Category: 29 dias no país do Tsunami Page 8 of 9

29 dias no país do Tsunami – Parte 8: Reconhecendo Singapura

Café da manhã em Singapura

Café da manhã em Singapura

Eis-nos aqui no nosso segundo dia de viagem…

Queria contar tudo aquilo que vivemos hoje, mas tenho a impressão de que faltarão palavras.

Levantamos as 6:30h e eu cometi um o maior erro dos últimos dias: Tomei café da manhã. Me empanturrei de sushi.

Erro porque não esperava um dia como o de hoje.

Fomos ao China Town, bairro chinês no centro de Singapura, famoso por vender bugigangas. Foi impressionante ver a quantidade de coisas que eles vendiam no mercado. Entrando lá (era um Mercadão de alimentos como os nossos porém…) um mix de incenso, esgoto , frutos do mar e frutas tropicais. Tudo novo e estranho.

Templo Indu em Singapura

Templo Indu em Singapura

Claro que toda a impressão visual transformou-se em mau estar estomacal, que se acentuou quando fui informado que tomaríamos café da manhã (de novo) ali.

Quando vi as opções pensei em não aceitar, mas me esforcei em fazer aquilo que podia (me inculturar gastronomicamente). A comida era muito gordurosa. Uma mistura de moluscos com outros frutos do mar e um tempero bastante apimentado.

Depois disso, fomos passear pelas ruas de Singapura. Fomos a um impressionante templo Indu (interessantíssimo ver a quantidade de fieis adorando aqueles deuses metade gente, metade animal e as mulheres fazendo vela de cera).

Fomos a uma missa católica e depois novamente COMER!!! Cinese Food… ow no!!! Esforcei-me novamente de comer (tem gente que achava que eram as guloseimas, tipo Yakisoba, que comemos aqui… quem me dera). Porém, dessa vez, eu não consegui.

O pior é que um dos nossos acompanhantes locais ficou bem ofendido. (Até me perguntou se no Brasil não tinha comida em abundância) Tentei explicar, no meu inglês (intermediário..hahaha) mas não consegui muito bem.

China Town

China Town

À tarde fomos ao bairro indiano, cheio de lojas de eletrônicos e saí com a impressão de que os nossos guias pensavam que estávamos lá somente para comer e COMPRAR.

Passeamos por umas duas horas e depois fomos à ilha de Sentosa. Simples, mas muito bonita. Conversei um pouco com os nossos acompanhantes Singapurianos e depois fomos tomar sorvete. Foi muito bom, mesmo se já estávamos bem cansados.

À noite assistimos um espetáculo de luz e água e finalmente… fomos JANTAR!

Mas essa experiência eu explico melhor mais tarde.

29 dias no país do Tsunami – Parte 7: Passeio em Singapura

Jovens do Movimento dos Focolares de Singapura, Malásia e nós

Jovens do Movimento dos Focolares de Singapura, Malásia e nós

Fiquei impressionado com a quantidade de verde nas ruas principais que nos levaram para o centro de Singapura. Outra coisa que me deixou surpreso foi a quantidade de prédios, que acolhem quase toda a população local.

A casa de Ako é uma casa grande, mas muito simples e imediatamente me senti bem, como se fizesse parte da mesma família.

Organizamos-nos e decidi tomar um bom banho, pois a noite vamos na casa do meu amigo David (que morou comigo por um mês na Suíça e ainda estava na Europa). Antes disso, conversamos um pouco com os dois participantes do Movimento que nos buscaram no aeroporto.

Por meia hora eles nos contaram um pouco do que tinham visto na Indonésia. Existia muita dor nos seus olhares, mas fizeram questão de dizer que esta é uma experiência inesquecível. Um dos dois, um senhor de uns 50 anos, me deixou impressionado pelo sofrimento de não ter saúde suficiente para estar lá ajudando…

Depois disso, fomos a casa do David para nos reunirmos com a comunidade. Contei uma experiência minha sobre a Fé e o amor de Deus por nós. Quantas vezes vivemos inconscientemente sem se dar conta das inúmeras “providências” que nos ajudam nos momentos de dificuldade?

Ago também contou a sua experiência de vida e terminamos com uma oração em grupo. Logo em seguida, a comunidade nos ofereceu uma deliciosa janta oriental. Sushi, Yakisoba, tudo delicioso.

Os pais de David me mostraram o seu quarto e eu fiz questão de deixar um bilhete para que ele soubesse, quando voltasse da Suíça, que eu tinha estado ali.

Durante a reunião senti que era uma oportunidade de nos prepararmos espiritualmente para a viagem à Indonésia e sentir que estaríamos ali também como representantes da comunidade de Singapura.

(…)

Poderia terminar esse primeiro dia de viagem com uma frase de Ago: “É verdade! Em qualquer lugar que vamos, saboreamos o sentimento de pertencer a uma grande família. Isso é o Ideal (O Movimento dos Focolares é também conhecido como Ideal da Unidade).

29 dias no país do Tsunami – Parte 6: Voando para Singapura

Vista "aérea" de Singapura

Vista “aérea” de Singapura

Após aterrissar em Frankfurt decolamos em direção a Singapura as 22:40h. A partir de agora são onze horas de vôo.

Ao meu lado, no avião, está um casal de australianos. Hoje pensei em escrever uma história que ilustrasse um pouco o caminho realizado até essa viagem. Teria tanta coisa legal para dizer, mas decidi fazer uma retrospectiva dessa minha experiência aqui na Europa.

Lembro-me como se fosse ontem daquele 16 de dezembro de 2003. No aeroporto a minha família, os amigos do Movimento, a família de Fernando (amigo que viajou comigo) e a minha ex namorada Camila.

Estava muito contente, afinal de contas, tinha esperado muito por aquela viagem que, mesmo tendo que deixar TUDO (pais, amigos, namorada…), não conseguia me sentir triste.

Emocionei-me somente quando eu tive que me despedir da minha mãe. Não queria deixá-la “sozinha”.

Então, enquanto entravamos para o saguão de embarque, conhecemos outras jovens do Movimento que foram fazer uma experiência parecida com a minha, só que em Loppiano, cidade piloto do Movimento dos Focolares, em Incisa, na região da Toscana, na Itália.

Amaryllis, Ana Paula, Érica e Gabriela tornaram-se de imediato nossas amigas. Tudo era especial, novo. Assim fomos juntos para começar uma grande aventura.

(…)

Bem… São 18:37, hora local. Chegamos muito bem em Singapura depois da longa viagem. O tempo aqui é bem quente, mesmo tendo saído do verão romano.

Assim que saímos do aeroporto encontramos AKO (então responsável pelo Movimento dos Focolares no Sudoeste Asiático) e dois participantes do Movimento no país.

Sentimos-nos imediatamente em casa depois da calorosa acolhida. Nesse momento começava também as experiências gastronômicas do outro lado do mundo. Foi-nos oferecido deliciosos doces locais. Uma espécie de sorvete com frutas, feijão, milho… Bem estranhos, mas bons.

Depois nos dividimos nos carros e fomos em direção a casa de Ako.

29 dias no país do Tsunami – Parte 5: Time completo

Da esquerda para a direita: Leonardo, Patrick, Eugenio (cima), Giuseppe (baixo), Ago, Eu e Andrew

Da esquerda para a direita: Leonardo, Patrick, Eugenio (cima), Giuseppe (baixo), Ago, Eu e Andrew

Diário de Bordo – Grotaferrata – Castelos Romanos – Itália – julho de 2005

Aqui estamos as 15:15h na estação de trem de Frascatti em direção a maior aventura deste ano. Mas falta um pouco para sermos um time completo.

Somos 5: Ago, Andrew e Patrick, (dois jovens ingleses que Ago conheceu em uma de suas viagens à Inglaterra) e Leonardo (jovem Napolitano dos Focolares que estuda em Milão e que morou comigo por dois meses no Centro Mundial em Roma. Além deles, claro, eu.

Posso dizer que estou muito feliz com essa viagem. Ontem assistimos o vídeo do jovem Clement, francês que morreu (acho que doente) acreditando no Mundo Unido. Depois do vídeo eu disse aos ingleses que para mim essa viagem à Indonésia é uma grande oportunidade de me doar concretamente. Buscando acolher cada dificuldade.

A próxima parada é Roma – Termini.

(…)

São 19:40h. Depois de encontrarmos Giuseppe e Eugenio, dois jovens calabreses, seguimos até o aeroporto Fiumicino e agora já estou no avião.

É fantástico estar aqui. Adoro viajar de avião porque é a maneira que o ser humano encontrou de dimensionar aquilo que Deus construiu.

Giuseppe e Eugenio, pelo que entendi, são dois jovens que participavam das atividades ligadas ao Movimento dos Focolares, mas que pela correria da vida se afastaram.

Bem, agora iremos até Frankfurt – Alemanha. Chegaremos umas 21:15h para depois pegar o avião para Singapura ás 22:15h.

BOA VIAGEM!

29 dias no país do Tsunami – Parte 4: Tudo nasce de uma ideia.

Com Agostino em Roma

Com Agostino em Roma

Estava eu, conversando com um dos organizadores da viagem, Agostino Spolti (meu grande irmão “mais velho” em Roma) e de repente surgiu a idéia da minha ajuda nessa viagem.

Quem destina fundos para diversas viagens nos muitos lugares que precisam de assistência é a AMU (Azione Mondo Unito), ONG italiana ligada ao Movimento dos Focolares.

O trabalho que estava sendo feito na Indonésia pós Tsunami era de angariar fundos para a construção de barcos para os pescadores da região afetada. Iríamos para o país com o objetivo de entregar esse dinheiro arrecadado em diversas atividades e fruto da generosidade de muitos europeus.

Claro que, quando ouvi o convite, ele me soou como sonho. Estava na Europa há mais de um ano, mas sobrevivia com meu trabalho “de subsistência” e nunca poderia pagar uma viagem como esta. Mesmo assim acreditei que, se fosse mesmo para ir, tudo acabaria dando certo.

Era abril de 2005, três meses antes da viagem, pensei em talvez contar para os meus pais. Porém, concluí que poderia ser mais “sadio” para eles informar na última hora, assim pouparia sofrimentos e apreensão.

Os meses foram passando e o que parecia um sonho, tornou-se realidade. Chegou e ajuda da AMU com a qual eu poderia viajar.

Quando tudo se concretizou não conseguia me conter em alegria… em alguns meses estaria do outro lado do mundo, reencontraria velhos amigos e participaria de um momento único da história da humanidade. Seria testemunha ocular da destruição de uma catástrofe natural e poderia “arregaçar” as mangas em auxílio das pessoas prejudicadas.

Mas, mal sabia eu que essa experiência de inculturação já começaria ali, na Itália, assim que encontrasse meus companheiros de viagem.

Page 8 of 9

Powered by WordPress & Theme by Anders Norén