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Juntos rumo à África: um sonho pessoal, familiar e comunitário

Juntos rumo à África

A vida em família nos leva à aventuras que é difícil descrever. São inúmeras as surpresas, descobertas, no encontro com UM outro que passa a estar ao nosso lado sempre, descobrindo o que nos faz felizes, o que nos irrita, o que nos acalma, o que nos consola. Casei-me sabendo que, além das muitas aventuras que o casamento naturalmente possibilita, viveria outras, mais “radicais”. Agora vamos Juntos rumo à África.

Realizando um sonho em família

Meus colegas de jornalismo, parentes e amigos sabem que entrei na faculdade de jornalismo porque sempre tive o sonho de levar à África, os meus talentos no mundo da comunicação.

Infelizmente, as notícias e histórias que sabemos sobre o imenso continente africano são produzidas por meia dúzia de agências de comunicação europeias e americanas. Ambas têm interesses econômicos que sufocam a Verdade. Por isso, gostaria de, um dia, fundar uma escola de comunicação em algum país africano, para que os jovens do continente tenham cada vez mais a possibilidade de dizerem ao mundo quem eles são e como realmente vivem.

Ok! Esse ERA um sonho pessoal. Mas agora é um sonho de família.

A minha esposa, Flavia, também sempre sonhou em trabalhar em solo africano e isso sempre nos uniu, já quando éramos “só amigos”. Contudo, não imaginávamos que um dia estaríamos voando juntos rumo à África, para realizar sonhos pessoais em um contexto novo, familiar.

Juntos rumo à África: o projeto

Juntos rumo à ÁfricaAmanhã, antes de viajar para a África, vamos de mudança para Europa, continente onde iremos recomeçar a nossa vida. Tudo o que temos está em oito malas de viagem (quatro já estão lá), mas o mais importante não são coisas.

Conversando no final de semana com uma amiga, dizia que não era difícil partir, pois tínhamos pouco. Porém, ela me fez perceber que na verdade temos muito! Amigos, familiares, trabalhos… não é muito em quantidade, mas é tudo o que temos. Por isso estamos deixando MUITO.

Na sexta-feira, viajamos para viver uma grande aventura na Costa do Marfim. Estamos muito felizes, claro, pois não iremos sozinhos. Muitas pessoas que tiveram conhecimento da nossa viagem à África disseram estar admiradas com a nossa coragem. Até gostariam de fazer o mesmo, mas falta o impulso interior necessário para poder deixar tudo: seguranças, projetos, trabalhos e famílias, para viver por um período na África.

Pensando em encontrar uma maneira de tantas pessoas queridas e mesmo aquelas curiosas em relação ao contexto africano, participarem conosco desta grande aventura na África, surgiu a ideia de escrevermos juntos um LIVRO.

O Financiamento Coletivo nos pareceu o formato IDEAL de apoio, porque as contribuições nos ajudariam a cobrir uma parte dos custos da viagem, de maneira profissional, e também permitiria oferecer, como “recompensa”, o fruto concreto dessa experiência.

Partilhar: uma grande “sacada” da vida

Na verdade o projeto é uma desculpa para viver o nosso sonho de maneira comunitária.

Claro que é um sonho pessoal, familiar, mas nada teria sentido sem a nossa comunidade de amigos, familiares… sem as pessoas que, desde o início, nos acompanharam e nos acompanham nessa caminhada rumo à felicidade.

O livro é o fruto concreto. É também um compromisso que estabelecemos entre nós (eu e minha esposa) de viver tudo de modo pleno, para que seja, depois, partilhado de modo puro e verdadeiro.

Nossos colaboradores não irão receber somente uma presente, mas uma “recompensa” por acreditarem que, as experiências mais fantásticas da nossa vida só têm valor quando vividas em comunhão com quem está ao nosso redor.

Vamos juntos rumo à África, porque partilhar é mesmo a grande sacada da vida.

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Casar é ser livre e feliz: reflexões sobre a liberdade na vida à dois

Casar

Casamento é uma experiência curiosa. É um exercício constante de autoconhecimento e de dilatar o coração para acolher o outro com seus limites e qualidades. Enganam-se os pessimistas libertários que pensam que casar é sinônimo de privação definitiva! Tem gente que acredita que deve se divertir, curtir a vida e somente quando já tiver feito, sozinho, tudo de bom possível,  é que vale a pena se casar.

A falácia do prisioneiro

CasarFalácia, por definição, é um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. É verdade que as condições de vida individual se transformam, de maneira radical, após a união entre duas pessoas, completamente diferentes, mesmo que essencialmente iguais.

No casamento as decisões não são mais expressão de uma única vontade. Passa-se a negociar cada coisa pensando, em primeiro lugar, na família. Contudo, negociar as individualidades não é condenar-se à prisão, mas lançar-se em uma vida aventurosa, repleta de desafios constantes.

Quem relaciona o casamento à prisão é aquele que rejeita, de todas as maneiras, negociar. O individualista quer preservar os seus direitos, acima de tudo, rejeitando os “sufocantes” deveres que qualquer relação incute.

O pior de tudo isso é que existem muitas pessoas que decidem casar motivadas por interesses arbitrários sem algum sentido. Essa atitude é, porém, garantia de nulidade do casamento (ao menos no aspecto religioso), pois é uma união que não parte do desejo comum de viver junto e, negociando, construir um “novo”, fruto da soma e síntese das individualidades existentes.

Casar é ser livre e feliz

Hoje eu completo 13 meses de casado e, no próximo dia 8 de fevereiro, festejarei com a minha esposa 4 anos de união.

Nos últimos quatro anos eu concluí meu mestrado no estrangeiro e, minha esposa, a graduação. Trabalhei em projetos internacionais, participei de seminários e, minha esposa, trabalhou em uma organização não governamental na favela, na câmera de comércio Suíço-Brasileira. Viajamos pela Europa e pelo Brasil inúmeras vezes. Passamos muito tempo juntos, construímos muitas amizades com pessoas de diferentes lugares do mundo, estivemos próximos de nossas famílias. Infinitas experiências. Vividas juntos, mas de maneira livre, fantástica e, principalmente, feliz.

O ápice desta fase inicial, iremos viver daqui a duas semanas: realizaremos o sonho, individual e familiar, de passar alguns meses no solo sagrado do continente africano, na Costa do Marfim.

A liberdade está em viver pelo outroCasar

Difícil explicar o tamanho da nossa felicidade em poder viajar juntos para a África. Mais fácil é, contudo, explanar a respeito do que nos faz viver, mesmo casados, uma vida aventurosa e desapegada de coisas e pessoas.

Para nós, certamente, a liberdade está em viver, juntos, pelos outros, oferecendo cada experiência, conquistas, talentos, para a construção de uma sociedade melhor, mesmo que em “pequena escala”.

Desde o início do nosso caminho juntos percebemos que é esse o caminho da felicidade. Que não adianta vivermos preocupados com coisas que não dependem absolutamente de nós. O importante é fazermos a nossa parte com simplicidade e dedicação  e nos “abandonarmos” ao amor de Deus (ou Força), capaz de nos levar “lá onde a felicidade repousa”.

Casamento pode ser sim sinônimo de liberdade e aventura! Basta querer juntos e perceber que viver com “o outro” é, acima de tudo, um convite à plena felicidade.

Vencer: um sentimento que nos une | Valter Hugo Muniz

Vencer

Uma das lições mais duras que o futebol me ensinou foi aprender a perder. Continuei, porém, até hoje, não gostando muito de derrotas, mas já as aceito, principalmente, como possibilidade de crescimento e para saber que não sou superior a ninguém.

Mas, não foram somente lições dolorosas que o esporte mais popular do mundo me deu. Graças ao futebol fiz muitos amigos. Pessoas com quem aprendi a partilhar as conquistas e chorar as derrotas. Companheiros que me ensinaram trabalhar em equipe e me ajudaram a crescer em generosidade, paciência, coragem.

Valores para a vida

VencerInúmeros valores importantes o futebol me ensinou. Saber perder, querer vencer.

E vencer, maravilhoso sentimento, nunca foi para mim motivo de me mostrar aos outros! Cada vitória na quadra ou no campo me ajudou a perceber minhas capacidades e talentos. Que o esforço e a perseverança são ingredientes fundamentais para o triunfo.

O futebol me fez perder o medo de meus limites e me mostrou a importância de me focar nas qualidades, na alegria de participar, competir, de viver.

Cristiano Ronaldo: feliz por vencer, como todos nós

Independentemente se acho que ele tenha um comportamento um tanto quanto arrogante, ontem, eu também me emocionei com Cristiano Ronaldo e, de certa forma, me identifiquei um pouco com ele.

Quando as conquistas são difíceis, quando o esforço precisa ser maior, porque a vitória não vem “de mão beijada” mas depende somente de nós, vencer significa muito e o reconhecimento é motivo de emoção.

Foi assim quando concluí a faculdade, o mestrado, quando me casei. Só Deus (e talvez minha família) sabe o que foi preciso viver para subir cada degrau, conquistar cada vitória pessoal.

Descobertas, lutas, fracassos e lágrimas, muitas lágrimas. Tristeza por não encontrar a Felicidade que sempre buscava. Mas jamais me dei por vencido. Continuei lutando, acreditando que a fidelidade naquilo que acredito, me colocaria no caminho certo.

Bom… claro que a Bola de Ouro é uma conquista profissional importante, mas acho que a família é algo maior, uma conquista muito mais significativa.  Isso não quer dizer que não admiro o Cristiano Ronaldo, pois ele é hoje o melhor jogador de futebol do mundo de forma mais que merecida.

A emoção da vitória nos faz saborear uma humanidade que nos liga como seres iguais, que nos une no desejo de sermos reconhecido pelo que somos, o que fazemos e deixamos.

Desumanização dos direitos: o escandaloso caso de Pedrinhas

Desumanização dos direitos

Há dois dias tenho lido a respeito dos crimes horrendos que foram praticados no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão. Muitos sentimentos misturados: revolta, tristeza, espanto, medo, indignação, vergonha. Acredito que chegamos a um estado de animalização do ser humano que, certamente, nos coloca entre os principais países promotores da desumanização dos direitos.

Desumanização dos direitos: a culpa é de quem?

Sempre que observo esse tipo de situação que envolve a tal “bandidagem”, procuro entender o que de fato leva pessoas a cometerem atos tão brutais, como cortar as cabeças de seus semelhantes. A resposta, eu penso, é que não nos vemos mais como um “grupo de iguais”. Eu, cidadão da classe média, urbano, instruído e empregado, não sou igual a um detento do extremo norte ou das periferias, rude, ignorante, marginal.

Bom. Não é assim que pessoalmente me vejo em relação aos outros brasileiros, mas temo que seja o modo como a sociedade, no geral, vê os socialmente marginalizados, principalmente os que estão geograficamente distantes.

A falta de coesão social ,que gera a busca coletiva a um bem comum, talvez cause o escândalo temporário diante da criminalidade, mas, de forma alguma, cria mecanismos para impedir as inúmeras violações dos direitos humanos.

No caso de Pedrinhas, eu culpo tanto a sociedade, como o Estado. A sociedade, porque ela pouco se importa com quem é privado dos direitos básicos, estando mais preocupadas com a manutenção do próprio bem estar individual. O Estado porque, ocupado em usufruir dos privilégios possibilitados pelo poder, seus representantes fecham sistematicamente os olhos para a animalização crescente da sociedade.

Estado absoluto do Maranhão

Desumanização dos direitosÉ um absurdo pensar que, em meio ao caos em presídios, o Estado do Maranhão previa gastar R$ 1 milhão para alimentar a família Sarney e seus convidados até o fim do ano, nas duas residências oficiais.

Não é possível aceitar esse tipo de coronelismo absolutista, que dá privilégios monárquicos aos detentores do poder e ignora a situação social de um Estado que tem:

“O Maranhão, sob o domínio dos Sarney por décadas, não só permaneceu nas piores posições nos indicadores sociais, mas também viu suas terras serem desmatadas e poluídas, latifúndios crescerem, trabalhadores serem escravizados e assassinados, comunidades tradicionais serem ameaçadas e expulsas, a educação ser sucateada, os meios de comunicação ficarem concentrados nas mãos de poucos políticos”, diz o artigo do blog do Sakamoto.

A imprensa que promove o pânico

O contexto político do Maranhão é perfeito para o absurdo que vimos nos últimos dois dias. Isso mesmo, VIMOS! Graças a publicação na homepage da Folha, quem quiser ler a matéria sobre as decapitações no presídio do Maranhão, pode assistir um vídeo com corpos e cabeças rolando, em meio as risadas e xingamentos dos presos.

O registro feito no Complexo Penitenciário de Pedrinhas publicado e assinado pela TV Folha não é jornalismo. Essas imagens deveriam ser entregues para polícia e não mostradas de maneira escrachada, no site de um dos maiores jornais do país. Um desserviço digno de uma dura punição.

Como jornalista, é difícil aceitar que essas imagens tenham sido mostradas desta maneira. Este crime pode (e deve) ser noticiado, mas não com imagens que, não só promovem o ódio (entre as facções criminosas) e o pânico (na sociedade), como não concorrem para uma maior consciência ativa que leve a resolução pontual do problema.

Desumanização dos direitos: o que eu tenho a ver com isso?

Caso a sua resposta a essa pergunta seja: nada, fique atento, pois um dia a animalização social pode bater na sua porta e levar brutalmente alguém de sua família.

Ignorar socialmente qualquer tipo de marginalização produz a cultura da “justiça pelas próprias mãos”, em que os excluídos, sem voz e direitos, buscam, por meios perigosos,  a própria sobrevivência.

Atos brutais em relação ao outro são fruto de uma sociedade desigual, em que não existe mais a exigência de coexistir, de buscar o bem comum e lutar coletivamente pelos direitos daqueles que não o mínimo.

“A cada dois dias, morre assassinado um preso no Brasil. A cada dia, morrem assassinados 137 brasileiros fora das cadeias. E o que se ouve é apenas o silêncio cúmplice. O tema nem sequer está na agenda dos políticos”, diz o artigo de Reinaldo Azevedo.

2013: descobrindo um Brasil que agora é nosso | Valter Hugo Muniz

2013

Desde 1998 eu escrevo um resumo anual daquilo que vivi, para ter um registro dos anos, que passam tão rápidos e trazem tantas experiências e aprendizados. Olhar para esses textos, que agora chegam a 15ª edição, é fazer uma retrospectiva de METADE da minha vida. Mas, em 2014, eu começo uma nova fase, a dos trinta. Por isso, a partir deste anuário, não farei um resumo do meu ano, mas daquilo que nós vivemos em família, porque em 2013 o Brasil não foi meu, mas nosso.

2013: fim da áurea juventude e início da vida em família

Não me sinto velho, longe disso, mas sei que ter “vinte e poucos anos” é poder desfrutar de uma juventude descompromissada, livre, aventurosa e, principalmente, sadia. Em 2013, de um modo particular, eu e minha esposa vivemos assim.

Decidimos passar o nosso primeiro ano de casado no Brasil, meu país natal. Foi simplesmente fantástico estar próximo da minha família depois de mais de dois anos distante. Essa experiência me fez perceber o quanto a gente colhe aquilo que plantou. Explico abaixo.

2013A minha família não é perfeita, nunca foi, mas crescemos juntos, unidos. Festejando com simplicidade as vitórias e sofrendo com as dificuldades e derrotas de cada membro. Acho que 2013 foi um ano cheio de alegrias, principalmente por isso, pois nada é mais especial do que partilhar a nossa vida com as pessoas que a gente ama profundamente.

Um aceno especial vai para a nossa comunidade, feita da família alargada (primos e tios) e de amigos maravilhosos que, em todos os momentos, estiveram do nosso lado, fazendo da vida uma sucessão de experiências fantásticas, encontros, comunhões.

Um ano de muitas saudades

Por outro lado, em 2013, vivemos de saudades. Casamentos binacionais vivem constantemente esse sentimento, pois nunca as duas famílias estão próximas. Ou é uma, ou é a outra. Assim, do outro lado do Atlântico, deixamos de viver experiências e acompanhar de maneira assídua a realidade da nossa família europeia.

Sentimos um pouco essa “distância” quando voltamos para as festas de final de ano. Ao mesmo tempo em que foi fantástico reencontrarmo-nos e ver que, em geral, todos estão bem, vimos situações pontuais que talvez tivesse sido melhor acompanhar fisicamente próximos.

Um Brasil que agora é nosso

Eu sou brasileiro, paulistano, então 2013 foi um ano de retorno à minha casa. É difícil explicar o quanto foi bom pedalar pelas ruas dessa imensa metrópole, diariamente, para ir e voltar do trabalho. Poder desfrutar de inúmeras atrações culturais, infinitos serviços. Mesmo tendo morado em diferentes lugares do estrangeiro, ainda acho que São Paulo é uma cidade incomparável nesse aspecto.

Contudo, o mais especial disso tudo foi voltar a ser paulistano com a minha esposa. Crescida em uma cidade de 15 mil habitantes, eu tinha um certo receio em pensar se ela se adaptaria a essa imensa metrópole, duas vezes mais populosa que a sua pequena Suíça.

Surpreendentemente ela deu show. Trabalhou na periferia, aprendeu a pegar “busão”, metrô e trem lotado. Encarou a burocracia e a ineficiência das Instituições brasileiras da melhor forma possível. Por isso, posso dizer que o Brasil, São Paulo, não é mais o meu país, mas é nosso.

2014 – Um ano que promete

2013Não só pelo iminente hexacampeonato brasileiro e o vice Suíço, mas este novo ano certamente será muito especial. Muitas experiências maravilhosas nos aguardam, principalmente porque decidimos retornar ao Velho Continente para, agora, sermos família na pátria da minha esposa. Os últimos dois meses de 2013 foram de reflexão e achamos que seria importante fazer essa nova experiência, por motivos profissionais e familiares.

Não é fácil recomeçar a vida, deixando as seguranças e confortos que conquistamos com esforço e muito trabalho. Mas, de certa forma, nos sentimos levados a não nos acomodarmos e, enquanto tivermos força e coragem, ir ao encontro do outro, de diferentes culturas, realidades, perspectivas, para aprender a doar aquilo que aprendemos.

2013 foi maravilhoso, mas parece que 2014 será ainda mais. As escolhas estão aí para serem feitas e a Felicidade verdadeira, continuaremos a buscar, com simplicidade e na companhia de muitas pessoas amadas.

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