha vida como o momento mais fantástico de festejar o que tenho de mais fundamental para a minha felicidade: a amizade.

[vidaloka] Primeira despedida: RANGO

O tempo voa! Não é clichê, é FATO!

Ter consciência disso sempre me ajudou a não perder tempo na vida e me fez aproveitar intensamente cada experiência, viver cada momento, como se fosse o único.

Daqui a cinco dias, nesta mesma hora, estarei sobre o Oceano Atlântico voando em direção a uma nova fase, cheia de novos reencontros.

Bom, mas isso todo mundo já sabe!

O que é quase impossível descrever é a minha alegria depois de mais uma experiência vivida no Rango!

Durante esses últimos meses fui fiel. Estive lá praticamente todas as sextas-feiras deste ano, doando um pouco da minha “incapacidade” de cozinhar e também a enorme vontade de ajudar na preparação do jantar para quase 200 moradores de rua, que vão à Paróquia Nossa Senhora dos Passos (cruzamento da Rebouças com a Brasil) para se alimentarem.

Cortar tomates, ajudar na farofa, servir pratos, lavá-los, distribuir sorrisos, conversar com as crianças… cada uma destas coisas me fizeram um bem enorme.

Depois do trabalho habitual, o caro Padre Vitor fez uma oração abençoando essa minha nova fase. Foi emocionante dizer diante dos voluntários o quê significou para mim aqueles momentos com eles e os pobres.

No final somos todos pobres. Cada um com as suas próprias misérias, defeitos, fraquezas. Para uns faltam coisas materiais, para outros, riqueza de espírito.

Contudo, apesar dessas diferenças, fui embora do Rango com uma certeza: somos todos irmãos!! Precisamos viver mais uns pelos outros, nos ajudarmos, se queremos realmente uma sociedade melhor, mais ainda, se quisermos ser mais felizes.

Felicidade é perceber que a nossa capacidade de fazer as pessoas felizes nos torna pessoas insubstituíveis.

Hoje foi a primeira despedida. Comecei a sentir o coração apertado por deixar uma realidade que faz tanto parte de mim, mas sei que preciso ir e por isso, levo todos, porque muito da minha vontade de viver pelos mais necessitados, vem desse serviço que fazia ali no RANGO.

Abaixo o link de dois textos sobre as experiências no RANGO:

Rangando: http://vartzlife.wordpress.com/2009/09/13/rangando/

Sou quando me dôo: http://vartzlife.wordpress.com/2009/10/10/sou-quando-me-doo/

[vidaloka] Introdução – O porquê de ir embora!

Ufff!!

Dizem que viagem começa nas vésperas, no momento em que se começa a fazer as malas.

Bom, nesse caso então começo a viajar HOJE!

Ontem vivi a última etapa de preparação. Fui ao “Consolato Generale Italiano” para pegar o passaporte com o visto “de lunga durata”.

Assim que passei pela catraca e recebi minha senha, não me contive o sorriso quando vi que era justamente o número 23. Certeza de sucesso! (superstição?)

Depois de uma hora de espera, tudo certo! Agora sim posso viajar!

Essa introdução teria inúmeras páginas se levasse em consideração todas as “providências” que recebi nos últimos 5 meses. Talvez pudesse escrever um romance, uma linda história de amor, de Deus por mim, em primeiro lugar, mas também por meio de tantas pessoas, conversas. O amor não é uma fantasia, é um sentimento muito concreto.

Mas enfim… vou!

Só que é justamente aqui que eu questiono a primeira frase escrita nesta introdução, pois, para mim, essa viagem começou há muito tempo, há 26 anos!

Quem me conhece sempre me achou ou “estranho” (pejorativo) ou “louco” (positivo) . E posso dizer, de coração, que me encaixo perfeitamente em ambas definições.

Desde que entendi que a minha vida se FAZ na medida em que coloco a disposição meus talentos para construção de projetos verdadeiros de mudanças, (em vez de dar dinheiro para grandes empresas que exploram seus funcionários ou outras que limitem a capacidade de mostrar a Verdade para quem recebe a informação) percebi que faria um caminho “diferente” dos meus colegas de profissão.

Felicidade para mim nunca foi trabalhar em uma grande emissora de TV, nem ser um grande do mundo do jornalismo impresso, da comunicação. Eu nunca quis ter muito dinheiro, nem aparecer na televisão. Para mim Jornalismo não é nada além de um SERVIÇO, algo que me faz SER e consequentemente me dá a responsabilidade perante as pessoas, ao mundo.

Por isso vou atrás dela.

Lembro-me bem da conversa com uma colega na universidade (@amanda kamanchek) que, abismada pelo meu propósito de ser jornalista na África ou no Oriente Médio, me perguntou: “Mas no Brasil já não existem pobres suficientes para ajudarmos?”“_SIM!” – respondi e acrescentei inspirado pelo sentimento que sempre guardei dentro de mim: “ mas existem situações-limites que uma realidade não pode mais reconstruir, pela incapacidade ou impossibilidade do diálogo, e somente alguém ‘de fora’, que não esteja envolvido ou marcado pela situação é capaz de gerar”.

O interessante que o escritor israelense David Grossman, ao participar do Roda Viva, justificou a dificuldade de resolução do conflito Israel-Palestina justamente no fato de que ambas as partes estão muito marcadas, o que dificulta qualquer possibilidade acordo ou de perdão.

Bom, mas acho que a minha justificativa bastou. Entendemos (eu e a Amanda) que esse desejo de deixar a própria pátria, a família, o próprio mundo, para ajudar pessoas em outras situações, realmente nasce no coração de poucos e que traduzimos com uma palavra: vocação!

Não consigo me ver FELIZ sem a busca em realizar esse objetivo e deixo-me levar até ele, não pensando como “destino final”, mas como lugar onde devo estar, atuar e logo, transformar!!

O mestrado na Itália é uma etapa importante antes disso. É a possibilidade de incrementar a excelente formação que tive na PUC-SP, com outra universidade que preza pelo estudo teórico vinculado a vida, a minha maior exigência intelectual. Não dá pra falar em jornalismo, sem FAZER jornalismo!

Mas acho que, acima de tudo, essa mudança de vida, essa nova etapa é um continuar a ser coerente com as escolhas que fiz até aqui.

O objetivo não é estar na África, no Oriente Médio, no Brasil, na Itália. O que vale aqui é a busca consciente de uma felicidade profunda, verdadeira, máxima e não um simples me contentar com a mediocridade que algumas vez acreditei poder aceitar como solução de “mínimo esforço”.

O que me levou a essa viagem, o que impulsiona minhas escolhas é que a Felicidade é diretamente proporcional ao sacrifício.

(continua…)

Prevenir a droga com a educação – Revista Cidade Nova – março 2010

Participantes do Seminário

PDF DA MATÉRIA: CLIQUE AQUI

SOCIEDADE Durante quatro dias, profissionais de diferentes campos de atuação na área da educação e do direito puderam apresentar experiências, dificuldades e alternativas em vista da elaboração de um projeto pedagógico de resgate de valores e de uma formação integral de crianças, adolescentes e jovens

A região montanhosa de Guaratinguetá, onde está localizada a primeira das 68 Fazendas da Esperança querecuperammaisdeZmiljovensno Brasil e em diversos países do mundo, acolheu 30 profissionais ligados à educação de crianças e adolescentes para o Seminário Internacional: “Educação e prevenção ao uso de drogas e à violência”. Promovido pela Fazenda da Esperança em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Editora Cidade Nova, o evento que foi realizado dos dias 28 a 31 de janeiro enfrentou o tema da crise da escola como espaço de formação e consolidação dos valores humanos em vista de uma educação mais integral da pessoa e deu início à elaboração de um projeto pedagógico que vise a prevenção da droga e da violência.

“Faz 27 anos que eu trabalho na recuperação de drogados e vejo o sofrimento que acompanha cada história, cada família. Então, nasceu dentro de nós o desejo de fazer algo para que a juventude não entrasse na droga, prevenir o mais cedo possível” – explica frei Hans Stapel, presidente da Fazenda da Esperança, sobre a ideia de realizar o Seminário.

Diversidade que enriquece

Um dos primeiros desafios do Se­minário foi lidar com a diversidade de campos de atuação entre os par­ticipantes. Profissionais de todas as regiões do Brasil, coordenadores de ensino, professores de escolas públi­cas e universidades, representantes do poder público e profissionais vindos de outros países apresenta­ram seus trabalhos e experiências no campo educacional por meio de painéis, mesas-redondas, debates, mostrando uma diversidade de pro-jetos e ações realizadas no campo da educação.

“A troca de experiências é im­portantíssima porque quando nós começamos uma atividade, a nossa impressão é de que estamos sempre certos, mas só quando ouvimos a experiência do outro e as suas crí­ticas é que começamos a ver se re­almente estamos no caminho cor-reto”, afirmou Rui Paiva, servidor público municipal na área jurídica, em Belém (PA).

“No início, eu não entendia a proposta do Seminário, mas depois comecei a observar que, antes de tudo, era uma troca de experiên­cias, de conhecimentos, de capa­cidades, para que todos, a partir daquela comunhão, mesmo aque­les que não participam diretamen-te da área da educação, pudessem contribuir”, disse Richardson Ra­mos Cardoso Borges, integrante do programa Educação para a Paz, em Igarassu (PE).

Um projeto em comum

Além de discutir a educação e seu papel na prevenção ao uso de dro­gas e à violência, um dos principais objetivos do Seminário foi traçar linhas para um projeto pedagógico comum a ser oferecido à sociedade.

Diversas alternativas pontuais apresentadas já são realizadas pe­los participantes nos seus ambien­tes de trabalho: projetos concretos como o “Viver de Cara Limpa”, que foi assumido pelo governo do Es­tado de Tocantins e que envolveu muitas crianças e adolescentes da região e também ações pontuais em escolas de Jundiaí, Vargem Grande Paulista, São Paulo ou mesmo na Fazenda da Esperança.

Essas atividades de promoção do ser humano e da cultura de paz têm tido desdobramentos muito impor­tantes no campo da educação e da formação das novas gerações. Nesse sentido, a pergunta fundamental do Seminário levantada pela educado­ra, ex-secretária estadual da Educa­ção do Tocantins e ex-presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (Consed), Dorinha Seabra Rezende, foi “como passar de um projeto muito pontu­al e particular para uma dimensão maior, de grande escala”.

“Mais do que trabalharmos jun­tos é preciso aprender a sistemati­zar tudo isso em prol de um pro­jeto maior. Não devo ver apenas o meu projeto ligado à minha escola, à minha universidade ou à minha dificuldade”, acrescentou Samuel de Souza Neto, professor adjunto do Departamento de Educação da Unesp, explicitando ainda mais o objetivo daqueles dias de discussão e trabalho.

Questão de valor

Um dos temas apresentados nas diversas mesas-redondas do Semi­nário apresentou a escola e a so­ciedade como “comunidades edu­cadoras”, que têm um papel muito importante na prevenção ao uso de drogas e à violência. Esse novo mo­delo engloba um conceito de edu­cação que “trabalha também com valores, com postura, formação hu­mana”, explica Dorinha.

“É justamente o descaso em rela­ção aos valores um dos motivos que acabam gerando consequências so­ciais graves no desenvolvimento da juventude”, afirma Édina Maria de Paula, promotora da Vara da Infân­cia e Juventude de Londrina (PR). “A educação significa essa transmissão de valores. Você não tem como falar em educação sem que a transmissão desses valores seja colocada em prá­tica. Dentro do meu dia a dia, eu vejo que muito disso foi perdido pe­las famílias que acabaram terceiri-zando, delegando a educação dos fi­lhos às escolas. Assim, essas crianças não recebem valores nem em casa e nem nas escolas e quando chegam na adolescência estão despreparados para a vida. Daí para a delinquência e para a ‘drogadição’ é só um passo”, conclui Édina.

Dos fatos às palavras

Os quatro dias vividos intensa­mente pelos participantes do Se­minário serviram também como oportunidade de conhecer a reali­dade vivida na Fazenda e ver como a recuperação realizada ali pode ser apresentada como um novo modelo de pedagogia. “Eu vejo a escola como um cen­tro de formação humana, mas aqui também é um centro de formação humana. Não é uma escola nos moldes formais, mas é uma escola de vida e para a vida”, disse Samuel de Souza.

“Sempre ouço as experiências desses adolescentes no Fórum e não são muito diferentes da expe­riência que eles contaram aqui, só que há um diferencial básico: aqui elas encontraram luz, fizeram a experiência do amor de Deus e do amor do próximo, o que os ado­lescentes que eu atendo ainda não encontraram e isso faz toda a dife­rença”, contou Édina.

O Seminário contou também com participantes de outros países que apresentaram as próprias ex­periências. Alguns responsáveis de Fazendas da Esperança de diversas partes do mundo: Alemanha, Rús­sia, México e Moçambique e o peda­gogo alemão Mathias Kaps, respon­sável pelo projeto “Ser forte sem ser violento”, que desenvolve a cultura da paz em muitos países da Europa e já envolveu mais de 150 mil pesso­as – alunos, professores e espectado­res – desde o seu início, em 2006.

“Para mim foi muito importan­te participar do Seminário. Aprendi muitas coisas, principalmente com o modo com o qual as pessoas enfren­tam esses problemas aqui no Brasil. Violência e droga não são só expres­sões de falta de boas condições de vida, mas também da falta de senti­do para essa vida, seja na Europa ou na América Latina. Fiquei feliz por contribuir com a minha experiên­cia”, declarou o pedagogo alemão.

Crianças e adolescentes

“Vimos aqui na Fazenda o que é a experiência de vida, o que é o direito de viver. Cada um que sai daqui hoje sai com consciência de que deve agir diretamente na so­ciedade. Não adianta fazer só diag­nóstico, o que adianta é transfor­mar tudo isso. Os diagnósticos já são muitos, agora precisa sair dis­so para a prática”. Essa percepção de Meireivaldo Paiva, educador de Belém, exprimia outro desafio para o Seminário: definir projetos de ação concreta e conjunta no campo pedagógico.

Nos momentos conclusivos do Seminário, surgiu a necessidade de dividir o grupo em duas diferentes abordagens, uma que levasse em conta as realidades das crianças, até os 11 anos, e outra para os adoles­centes até os 17 anos. Desses grupos nasceram duas propostas concretas: o Projeto Semente e a atualização do Projeto Viver de Cara Limpa, que deverão ser aprofundadas em encontros posteriores.

O Projeto Semente está voltado ao público infantil, dos 3 aos 11 anos, e visa prevenir o uso de dro­gas e a violência, mediante o traba­lho com valores de convivência e cidadania e da fraternidade como novo paradigma para a pedagogia. A proposta inclui atividades para-didáticas e lúdicas e envolve toda a comunidade local: escola, bairro e município, entidades civis e insti­tuições públicas.

A segunda proposta, o Projeto Viver de Cara Limpa, visa trabalhar com os públicos adolescente e juve­nil na prevenção ao uso de drogas e à violência. É um conjunto de propostas e iniciativas que se articulam no tripé “testemunhos, rela­cionamentos e atividades”. As estra­tégias para a realização do projeto são a “sensibilização” (pelos teste­munhos e relacionamentos com os jovens da Fazenda e por meio de oficinas artísticas e a “conscientiza-ção” (pelo livro-texto e atividades propostas). O projeto propõe o en­volvimento da família e de toda a comunidade local.

Desafios

Realizar projetos pedagógicos no Brasil, sobretudo com a chancela do poder público é um grande desafio já no momento de sua aprovação, mas as dificuldades em relação à continuidade dos trabalhos pare­cem ser os principais obstáculos para a construção de mudanças efe-tivas do campo da educação.

Segundo a coordenadora peda­gógica de uma escola municipal de Jundiaí (SP), Lúcia Helena Parazzi, “esse Seminário vem ao encontro das demandas sociais, mas os atores dessa pedagogia precisam antes de tudo acreditar”. “É uma proposta ousada, mas é uma proposta urgen­te, porque a sociedade tem neces­sidade de uma educação diferen­ciada, que as propostas estejam de acordo com as demandas sociais”, acrescentou ela.

Depois dos dias de trabalho do Seminário ficaram evidentes os mui­tos desafios que os educadores preci­sam enfrentar. Um desses desafios é a continuidade dos próprios projetos.

“O importante é deixar esse fogo aceso, ficarmos unidos e comunicar entre nós os passos dados, porque a grande tentação é que o individualis­mo tome conta da gente e que até fa­çamos coisas bonitas, mas sozinhos perdemos a força”, explica frei Hans sobre outro aspecto importante para o sucesso do Seminário que é o tra­balho em rede, em comunhão. •

BOX: Uma experiência marcante

“Foi uma coisa extraordinária, dias de luz, dias em que todos sentíamos que nasceu algo. Parece o início de uma pedagogia especial, algo novo.” (Frei Hans Stapel)

“Espero que nasça agora uma parceria entre a Europa e o Brasil, para nos ajudarmos e enfrentar esses problemas juntos.” (Matias Kaps)

“Uma experiência muito interessante porque abriu mais a minha cabeça no sentido da prevenção, pois trabalhamos muito com a recuperação. Ajudou-me a não me limitar e entender mais o trabalho de prevenção.” (Luciano Santos da Silva, responsável pela Fazenda da Esperança no México)

“Para mim foi possível fazer essa experiência porque todas as pessoas aqui procu­raram viver aquilo que buscávamos juntos, particularmente, na vida delas. Isso me fez lembrar uma frase de Chiara Lubich que diz: ‘Com homens novos, você pode fazer coi­sas novas’. E eu sinto que aqui saiu uma coisa nova por causa disso.” (Nelson Rosendo, presidente da Fazenda da Esperança)

“Eu saio daqui muito diferente de como cheguei. Seria difícil explicar, mas eu saio com o meu coração diferente no sentido que, às vezes, a gente acredita nas nossas po-tencialidades, isso é bom, mas a gente deixa de acreditar que por trás de tudo isso tem Deus e é Ele quem faz as coisas, basta a gente fazer a nossa parte. Eu saio daqui com muita esperança.” (Lúcia Helena Parazzi)

“Existe um autor, Mário Sérgio Cortella, que diz que nós somos a primeira geração que não cuida das próximas gerações e nesse Seminário houve um esforço dessa gera­ção para cuidar da próxima geração.” (Samuel de Souza Neto)

29 dias no país do Tsunami –  Parte 29: Pausa em Medan

Momento de lazer em Medan

Depois de uma boa noite de sono e de ter lido um pouco, fomos juntos para a piscina do condomínio. Providencial depois da primeira etapa, cheia de emoções, vividas em Nias.

Ficamos ali umas duas horas e eu acabei indo acompanhar um dos nossos amigos indonésios na compra do nosso almoço.

Ali, mais uma nova experiência! A direção é “inglesa”na Indonésia, para quem ainda não entendeu, o volante é à esquerda e não a direita como no Brasil.

Admito que ao entrar no carro tive sérias dúvidas se conseguiria realizar tal façanha, mas não foi tão difícil como pensei.

Logo que chegamos com a comida, almoçamos e agora estamos nos preparando para encontrar um grupo de adolescentes do Movimento dos Focolares em Medan.

Despedindo dos adolescentes do Movimento

Chegamos 15 minutos antes dos adolescentes. Eram 40!

Contamos um pouco a história de como surgiu o Movimento, nos apresentamos, tudo com “aquela simplicidade” que tanto prezo. Ficamos algumas horas com ele e depois fomos convidados pelas donas da casa para um jantar.

A casa que nos acolheu abriga mulheres consagradas, de vida comum! Pessoas que decidiram doar suas vidas a Deus, mas continuando atuantes na sociedade, sem hábitos (no sentido de vestidos específicos) mas procurando levar Deus às pessoas com a própria vida.

“Focolare” (em italiano, algo como “lareira”- local onde as pessoas se reúnem para se aquecer) não só é o nome do Movimento fundado por Chiara Lubich, mas também é o nome das casas em que vivem esses consagrados.

(Resumo da história do Movimento dos Focolares CLIQUE AQUI)

Enfim, o Focolare de Medan é uma casa muito acolhedora, simples ao ponto de nos sentirmos imediatamente em casa.

As Focolarinas são muito simpáticas. Duas italianas, uma indonésia e uma brasileira.

Prepararam “pasta al pomodoro”. O “manjar dos Deuses” depois de 10 dias de ARROZ, PEIXE e PIMENTA na Indonésia.

Depois da janta ficamos conversando com elas e mais tarde voltamos para casa. Lá encontramos o restante do grupo que tinha chegado de carro.

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