Category: Amor binacional

Amor binacional: Experiências cotidianas de um casal binacional

23 meses juntos!

23

Difícil explicar a importância que esse número tem na minha vida, mas sempre que ele simboliza um momento particular sinto-me mais seguro.

Concordo que pode ser superstição, comportamento pouco Cristiano, mas é algo que não sacralizo, somente me divirto em contemplar.

Sempre pensei que me casaria com 23 anos. Achava que seria o ano mais especial da minha vida, procurei vivê-lo ainda mais intensamente, mas os anos se passaram… 5 anos… e só agora esse momento decisivo chegou.

O interessante é que mesmo se não sou eu que festejarei esse momento mágico com 23 anos será a minha futura esposa. Coincidência?

Existem outras… o fato que nós dois nascemos no dia 23… 23 de março e 23 de Abril… e elas não param por aí.

Porém, o motivo que me fez escrever esse post é que justamente hoje, 8 de janeiro de 2012, festejamos 23 meses oficialmente juntos (1 ano e 11 meses).

Esse período tem sido muito especial justamente porque vemos também os frutos de procurar viver em comunhão as alegrias e os desafios de um projeto que visa edificar uma família.

Ontem, em uma conversa com minha prima, fomos surpreendidos pela sua “oferta” e de seu marido de começar a ver as coisas concretas do casamento no Brasil.

A coisa mais bonita é que justamente há dois dias conversávamos (com um pouco de preocupação) sobre como preparar o casamento concretamente, à distância. Coincidência?

Para nós não, pois vemos que se procuramos fazer tudo juntos e mantendo a paz e a alegria entre nós, a ajuda chega de lugares inesperados, as soluções aparecem.

O reencontro

reencontro

17H! Chego no aeroporto com três horas de antecedência para o tão aguardado reencontro, fugindo da chuva e do medo de não estar lá esperando quando ela chegar.

5 anos. Pouco, claro, se olho para trás e vejo os outros 20 de caminhada até chegar no meu estágio atual, naquele que chamo “ápice” da juventude. Mas não são simplesmente anos que se pssaram. Foi certamente um período de descoberta profunda, mais que isso, de questionamentos, de buscas, de incansável caça a uma resposta que finalmente iria encontrar materializada em um sorriso.

Dá para ser plenamente feliz ao lado de alguém? Bem, a resposta que obtive depois daquele encontro é o que me impulsionou a escrever e reviver aquele momento.

19H! Despedi-me de César, um grande amigo que partiu para Alemanha em uma etapa avançada das mesmas respostas que eu, logo logo, vou buscar no Velho Continente.

Novamente sozinho! Eu e eu mesmo! Tentando lidar com a ansiedade, com as perguntas que me fiz, com cada coisa que refleti nos últimos meses, pensando naquilo que experimentei nos meus relacionamentos anteriores e na “incompletez” que me deixara tão triste.

Contudo, Algo me impulsionou a ver que grande parte das respostas para a tal Felicidade, não a “felicidade de filme”, com finais românticos, beirando a patética perfeição, mas a Felicidade – Sacrifício, era algo tão grande que não dava pra fugir.

Foi esse “insight” que me fez rever o “Eu” que havia esquecido, ingenuamente acreditando que seria possível ser feliz renegando a mim mesmo!

20H! O avião não chegou. “Será que era mesmo pra gente se encontrar? O avião caiu?” Não tinha certeza, não sabia de nada. Tentava ler, escrever, dormir, comer e em todas as tentativas fracassei!

20:30H! O Avião chegou! “Ufa! Então era mesmo importante nos rencontrarmos.” Porém, não imaginava que até que o tão esperado encontro acontecesse teria de aguardar mais uma hora!

21:30H! Foram 5 anos em que procuramos a Felicidade em muitas coisas. Anos de tentativas, de erros, de acertos, de vida! Vivida em muitos momentos juntos, mesmo à distância.

Será que alguém poderia conceber o que significava para nós aquele reencontro?

Nunca pudemos, nesses anos, viver o nosso relacionamento nessa dimensão. O que existia era somente uma amizade profunda.

Depois de todas aquelas horas em pé, esperando-a, o que fazer? Beijo ou não? Abraço! Com certeza!

Foi só ver aquele sorriso, aqueles olhos, aquela garota que havia se transformado em uma bela mulher, que tive a dimensão do quanto meu amor por ela tinha sobrevivido ao tempo, a TUDO!

“Era como se uma parte de mim, que havia ignorado durante muito tempo, voltasse por meio dela”.

Faz mais de duas semanas que esse reencontro aconteceu e com ele a consciência de que a Máxima Felicidade exige o Máximo Sacrifício.

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