Author: Valter Hugo Muniz Page 64 of 240

Valter Hugo Muniz - Formado em Comunicação Social com ênfase em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de SP (PUC-SP) em 2009, concluiu em 2012 a “laurea magistrale” em Ciências Políticas no Instituto Universitário Sophia, na Itália. Com experiência em agências de comunicação, multinacionais, editoras e televisão é, atualmente, consultor de comunicação na ONG Arigatou International, em Genebra, Suíça. Com vivência de mais de cinco anos na Europa (Itália e Suíça), participou de trabalhos voluntários em São Paulo e na Indonésia pós Tsunami (2005), além de uma breve estadia na Costa do Marfim (2014). É fundador do escrevoLogoexisto.

Consciência do preconceito com o negro

Faltam alguns minutos para o tal Dia da Consciência Negra acabar, mas não sei se ficou claro que, como o nome diz, é o dia da CONSCIÊNCIA e não o dia dos negros…

Essa diferença, aparentemente banal, diz muito do motivo e da BOA razão da data, que não se limita ao fato de termos mais um feriado nesse país.

A burguesia brasileira, essencialmente branca (pouco cabocla, mameluca ou mulata) é visivelmente ignorante a respeito de muito daquilo que está a mais de dois palmos dos seus olhos e por isso é necessário anualmente clamar uma renovada consciência.

Neste dia, como acontece na polêmica das cotas universitárias, o discurso não se limita simplesmente ao fato racial, pois todos sabemos que outras raças, como a dos imigrantes, por exemplo, também foram e ainda são exploradas e prejudicadas (bolivianos, peruanos..). Também as mulheres não têm os mesmo direitos que os homens e, aqui em São Paulo, os nordestinos são constantemente humilhados.

Não… o dia 20 de novembro não “festeja” o simples fato de alguém ser negro (ou não), mas o significado e as consequências históricas no Brasil de uma grande exploração de seres humanos. O dia das mulheres remete à luta das mulheres, mas relembra principalmente as 130 tecelãs que morreram carbonizadas em uma fábrica em Nova Iorque, por exigirem melhores condições de trabalho.

A dignidade da mulher, como a do negro, foi (e ainda é) historicamente negada e o preconceito ainda é vivíssimo na sociedade. Basta ver quantos negros se formam nas melhores universidades do país, basta contar quantos negros e mulheres são presidentes de grandes empresas ou ocupam importantes cargos políticos.

Conscientizar as pessoas ajuda a romper essas barreiras do preconceito. Hoje a dignidade da mulher parece mais reconhecida na sociedade, mas a dos negros ainda tem um longo caminho na nossa sociedade.

O preconceito no Brasil é travestido de um sarcasmo e de brincadeirinhas inconscientes, mas ele existe! Mas para enxerga-lo é fundamental que as pessoas tenham, antes de mais nada, consciência.

NetOne – 19° MEETING ONLINE – VALTER HUGO MUNIZ

ValterHugoMuniz

Bastano buone notizie?

(Intervento al Meeting Online del 9 Novembre 2012 – Link ufficiale qua)

Da alcune settimane nella lista Frat&Mídia di cui faccio parte abbiamo discusso con entusiasmo attorno alla nascita di un sito che si propone di dare soltanto buone notizie, Sónoticiaboa (solo buone notizie).
Per chi non lo sapesse, Frat&Mídia è un gruppo di comunicatori brasiliani, di varie competenze, legati a NetOne. Noi crediamo che la fraternità possa essere la via per una comunicazione capace di trasformare la società in meglio.

Fra quelli che erano a favore di Sónoticiaboa e quelli contro, io ho cercato di esprimere la necessità di un cambiamento di focus nella discussione: in un ambiente massmediale che propone soltanto notizie negative, sono davvero necessarie, in maniera esclusiva, solo delle buone notizie?

Ho da poco concluso un master al giovane Istituto Universitario Sophia di Loppiano, dove, fra le metodologie adottate, è proposto un ritorno ai fondamenti di ogni disciplina per ritrovarne il vero significato. Alla luce di questi studi, ho cercato, anzitutto, di far vedere che la finalità del giornalismo è costruire legami,communicare, creare relazioni.

Ora, se il giornalismo (con i giornalisti) non guarda alla relazione e agli essere umani, ma solo alla notizia, esso rimane fondato sulla libertà di stampa. La libertà fu il primo pilastro della stampa moderna, nata nel periodo dell’Indipendenza statunitense attraverso la Teoria Libertaria della stampa; ma tante volte essa diventa la giustificazione per una metodologia immorale con scopi apparentemente positivi. Ne è stato un esempio lo scandalo di News of the World l’anno scorso, frutto della forza dei grandi gruppi massmediali. Si è fatto uso della libertà di stampa e di un giornalismo “sotto copertura” non per cercare di produrre informazione di qualità o per condurre inchieste a beneficio del bene comune, ma per scoop e gossip con fini puramente commerciali.

Tutto ciò mi rafforza nel pensiero che, quando si parla di giornalismo come uno strumento delcommunicare, del creare relazioni, non dovrebbe essere la notizia l’oggetto centrale, l’interesse principe, ma l’essere umano.

Il sito Sónoticiaboa avrebbe come scopo quello di trasmettere notizie buone, positive, che ridiano entusiasmo alle persone e facciano vedere che il mondo può essere diverso.

Certamente l’intenzione è positiva, l’obiettivo punta lo sguardo sul bene dell’altro (almeno in teoria). Ma, personalmente, ho il timore che la nascita di un sito così e la diffusione della necessità ‘idealista’ di ricevere ‘buone notizie’ sia un’altra lettura ideologica dell’informazione, come quella su cui si basa la diffusione di notizie negative, e che entrambe le visuali possono essere centrate solo su fini commerciali.

Sinceramente non mi sembrano indispensabili le buone notizie. Guardando l’essere umano e pensando ad un giornalismo che ne aiuti la realizzazione nella sua piena integrità (nel rapporto con se stesso, dentro il suo ambiente comunitario e nella sua trascendenza), io credo che abbiamo bisogno, anzitutto, di notizie ben comunicate, contestualizzate, perché la realtà, il quotidiano nella sua complessità, deve essere compreso tanto nei punti luminosi, quanto in quelli bui.

Mi sembra interessante che il sito abbia l’obiettivo di rinnovare la speranza delle persone, perché siamo arrivati ad un punto in cui il giornalismo ha raggiunto il suo massimo di “non servizio”, lavorando per i propri interessi commerciali e ideologici. Ma questo non è il giornalismo per eccellenza, non è il giornalismo come movimento o espressione collettiva di cambiamento, che guarda sempre all’essere umano, al suo benessere individuale e comunitario.

Tra gli esempi che si avvicinano a questa proposta di buon giornalismo c’è il Jornal da Cultura, della TV statale brasiliana, che almeno come progetto cerca non solo di informare, ma anche di contestualizzare le notizie, discuterle, permettendo al telespettatore di cogliere il buono e il cattivo che esse esprimono.

Ma la domanda in discussione a Frat&Mìdia resta aperta:

CI VOGLIONO GIORNALI CHE DIFFONDONO SOLO BUONE NOTIZIE OPPURE GIORNALI CHE DIFFONDONO BENE LE NOTIZIE?

Cosa ne pensate voi?

 

Guerra silenciada

Voltar para São Paulo é me deparar com uma realidade difícil de adjetivar, uma guerra silenciada.

Adjetivar a violência urbana então… nem me fale!

Acompanhando cotidianamente a cobertura da mídia de massa nas últimas semanas fica evidente a deplorável exclusão (proposital?) dos pressupostos necessários para que uma notícia seja de “comunicação social” e não simplesmente um produto comercial.

A grande imprensa tem insistido em informar a população sem explicar, sem nem mesmo situar o leitor, telespectador. Enquanto isso a violência sistemática continua. Uma guerra entre criminosos da periferia e a policia militar faz todo dia vítimas e nós ainda estamos discutindo o final de Avenida Brasil.

O problema não é curtir uma novelinha pra relaxar, em meio ao cotidiano também violento do trabalhador paulistano. O que amedronta é a falta de força de um povo sofrido, aparentemente incapaz de exigir uma informação clara, verdadeira, transformadora.

Entender a questão da criminalidade exige muito mais que bons livros, boas análises… é preciso conhecer histórias, pessoas, para se dar conta da complexidade em um contexto onde a violência de ambos os lados do conflito parece ser a única evidência clara de que é necessária uma ação pacificadora urgente.

Porém a PAZ exige a consciência do outro e nesta cidade que transforma pessoas em números, divide Centro e Periferia, é difícil o cidadão comum se lembrar de discutir sobre o assunto, buscar soluções, reflexões… A informação deveria impulsionar tudo isso, mas infelizmente não faz, porque pouco se interessa no ser humano, porque nestas condições eles vendem pouco.

Sobre filmes e publicações polêmicas

Da mesma forma que a cultura ocidental desrespeita a suas gerações precedentes, trata como lixo os idosos, os inválidos, também age com enorme descaso com os símbolos e valores religiosos, que paradoxalmente estão nas bases dessa cultura.

Não é por acaso que o mundo árabe e a cultura oriental age com uma resistência violenta contra o Ocidente. O mundo oriental ainda preserva suas raízes e tem  para com elas um enorme respeito, difícil de entender para quem não se exercita constantemente a ir de encontro com o “diferente”, mas continua produzindo e reproduzindo, de maneira ignorante, preconceitos.

Nutro uma crescente vergonha pela classe de jornalistas (ou uma parte dela) que menospreza as questões religiosas, os valores éticos, e coloca a LIBERDADE como princípio regulador de qualquer escolha editorial.

Liberdade sem respeito do outro é declaração de guerra, instrumento de divisão. A Revolução Francesa é um exemplo tão simbólico, mas constantemente banalizado, “superficializado”.

Jornalistas, cineastas, artistas não estão em um patamar superior da sociedade. Eles têm responsabilidades como todo ser humano nesta terra e suas ações têm consequências (positivas ou negativas) sérias.

Talvez a pior consequência da ofensa causada pelo descaso pelas tradições e valores religiosos, principalmente em relação ao Islamismo, é justamente permitir que líderes políticos do Oriente (tantas vezes sustentados pelos governos do Ocidente), por fazerem mau uso dos princípios e valores orientais, mas que têm sido constantemente questionados pelo próprio povo, abafem o desenvolvimento da consciência local, reacendendo o ódio ao Ocidente.

(Reflexão a respeito da polemica causada pelo filme Innocence of Muslims, que satiriza o profeta Maomé e a capa da revista Placar de outubro, que faz uso desrespeitoso da crucificação de Cristo*)

 

Entenda um pouco do porquê Innocence of Muslims é considerado ofensivo (terra.com.br): http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6156055-EI17615,00-Entenda+por+que+o+filme+sobre+Maome+e+considerado+ofensivo.html

* A editorial do jornal porém afirma que não fez referência a Jesus Cristo e sim a crucificação como modo de punir da Antiguidade.

Escatológica espera

Durmo cedo pro tempo passar logo

… é você que eu espero

A contagem regressiva parece que não avança

… é você que eu quero.

E nesse meu esperar escatológico, ansioso

Sonho o teu abraço e o beijo gostoso

E no querer-te logo, desesperado

Tento suportar esse meu aparente pequeno fardo.

O tempo que antes te afastava de mim

agora, finalmente, nos une

Mas sempre é um passo difícil, sofrido,

da dor ninguém é imune.

Voa logo pra cá meu canarinho

Chega da vida em preto e branco

Sem você falta o sentido

e me sinto vazio, sozinho.

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