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29 dias no país do Tsunami – Parte 24: No mundo de Ponty

Casa típica

Acordei as 6h, tomei banho e com Ago e Giuseppe fui acompanhar Ako no aeroporto. Depois de meia hora de viagem nos despedimos dele e seguimos para a vila onde nasceu Ponty.

Um rápido percurso com o carro e depois um longo caminho com uma espécie de moto-taxi. Depois de chegarmos a um determinado local, ainda tínhamos que percorrer vinte minutos a pé por um lugar realmente bonito e assim chegamos.

Um lugar realmente fora do mundo. Bem longe de qualquer cidade e sem contar com energia elétrica e água.

Vi que finalmente Ponty se sentia “em casa”. Ao chegarmos lá tive a impressão de um lugar triste, mas depois, passeando, me dei conta de que o motivo para aquele “silêncio” é que todas as crianças estavam na escola.

Fizeram-nos conhecer a vila e o modo em que eles procuram sobreviver. Pediam-nos ajuda e senti uma grande dor por não poder fazer nada de concreto por eles.

Com as crianças na escola

Comemos ali, fizemos algumas fotos (era interessante ver a curiosidade das crianças diante da câmera digital) e depois percebemos que o tio de Ponty, um dos mais velhos do vilarejo, tinha a boca vermelha. Perguntei curioso a Ponty o porquê e ele me disse que era uma espécie de erva preparada artesanalmente que substituía o cigarro, difícil de ser comprado.

A vontade de experimentar foi maior que a prudência e depois ter a confirmação de que aquilo não fazia pedi a Ponty para experimentar e comigo vieram Giuseppe e Ago.

Preparação de ervas

A preparação parecia um cerimonial, mas o mais interessante foi entender como deveria proceder o “consumo” daquela erva. “Mastigue três vezes e cuspa, faça esse processo duas vezes mais e depois só mastigue” – explicava Ponty. “Mas por que cuspir as três primeiras mastigadas?” – perguntei. “Porque no início o amargo da erva não é a agradável, mas depois tudo bem”.

Depois daquela aventura SEM SABOR, nos despedidos e voltamos para Gunungsitoli.

29 dias no país do Tsunami – Parte 23: De volta à Lahewa

Comunidade local de Gunungsitoli

Eis nos aqui voltando de Lahewa… Acordamos cedo e logo em seguida pegamos a estrada em direção a capital de Nias, Gunungsitoli.

Não foi fácil deixar aquele que se tornou o NOSSO POVO. Na viagem de volta me perguntava tantas coisas, mas outra vez sentia o coração pleno de Deus e certo de que Ele é realmente amor.

Chegamos, comemos e logo em seguida fomos lavar nossas coisas e descansar um pouco. As 15h fomos a uma paróquia onde algumas pessoas da comunidade local nos esperavam.

Foi uma tarde toda de estar com essa gente, contar um pouco do Ideal da Unidade (outro nome do Movimento dos Focolares). Eu contei a minha experiência nesse período… sobre entender que Deus tem um desígnio de amor para cada um de nós. Foi demais!

Pedi o Espírito Santo para que fosse realmente o meu Deus, em mim, a dizer todas as coisas no meu lugar e no final senti realmente que dei tudo aquilo que tinha na alma.

Depois, antes de um outro compromisso, começou a chover e acabou a energia, obrigando-nos a voltar ao nosso alojamento.

Jantamos e agora, finalmente, dormir!

terremoto

29 dias no país do Tsunami – Parte 22: O terremoto

Não sei realmente o que escrever porque qualquer palavra me parece insuficiente.

Que dia! Que presente da Vida!

Hoje acordamos assustados em meio a dois terremotos. Uma sensação incrível.

“Um barulho como um motor!
Abro os olhos! E o teto do barracão de madeira onde dormíamos parecia uma folha de papel dançando de um lado para o outro.
Demorei uns 5 segundos até entender que a gritaria e o som de gente correndo era um alerta para sair daquele lugar o mais rápido possível.
Nunca corri de uma dependência tão rápido. Só quando estava a céu aberto é que fiquei tranqüilo, sentimento que se completou com o fim do terremoto.”

terremotoDepois do susto após vivenciamos, pela primeira vez, um terremoto, fomos ensinar para as crianças na escola… inglês e até uma canção em português (Aaaaatirei o pau no gato to!). Tudo muito especial e a tarde fomos “suar a camisa”, trabalhando muito com os operários locais para derrubar uma construção semi destruída pelos terremotos.

(é importante lembrar que em Nias, pequena ilha próxima da grande Sumatra, houveram terremotos fortes que derrubaram quase todas as casas)

Senti uma felicidade arrebatadora enquanto estava com eles. Trabalhamos muito e depois fomos jogar vôlei com a molecada da vila. Jantamos e como hoje era o “dia do terço” fomos rezar junto com a comunidade. Fiquei impressionado pela maneira como as crianças conduziam aquele momento sem interferência dos mais velhos. Elas cantaram algumas canções, nós também cantamos para elas. Foi um momento maravilhoso de família.

Nunca mais me esquecerei desse dia!

29 dias no país do Tsunami – Parte 21: Minha casa do outro lado do mundo

Todas as vezes que me sento para escrever como vivemos um dia aqui tenho a impressão de poder escrever um livro.

Acordamos cedo com o barulho de músicas e gritos. Porém consegui dormir bem, descansei bastante e me levantei as 8:30h.

Depois formos fazer algumas fotos de Patrick e Andrew ensinando inglês para as crianças e logo em seguida fui tomar café. Comemos e logo em seguida fomos trabalhar.

Como não me sentia muito útil ali, com os peões, naquele momento, fui jogar com os e as crianças da escola. Diverti-me um bocado. Demos muitas reisadas e eu até aprendi um jogo novo com as meninas.

Fomos almoçar e depois fui conversar um pouco com Ago e descansar. Quando acordamos fomos novamente convidados para um banho de mar.

Desconfiado da última (e traumatizante) experiência perguntei em inglês se era o mesmo lugar que havíamos ido no dia anterior. Disseram que não, que era muito longe e deveríamos até ir de caminhão para chegar até lá.

Procurando manter a tranqüilidade e confiar no que havia dito subi na caçamba do caminhão, acompanhado de uns 20 meninos, 4 freiras e meus companheiros de viagem! Uma aventura!

Era interessante saborear aquele céu, aquele vento no rosto, uma sensação de liberdade que só a natureza e uma alma desapegada podem resumir!

É difícil explicar o lugar maravilhoso que fomos hoje a tarde. O Paraíso. Nunca estive num lugar tão bonito. A praia maravilhosa, limpíssima e deserta. As palavras nunca poderão descrever a beleza do lugar

Nadei um pouco, joguei futebol com as crianças e fiz algumas fotos. Tenho já a impressão de ter nascido aqui, de ser um deles. Não entendo uma só palavra de Bahasa (a língua local), mas sinto o forte o amor desse povo.

Ler o livro da historio do Movimento dos Focolares (Il Popolo nato dal Vangelo) durante essa aventura me faz ser outra vez apaixonado pelo Ideal e pelas pessoas…

29 dias no país do Tsunami – Parte 20: Um projeto para ajudar a Indonésia

Um pouco do projeto em que estive envolvido para ajudar a Indonésia.

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