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Londres: Vandalismo ou insurreição popular?

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[youtube http://www.youtube.com/watch?v=6Fgdpww5DpI?rel=0&w=480&h=390]

Assistindo a esse vídeo impressionante transmitido pelo Jornal da Cultura passei algumas horas pensando no que está acontecendo nesse continente que me acolhe como estudante.

Acredito que a jornalista da BBC não imaginava que o cidadão, negro, habitante da periferia de Londres, mas que poderia ser de qualquer outra cidade da Europa Ocidental, com tamanha sabedoria, exprimiria tão bem a sua revolta diante da situação precária em que vive e o suposto descaso do governo inglês.

O que é fato comprovado pela ONU é que a Inglaterra tem um dos índices mais preocupantes de desenvolvimento e esse não é um simples caso isolado, mas  mais um sinal de alerta social como consequência da crise econômica.

Uma interpretação possível foi feita por Cristiano Viteck no seu blog. Clique aqui para ver

Descobrindo a cidade de São Paulo

sao paulo flag

[vimeo http://www.vimeo.com/22716636 w=400&h=300]

São Paulo é uma cidade multicultural. Isso todo mundo sabe.

Mas as origens dessa riqueza poucas vezes foram relatadas em maneira tão realista como no documentário “Somos São Paulo”, dirigido por Kika Nicole e Lucas Bambozzi.

Parte do projeto “no profit” “6 bilhões de outros” o documentário é feito exclusivamente de histórias, testemunhos de imigrantes ou seus filhos, que contam o porquê e como se instalaram naquela que seria hoje a terceira maior cidade do mundo.

Emoção que se sente nas palavras e nos olhares sofridos, de habitantes de uma cidade de “ânonimos”, de gente trabalhadora, que luta cotidianamente pra sobreviver.

Mesmo sendo um pouco longo, vale a pena assistí-lo, sobretudo quem nasceu ou vive em São Paulo. Assim é possível perceber que a beleza da cidade náo é feita de exuberante natureza, belos edifícios, mas na riqueza de histórias, na vida de cada pessoa.

Fast Swiss Origins

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[youtube http://www.youtube.com/watch?v=nUH0r6VHUS4?rel=0&w=560&h=349]

Qualcuno potrebbe veramente pensare che la storia della Confederazione Elvetica si riassume a queste leggende. Certamente questi clichê non raccontano nulla di ciò che è sucesso dal 1 agosto 1291 –  con la firma del Patto Confederale fra i cantoni di UriSvitto e Untervaldo  al 1848 – quando viene proclamata la costituzione svizzera, creando lo Stato svizzero. La ricchissima storia di questo piccolo paese nel cuore dell’Europa occidentale ci si può trovare visitando il sito www.swissworld.org/it/storia/, ma sopratutto visitando il paese e contemplando gli innumerevoli castelli che raccontano la storia di questo popolo.

Ocidente 2.0

“No nosso mundo ocidental”. “Nós, ocidentais”. “O ocidente”.

Há algum tempo sinto o estômago embrulhar quando vejo já “substantivado” esse adjetivo que cada vez mais identifico como preciosismo* intelectual.

Deixando de lado a classificação com relação as origens substancialmente culturais, observo pessoalmente que a Europa e os Estados Unidos debatem as questões mundiais auto denominando-se “ocidentais”, com um aparente desprezo pelos outros percursos sócio-culturais.

O aspecto demagógico e paradoxal dessa postura “superior” se desenha  quando, analisando esse “ocidente”, si constata que a sua racionalidade científica, que quantificou as relações do homem com o mundo, foi tão “absolutizada” ao ponto de extinguir-se, de não ser capaz de colocar respostas que emancipam qualitativamente, no sentido profundo do ser “pessoa”, a vida do homem contemporâneo.

Mas o que considero o mau maior dos auto-determinados “ocidentais” é a crença de que as respostas para o mundo, no âmbito sócio – econômico – político, não teriam outra gênese, outro berço seguro que proporcionasse o desenvolvimento do bem estar social.

Bem estar ok… talvez americanos e europeus são aqueles que economicamente desfrutam do bem estar que o capitalismo produz. Não é uma constatação marxista, é um dado objetivo. Segundo as Nações Unidas quase 90% da riqueza do mundo está sob o controle de moradores da América do Norte, Europa e dos países de renda elevada na região Ásia-Pacífico, como o Japão e a Austrália. Mas se o argumento trata de “bem comum” tanto a economia, quanto a política desses países têm aplicações “subdesenvolvidas”. Toda a riqueza concentrada, o bem estar desses países, não levam ao bem social almejado. O mapa das taxas de suicídio da Organização Mundial de Saúde mostra que esse é mais praticado justamente nos locais onde está a riqueza mundial.

A objetividade desses dados me faz justamente refletir sobre essa postura “ocidental” [para continuar jogando com o termine] de querer dar todas as respostas às questões mundiais. Esse paternalismo colonizador ainda hoje é presente nas reflexões e na relação com as “colônias de pensamento”.

Criticar a democracia latino-americana, a falta de escrúpulos (e a demência – opinião minha) de Hugo Chavez não parece ter os mesmos “pesos e medidas” no confronto com o approach ocidental da política de Berlusconi. Incapaz é a mentalidade latino-americana, extra comunitária. Capaz é o percurso ocidental, originário, que culmina no grande e invejável político italiano Silvio Berlusconi.

Pensar política, economia… pensar a sociedade hoje exige sim respeito as origens e aos avanços que vieram do Ocidente 1.0, e também do oriente e das culturas tribais africanas e indígenas que estão na raiz da sociedade latino-americana. Mas disso, a acreditar que é exclusivamente a sociedade dita “ocidental” a poder dar todos os caminhos para o desenvolvimento do bem comum do planeta é minimizar a problemática.

Tenho pensado muito nisso e mesmo sem terminar essa reflexão já fui chamado de marxista. Mas não sou. Acredito que uma premissa necessária seja o respeito e principalmente a “escuta” das compreensões e impostações particulares que o mundo “fora do ocidente” faz do pensamento político – econômico – social contemporâneo e também ao seu amadurecimento com problemáticas específicas, que muitas vezes nos distanciam da realidade “ocidental”. (O pensamento democrático latino-americano, por exemplo, há uma experiência histórica quase irrisória em relação àquela secular européia).

Vejo que grande parte dos intelectuais e pensadores que se confrontam sobre esse tema nem sempre esperam que seus interlocutores terminem a frase de indagação e já aparecem com respostas prontas, analiticamente perfeitas, mas pouco construtivas. (não vejo muita iniciativa de produção de reflexões. Meus colegas de profissão estão mais acostumados a criticar – o que é relativamente mais fácil).

Mas voltando ao tema… Não penso que seja desprezível estudar Feudalismo, Revolução Industrial, Francesa ou Hobbes, Locke. Claro que é importante. Mas sinto um pouco de falta de compreensão de como a influência ocidental ajudou a construir a nossa sociedade, brasileira, latino-americana: o nosso ocidente.

Decidi escrevi tudo isso porque, no final das contas, me sinto responsável na busca de caminhos que levem a nossa sociedade – local e globalmente a, não exclusivamente ao bem estar econômico, político, mas ao bem comum, ao princípio filosófico da Felicidade.

*s.m. Requinte no falar ou no escrever.

Essere straniero in una Italia razzista

Ho cominciato a lavorare quando avevo 17 anni. Le condizioni economiche della mia famiglia non mi hanno mai permesso di sfruttare nulla oltre il basico: cibo e una casa.  Divertimento e anche lo studio dovevo trovare un modo di finanziarmeli io.

Non mi sento male perciò, anzi, questo mi ha fatto maturare di modo degno, onesto e con tanto rispetto altrui.

In 26 anni ho sempre valutato queste difficoltà, sfide, come una ricchezza umana che mi permetteva di essere un cittadino impegnato a fare quello che mi tocca personalmente e assumendo i doveri davanti alla società da cui appartengo.

Ma oggi, mentre uscivo della COOP di FIGLINE VALD’ARNO, nella Toscana italiana, per la prima volta mi sentivo umiliato proprio in quello che ho sempre cercato di custodire: la mia dignità.

Siccome sono responsabile per le spese nella casa in cui vivo, sono andato a quel mercato per fare un sondaggio nei prezzi delle merce. Durante circa 40min ho percorso il mercato prendendo appunti dei prezzi con la speranza di trovare qualcosa economica che ci aiutasse a risparmiare un po’ di soldi, argomento che interessa molto la nostra comunità di studenti.

Camminando tra i corridoi del COOP ho trovato finalmente il Curry che mi avevano chiesto di comprare tanto tempo fa. L’ho preso e alcuni minuti dopo mi hanno chiamato dicendo che la macchina per tornare a casa mi stava aspettando nel parcheggio.

Arrivo alla cassa, pago con 50 euro e una monetina di 10 centesimi per aiutare nel resto (Il Curry costava 2,10). La signora ha preso i miei soldi e subito ha messo in una macchina per garantire che non era finta – procedura normale, di sicurezza, pensai.

Ma, dopo che ho preso il mio resto mi è venuto in incontro un uomo chiedendo se potevo accompagnarlo e facendo vedere la tessera del mercato. L’ho chiesto spaventato se era successo qualcosa e non ho ricevuto una risposta.

Mi ha chiesto di aprire il zaino per sapere se c’era qualcosa, davanti alle persone del mercato. Vedendo che il zaino era strapieno (avevo appena tornato di un lungo e stancante viaggio della Svizzera) mi ha chiesto di seguirlo.

“Posso almeno dire a quelli che mi stanno aspettando fuori che mi state chiamando?” – ho chiesto. “Loro possono aspettare” mi ha risposto il signore, molto maleducato, senza neanche guardarmi in faccia.

Abbiamo salito una scala e dentro una stanzetta piccola mi chiese di aprire “per bene” il zaino. Lo dico che ci sono le mie cose personale, del viaggio e lui non se ne frega.

Così lo apro, con tantissima vergogna e un sentimento terribile di invasione e lui vedi una scatola di “Rafaello” che avevo ricevuto di regalo della mia ragazza e mi chiesi: Dove hai comprato questo?

La voglia è stata di rispondere: Ma cosa ti importa? Chi pensi che sei per parlare così con me? Ma la stanchezza mi ha salvato l’educazione ed ho spiegato che ero appena arrivato della Svizzera e avevo ricevuto come regalo della mia ragazza.

Un secondo uomo ha preso la scatola senza chiedermi il permesso ed ha visto dietro che il numero di serie confermava quello che avevo detto.

UFF!! Quel momento di umiliazione era arrivato alla fine… senza sapere cosa dire mi dicono che volevano vedere se avevo preso qualcosa perché sono entrato con uno zaino troppo grande e che avrei dovuto lasciarlo in una specie di guardaroba.

“Va bene, va bene”, rispondo chiudendo il mio zaino e uscendo della stanzetta con rabbia di, per la prima volta in vita mia, essere vittima di RAZZISMO!

Si! In quel momento terribile mi sembrava sciogliersi la risposta alla mia domanda, rivolta a quasi tutti gli italiani che conosco, sul perché hanno scelto un tipo come Berlusconi per essere il loro rappresentante politico… In quel momento mi sono accorto di quel seme fascista, razzista, che sembra sfiorire da ogni cittadino di questo paese, che può non avere un atteggiamento esplicito in questo aspetto ma che rimane sempre più zitto davanti a questa ingiustizia verso gli stranieri, o quello che la stampa italiana chiama GLI EXTRACOMUNITARI.

Un film è passato nella mia testa… con tutti gli italiani, europei, scapati della guerra e accolti nel mio paese e io, invece, umiliato.

Tutti quei pensieri si calavano dentro, ero troppo stanco per ribellarmi, per dire qualcosa, esigere il rispetto e la dignità che ho costruito lungo la mia vita.

Ma ora scrivo perché mi sono reso conto di che non si può restare zitto davanti all’ingiustizia. Questo brutto incubo mi è servito come insegnamento per una prossima volta.

Articoli interessanti:

Caccia al Marocchino. Razzismo fuori tempo massimo: http://www.agoravox.it/Caccia-al-Marocchino-Razzismo.html

Discussione nel yahoo fra gli italiani: http://it.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080321161223AAAadyT

Sito sul razzismo in italia: http://razzismoitalia.blogspot.com/ – MOLTO INTERESSANTE

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