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[vidaloka] Dinâmica da vida e estudo

Já começaram as aulas no Instituto Universitario Sophia há mais de um mês, mas só agora parece que começo a me dar conta da dimensão que tem a experiência universitária da qual faço parte.

Por muito tempo procurei algo que me proporcionasse um desenvolvimento intelectual que pudesse não só permitir um crescimento pessoal, mas que me levasse a encontrar respostas mais “gerais”, caminhos comunitários que servissem de resposta (ou caminho) para um mundo tão desigual.

“Viver aquilo que se entende e entender aquilo que se vive”. Não basta só se enfurnar nos estudos, ser um erudita (pois intelectual não tem relação direta com “alguém que estuda”), ter um coração cheio de boas intenções e projetos de “conquista do mundo” e não viver concretamente pelas pessoas, não ser capaz de lavar os pratos, limpar um banheiro e, por outro lado, não basta ser um “operário” que faz, faz, mas não consegue refletir sobre o sentido profundo de cada coisa. Não! A máxima que inicia essa frase explica justamente aquilo que podemos experimentar em Sophia. ESTUDO E VIDA!

Claro que, diante de uma proposta que é maior que a nossa humanidade, os nossos limites, acaba sendo difícil não se sentir incapaz. Mas aqui é a vida de comunidade que ilumina os dois aspectos e é a abertura à experiência que permite que, aos poucos, ela se plasme na vida cotidiana até que um se dá conta da maravilha e o privilégio de estar aqui.

Vejo que a experiência em Sophia tem relação direta com a minha vida. Opera também no meu coração, naquilo de mais valioso que acredito, vivo, dando um outro tom, mais maduro, pensado, e porque não, MAIS VERDADEIRO.

Em menos de um mês começarão as provas, todas orais. Outra nova experiência para um estudante tão pouco acostumado ao “alto nível” de aplicação que o mestrado aqui vem me proporcionando… mas estou tranqüilo… tentando fazer a minha parte… estudando e vivendo pelos outros. Uma sensação indescritível.

[vidaloka] Deixa a vida me levar: o começo do mestrado em Sophia

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E começa o ano em Sophia!

Durante os últimos dois anos eu fiquei me imaginando estar aqui, era difícil pensar que estaria em um lugar que não fosse onde estou e só por isso é impossível não me sentir feliz.

Contudo, uma coisa é realizar um objetivo, outra é percorrê-lo.

Desde que cheguei em Loppiano tenho “feito fadiga” (fatto fatica) para me adaptar a rotina de estudos realmente cansativa.

Acordar as 7h, tomar café, estudar das 8:30 à 13:15… voltar para casa, almoçar (as vezes ter que lavar os pratos) e as 15h começar a estudar até as 18h… Isso três vezes por semana, porque na quinta e na sexta as aulas vão até as 18h.

É difícil não me sentir cansado, não só intelectualmente, mas sobretudo fisicamente e o cansaço de alma.

Percebo que o meu corpo ainda não se adaptou a rotina do Instituo Sophia, por isso tenho procurado ter paciência, caminhar lentamente e aos poucos as coisas vão melhorando.

Claro que a saudade de uma vida sociável as vezes aperta, mas recebi recentemente uma bicicleta de presente da minha Flávia e isso tem ajudado muito nos deslocamentos e me “empurrado” para uma vida mais com os outros.

Loppiano é um lugar difícil, claro. Uma realidade-utopia, um lugar onde me deparei com um mundo aparentemente perfeito, de relacionamentos fáceis, mas um “quê” de incontentamento ainda permeia meu coração.

De qualquer forma é importante dar tempo ao tempo, não é que as coisas boas acontecem sem amadurecimento externo e interno, por isso vou seguindo em frente, parafraseando o grande Zeca… “deixando a vida me levar”.

[vidaloka] “Debut” à Loppiano

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Loppiano é uma pequena vila dentro da pequena Incisa Vald’Arno, cidadezinha da Toscana italiana, há quase 30kms de Florença.

Aqui, em 1953, Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, iniciou um projeto de cidade-modelo querendo mostrar, na prática, como seria o mundo se todos procurassem viver uns pelos outros.

É aqui que também nasceu o Instituto Sophia, universidade que permite que bacharéis de todo o mundo possam realizar um mestrado ou doutorado em “Fundamentos e perspectivas de uma cultura da unidade”

Cheguei há Loppiano ontem, 11 de setembro. Apesar da data que remete a acontecimentos catastróficos, entrar aqui foi uma experiência muito tranquila.

Estou hospedado em uma grande casa que abriga os estudantes da universidade. Até o momento estão também aqueles que serão os primeiros a concluir o mestrado.

Muitos brasileiros, alguns filipinos e outros representantes de todo o mundo em um contínuo e proveitoso “partilhar”. É isso que penso que será a experiência aqui. Mas acredito que é melhor não esperar demais.

Sinto que devo realmente viver intensamente essa oportunidade de estar aqui por tudo aquilo que deixei, todas as renúncias, dificuldades e me sinto PRONTO!

A escolha principal de estar aqui é que, depois de uma formação basicamente de esquerda, pensava de me enriquecer de uma outra formação, que evidencie os valores cristãos que acredito e que considero essenciais para uma mudança efetiva da sociedade.

Enfim… vamoquevamo!

[vidaloka] Última semana na Suíça

6 days! Realmente não pensava que a minha permanência em terras alpinas passaria tão rápido.

Desde o dia 23 de junho, quando passei a estar não só próximo de “cuore” , mas também fisicamente da Flávia, pude experimentar uma alegria e uma realização profunda, pela simplicidade e pela felicidade constante.

Nesses dois meses e meio viajamos muito, conheci a Espanha, a França, mas além dos aspectos turísticos talvez aquilo que mais tive prazer em conhecer foi a “vida juntos” com alguém que sempre esteve comigo.

Uma experiência proveitosa não só para o coração, mas também um exercício de se conhecer melhor para fazer mais feliz quem está ao nosso lado.

Nas últimas duas semanas estive envolvido em comemorações familiares e em nenhum momento me senti à parte da situação. Desde que passei “oficialmente” a fazer parte da Família Ganarin fui acolhido com um amor enorme, concreto, por parte de todos.

Aqui encontrei a família que tive deixar no meu Brasil. Não que seja algo substituível, afinal de contas família é só uma, mas o sentimento de “casa”, esse sim é relativo. Casa é um lugar onde a gente se sente parte, é uma relação de pertencimento, que depende muito do modo como somo acolhidos aonde estivermos.

E por falar em família, pude voltar à minha Montet, depois de 6 anos que me despedi da cidadezinha do cantão de Friburgo. A emoção foi enorme!

Reencontrar tanta gente com quem pude construir relacionamentos tão especiais, profundos foi algo que preencheu meu coração e me fez novamente me dar conta que não a quantidade, mas a qualidade dos relacionamentos é que nos faz verdadeiramente felizes.

Porém são só mais 6 dias… na próxima terça-feira estarei voando de volta pra Itália, para começar o meu mestrado em “Fundamentos e perspectivas de uma cultura da unidade”, em Loppiano, Incisa Vald’Arno, cidadezinha próxima à Florença, na Toscana italiana.

Ali começa uma nova fase, uma nova experiência e desde já estou procurando preparar o coração para ela e para vivê-la junto com Flavia e a minha família Suíça.

[vidaloka] Finalmente PARIS!!!

A viagem à França poderia ser perfeita se não estivesse escrevendo esse post do aeroporto de Genebra, por conta das nossas malas que chegarão só no vôo das 16:10h (agora são extamente 14:57).

Mas, mesmo com ojeriza da Air France, procuro me concentrar nos fatos positivos dos 6 dias vividos em Paris com Flavia.

Estar na capital francesa pela primeira vez foi uma experiência realmente marcante. Não conhecia o país do champagne e fiquei bastante impressionado em perceber que as grandes capitais européias se transformaram em “pátria” dos europeus “do leste”, africanos e árabes – sem esquecer dos incontáveis turistas asiáticos.

Foi essa a minha primeira conclusão ao entrar no metrô de Paris. A impressão inicial é de ter desembarcado no país errado, mas ao poucos esse choque vai se diluindo em meio a beleza e a atmosfera que poucas cidades no mundo têm o privilégio de possuir.

Ficamos hospedados na casa da minha amiga da PUC, Nathalia Rangel. Um apartamento simples, próximo ao centro parisiense… não tão perto… mas a eficiência do transporte público da cidade dá a impressão de que se pode chegar a qualquer lugar, sem muito sacrifício.

(Pausa para um bom beijo na minha querida namorada, que vendo a minha desilusão, fome e sono – fiquei acordado até as 4h para ver o show da seleção contra os EUA – foi comprar uma garrafa de Rivella – bebida Suiça à base de leite que A-D-O-R-O e chamo de Guaraná suíço – e um sonho… uma linda!!!!)

Enfim, reencontrar a Nath foi muito gostoso… conversamos bastante, ela nos contou um pouco da vida de cidadã de Paris, os estudos e nos ajudou a saber coisas legais pra ver.

Passamos os 6 dias visitando lugares maravilhosos, pontos turísticos não só para os Europeus, mas belezas que todo cidadão do mundo deveria poder ver. Esse pensamento fez-me sentir muito privilegiado. Estar em Paris, festejando meus 6 meses de namoro, gastando muito pouco e me divertindo DEMAIS!

Amsterdam, Milão, Turim, Grotaferrata, Castel Gandolfo, Frascati, Rocca di Papa, Roma, Genebra, Saas Grund, Wohlen, Luzern, Zurich, Basel, Bischofszell, Saas Fee, Barcelona, Platja D’Aro, Castel D’Aro e PARIS!! 20 cidades em pouco mais de dois meses. Realmente não dá pra não me sentir cidadão do mundo, mesmo que o coração continua o mesmo, as brincadeiras, a chatice… coitada da Flávia… hehehe

Coliseo, Piazza S.Pietro, Basilica S.Pietro, Piazza Navona, L’altare della pátria, Fontana di Trevi, Castel Sant’Angelo, Pantheon, Sagrada Familia, Obras de Gaudì, La Rambla, Praias catalãs, Torre Eilfell, Arco do Trunfo, Champs Elisee, Sacre Cour, Notre Dame, Louvre, Rio Sena, Jardim de Luxemburgo, Palacio Real, Opera, Bastilha, Sorbonne, Invalides… tanta coisa linda… dificil lembrar de tudo…

Bom… agora começa a última fase desse “reentrar” na Europa. Praticamente 2 meses e meio de trabalho leve e muitas férias. Claro que, acima de tudo, foi uma experiência especial pois eu e Flavia pudemos estar sempre juntos, conhecer também em outro aspecto quem somos e certamente vale à pena cada segundo.

Estaremos em Genebra até semana que vem. Esperamos tanto poder acolher nossos amigos de Turim, Aure e Bárbara, depois tem a festa da “nonna”, a prova da Flavia e dia 7 de novembro (ops, setembro) vôo para Loppiano, Incisa Vald’Arno, onde começará o meu mestrado…

Mais ainda falta muito…

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