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Pedalando nas grandes metrópoles – Revista Cidade Nova – abril de 2009

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Por Valter Hugo Muniz

Quero comprar uma bicicleta! O que você recomenda? – pergunta Guilherme, assim que chego à empresa, empurrando minha mais valorizada aquisição. Aquela simples pergunta abriu espaço para horas de conversa e outras tantas de pesquisa nos diversos sites da internet procurando uma bicicleta que se adaptasse às exigências do meu colega de trabalho, que há tempos busca maneiras de fugir do sedentarismo que sufoca a maioria dos habitantes das metrópoles.

Nos últimos anos, vem crescendo de maneira acentuada o número dos adeptos dos esportes de rua, promovidos por grandes empresas esportivas, prefeituras, ONGs e associações esportivas. Dentro desse espaço de democratização do esporte, o ciclismo torna-se cada vez mais parte do cotidiano dos cidadãos dos centros urbanos. Boas bicicletas que custavam caro há poucos anos agora podem ser adquiridas por preços populares, fazendo com que a presença de ciclistas, em meio ao intenso tráfego das grandes cidades, seja uma cena cada vez mais comum.

O professor de Educação Física da Universidade Católica do Sudoeste do Paraná (Unics), Aluísio Menin Mendes, especialista em “Saúde e Qualidade de Vida”, ressalta que os benefícios de andar de bicicleta são muitos. “Além dos benefícios físicos – melhora da força e da resistência muscular -, fisiológicos – melhor eficiência cardiopulmonar e imunológica -, mentais e psíquicos, pedalar também ajuda no desenvolvimento social do praticante com a melhora do humor, cria a possibilidade de extravasar o stress e contribui ainda para ver a própria cidade com outros olhos”, explica o professor.

MELHORAR A CIDADE

Além dos ciclistas preocupados com os benefícios desse esporte para a própria saúde, também cresce muito o número de pessoas que fazem da bicicleta seu único meio de transporte. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), 50 % das bicicletas vendidas no país já são usadas como meio de transporte e o Brasil é o terceiro maior polo de produção de bicicletas no mundo.

“Estou procurando uma maneira de começar a ir trabalhar de bicicleta”, explica o ciclista Tarcísio Canara, 44, praticante do esporte há dois anos, ressaltando que o único impedimento é a falta de infraestrutura, como vestiários e chuveiros, na empresa onde trabalha.

A opção pela bicicleta como meio de transporte no lugar do carro, principalmente em percursos curtos, está se tornando um estímulo para a melhoria do asfalto nas ruas e para combater os problemas ambientais das grandes cidades.

Em Aracaju, foi implantado um Projeto Cicloviário, considerado referência mundial. Além dos 50 km de ciclovia construídos a partir de 2001 (em toda a cidade de São Paulo são somente 23,5 km), entre as próximas metas da prefeitura estão a duplicação da extensão das pistas para ciclistas, a melhoria da urbanização e a arborização das ciclovias para tornar o deslocamento mais agradável e seguro. Além disso, a prefeitura de Aracaju prevê a construção de bicicletários associados aos terminais integrados de ônibus e a busca de fontes de financiamento para investir cada vez mais nessa modalidade ambientalmente sustentável.

“Outro objetivo a longo prazo é iniciar uma campanha para sensibilizar os empresários da necessidade de se construírem instalações sanitárias adequadas para quem vai ao trabalho de bicicleta”, informou Edvaldo Nogueira, prefeito da capital sergipana, durante a Conferência Internacional de Mobilidade por Bicicleta, realizada no final de 2008 em Brasília.

ENCONTRANDO-SE ENTRE PEDALADAS

No dia 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo – conhecida também pelo trânsito caótico e estressante – aconteceu a primeira edição do “Bike Tour” no continente americano. Esse evento que teve início na capital portuguesa, Lisboa, levou cerca de 5.000 paulistanos a um passeio de 10 km pelas ruas da capital.

Eventos como esse têm feito do simples andar de bicicleta em grupo uma nova ponte na construção de relacionamentos. Com efeito, a partir deles, surgiram diversos grupos de adeptos do ciclismo que se encontram regularmente para pedalar pela cidade. Os grupos mais comuns de ciclistas urbanos se reúnem à noite em horários, pontos de encontro e roteiros variados.

“Eu uso minha bicicleta nos fins de semana e pela primeira vez participo de um evento assim, mas gosto muito dessa ideia de sair do meu bairro, do meu ambiente, para conhecer pessoas novas, poder interagir com outros ciclistas”, conta o metalúrgico Marcelo Miranda, 36, que participou do passeio organizado pelo grupo Sampa Bikers, também no aniversário de São Paulo. O “Sampa Bikers”, grupo com mais de 15 anos, nasceu da vontade de vários amigos ciclistas, que decidiram se reunir uma vez por mês, para pedalar por trilhas e estradas próximas da capital. Organizando diversos eventos, “a cada semana, o grupo recebe de cinco a dez novos participantes”, diz Paulo de Tarso, diretor do grupo.

Fazer amigos é sim um bom motivo para começar a andar de bicicleta, mas não é o único incentivo dos adeptos da ação “Pedalando com Cristo”, realizada em Sapiranga, cidade de 74 mil habitantes, próxima a Porto Alegre (RS). A atividade promovida pela Igreja Católica faz parte de um conjunto de iniciativas do Dia do Trabalho.

Já na cidade de Santos, litoral paulista, a Associação dos Ciclistas de Santos e Região da Costa da Mata Atlântica (Ciclosan Metropolitana) vem realizando diversas ações para incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte. Também em Fortaleza-CE, Pelotas-RS, no Triângulo Mineiro e em outras pequenas ou grandes cidades do Brasil, o ciclismo está conquistando cada vez mais adeptos.

FALTA DE SEGURANÇA

Na primeira quinzena de 2009, faleceu em São Paulo, a ciclista Márcia Regina de Andrade Prado, 40, atropelada por um ônibus enquanto pedalava na Av. Paulista. Participante do grupo “Bicicletada”, Márcia havia assinado o “Manifesto dos Invisíveis”, documento elaborado pelos ciclistas que “clamam por respeito à vida” dos adeptos do ciclismo.

Adotada como alternativa para amenizar o trânsito em várias cidades do mundo, a bicicleta é considerada apenas como um item de lazer em muitas capitais do país. O desrespeito no trânsito e a violência fazem do pedalar uma atividade arriscada para quem está começando. “Ainda é perigoso demais pedalar pelas grandes avenidas da cidade, mas aos poucos acredito que os motoristas começarão a respeitar mais os ciclistas, principalmente quando começarem também eles a optar por esse meio de transporte”, conclui Taís Alves, 35, ciclista há 8 anos.

Provocação 14 – Futebol é coisa de mulher

Editorial:

Essa edição do Provoc@ç@o nada mais é que uma homenagem singela as jogadoras de futebol feminino, por tudo aquilo que elas mostraram em 2007. Pela garra, força, perseverança e coragem…
Não vou dizer muito, mas vê-las jogar, me deixou a forte impressão de que realmente é possível jogar um futebol bonito e alegre, sem as exacerbações publicitárias, mas com um mínimo de incentivo.
Fica aqui também a minha homenagem às mulheres brasileiras, especialmente àquelas que posso disfrutar da companhia.

Grande Abraço

V@lter Hugo Muniz

PS: Texto sobre a vitória feminina nos Jogos Panamericanos (http://vartzlife.wordpress.com/2007/07/26/rainhas-do-futebol/ )

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Para download: http://www.4shared.com/file/94912175/347505c1/Provocao_14.html

Eu, ciclista urbano

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As 7hs da manhã acordo e pego a bicicleta para participar de um dos muitos passeios ciclísticos organizados no dia de comemoração dos 455 da cidade de São Paulo. Este, especificamente, que decidi participar, foi organizado pelo grupo de ciclistas “Sampa Bikers”.

Ao ver a multidão que se formava, comecei a pensar o que faziam cerca de 200 paulistanos acordarem tão cedo no domingo, para simplesmente pedalar pela cidade.

Enquanto caminho em direção a “largada” do passeio, encontro um jovem e um senhor, provavelmente pai e filho, que logo se apresentam com o sorriso estampado nos rostos. Casais, grupo de amigos, gente de todo tipo, se reunia ali para participar do evento.

Depois das instruções de segurança partimos em direção ao centro velho de São Paulo. Pedalando com aquele grupo imenso, me sentia parte de uma grande instalação artística, que se contrasta com o ambiente acinzentado da cidade. Os motoristas de carro buzinavam, as pessoas nas ruas olhavam interessadas.

No caminho, os relacionamentos iam sendo construídos ao longo das pedaladas. Uma brincadeira, uma piada, um comentário, se transformavam em brechas para longas conversas a respeito do cotidiano dos ciclistas urbanos.

“Bicicleta paga um real! Um real!”, gritava divertido um senhor na entrada de um dos muitos estacionamentos pagos do centro da cidade!

Próximo a Estação da Luz encontramos um grupo grande de pessoas que se dirigiam a um dos shows organizados pela prefeitura. Muitos gritam, batem palmas, admiradas, e nós retribuímos com sorrisos, acenos, um simples agradecimento a toda aquela demonstração de carinho.

Depois de percorrermos quase 10 kms entre as ruas do Centro paulistano, nos encontramos com um outro grande grupo nas escadas do Teatro Municipal, ainda no Centro. Ali muitos se abraçam, tiram fotos, a alegria faz os dois grupos se misturarem ao ponto de eu quase não saber qual era o meu.

Porém ali decido encerrar meu passeio. Despeço-me das pessoas que conheci contente pelos novos relacionamentos construídos e por poder ver a minha cidade por outra perspectiva, pedalando em minha bicicleta.

[Receita testada] Camarão na Moranga

DSC00391[1]Camarão na Moranga

Ingredientes:

1 moranga média
5 tomates
2 dentes de alho
1 cebola média
3 colheres (sopa) de azeite
3 colheres (sopa) ketchup
1 lata de creme de leite (sem soro)
1 kg de camarão
1 pote (250g) de requeijão
Papel alumínio
Sal e pimenta a gosto

O que fazer agora?

1. Corte a moranga de maneira que o pedaço retirado sirva como tampa
2. Tire todos os caroços da moranga e coloque-a no forno, embrulhada em papel alumínio, por 40min, em fogo médio (180ºC)
3. Tire a casca e o caroço dos tomates e pique-os em pedacinhos
4. Descasque a cebola e corte em pedacinhos
5. Corte e amasse bem o alho
6. Em uma panela média, coloque o azeite, a cebola picada e, depois que a cebola estiver começando a dourar, o alho amassado até ele também começar a dourar
7. Acrescente o tomate e o ketchup. Tempere com o sal e a pimenta
8. Em outra panela média, coloque o camarão no fogo e espere até a água estiver quase seca (ou o camarão bem mole)
9. Coloque na panela dos tomates o creme de leite, mexa bem e quando o camarão estiver pronto, misture tudo e cozinhe por 10 minutos
10. Retire a moranga, tire o papel alumínio, passe o requeijão nas paredes e despeje o conteúdo da panela.
11. Aguarde uns 15 minutos com a moranga tampada e corra pro abraço…

Esperança em Ronaldo

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Antes de expor meus comentários a respeito da contratação de Ronaldo pelo arqui-rivel da equipe palestrina, preciso deixar claro que, sem sombra de dúvidas, o Fenômeno foi um dos melhores jogador de futebol que vir jogar.

Na minha opinião, só perde para o magnífico Zinedine Zidane que, além de dar o título da Copa de 2008 para a seleção francesa, humilhou o Fenômeno com um lençol em 2006 e ainda cobrou a falta para Henry acabar com o sonho do hexa brasileiro.

Zidane é o verdadeiro fenômeno dos últimos 10 anos do futebol mundial, mas não dá para deixar de lado o Ronaldo.

Um grande exemplo de superação, de garra e de coragem Ronaldo é exemplo para os principais jogadores jovens da atualidade. Em qualquer lugar do mundo é possível ver um menino descalço, sorridente, com a camisa 9 do Brasil com o nome do jogador mais famoso da história recente do país.

Contudo, acreditar em mais uma volta por cima, em mais brilhantismo me parece, pela primeira vez, utopia.

Ronaldo não tem mais joelho e nem peso de jogador. Apesar da força de vontade, nunca mais conseguiu, nem de perto, chegar ao seu peso ideal. (coisa que ele não admite).

O que se vê é sim uma inteligente estratégia de marketing do Corinthians. Com Ronaldo no time os holofotes estarão sempre virados para o clube paulista, ainda mais após o grande sucesso da ascensão para a série A do Brasileirão.

Os ingressos das numeradas dos jogos do Corinhtians subirão para pagar o salário do Ronaldo. O Fenômeno irá ganhar 80% do valor das camisetas vendidas com o seu nome e o Corinthians vai ficar realmente com pouca grana desse acordo. E o pior é que a maioria dos corinthianos não sabe que durante os poucos meses no Milan, o atacante teve seu desempenho muito prejudicado pelas inúmeras contusões e só jogou 21 vezes, fazendo 11 gols.

Claro, vai ser bom ver Ronaldo jogando novamente, principalmente no Brasil aonde ele ficou pouco tempo de sua carreira, mas acreditar que ele será realmente um fenômeno no Corinthians é muita inocência.

Só de uma coisa os torcedores corinthianos podem se gabar: Se a estratégia de marketing der certo o Corinthians pode ficar com a “raspa do porquinho” (Dá-lhe PORCO!) da grana que o Fenômeno vai conquistar no time.

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