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Michael Jordan – O ídolo que a NBA precisava

michael-jordan-smallEnquanto batidas constantes que contam os segundos passam preenchendo o som seco daquelas quatro linhas demarcadas, milhões de pessoas observam atentas, tentando prever o que poderá vir a seguir.

Mas, as passadas longas, o gingado e o pulo são ofuscados pelo corpo atlético e o sorriso enigmático. Michael Jordan não é só o maior jogador de basquete de todos os tempos. É um ídolo sem parâmetros, um ícone da mudança de paradigmas sociais que, alinhado ao apelo publicitário, fez com a NBA se tornasse um grande espetáculo, fonte de dinheiro para aqueles que quiseram investir no basquete.

Pelé talvez fosse um dos grandes candidatos a ídolo na nação que se desenvolvia em velocidade frenética, se o futebol não fosse considerado um esporte lento pela sociedade americana. Mohamed Ali seria então o substituto, mas ter se recusado a lutar na guerra não o fazia um bom exemplo. Assim, o grande ídolo do Chicago Bulls e uma geração inteira de fanáticos do basquete puderam mergulhar em um mundo criado para eles.

Depois do declínio do basquete em 1970, quando era considerado um esporte para negros e drogados pela a elite norte americana, quatro grandes nomes transformaram o esporte: Bill Rasmussen, Spike Lee, David Stern e Michael Jordan.

O primeiro, Rasmussem, fanático pelo basquete, foi quem acreditou que a visão preconceituosa da elite americana se submeteria à beleza do esporte. Aproveitando a novidade da transmissão via satélite, criou a ESPN, que depois se tornaria símbolo das transmissões esportivas na televisão.

Outro grande nome foi o fantástico David Stern. Advogado que acreditou na NBA e transformou o que era antes marginal, em um dos esportes mais visto nos EUA e no mundo. A busca de contratos publicitários, alinhadas as outras três grandes figuras, transformou o basquete americano que readquiriu confiabilidade e prestígio.

Spike Lee foi o criador do mundo dos sonhos. Levado por Jim Riswold para uma pequena agência de publicidade que prestava serviço para a Nike, Lee seria o homem que transformaria Michael Jordan no “bom moço” que a NBA precisava. Seus comerciais de 30s do tênis Nike Air formaram uma série contínua de histórias que ajudaram a construir a imagem do astro do basquete como um homem simpático, educado e charmoso, contrapondo-se aos “lutadores” das outras equipes.

Michael Jordan foi sem dúvidas o nome que transformou o mercado mundial do esporte, justamente por ser o astro que mais se aproximava da posição que lhe cabia.

Depois do duelo Lakers x Celtics (Magic Jonhson x Larry Bird) a “Revolução Cultural” do esporte (1979-1984) transformou Lee, Stern, Rasmussem e Jordan nos quatro homens no quarteto mais bem sucedido da NBA.

Na internet estão tantos as publicidades de Spike Lee, divulgadas pela ESPN de Bill Rasmussem, como os majestosos lances de Jordan na NBA de Stern.

Obama: o Lula dos americanos

lula-obama“A esperança venceu o medo e hoje eu posso dizer para vocês que o país mudou sem medo de ser feliz”. “O sonho permanece vivo. Hoje é o dia da resposta para as suas dúvidas. Vocês colocaram as mãos no arco da história e escolheram a esperança de um novo dia”.

Essas duas frases parecem trechos de um mesmo discurso, mas pertencem a dois candidatos de diferentes países, mas extremamente carismáticos: Lula e Barack Obama.

Nordestino e metalúrgico, Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro líder de um partido de esquerda eleito presidente. Depois de quatro candidaturas consecutivas e 13 anos de espera, Lula chegou à sua consagração aos 57 anos de vida. A vitória de Lula simbolizou o desejo de mudança sobre oito anos do governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que sepultou o pesadelo inflacionário, mas gerou altos índices de desemprego. O candidato do PT foi eleito pelas promessas de combate à fome e geração de renda.

Barack Obama foi eleito o 44º presidente dos Estados Unidos. Aos 47 anos, ele torna-se o primeiro negro a governar o país. Depois de oito anos do governo republicano de George W. Bush, os norte-americanos aceitaram a proposta repetida pelo novo eleito, bradando lemas como “Precisamos de mudança”. Obama substituirá um presidente que chegou a ser aclamado pelo pulso firme na guerra antiterrorismo, mas que deixou o posto desgastado por duas guerras, além da recente crise financeira.

Contextos semelhantes e o desejo popular também. Novamente a esperança de que mudanças significativas no mundo aconteçam, volta a fazer parte do imaginário dos cidadãos dos Eua e de todo planeta.

Obama, como Lula, não foi um azarão. Com gastos milionários e uma massiva propaganda na tv e na internet, conquistou com carisma o povo americano. Lula, em três meses de campanha, visitou 93 cidades, fez 103 comícios, percorrendo um total de 61.127 km pelo país. Foi a mais rica campanha presidencial da história do PT, com custo final de aproximadamente R$ 35 milhões.

A vitória de Lula representou uma mudança do diálogo com setores antes combatidos pelo PT. Desde 1989, quando perdeu sua primeira eleição presidencial para Fernando Collor de Mello, o discurso, as propostas e, talvez, principalmente, a imagem do candidato e do partido foi se tornando menos radical e mais próxima de setores mais ao centro, postura confirmada em seus dois mandatos.

Já Obama acaba de ser eleito com propostas audaciosas de manter o diálogo com as outras nações. A retirada das tropas americanas do Iraque e principalmente a resolução gradativa da crise financeira que vem assolando o planeta, são seus principais desafios.

Porém, as características do Lula militante são extremamente contrastantes com a do presidente reeleito, evidenciada justamente em relação a sua postura pouco comprometida, beirando a omissão.

É importante que isso não ocorra também com o novo presidente americano que mesmo com origem humilde, diferentemente de Lula, teve formação em Harvard e conquistou um alto padrão de vida.
As perspectivas são boas, o clima é de expectativa. Resta saber se o “Sonho Americano” será a realização dos desejos do Povo.

Segunda chance: as semelhanças entre as meninas Eloá Pimentel e Paula Bichara

Homenagem à Eloá feita pelo chargista Marco Aurélio, do jornal Zero Hora

Homenagem à Eloá feita pelo chargista Marco Aurélio, do jornal Zero Hora

Entre os 83 pacientes na espera para o transplante do pulmão estava uma adolescente que acabara de completar 18 anos. Paula Faud Bichara tinha Fibrose Cística, uma doença genética com graves complicações no funcionamento dos sistemas respiratório e digestivo. A garota havia se mudado para a capital paulista em março de 2007, onde ocupava o primeiro lugar na lista de espera para o transplante de pulmão, necessário para um possível prolongamento da sua vida.

Porém a espera que durou um pouco mais de um ano não foi suficiente. O pulmão não veio. Em julho deste ano a garota faleceu na UTI do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, com a falência do órgão já debilitado pela doença.

Nas últimas semanas, um pouco mais de 2 meses após o falecimento de Paula Bichara, a também adolescente Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, recebeu um tiro na cabeça do ex namorado, no assassinato que foi acompanhado pelo país inteiro, por meio da cobertura massiva da mídia brasileira.

Após a prisão do seqüestrador e da remoção das vítimas, a menina foi imediatamente encaminhada para o hospital e lá permaneceu por 12 horas. Após muitas tentativas dos médicos para salvar a garota, foi enfim declarada a morte encefálica de Eloá.
Logo em seguida, uma equipe de especialistas do Instituto Dante Pazzanese examinou amostras de exames clínicos e laboratoriais da garota e atestou a possibilidade dela doar as córneas, o coração, os pulmões, o pâncreas, o fígado e os rins.

Algumas horas depois a família da adolescente assinou os documentos que formalizaram a doação. Um gesto simples, talvez nobre, da família de Eloá, que possibilitou a salvação de outras cinco pessoas que receberam seu coração, pulmão, rins e pâncreas.

“Assim que o Emerson tiver alta a gente quer encontrar com a mãe de Eloá pessoalmente e agradecer. Ela ganhou um filho. Agora, para nós, ela faz parte da família também”, afirmou Edmilson Gentil Dardis, irmão do mecânico Emerson Dardis, paciente de 25 anos que recebeu o pâncreas e um rim de Eloá. O outro rim da garota está num rapaz de 15 anos.

O Sistema Nacional de Transplantes

A vida e a morte são grandes incertezas para quem está aguardando um órgão para o transplante.

O Sistema Nacional de Transplantes foi criado em 1.997 e, de acordo com as informações disponibilizadas no site do Ministério da Saúde (www.saude.gov.br), tem como prioridade, “evidenciar com transparência todas as suas ações no campo da política de doação-transplante, visando primordialmente à confiabilidade do Sistema e a assistência de qualidade ao cidadão brasileiro”.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui hoje um dos maiores programas público de transplantes de órgãos e tecidos do mundo. Com 548 estabelecimentos de saúde e 1.354 equipes médicas autorizadas, o Sistema Nacional de Transplantes está presente, através das Centrais Estaduais de Transplantes (CNCDO’s), em 25 estados da federação.

Transplantes

Os transplantes são realizados, somente, quando outras terapias já não dão mais resultados. Para alguns, como no caso da Paula Bichara, é o único tratamento possível que possibilite continuar vivendo.

Segundo especialistas o coração, o pâncreas e pulmão são os órgãos que menos tempo podem esperar para serem transplantados. O intervalo máximo entre a retirada e a doação não deve exceder quatro horas, mas o ideal é que as duas cirurgias ocorram simultaneamente. Já o Fígado resiste até 24 horas fora do organismo e o tempo de espera para o transplante de rim pode ser de 24 a 48 horas. A Córnea pode permanecer até sete dias fora do organismo, desde que mantida em condições apropriadas de conservação.

Estudos realizados na Universidade Federal de Pernambuco apontam que a probabilidade do doador e o receptor serem compatíveis, em termos de tecidos (histocompatibilidade), caso sejam irmãos, é de 25%. Entre não parentes esta chance diminui para um valor entre 1 em 10.000 até 1 em 100.000. Além disso, é importante considerar que o doador dever ser uma pessoa cujo órgão a ser doador tenha peso e tamanho semelhante ao do receptor.

Após o transplante, os receptores devem tomar diversos medicamentos, principalmente para evitar a rejeição, pelo resto de suas vidas. As estatísticas mundiais mostram que a maioria (mais de 80%) das pessoas que receberam um coração por transplante, por exemplo, retornam as suas atividades anteriores.

Doadores

Mesmo com um Sistema de transplantes moderno e bem estruturado, alguns mitos ainda impedem que o número de doadores de órgãos aumente no país. A idéia de que muitos médicos agem com displicência e precipitação ao declarar o óbito do paciente, visando o possível beneficiamento de outros que estão na espera de um transplante, é uma das histórias mais comuns que podem ser ouvidas entre as pessoas.

Uma das principais instituições nacionais engajadas em promover a doação de órgãos é a Organização Não Governamental ADOTE – Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos, que, segundo a sua assessoria de imprensa “pretende organizar e divulgar em linguagem comum o conhecimento disponível sobre o processo de doação e transplante de órgãos no Brasil”.

Segundo a visão da ADOTE, o transplante é “a tão esperada resposta para milhares de pessoas com insuficiências orgânicas terminais ou cronicamente incapacitantes. O trabalho desenvolvido pela ONG mostra que “a questão da escassez de órgãos para transplantes, mais acentuada no Brasil do que em outros países, somente será resolvida através de um intenso esforço de educação de toda a sociedade, incluindo, em curto prazo e em especial, os profissionais de saúde, atores que dão início e finalizam o processo”.

Para se tornar doador é necessário somente manifestar o desejo diante dos responsáveis legais (geralmente pais) ou alguém da família. Não é necessário deixar nada por escrito e a doação de órgãos pode ocorrer a partir do momento da constatação da morte encefálica. “Em alguns casos, a doação de alguns órgãos, como Rim e parte do Fígado, pode ser feita em vida, em caso de parentesco até 4ºgrau ou com autorização judicial (não parentes)”, informa o site do Ministério da Saúde.

Pessoas portadoras de doenças infecciosas incuráveis, câncer ou doenças que pela sua evolução tenham comprometido o estado do órgão, não podem doar seus órgãos. Também não podem ser doadores pessoas sem documentos de identidade e menores de 21 anos sem a expressa autorização dos responsáveis

Números

Atualmente existem mais de 15.000 pessoas cadastradas na lista de transplantes de órgão, só no estado de São Paulo. Já no Brasil, o número total de pacientes que esperam algum órgão chega a quase 70.000. Os órgãos mais requisitados para transplante são as córneas e os rins e somente em dois estados (Roraima e Tocantins) não existem Centrais Estaduais de Transplantes. Além deles, o Amapá ainda não possui pacientes em lista de espera, por não ter serviços de transplantes credenciados.

Nos últimos 8 anos foram realizados quase 100.000 transplantes de órgãos no país, sendo que somente no primeiro semestre de 2008 foram contabilizados 8365 transplantes.

De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Saúde o grande problema da baixa disponibilidade de órgãos para transplante é decorrente da falta de notificação do diagnostico de morte encefálica às Centrais de Transplante. Assim, quase 60% dos possíveis doadores são desperdiçados.

Segunda chance

“Paulinha [Paula Fuad Bichara] viveu seus 18 anos de vida plenamente”, diziam os amigos e familiares. Dançava, brincava, estudava, como todas as garotas de sua idade. A única diferença eram as debilidades físicas, a necessidade de uma grande quantidade de medicamentos e “visitas” periódicas à UTI do Instituto da Criança, no Hospital das Clínicas.

O seu pulmão não chegou a tempo, mas entre os parentes e amigos permaneceu a sensação de uma vida bem vivida.

Porém, a vida da menina Eloá durou 15 anos completos de muita saúde. O imprevisto de sua morte proporcionou paradoxalmente dor e alegria, como aconteceu com a menina Bichara. Porém o “resquício” de vida de Eloá possibilitou uma segunda chance a uma jovem de 18 anos, que foi operada no Instituto do Coração (Incor) e agora respira com os dois pulmões da garota.

Marta ou Kassab: Eis a questão!

DEBATE

Como cidadão preocupado com os rumos da cidade de S.Paulo, 4ªmaior do mundo (com uma população de quase 11 milhões de habitantes), resolvi entrar na internet, para saber mais a respeito das propostas dos nossos dois candidatos à prefeitura.

Aspirando ser jornalista, tenho o dever de me manter imparcial em relação aos fatos (que não é ser neutro, isento de opinião fundamentada), por mais que tenha as minhas preferências.

Ciente de que a Internet é o meio de comunicação que mais oferece informação (em quantidade) para os jovens “médios” da sociedade atual, entrei primeiramente no site da candidata do PT, Marta Suplicy – www.marta13.can.br e em cerca de 3 minutos, no máximo, encontrei o link, quase no final da página principal (www.marta13.can.br/programa_governo_completo.php ) que apresenta, de maneira detalhada, as principais propostas da candidata.

Curiosamente fui buscar a mesma coisa no site do candidato a prefeito, possivelmente o vencedor das eleições, Gilberto Kassab – www.kassab25.com.br -, e não encontrei nenhuma formalização das suas propostas governamentais. No site do candidato Kassab – e é possível qualquer pessoa conferir – encontram-se “mais de 1000 motivos” para não votar na candidata do PT, com ênfase na punição que foi dada (na minha opinião, de maneira justa) à Marta Suplicy, pela propaganda ofensiva à Kassab, além de espaços de apresentação do que FOI FEITO pelo atual prefeito da cidade.

Enfim, o fato é que isso muito me preocupou, pois se não existe formalização de propostas, como poderemos cobrar o “feito ou não feito pelo futuro prefeito?”.

A minha intenção era relacionar as propostas dos dois candidatos, fazer um resumo da intenção deles dando ênfase naquilo que eu considero o tripé para o desenvolvimento da cidade de São Paulo: Educação, Saúde e Transporte.

Como só encontrei as propostas da Marta, segue uma crítica individual, somente as medidas “a longo prazo” e concretas, não as eleitoreiras ou emergenciais, pois acho importante que sejam feitos projetos para o futuro e não só medidas para abafar os problemas sérios da cidade:

TRANSPORTE

• Iniciar e concluir nos próximos quatro anos, junto com o governo estadual, a implantação de 47,4 km de metrô, completando 63,1 km até 2014 (ano da Copa do Mundo). O investimento total será de R$ 11,8 bilhões, que propomos sejam assim distribuídos: Prefeitura: 490 milhões/ano; Estado: R$ 980 milhões/ano; União: R$ 490 milhões/ ano. Serão priorizadas as extensões: da Linha 4 até Vila Maria; da Linha 5 até Hospital M’Boi Mirim e Santa Cruz; da Linha 3 até Freguesia do Ó; da Linha 2 até Cerro Corá e Sapopemba. Duas novas linhas serão implantadas: a Linha 6, de Cachoeirinha a Conceição, passando por Pinheiros; e a Linha 7, de Vila Maria a Vila Prudente.

A proposta de investir no Metrô é essencial para a demanda crescente de transporte público. Como é possível efetivar essas parcerias com o Estado e a União, de modo que esteja garantido o sucesso desse plano ousado? Para mim é uma proposta que depende mais dos outras estâncias governamentais (Estado e Governo Federal) do que do Prefeito.SAÚDE
• Implantar Rede de Policlínicas.
Ampliar e transformar as atuais 24 unidades ambulatoriais em policlínicas e construir novas unidades. Cada policlínica contará com especialidades médicas, central de exames auxiliares ao diagnóstico e centro de atendimento à saúde de idosos, capazes de atender à demanda da atenção básica (UBS, PSF e AMAs) e oferecer melhor retaguarda à rede hospitalar. Cada subprefeitura vai contar com uma policlínica.
• Construir os hospitais de Brasilândia, Jaçanã-Tremembé e Parelheiros.
• Implantar o Cartão SUS, com prontuário eletrônico do paciente, funcionando como porta de acesso a todos os serviços da rede.

As outras propostas da candidata vão de encontro às demandas especificas de regiões menos privilegiadas, carentes de um sistema de transporte eficiente. Gosto das propostas de criação de mais corredores de ônibus e também terminais, mas ainda acredito que o metrô é a solução mais concreta para o trânsito, ou talvez uma lei que limite o número de carros por família, (com suas exceções).

Achei muito interessante a proposta das policlínicas, que seguem a mesma ótica de integração que o plano da Marta procura propor nos diferentes campos. Hospitais são importantíssimos, principalmente nas regiões mais carentes, também uma organização cadastral dos pacientes precisa ser feita com mais eficácia. Nunca tive muita necessidade de usar o sistema de saúde, público ou particular. Recentemente sofri um acidente de bicicleta e fui muito bem atendido na AMA da Rua Vitorino Camilo, centro da cidade. O atendimento foi rápido e eficiente. O único problema foi a frieza do atendimento médico. Sei que tanto o Kassab quanto a Marta prometem uma “humanização” desse atendimento. Acho isso essencial. Algum tipo de treinamento, quiçá, mas é um aspecto importante para o tratamento de pacientes.

EDUCAÇÃO

• Implantar a Rede-CEU.
Recuperar as características fundamentais do projeto original do CEU. Implantar mais 20 CEUs, com cada um deles atendendo a cerca de 20 mil pessoas, entre alunos e membros da comunidade. Onde não for possível construir, o conceito CEU vai se materializar através de parcerias com entidades que trabalham utilizando equipamentos públicos do bairro.

Sobre a educação acho importante enfatizar que o CEU foi uma das propostas mais importantes para o desenvolvimento da educação e do lazer, sobretudo nos bairros mais carentes e que foi implementada pela então prefeita Marta. Tenho uma parente que trabalhava nesse espaço e que viu a degradação do local com a troca de gestão.

As outras propostas da candidata do PT me parecem importantes para estruturar o sistema de ensino da cidade, mas senti um certo descaso em melhorar as condições de trabalho para os professores. Mesmo com a formação, é preciso também promover um plano de carreira, com bonificações que incentivem o profissional da educação, para que eles se sintam estimulados a doarem tudo o que podem. A melhoria da educação é um passo imprescindível para o desenvolvimento social, mas é preciso uma atenção especial para o ensino básico, coisa que não vi (ou não entendi COMO) no programa da petista.

Enfim, existem muitos elementos que precisam ser analisados. As eleições serão no próximo domingo. Queria, em vez de ouvir comentários preconceituosos de pessoas com posturas DESTRUTIVAS, ouvir propostas, formalizadas, para que possamos cobrar posteriormente.

É fácil dizer o que o outro não fez, atacar a vida pessoal e não dar soluções para os problemas da cidade. A descrença política é fruto desse descaso com o eleitor. O que sobra é um show marqueteiro ridículo que rebaixa o cidadão a um nível acrítico. E as coisas continuam iguais.

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Sucesso paraolímpico

Que a participação brasileira nas Olimpíadas chinesas foi um vexame, acho que não é preciso acrescentar mais nada. Ainda mais diante de toda a expectativa que foi gerada em torno dos atletas tupiniquins.

O humilhação só não foi maior, porque boas surpresas como César Cielo, Maurren Maggi e a equipe feminina de voleibol douraram a nossa decepção.

Ficou mudo o grito de “Brasiiiiiiiiiiiiiiiiil” do Galvão Bueno e talvez fosse mais adequado gritar a cada “vitória”: “BRONZIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIL!!!

Mas, em compensação, estamos gozando da melhor participação da delegação brasileira paraolímpica, no mesmo palco onde brilharam os atletas considerados “normais” ou “sem necessidades especiais”. Enfim, não é preciso nenhum juízo de valor, pois os números dizem tudo:

JOGOS/ MEDALHAS

OLÍMPICOS

PARAOLIMPICOS*

OURO

3

15

PRATA

4

13

BRONZE

8

17

TOTAL

15

45

NÚMERO DE ATLETAS

277

188

MODALIDADES

32

17

*Os jogos ainda não acabaram

Na média, 5,4% dos atletas brasileiros ganharam medalhas nas olimpíadas, enquanto 23,9% foi a porcentagem dos paraolímpicos que ganharam medalhas até agora. Exatamente o triplo do número total, mesmo diante de uma delegação com quase 100 atletas a menos.

E as respostas? Quem dará? As especulações são inúmeras.
Antes das olimpíadas diziam que nunca havia sido investido tanto dinheiro na delegação que iria representar o país nos Jogos Olímpicos. E porque então o vexame? Em compensação, sabe-se muito bem de toda a deficiência administrativa que existe no suporte aos portadores de necessidades especiais. E por que o ótimo desempenho?

Enquanto o melhor nadador brasileiro das Olimpíadas chorou com um singelo ouro e um “heróico” bronze, (pouquíssimo, se comparado as 8 medalhas conquistadas pelo americano Michael Phelps) o “Phelps brasileiro”, Daniel Dias, ganhou 4 ouros e 3 pratas nas Paraolimpíadas.

Sim, é verdade que as categorias são bem mais segmentadas e as chances de vitória são mais concretas. Mas isso só serve de desculpa para justificar o fiasco olímpico. Nada mais.

Antônio Tenório é o exemplo claro de sucesso brasileiro nas Paraolimpíadas da China. O atleta conquistou seu tetracampeonato seguido e dedicou essa medalha para si “e para todos os brasileiros” que torceram por ele. “Muito obrigado a todos é um prazer levar essa alegria a todos os brasileiros”, disse o tetracampeão. Antônio Tenório perdeu a visão de um dos olhos ainda quando criança, após receber uma pancada no rosto numa brincadeira com os amigos. Uma infecção acabou tirando a visão de seu outro olho. Após ficar cego, ele intensificou os treinos para poder defender o Brasil na Paraolimpíada.

SIM! Presto minha homenagem a esses brasileiros batalhadores, que não só venceram seus adversários, mas lutaram contra si mesmos, o preconceito e a falta de esperança. Cada medalha de ouro, prata ou bronze conquistada pela delegação brasileira paraolímpica merece palmas, merece festa, merece lágrimas e sorrisos dos quase 200 milhões de corações do país.

Espero que o Lula, o Polvo, o Tubarão e todos os políticos populistas que estão lá em Brasília sem ter muito que fazer, preparem muitas medalhas de honra para a delegação paraolímpica, que os jornais façam especiais, pôsteres e o Fantástico faça um bloco de homenagens e perfis, pois esses atletas são o exemplo concreto que, não basta ir à uma olimpíada, é preciso lutar e preservar o espírito guerreiro que o esporte gera nos seus praticantes.

Parabéns atletas paraolímpicos! Vocês são mais que especiais! São exemplos.

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