Author: Valter Hugo Muniz Page 81 of 240

Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

Um encontro pessoal com Ginetta Cagliari

Uma historia para ser recontada de mil modos. É essa a impressão que se tem após ler “Ginetta fatos que ainda não contei”, lançamento da Editora Cidade Nova em comemoração aos 10 anos da morte da mulher que mudou a vida de milhares de brasileiros.

Ginetta Cagliari, italiana de personalidade forte e radicalismo assustador, pode-se dizer que foi instrumento “divino” no “expedir” às terras americanas o Ideal da Unidade, estilo de vida que hoje é aderido por pessoas de todas as regiões, idades e culturas do Brasil.

Depois de “Ginetta, uma vida pelo Ideal da Unidade” essa segunda biografia “convida” Ginetta a abrir seu diário pessoal para partilhar momentos importantes da sua infância, do «Entre guerras» e do encontro “escatológico” com Deus-Amor, testemunhado por Chiara Lubich e suas primeiras companheiras.

No girar progressivos das páginas do livro é impossível não se emocionar com a conversão de Ginetta, lapidada para que fosse sempre mais “encarnação” do Ideal descoberto.

A perseverança rumo à realização do desejo de ser amor concreto ao próximo aproxima Ginetta, guardadas as devidas proporções e estilos, de Inácio de Loyola, que curiosamente também foi peça fundamental na difusão do cristianismo por meio da Companhia de Jesus.

Desejo de conversão, de radicalidade no testemunhar o evangelho. São duas realidades que ficam após a “ler” novamente Ginetta.

[vidaloka] Utopia cristã

“Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso servo” (Mc 10,43-44).

Essa frase do evangelho de Marcos, o mais antigo da Bíblia, nunca ressoou tão forte dentro de mim.

Hoje pude viver claramente o quanto a mensagem evangélica é difícil de ser realizada em uma dinâmica de relações hierárquicas.

Parece impossível uma “condescendência” daqueles que de alguma forma exercem um tipo de “poder” ou função que os colocam em um status de autoridade, mas que acaba sendo vivido de forma paternalista, quase sacral.

O filho de Deus veio ao mundo e mostrou que a Sua autoridade (exsousia) é servidão, dom de si. Ele, exercendo o papel de “educador”, lavou os pés dos apóstolos, testemunhando aquilo que dizia ser o Caminho, a Verdade e a Vida.

Pois bem… na universidade em que estudo vivenciei algo que há tempos não experimentava: a humilhação de ser usado de maneira proposital com uma posterior justificativa de “autoridade que está acima da relação”.

A mágoa, claro, procura desesperadamente um sentido para a dor, causa revolta, mas depois do desabafo (e da ajuda do próximo) brota o desejo se ser fiel ao “meu Deus”, que “é” justamente quando “não é”.

Entender que “ontologicamente” o homem que se doa (é servo) é a expressão mais pura desse Deus ainda exige um grande passo cultural, principalmente dentro das instituições, senão corremos o risco de continuar fabricando mentes brilhantes de caráter hipócrita.

Sanctus

sanctus

Per te, dolce sorriso, mi santifico

E cerco d’ascoltarLo per miglior amarti

Nel Tuo silenzio, riscopro me stesso

Mi trovo se son perso

L’amor che pur pensando conoscere

Si svela nuovo, alétheia

Mi inabisso nel Pane quotidiano

Sorrido, ormai ti amo

Per te mi santifico

Felice d’ascoltar quell’assai sacro grido,

Difficile ascoltare nella strana follia

Amo, ed in te mi trovo sprofondato, Eucaristia.

Reticência

Sob a brisa temperada helvética, a decisão definitiva

Regada de versos e uma sublime alegria cantada

Calor sereno, conquista sonhada

Realização que minh’alma já intuía.

Felicidade buscada no cotidiano.

Sonho também de quem teme escrever poesia.

Porém o medo é condição pra se ter confiança

Realizar algo que, sozinho, ninguém alcança.

Mergulho no Leman de frescor límpido

E vejo as verdades que quis mentir pra mim mesmo

A união que jamais pensei possível

Agora é amor real, intenso, impávido.

Festejemos o «primeiro SIM» de muitos

Incomensurável alegria que não é ciência

Passarão as estações e estaremos sempre juntos

O aparente ponto final, era somente reticência…

Il prete e la donna

chiarapiero

Due volte la settimana i Sophiani sono invitati a mangiare il pranzo nella mensa dell’università. Certamente, in sé, non c’è nulla di speciale in mangiare con tante persone in una mensa. Questo ogni studente universitario ci si può permettere fare nel posto in cui studia. Ma l’interessante è che, a Sophia, è proprio nella semplicità delle esperienze e dei momenti vissuti “in comunità” che ci si vive le cose più belle.

Con questa “strana” semplicità, un martedì come tutti gli altri, ho preso il mio piatto, senza accorgermi che i tavoli erano già apparecchiati. _Quale posto scegliere? Con chi mi siedo? Potrei stare accanto ad una buddista thailandese, con un fratello di Manaus, con una allegra ragazza dei Castelli Romani, con un’insegnanti di genesi del pensiero scientifico… Ma no, questa volta no! Questa volta mi permetto essere con un’amica d’infanzia, qualcuna con cui avrei potuto parlare più di me stesso, senza spiegarmi troppo, perché c’è già una conoscenza precedente. Ecco! Proprio questo!

Dopo aver preso il cibo (di solito pasta, pollo, patate e la stessa insalata) mi siedo e mi trovo, oltre a questa grande amica, con il preside dell’università, la sua assistente e due studenti di dottorato. Cosa io potrei dire essendo con quattro teologi di alto livello? Io e la mia amica eravamo “ben messi”, ma lo stupore, tipico dell’atmosfera sophiana, è che nella “nostra” università, ci sei rendi sempre conto di che nei rapporti fra noi i “titoli” spesso non hanno molto valore.

Abbiamo parlato un po’ su tutto, raccontato esperienze personali. “Come va il Genovevo?”, chiese il preside alla mia amica. “Molto bene, oggi è il suo compleanno”, rispose con un bel sorriso in faccia. Quella mezz’ora fra loro mi faceva staccare di me stesso, mi permetteva entrare nell’altro e cogliere quello che avevamo di più semplice, più bello!

“Vi ho già raccontato la storia del panino?”, domandò il preside a noi. “Quella che hai raccontato quando c’era il Gran Rabbino di Ginevra?”, risponde con un’altra domanda l’assistente. “Sì, allora vi racconto”.

(…)

Piero andava ogni giorno al suo lavoro sentendo una bella musica orchestrata, al volume massimo. La musica entrava in cuore attraverso quegli accordi di armonia celeste, meditazione anche lì per lui, focolarino e prete in cammino verso l’università, dove faceva l’insegnante.

Ma quel venerdì, non aspettava che Chiara l’avessi chiamato. Non aveva potuto pranzare con tutti gli impegni e sarebbe dovuto andare subito dopo le lezione a casa sua, fatto che sicuramente non lo toglieva la pace, perché era sempre speciale stare con Chiara.

Arrivando a casa sua, in un salottino, cominciarono a parlare. A focolarina voleva raccontare una bella provvidenza arrivata per la costruzione del santuario a Loppiano, ma prima di cominciare ha guardato Piero negli occhi e chiesto: _ Piero, sei stanco? Senza voler ammettere, Piero ha negato, ma è stato intrapreso con un’altra domanda: _ Hai fatto il pranzo oggi? Lì non poteva nascondere. Aveva lavorato tantissimo ed è mancato il tempo per mangiare. _ Popa, potresti portare qualcosa… hum… quel grande panino che c’è in cucina, con burro?

Dopo alcuni minuti un’altra focolarina è entrata in salotto con un immenso panino. Amore materno, semplice, sophiano.

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