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Mandela: A África unida por um sorriso inesquecível

Mandela

Peço licença à colabora do escrevoLogoexisto Mariana Assis, que escreveu nas últimas sextas-feiras, para hoje, homenagear um dos homens mais importantes da história da humanidade moderna. Ontem, 5 de dezembro de 2013, um dos maiores promotores da paz e da reconciliação do século XX, concluiu sua longa jornada de 95 anos: Nelson Mandela.

Madiba e Tata Mandela

Mandela

Madiba, o nome usado como sinal de carinho e respeito, em referencia ao clã Thembu a que Mandela pertencia, foi um universo de testemunhos pacíficos, valorização do ser humano e, o que sempre me impressionou: exaltação da alegria. A história de Mandela é marcada pela dor, pela guerra mas, independentemente de tudo isso, ele jamais deixou de sorrir.

Encontrei um site interessante que conta um pouco da rica história de “Tata”, que significa «pai» em Xhosa, e é atribuído a Nelson Mandela porque ele é considerado o pai da democracia na África do Sul.

Mandela para o mundo

A luta de Mandela emergiu para extinguir um mal produzido pela colonização europeia que, ainda hoje, causa sérios danos à cultura tradicional africana. Os valores e os métodos impostos pelos países do “norte” deixaram sequelas profundas, incontáveis cadáveres e inúmeros mártires que sofreram as consequências da exploração ambiciosa .

A partir dessa perspectiva, Madiba já teria inúmeros motivos para promover a divisão, o ódio, a vingança dos negros do extremo sul subsaariano, segregados, em sua própria terra, pelos brancos europeus e seus filhos.

Mas não, Mandela não ressaltou nenhum tipo de lamento vitimista. Ele soube olhar além e, na alvorada de uma nova situação politica, conseguiu evidenciar valores comuns, aspectos que uniam brancos e negros, todos africanos, em uma mesma nação. Fez isso com o esporte, com a música, na organização política, na promoção da educação e deixou como herança para seu povo, o país mais desenvolvido do continente africano.

O sorriso cativante de um líder

MandelaA beleza de tudo isso é que Mandela foi um líder que transformou a África sorrindo. Tata foi um “pai” afetuoso para a nação sul-africana, que mantinha, particularmente, uma proximidade com as crianças e os jovens de seu país. Para ele, cuidar de ambos era garantir um futuro promissor para a nação.

Nelson Mandela simbolizava aquilo que se pode esperar de MELHOR da África. Um continente feito de gente que luta, sofre, mas não perde JAMAIS o sorriso estampado no rosto, a alegria de viver e desfrutar dos aprendizados que a vida dá.

Madiba é para mim um dos seres humanos mais maravilhosos que a humanidade recebeu. Ele não ficou “sentado” esperando que as feridas da guerra cicatrizassem, mas foi o protagonista, chamou a responsabilidade para si e com inteligência e criatividade sanou uma das maiores e mais trágicas doenças que a humanidade vivenciou: o Apartheid.

Agradeço a Deus pela vida de Mandela, Tata, Madiba. Pelo seu testemunho fiel e alegre, mostrando ao mundo que a divisão, até mesmo a mais dramática delas, não é capaz de suprimir o amor, a alegria e o perdão.

Trailer do filme biográfico que chegará logo aos cinemas do mundo. Imperdível

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Homens são homens e mulheres são mulheres: o papel social dos gêneros

papel social

Há algumas semanas tive uma conversa “polêmica” com a minha esposa a respeito do papel social do homem e da mulher no mundo contemporâneo e as consequências dos modelos que a, dita, “cultura ocidental” assumiu para si. Decidi reproduzir o meu pensamento para ver o que as pessoas pensam sobre o tema:

Premissas fisiológicas:

Algumas premissas para mim são claras e transcendem as escolhas sociais: homens e mulheres são fisiologicamente diferentes o que define, por conseguinte, papéis na preservação da espécie diferentes.

Bom, deixando de lado os motivos religiosos que definem aspectos que transcendem a simples sobrevivência, acredito que seja possível dizer que a premissa da vida de um “homo sapiens” é: a preservação da própria espécie. Para que isso ocorra, é fundamental que algumas dinâmicas funcionem bem: a alimentação diária e as medidas de proteção às adversidades do contexto externo em que os indivíduos estão inseridos.

Resumindo: alimentano-se e protegendo-se dos perigos externos, é possível que ser humano tenha uma expectativa de vida razoável. Certo? Errado!


O homem comunitário: primeira definição do papel social dos gêneros

Diferentemente de outros seres vivos, os seres humanos são seres “comunitários”. Para aumentar a chance de sobrevivência, os homo sapiens copiaram alguns dos seus ancestrais e começaram a viver em grupos. Porém, a vida em grupo levou à divisão de tarefas. E aqui, acredito, surgiram as primeiras definições “sociais” do papel diferenciado entre homens e mulheres.

papel social

Não me parece muito racional dizer que, já nessas sociedades primitivas, existia uma dinâmica machista, que submetia a mulher às “inferiores” tarefas domésticas e os homens às “aventuras” da vida. Usando a lógica, acredito que foi partindo da própria constituição fisiológica – em que o homem é estruturalmente mais forte e a mulher aquela responsável pela geração e preservação da vida – que as dinâmicas sociais foram se concretizando. Dessa forma, enquanto o homem foi caçar, tornando-se responsável para a alimentação e proteção da família, a mulher ficou em casa, gerando e protegendo a prole, além de desenvolver habilidades artesanais em geral.

Claro que esse pensamento é fruto de uma autoconsciência, não é baseado em um estudo antropológico, mas duvido que a sociedade iria prosperar se os papéis sociais mencionados fossem invertidos. Difícil imaginar uma mulher gravida correndo atrás de um javali com uma lança e um homem dando de mamar para um bebê.

O juízo de valor sobre o papel social

Melhorando as estratégias de caça, de cultivo de alimentos, aos homens surgiu um tempo ocioso, que foi, aos poucos, permitindo a sua evolução intelectual, cultural. Mas também as mulheres, além dos afazeres domésticos, eram protagonistas das mudanças sociais, tanto no que diz respeito às atividades manuais, como intelectuais. Os homens nunca foram os protagonistas e as mulheres coadjuvantes da história da humanidade. Ao menos fisiologicamente. O que mudou foi a visão social a respeito do valor em relação às diferentes funções exercidas na sociedade.

As estruturas de poder, de dominação, também as culturais, passaram a valorizar mais a força e a capacidade foco, não a inteligência e perspicácia emocional e a capacidade de multitarefa. Isso nos trouxe ao mal do machismo, que produziu uma crença deplorável de que uma sociedade “dominada” pelos homens é mais capaz de se preservar, ou melhor, sobreviver.

As consequências para mim são claras: a discriminação social das mulheres, o seu rebaixamento social, gerou revolta e fez crescer o desejo de mostrar que ela não é uma simples fazedora de filhos. A mulher tem infinitas potencialidades que podem enriquecer efetivamente a vida em comunidade.


Uma sociedade feminista?

Felizmente, o feminismo ajudou a libertar as mulheres da doença social do machismo, mas, infelizmente, levou-as para o outro extremo. Exigindo a igualdade de protagonismo dentro da sociedade, principalmente nos aspectos que fogem à simples preservação da espécie, a mulher parece ter perdido – ou descartado – uma dimensão que é intrínseca da sua existência: a maternidade.

papel social

Vejo as mulheres modernas transformadas em homens de saias, masculinizadas. Buscando unicamente a realização profissional, a carreira, a mulher acabou esquecendo a sua essência materna, que é exclusiva dela e depende profundamente das suas habilidades e da capacidade fisiológica de gerar e proteger afetivamente a espécie. Essa transformação social tem gerado consequências dramáticas, tanto no que diz respeito às confusões em relação ao papel “fisiológico” do homem, ao novo conceito de família, e etc.

Não quero uma sociedade machista, porque acredito que, na sua origem, ela NUNCA foi, nem machista e nem feminista. O que quero é uma humanidade capaz de evoluir, revendo e atualizando o papel social de homens e mulheres, mas sem jamais descartar a essência que faz dos homens, homens e das mulheres, mulheres, iguais, mas profundamente diferentes. Desprezar as distinções fisiológicas intrínsecas pode colocar a sobrevivência harmônica e o desenvolvimento da nossa espécie em risco.

2 reflexões antes de começar um relacionamento binacional | Valter Hugo Muniz

relacionamento binacional

Ontem, o post do escrevologoexisto.com “3 motivos para casar com estrangeiro” bateu todos os recordes relacionados ao número de visitantes e de visualização de um artigo. É bonito perceber o quanto o tema do casamento e a relação entre pessoas de países/culturas diferentes interessam a uma enorme quantidade de pessoas, não só do Brasil, mas de todo o mundo.  Porém, passado um dia, e estando mais consciente da grande repercussão do texto, pensei se, como casal, eu e minha esposa não acabamos simplificando uma relação que é muito complexa.

Dessa reflexão surgiram dois aspectos, importantíssimos, que precisam ser pensados antes de iniciar uma relação binacional. Saber o momento certo de começar, procurando não se deixar levar somente pelos impulsos sentimentais e usando o mínimo de razão, pode definir o futuro deste tipo de relacionamento.

littlefeelings (29)Tem hora certa para sofrer

Na nossa história – minha e com a minha esposa – muitas coisas aconteceram até que decidíssemos nos aventurar juntos, primeiro no namoro e agora no casamento.

Mesmo se de modo bem jovial, principalmente no quesito “maturidade”, nos conhecemos há quase dez anos. A amizade inicial transformou-se em paixão, na medida em que a partilha profunda das nossas vidas tornou-se cotidiana e com uma intensidade quase incontrolável.

Porém, mesmo apaixonados, éramos jovens demais, de países diferentes e não existia nenhuma possibilidade ou projeto concreto de um viver na nação do outro. Por isso, sem nos envolvermos – isto é, sem nenhuma manifestação física do sentimento – decidimos não alimentarmos mais o sentimento. Continuarmos sim, amigos, mas nada que excedesse a essa amizade.

Claro que, naquele momento, essa decisão foi, inicialmente, uma fonte inesgotável de lágrimas, ainda mais porque, na adolescência, as emoções estão mais afloradas. Por outro lado, temos a certeza de que, o sofrimento daquele momento, preservou os aspectos mais importantes do que sentíamos e cultivamos.  Assim, quando nos reencontramos, 5 anos depois, mais maduros e com possibilidades concretas de iniciar um relacionamento mais comprometido, as chances de sucesso eram bem mais reais.

56Mais a perder

Além de saber a hora certa de iniciar um relacionamento binacional, como mencionei em “A fundamental temporalidade dos relacionamentos à distância” é essencial que a distância entre dois amantes tenha um prazo determinado. O relacionamento sem um projeto comum, visando a proximidade física, está determinado a falir.

Contudo, como já desenvolvi o tema da distância nesse outro post, queria me concentrar aqui sobre a seriedade que envolve um relacionamento binacional.

Os aspectos positivos, apresentados pela minha esposa, para o sucesso de um casamento binacional, são verdadeiros e muito importantes. Contudo, pelo fato de, antes do casamento, não se ter uma vivência íntima cotidiana, que auxilia no conhecimento profundo e recíproco um do outro, no namoro, a distância geográfica tem um papel decisivo em um relacionamento binacional.

Mas no namoro não! Neste caso, a distância mal calculada pode gerar sérios ruídos na comunicação do casal, como a indiferença em relação às demandas do outro, além de  fatores que podem minar a harmonia de uma relação, impedindo que ela seja duradoura.

Esses dois aspectos não podem, de jeito algum, serem ignorados. Eles são o primeiro passo para se chegar ao Grande Sim, que também é outro “primeiro passo”, mas que iremos, aos poucos, partilhar com quem lê o escrevologoexisto. Aos poucos.

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3 motivos para casar com estrangeiro| Flavia Ganarin Muniz

casar com estrangeiro

Casar não é fácil. Isso todo mundo sabe! Casamento é uma aventura que exige muita dedicação, paciência e muito esforço. Depois da enorme dificuldade que se enfrenta para achar a pessoa certa, uma vez encontrada, parece que os problemas estão só iniciando… Onde morar? Como pagar a casa? Como reconciliar a carreira dos dois? E se você, como eu fiz, decidir casar com estrangeiro? A montanha de desafios parece ainda mais intransponível, pois se somam aos problemas “comuns” de qualquer casal, documentos, línguas, culturas e etc.

Mesmo diante de todos esses obstáculos, por experiência própria, eu posso garantir que casar com estrangeiro também tem mil vantagens. Antes de me casar, ouvi mil histórias sobre os casamentos binacionais. A maioria dizia que eles não terminam bem, sendo advertida, diversas vezes, que casar com alguém de outro país, ainda mais de outro continente, é muito difícil e, por isso, não vale à pena.

Não quero dizer que casamentos binacionais são melhores do que casamentos ‘nacionais’, ou dizer que todo casamento binacional vai dar automaticamente certo. Um casamento duradouro não depende só disso. Decidi somente montar uma pequena listinha com alguns fatores POSITIVOS de um casamento binacional, pensando nas pessoas que namoram estrangeiros e  não sabem se vale a pena encarar essa aventura, só porque o parceiro vem de outro país. Não irei aprofundar aspectos “superficiais” como, por exemplo, os benefícios dos filhos aprenderem duas línguas desde pequeno, pois acho que fogem do foco do texto, que tem como objetivo mostrar as belezas do relacionamento entre o casal binacional.

O diálogo

casar com estrangeiroNormalmente, os casais binacionais têm línguas maternas diferentes. No meu caso, a minha é o alemão suíço e a do meu marido o português. À primeira vista, isso pode parecer uma desvantagem, pois muitas vezes o casal precisa se comunicar em uma terceira língua ou um aprender a língua do outro. Porém, o fato de não se falar a língua materna também ajuda a tentar se comunicar sempre da melhor maneira possível. Tudo precisa ser explicado até o outro entender completamente. Esse “tipo” de diálogo serve, especialmente, nos momentos de crise em que só a abertura completa e um diálogo profundo e sincero podem ajudar a resolver as dificuldades. O diálogo é um dos pilares de qualquer relacionamento e tem um papel ainda mais central e bonito no casamento binacional, pois promove a união de duas culturas, aspecto que nos leva ao segundo ponto da lista.

A cultura

Não adianta negar: somos todos frutos genuínos das nossas culturas! Dito isso, estar em contato com outra cultura nos ajuda a valorizar os aspectos positivos e reconhecer os aspectos negativos da nossa. Essa relação com outra cultura, nunca será tão próxima como em um casamento binacional.  Por exemplo: como Suíça, o respeito, a honestidade e a pontualidade são valores muito importantes para mim. O lado que eu não gosto tanto dos suíços é que, muitos deles, são fechados ou não se interessam tanto por outras pessoas. Pensando na cultura do meu marido, brasileiro, percebo que ela é feita de um povo muito aberto, afetuoso e alegre, mas que, às vezes, chega a ser invasivo. Na nossa família tentamos construir um bom equilíbrio entre essas duas culturas, realçando os aspectos positivos das duas e tentando de evitar os que não ajudam a construir uma família unida.

Crescimento

casar com estrangeiroNo casamento binacional, pelo menos um dos dois vai, necessariamente, ter de deixar o próprio país, a família e os amigos, para se instalar na pátria do outro. Sendo assim, a pessoa que deixou tudo é, inicialmente, totalmente dependente do outro, até aprender a língua, arranjar trabalho e etc. Porém, dependência não tem uma conotação exclusivamente negativa, pois é sempre uma oportunidade de aumentar o companheirismo e a confiança entre o casal. Mas eu gostaria de tocar em outro ponto: o fato de se instalar em outro país, aumenta consideravelmente a “network” da família. Pensando no mundo globalizado onde nós vivemos, falar várias línguas, conhecer pessoas de diferentes países, trabalhar no exterior, são algumas experiências altamente valorizadas e que beneficiam fortemente o desenvolvimento pessoal e, consequentemente, de toda a família.

Antes de chegar em São Paulo, muitos dos meus amigos suíços estavam preocupados com a minha segurança, pois a mídia internacional promove uma desagradável reputação da capital econômica do Brasil. Contudo, vivo nessa metrópole há mais de um ano e acho que nunca, em nenhum lugar, cresci e amadureci tanto como aqui. Pude fazer muitos contatos pessoais e profissionais, aprendi o português que é uma língua tão poética, criativa e calorosa, e, hoje, consigo me virar sozinha em uma cidade que têm o dobro de habitantes do meu país inteiro.  Com certeza eu me sinto uma pessoa muito mais completa e meu marido me ajuda muito nesse processo de crescimento e construção de uma família estável e segura.

Para finalizar, devo dizer que que nada disso seria possível se eu e meu marido não cultivássemos, diariamente, o AMOR verdadeiro entre nós. Muitas vezes o medo nos impede de dar os passos necessários, mas o exercício de nos amarmos sempre mais e melhor, nos leva a ser uma família feliz. Acho que esses três aspectos ajudam a refletir o lado positivo, do que pode, aparentemente, ser negativo, mas que contribui, diretamente, para a felicidade do casal binacional. Afinal de contas, o que é mais importante disso?

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Brasil: terra dos sem consciência | Valter Hugo Muniz

sem consciência

O Brasil é a terra dos sem consciência. Isto é fato. Não temos consciência cidadã, consciência do bem comum (ou bem público), consciência ambiental, consciência em relação ao que é vida, saúde, educação. Não temos consciência nem mesmo da nossa história e pouco nos importamos com isso tudo, pois o que vale é o nosso bem estar individual.

Deveríamos não somente ter um “Dia da Consciência Negra”, mas o “Dia da consciência do ser humano”, em que, todos nós, pararíamos parar refletir quem é o ser humano na sociedade brasileira; quais direitos ele deveria ter? quais deveres? Assim, chegando a uma ou a um leque de respostas, procuraríamos aplicar o modelo estabelecido às diferentes classes ou “minorias”(?) presentes na sociedade: mulheres, pobres, negros, índios, imigrantes. Não o cidadão da classe média, que tem carro, casa própria, desfruta do ensino e da saúde privada. Não! Esse aí, temos consciência de que está bem de vida (???).

blogMuito pelo contrário, por mais que temos hoje mais gente na tal “classe média”, nossos índices de desigualdade social ainda são de envergonhar qualquer brasileiro ufanista. Somos completamente primitivos no que diz respeito à luta por uma igualdade de direitos (e não estou falando uniformidade dos papéis sociais). Isso conserva a sociedade corrupta e violenta, o que é ruim para todos nós.

Quem estuda um pouco de história pode entender que existem grupos de indivíduos que foram sistematicamente marginalizados e, por isso, hoje, são visivelmente excluídos da sociedade. A culpa é minha? Não. É sua? Claro que não. Mas, cabe a mim, a nós, como sociedade, pagar as contas pelos erros de nossos ancestrais, para equalizar a situação social do país.

E aqui, um aceno importante para o dia de amanhã, o da Consciência Negra. Você, cidadão médio brasileiro, pegue o seu carro zero (se tiver coragem) e vá às periferias para ver o percentual de cidadãos afrodescendentes que vivem por lá. Depois, para encontrar um contrapeso, entre nas principais universidades do país, públicas e privadas, e conte nos dedos a quantidade dos mesmos “filhos de africanos” que estão por lá, também na direção das grandes empresas, nos altos cargos públicos. Será que os negros são realmente “geneticamente” inferiores para terem participação tão irrelevante nesses setores da sociedade, como acreditava o Führer alemão? Tenho bons exemplos que negam veementemente essa questão.

blog_1338074021As mulheres, ao menos em aparência, parecem ter conquistado um protagonismo social que a sociedade machista lhes negou por séculos. Temos consciência de que hoje, por questões de gênero, nenhum ser humano pode ser impedido de ascender profissionalmente.  É fundamental que a consciência, em relação a essas diferenças, seja ampliada aos negros e, especialmente, aos índios.

Ser consciente das nossas diferenças históricas nos ajuda a valorizar as nossas potencialidades e nos esforçar para que todos, em solo tupiniquim, tenham o direito a se desenvolver para ter uma vida digna e rica, como são as nossas terras e a nossa diversidade racial.

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