Author: Valter Hugo Muniz Page 91 of 240

Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

O amor que a Páscoa anuncia

Passadas as festividades da Páscoa o que sobrevive dentro de mim são as chaves de leitura oferecidas pelos evangelistas Mateus e João sobre qual tipo de amor o cristianismo anuncia.

Conversando com a viúva do fundador do Conselho Ecumênico das Igrejas, Lukas Vischer, pude refletir sobre a necessidade de “re-encarnar” o aspecto universalista do amor que o apostolo Paulo descobriu e testemunhou, e isso me serviu de Luz para uma nova compreensão das “verdades evangélicas”.

Interessante é que durante esse período de descoberta de Paulo e de reflexão sobre o que significa ser cristão no mundo contemporâneo, me reencontrei no coração do Magistério da igreja, no estado pontifício (Vaticano), que infelizmente ainda respira de uma concepção vertical do cristianismo.

Foi essa sucessão de encontros, primeiro com o Magistério e depois com a Sagrada Escritura no período pascoal, que me ajudou a perceber que a resposta é única: o tal amor cristão, defendido e buscado pela comunidade crista é o Serviço.

Na quinta-feira santa João deixa claro O TIPO DE AMOR que é o cristão, quando Jesus lava os pés dos seus apóstolos, evidenciado o paradoxo da grandeza do homem que está no servir, no doar a si mesmo. O ato de Jesus repete o mesmo feito anteriormente pela prostituta com ele (Lc 7:36-50) e que foi discriminado pelos apóstolos, como pelos fariseus no episódio com a “pecadora”, mas que simbolicamente deixa claro que o amor não olha nada além do presente.

Esse amor que se doa, alcança o ápice na sexta-feira santa, com Mateus que mostra A MEDIDA DO AMOR em Jesus que dá a sua vida. A morte do Filho de Deus não é só redenção dos pecados, mas proporciona uma nova compreensão do que é o verdadeiro amor: doação profunda e consciência de que é necessário “morrer” para encontrar a verdadeira Felicidade. O sofrimento, a dificuldade e a dor são passagens necessárias para o crescimento de todo ser humano e que o convida a estar sempre mais EM DEUS.

Porém é na ressurreição do sábado de aleluia O VERDADEIRO NATAL dos cristãos. O nascer para uma nova vida, alcançada por meio da dor onde se conclui a catequese do amor, que não termina na dor, mas na alegria, na festa algo que extrapola a pseudo-felicidade que o mundo contemporâneo insiste em tentar nos convencer.

Se cada cristão vivesse esses três passos com radicalidade o anúncio evangélico não permaneceria culturalmente estático, como tantas vezes se vê hoje.

A crença na Verdade cristã nada tem a ver com a ilusão romântica ou ingenua que muitas vezes o catolicismo prega, e se afirma “condicionante”. Acreditar e viver o amor cristão é praticar o necessário exercício de reconhecimento de Deus que atua hoje no mundo, por meio de cada um de nós. Convite UNIVERSAL que não se limita a raça, cor, crença ou status social.

Com a DEI VERBUM, documento do Concílio Vaticano II, o Magistério se coloca à serviço do Amor e não como possuidor do mesmo. Na leitura desse documento pude sentir o mesmo espirito de abertura que Paulo questionou no Concilio de Jerusalém, que culminou com o respeito aos hábitos pagãos, colocando como única condição à salvação:

a Fé no Verdadeiro e “pascoal” amor cristão.

O fascínio de ser cristão

Estudando a vida de Paulo de Tarso, principal responsável pela difusão da Nova Vida em Cristo, que poderia ter sido facilmente ofuscada pela tradição judia que colocava a Lei de Abrão (Torah) superior ao anúncio evangélico do Filho de Deus semeado na Judéia, comecei a refletir sobre a vida do cristão contemporâneo.

Com a vinda de Jesus ao mundo surge um novo fundamento da Lei: o amor. Colocar a Lei como caminho de salvação, era para Paulo, fonte de pecado, pois fazia do cristão escravo da Lei. Por isso, a proposta evangélica, universal, submetia a Lei ao seu fundamento, Cristo morto e ressuscitado, que não veio ao mundo por outro motivo que dar uma compreensão nova (trinitária) as relações intrínsecas da Criação.

Entender o amor além de preceitos hierárquicos, da submissão autoritária (muitas vezes imposta pela Fé) é um processo de reconhecimento cultural complexo, difícil e foi assim também para a igreja primitiva que tinha que unir o universo pagão –  helenista e os judeus convertidos.

A figura de Paulo de Tarso mostrou-se imprescindível para essa união eclesiástica e para a mudança cultural epistemológica e metodológica que inclui toda a humanidade à salvação e não somente o Povo Eleito.

Sem ignorar a mesma atitude da Igreja Católica medieval que vinculava Salvação a Fé em Cristo, disposta a assassinar “hereges”, surge a necessidade de refletir sobre uma possível re-evangelização dos cristãos do Sec. XXI (no que diz respeito a compreensão dos preceitos de fé) para seja evidenciada, não a normatividade acinzentada, mas o fascínio que a Fé em Deus (vida religiosa) comporta.

Esse fascínio, para os cristãos, é personificado no martírio de Cristo, que ao dar a própria vida, redimensionou o conceito de amor e o apresentou como caminho único para a verdadeira felicidade, não como busca primária, masoquista, mas como acolhida alegre  e fiel às adversidades, fatalidades da vida terrena, inúmeras permissões para a descoberta daquele mesmo amor que Cristo testemunhou.

Ser cristão não se baseia a uma restrição cega à regras impostas por uma instituição conservadora – como pensa grande parte do mundo niilista – mas é sobretudo uma experiência cotidiana e verdadeira do amor comunitário que, quando olha para a sua instituição (Vaticano) à serviço da Palavra (cf. Dei Verbum), encontra sustento e orientação para permanecer nesse amor sobrenatural.

“O fim da Lei é Cristo” (Rm 10,4)

Un Dio che è scienza

Non sono mai riuscito a credere  che un giorno avrei conosciuto Dio nella scienza, con lo  studio. Però, mi sentivo [come lo sono sempre culturalmente] spinto a buttarmi e fidarmi da quel misterioso cammino (sfida) che mi si apriva.

Tuffandomi nella realtà razionale tra il continuo scontro tra metafisica e scienza, ho potuto conoscere un personaggio che ha chiuso quella che considero la triade degli illuminati della storia dell’umanità *: Galileo Galilei.

E quello che poi, mi stupiva era che, quanto più guardavo Galileo, la scienza e la concezione di uomo attraverso essa, più paradossalmente contemplavo  Dio e mi meravigliavo: con la sua metodologia ci invita liberamente a riconoscerLo nella natura (esperienze sensibili) e poi testimoniarLo (necessarie dimostrazioni).

Il divino, dopo il mio incontro con Galilei, non è più una realtà metafisica personale, che si esaurisce in ciò che “io credo”, ma «è» nella misura in cui si rinnova in me, nel movimento dialogico di “riconoscimento” e “testimonianza”.

Ho scoperto che la visione galileiana dell’universo che mette in moto il protagonismo esistenziale dell’uomo ed ha illuminato l’umanità post medioevale, ci permette oggi di guardare il mondo ampiamente. Il nostro errore, certamente, è assolutizzare la dimensione scientifica, unidimensionale e dimenticarci la nostra molteplicità non quantificabile.

 

*Aristotele, Paolo di Tarso e Galileo Galilei

Comunità: custode dell’Amore

community

Una delle cose che le esperienze e i rapporti mi hanno fatto capire è l’importanza di credere nell’amore. Sentimento/realtà da scoprire, coltivare, finché diventi reciproco (non in quantità, ma disposizione).

È bello amare ed essere amato (in un rapporto di coppia) e quando ci si riesce a raggiunge la dimensione trinitaria in cui ogni “kenosi” trasforma quel mistero in realtà nuova, inedita, l’amore non è solo “cibo quotidiano” di questa relazione, ma riesce anche a raggiungere la comunità.

La mia nuova scoperta è che il ruolo della comunità non è relativo nel processo di “costruzione” di un amore “a due” IN DIO. Perché esso riesca a crescere nella intrinseca dinamica di “morte e risurrezione” è imprescindibile che l’amore sia reciproco anche in ambito esterno, con la comunità.

Non basta il bello sentimento tra due innamorati! Esso non è capace di mantenersi se non oltrepassa il limite della coppia. Senza la comunità, l’amore umano muore.

Però, quello che rende l’amore inesauribile è che anzitutto esso rispetta la libertà e la coscienza di ogni individuo, nel rapporto e della comunità.

Certamente è importante il movimento di apertura della coppia verso la comunità, ma se la comunità non prende sul serio il cammino che l’altro vuole intraprendere, se non lo valorizza e sostiene, questa reciprocità non avviene.

Il futuro della felicità personale e della vita comunità dipende tanto di questo amore reciproco e la responsabilità da entrambi parti porterà alle conseguenze negative o positive di questo futuro all’umanità.

[vidaloka] Escolhas fundamentais

vidafraterna

Hoje comecei a refletir sobre as escolhas existenciais do ser humano partindo dos pressupostos científicos apresentados pelo modelo Galileiano de “sensíveis experiências” e “necessárias demonstrações”.

Fala-se de liberdade, de escolhas, de responsabilidade, protagonismo… mas onde começam as nossas escolhas fundamentais? Por onde posso me guiar para que os conhecimentos adquiridos por meio das “experiências”, permaneçam e sejam gradativamente enriquecidos.?

Foi aí que cheguei à primeira pergunta: Onde se encontra a gênese das minhas escolhas como ser humano? Nascer? Não! Isso já mostra que a minha vida é fruto de uma “comunhão”[comum união] entre os meus pais, condição primária de todo e qualquer ser humano.

Ok, não sou eu que escolho se entro ou não no “xadrez existencial”, então qual é a minha primeira decisão consciente? [não aquelas que fazem por mim até que eu esteja pronto].

VIVER, foi a resposta!!! Posso escolher entre viver ou não, mesmo que essa segunda opção também pode ser condicionada externamente.

Interessante para mim pensar que no desdobrar dessa vida “escolhida”, vejo no seu horizonte “finalístico” o almejado desejo de Felicidade. O difícil, contudo, é me dar conta de que a partir do momento em que ESCOLHO viver, surgem outras infinitas possibilidades de caminhos que levem a essa Felicidade.

Protagonismo sim, porém condicionado. Porque depois o “xadrez” não é jogado com uma única peça, depende de uma predisposição de outras “vidas” para garantir a vitória. Isso tudo me faz concluir que tanto como princípio ou finalidade, mas sobretudo metodologicamente, a Felicidade é viver em comunhão, fonte de verdade, de luz e segurança conquistada por com consciência, vontade, liberdade e responsabilidade.

Somos todos partes de um mesmo cosmo!

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