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Quando é o silêncio que “fala”

morto

Muitas vezes o silêncio ou as justificativas “sem fundamentos” mostram a verdade escondida, para aqueles que querem ver.

A verdade é um Bem que se sobressai. Mesmo que tarde, ela sempre aparece, de maneira indiscutível, indissolúvel. E, pois bem, quem não tiver medo dela, ou melhor, das suas consequências, “que atire a primeira pedra”.

Esses questionamentos fazem parte das minhas reflexões a respeito do caso escandaloso da chacina de uma família aqui em São Paulo. A versão absurda que a mídia construiu com o testemunho policial já, por si só, parece revelar as inverdades ocultas no caso.

Infelizmente, se ninguém confessar, nunca será possível desvendar todas as causas e justificativas ao redor do caso. Foram cinco vidas tiradas de maneira misteriosa, triste, que geram suspeitas perigosas. Talvez, por isso, a verdade seja omitida por aqueles que já sabem o que realmente aconteceu. Contudo, aos poucos, as discordâncias vêm à tona… a verdade se desvencilha de seus silenciadores e quer, de alguma forma, ser descoberta.

Como jornalista, não sei se estaria pronto a sacrificar minha vida (e da minha família) revelando o que aconteceu. Não sei se, recebendo ameaças de morte, revelaria (ou não) aquilo que eu sei e, por isso, entendo quem optou pelo silêncio. Cabe aos investigadores interpretá-lo, para que as respostas sejam encontradas.

Pessoalmente, desde que li a primeira matéria sobre o caso, percebi que havia algo errado na incriminação do adolescente de 13 anos. Difícil acreditar na história, como ela vem sendo contada.

É fundamental manter o senso crítico em relação ao que a mídia diz e o que, principalmente, ela não diz. Só assim, acredito, é possível desvendar a verdade ou, ao menos, não acreditar nas mentiras que nos contam.

Recife: cidade abandonada

No começo da Gestão de João da Costa, discutiu-se e aplicou-se a nova utilização de placas, retirando as que eram irregulares. O Prefeito mandou tirar placas que poluiam visualmente a cidade, o que fez muito bem. O caso da Ponte do Pina era emblemático. João da Costa foi lá e tirou todas as placas, e resolveu colocar a dele. Passando em direção a Boa Viagem, ontem pela manhã, fui surpreendido por uma mega placa sendo colocada pela própria Prefeitura para se autopromover. Do carro mesmo resolvi tirar as fotos, que são uma verdadeira afronta ao bom-senso e à legalidade. A Prefeitura passou de leniente com a ilegalidade para partícipe. Parece pouco, mas é um grande passo em direção ao caos. (http://acertodecontas.blog.br/atualidades/o-pssimo-exemplo-vem-da-prefeitura-do-recife/)

No começo da Gestão de João da Costa, discutiu-se e aplicou-se a nova utilização de placas, retirando as que eram irregulares. O Prefeito mandou tirar placas que poluiam visualmente a cidade, o que fez muito bem. O caso da Ponte do Pina era emblemático. João da Costa foi lá e tirou todas as placas, e resolveu colocar a dele. Passando em direção a Boa Viagem, ontem pela manhã, fui surpreendido por uma mega placa sendo colocada pela própria Prefeitura para se autopromover. Do carro mesmo resolvi tirar as fotos, que são uma verdadeira afronta ao bom-senso e à legalidade. A Prefeitura passou de leniente com a ilegalidade para partícipe.
(http://acertodecontas.blog.br/atualidades/o-pssimo-exemplo-vem-da-prefeitura-do-recife/)

Estive em Recife, por um pouco mais de um mês, entre o final de dezembro de 2009 à janeiro de 2010.

A viagem serviu para conhecer familiares e lugares que fazem parte da minha origem materna, além de reencontrar amigos que conheci por meio dos Focolares.

Na “Veneza Brasileira” me deparei com os mesmos paradoxos sociais que existem na minha São Paulo, as segregações, a miséria, e  os (poucos) moradores de rua. Estranhei as favelas urbanas entre os ricos prédios de Boa Viagem. Experimentei a desorganização do trânsito da capital pernambucana.

Mas, mesmo diante dos problemas listados, me maravilhei com a beleza da cidade. Recife tem um pôr do sol inspirador, um frescor “a lá carioca”, que ilumina e acaricia o rosto sofrido de seu povo.

Voltar recentemente me,contudo, fez encarar uma triste realidade: Recife está abandonada.

Imensas crateras em quase todas as ruas, linhas de metrô irrisórias, trânsito caótico, imundice no centro comercial e um “Recife Antigo” pouco frequentado são alguns exemplos que me fizeram achar que a cidade regrediu, principalmente para aqueles que não moram nos bairros nobres.

As consequências sociais são graves. O povo parece lutar desesperadamente (e “desrespeitosamente”)  para se locomover, sobreviver.  Em Recife tive saudade da caótica São Paulo, encontrei a pior situação entre as oito capitais de estados brasileiros que visitei e, infelizmente, percebi que existe uma vida muito pior da que a dos meu conterrâneos do sudeste.

Uma cidade marcada por sua natureza privilegiada, sua cultura riquíssima e seu povo maravilhosamente acolhedor . Todos, contudo, cada vez mais vítimas do descaso do poder público que, parece, pouco faz para a maioria que mais precisa.

Children of Men – 2006 – Alfonso Cuarón

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As reflexões a respeito do Apocalipse para onde a humanidade tem, ano após ano, se aproximado, geram inúmeras teorias. O que temos feito com a natureza e consequente não responsabilização individual e coletiva provavelmente acarretará em (mais) eventos extremos que “roubarão” a vida de muitos seres humanos.

Contudo, enquanto isso não acontece, vamos vivendo a nossa vida. Promovendo hábitos consumistas, desperdiçando alimentos, deixando de reciclar o reciclável, dirigindo nossos carros com ar condicionado e encontrando desculpas que justifiquem nosso individualismo.

“Children of Men” (ou, em português, Filhos da Esperança) me fez refletir justamente “de qual fim” o planeta Terra irá sucumbir, se continuamos a viver da maneira como mencionei acima. O filme se passa no ano de 2027, momento da história em que se vive uma crise sem precedentes porque as mulheres não conseguem mais engravidar. O mais novo ser humano morreu aos 18 anos e a humanidade discute seriamente a possibilidade de extinção.

Neste contexto Theodore Faron (Clive Owen), um ex-ativista desiludido que se tornou um burocrata e que vive em uma Londres arrasada pela violência e pelas seitas nacionalistas em guerra, é procurado por sua ex-esposa Julian (Julianne Moore), e apresentado a uma jovem que misteriosamente está grávida. De aí em diante eles passam a protegê-la a qualquer custo, por acreditar que a criança por vir seja a salvação da humanidade.

“Children of Men” é uma adaptação livre do romance “The Children of Men”, de P. D. James e foi indicado ao Oscar 2007(porém, sem vencer) nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Fotografia e Melhor edição.

Um filme bem interessante, que me surpreendeu positivamente.

 PS: O diretor mexicano Alfonso Cuarón dirigiu também o filme “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004)”

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A transformação exige coesão e coerência

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Assistindo a Copa das Confederações e os resultados do Brasil na competição, pude redescobrir o valor de uma boa liderança.

Em tempos de transformações políticas em escala nacional, mundial, parece que nada é mais importante do que um instrumento, capaz de canalizar as energias que abastecem as reivindicações, para a concretização dos objetivos e projetos futuros. A famosa coesão. Nisso, acredito eu, o esporte é capaz de ensinar muitas coisas.

Nos últimos três anos, vimos o futebol brasileiro em queda vertiginosa, muito decorrente da corrupção escandalosa dos dirigentes ligados à Confederação Brasileira de Futebol, mas, principalmente, pela incapacidade de liderança do ex-técnico Mano Menezes. Nunca se sabe os interesses que se escondem nas entrelinhas do mundo do futebol, mas analisando as escolhas técnicas de Mano, emergem evidentes as suas limitações.

Pois bem,  Mano foi despedido e no alugar assumiram, juntos, Felipão e Parreira, que são: coração e cabeça, agitação e serenidade, raça e estratégia. A riqueza complementar desses opostos parece ser a chave do sucesso e da recuperação da Seleção Brasileira. Esses dois dos mais vitoriosos treinadores de futebol, além das capacidades profissionais indiscutíveis, são também pessoas verdadeiras, humanas, transparentes e coerentes.

Para lidar com pessoas focadas em um grande projeto é necessário, antes de tudo, coerência. Ouvindo as declarações dos jogadores a respeito do ambiente na seleção, dá pra perceber que o testemunho dos membros da comissão técnica “revolucionou”, já “de dentro”, a Seleção Brasileira.

Voltando para a política e pensando os desdobramentos  da Revolta do vinagre, percebi que estamos em uma outra conjuntura. A mobilização contra o GOVERNO se fragmentou em inúmeras reivindicações e o seu caráter apartidário parece impedir que as vozes ressoem de maneira unitária, na figura de líderes capazes de gerar coesão entre todos os anseios.

Não sei o quanto essa falta de personificação das lideranças promove (ou ajuda a promover) o apartidarismo e, até mesmo, o ANTI partidarismo. Contudo, é fundamental encontrar uma forma de construir, democraticamente, um projeto comum e não simplesmente renegar o status quo da política nacional.

Acredito que a saída nasce sempre da “harmonia das diferenças”. Uma proposta talvez seria encontrar formas de fomentar uma abertura institucional, para que o povo e os políticos profissionais trabalhem juntos pelo bem do Brasil. O voto distrital parece ser um caminho.

Basta de sermos só o país do futebol

futebol

Passada a alegria de ver o Brasil ganhando mais um campeonato de futebol, acordei e fui trabalhar. Nenhum sinal aparente de festa nas ruas da minha São Paulo, ninguém falando só do jogo de ontem no trabalho, nada de exageros de patriotismo e uma única certeza: felizmente, não somos mais só o País do futebol.

No último século, fomos vistos internacionalmente assim: País do futebol (como também do carnaval = mulatas seminuas dançando, das praias, da desigualdade social, da violência).  Esse “status” é, na minha opinião, mais sinal depreciativo, que admiração e respeito pelo Brasil.

Mas, de maneira inesperada (como foi a ascensão do time de futebol brasileiro na Copa das Confederações) despontamos, corajosamente, sedentos de mudanças sociais, cansados de aceitar comodamente os desmandos e descasos da classe política do Brasil e fomos, como um povo, para a rua.

Esse sinal visível de tomada de consciência é a oportunidade que sonhávamos para exigir um país mais justo, menos corrupto e transformar nossos valores, nossa hospitalidade, alegria, em um patrimônio social, um legado para as próximas gerações.

A vitória no futebol não é NADA comparável as vitórias sociais que os protestos em todo o país vem produzindo, nos corações e mentes das pessoas, mesmo que ainda as mudanças concretas sejam pequenas – individual e coletivamente -, mas é inevitável: #ogiganteacordou.

Com a mesma paixão que milhares de torcedores cantavam o hino do Brasil antes de cada jogo de futebol, outros milhares foram às ruas, pacificamente, exigir uma VITÓRIA SOCIAL, quem sabe, com a mesma dedicação, respeito e seriedade que Scolari exigiu de seus jogadores na Copa das Confederações. (Infelizmente a Dilma parece não entender a pedagogia por trás do esporte).

Agora é hora de se preparar para o grande evento político de 2014: As eleições! Mas para isso, temos que treinar muito a nossa cidadania, cobrando a classe política, promovendo a consciência social e a formação, para sermos o país que todos esperamos… Campeão em educação, saúde, justiça social, respeito, honestidade….

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